sábado, 14 de maio de 2011

O COMÉRCIO INTERNACIONAL

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia

Unidade 4

Cap. 4 – O comércio internacional (p.219)

• Multilateralismo, Gatt, OMC e Regionalismo
Multilateralismo – são acordos comerciais que envolvem diversos países no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Surgiu com a criação do Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), em 1947. O princípio mais importante dessa entidade é o da Nação Mais Favorecida (NMF), que proíbe a discriminação entre países-membros. Toda vantagem, favor ou privilégio envolvendo tarifas aduaneiras e concedido bilateralmente deve ser estendido imediatamente ao comércio com os demais países signatários. Este princípio é conhecido como Princípio de Não-discriminação entre as Nações.

Gatt (Acordo Geral de Tarifas e comércio): surgiu com a Conferência de Havana, em 1947, com o objetivo de estimular o comércio multilateral entre os países signatários. No entanto, ele era apenas um fórum de negociações vinculados à ONU, não uma entidade como, por exemplo, o Bird e o FMI. Com a conclusão da Rodada do Uruguai, em abril de 1994, foi assinada, no Marrocos, por 122 países, a Declaração de Marrakesh, que criou a OMC.

OMC (Organização Mundial de Comércio) – com sede em Genebra foi criada para substituir o Gatt(era apenas um acordo) e passou a ter o mesmo status do Bird e do FMI. Adquiriu força política para fiscalizar o comércio mundial e fortalecer o multilateralismo. Começou a funcionar em 1° de janeiro de 1995, supervisionando os acordos comerciais e mediando disputas entre os países signatários. Quando um país se sente prejudicado recorre a OMC e esta deverá punir o outro país ou então mediar um acordo.

Regionalismo – é uma tendência de formação e consolidação de blocos regionais, como a União Européia (EU), o Acordo Norte-americano de Livre Comércio (Nafta) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul). Este movimento ocorre devido à uma lógica do sistema capitalista que apresenta uma constante necessidade de lucros e de acumulação de capitais para fazer frente a competitividade de uma economia globalizada. Os países membros dos blocos regionais procuram diminuir ao máximo as barreiras impostas pelas fronteiras nacionais aos fluxos de mercadorias, de capitais, de serviços ou de mão-de-obra. Os integrantes desses blocos fortalecem-se diante de países isolados ou de outros blocos de países.

• Principais tipos de blocos regionais
Zonas de livre comércio: busca-se apenas a gradativa liberalização do fluxo de mercadorias e de capitais dentro dos limites do bloco. Ex: Acordo Norte-americano de Livre Comércio –Nafta – (Estados Unidos, Canadá e México);.

União Aduaneira: é um estágio intermediário entre a zona de livre comércio e o mercado comum. Além da abolição das tarifas alfandegárias nas relações comerciais no interior do bloco, é definida a Tarifa Externa Comum, que é aplicada aos países de fora da união. Ex: Mercosul – Mercado Comum do Sul - (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai)

Mercados comuns: busca-se uma padronização da legislação econômica, fiscal, trabalhista, ambiental etc. Entre os resultados, estão a eliminação das barreiras alfandegárias internas, a uniformização das tarifas de comércio exterior e a liberalização da circulação de capitais, mercadorias, serviços e pessoas no interior do bloco. Ex: (UE)

União econômica e monetária: é o ponto máximo do mercado comum. Ocorre a implantação de uma moeda única. Exemplo: União Européia (UE) com o euro.

• Os blocos econômicos regionais e as fronteiras da economia mundial
O surgimento de blocos econômicos significa que regionalmente, em maior ou menor grau, as fronteiras econômicas entre os países estão sendo abolidas. Em âmbito mundial, no entanto, a disputa econômica tende a continuar existindo, sendo cada vez mais intermediada por esses organismos supranacionais – os blocos econômicos regionais – e, no plano multilateral, pela OMC.

• O comércio internacional na atualidade
O comércio internacional é um dos aspectos mais importantes da globalização. As trocas comerciais desde a Segunda Guerra têm crescido num ritmo mais rápido do que a produção em escala mundial, aprofundando a interdependência dos países. Essa tendência só foi interrompida em 2001, quando houve uma queda de 1,5% no comércio mundial. A consolidação dos blocos comerciais tem fortalecido as trocas não só em escala regional, mas também mundial. De qualquer maneira, o comércio internacional está concentrado fortemente no Hemisfério Norte (85% do comércio mundial é feito entre os países desenvolvidos). Os maiores comerciantes do mundo são os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão, a França, o Reino Unido, a China e o Canadá. No entanto, o México e os Tigres Asiáticos têm aumentado sensivelmente sua participação nos últimos tempos.

• A Alca e o Brasil
A Alca é um projeto de zona de livre comércio composta de 34 países americanos; no entanto, é fortemente hegemonizada pelos Estados Unidos. Se o cronograma for cumprido e não houver adiamentos, deverá começar a funcionar em 2005. A economia brasileira é, em geral, menos competitiva que a norte-americana. A abolição de tarifas no comércio americano poderá trazer prejuízos para diversos setores da economia brasileira, sobretudo se os Estados Unidos não retirarem suas barreiras não tarifárias, que limitam a entrada de diversos produtos nacionais naquele mercado. Entretanto, se o Brasil não fizer parte desse bloco sofrerá concorrência desigual de outros países latino-americanos que terão acesso privilegiado ao mercado dos Estados Unidos, e deste nos países latino-americanos. A estratégia do governo brasileiro frente à Alça é tentar fortalecer o Mercosul e negociar em bloco com os Estados Unidos, nos moldes da proposta 4 + 1 (os quatro do Mercosul mais os Estados Unidos).

• A fragilidade dos blocos africanos
A fragilidade dos blocos africanos é nada mais do que o reflexo da fragilidade dos países do continente. Estes são marcados por dependência econômica, carência de infra-estrutura, baixo nível de industrialização, pobreza, fome, epidemias e guerras civis. O mais importante bloco econômico da África é a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), à qual pertence a maior e mais diversificada economia do continente, a África do Sul.

Fonte Bibliográfica
MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume único, 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2009

HEBREUS, FENÍCIOS E PERSAS

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História

Capítulo 7 – Hebreus, fenícios e persas (Pg. 55)

HEBREUS

• Fases do governo hebraico
1ª) Governo dos patriarcas, no qual as comunidades tribais eram comandadas por chefes denominados patriarcas, venerados como “pais” (Abrão, Moisés) da comunidade;

2ª) Governo dos juízes, que exerciam o poder político, militar e religioso; comandavam de forma enérgica o cumprimento dos costumes religiosos, mas não contavam com uma estrutura administrativa regular;

3ª) Monarquia, criada para centralizar o poder e organizar forças para enfrentar os adversários

• Herança cultural no decorrer dos séculos
A história dos hebreus foi marcada por migrações, perseguições, lutas, cativeiros, fugas e dispersão, contudo eles mantiveram sua herança cultural devido à unidade lingüística e à manutenção de uma forte tradição religiosa.

• Nação sem estado
Depois da destruição da monarquia hebraica (domínio babilônico) e da perda sucessiva de autonomia política (dominação persa, macedônica, romana), grupos de hebreus dispersaram-se pelo mundo todo, mas conseguiram manter identidade cultural e, sobretudo, religiosa, Por isso, pode-se afirmar que, embora não possuíssem um Estado (criado só em 1948) eles formavam uma nação.

• Monoteísmo hebraico
Enquanto a maioria dos povos da Antiguidade era politeísta, os hebreus eram monoteístas. Por meio da crença no deus único e supremo (criador do universo, onipotente e onisciente), os hebreus edificaram o judaísmo, cujos fundamentos foram assimilados na concepção do cristianismo e do islamismo. Hoje, mais da metade da humanidade (dentre os quais 33% cristãos e 19% muçulmanos, aproximadamente) convive com o legado ético e cultural dos hebreus.
FENÍCIOS

• Unificação política
As disputas político-econômicas por mercados enfraquecia o poder das cidades-Estados fenícias, de modo que nehuma delas se tornou suficientemente forte para promover uma unificação política.

• O comércio e o alfabeto
A escrita alfabética, que representou um meio de comunicação mais acessível a um grupo cada vez maior de pessoas (sacerdotes, estudiosos, funcionários, representou um recurso mais prático para o registro das transações comerciais.

OS PERSAS

• A administração persa
O Império Persa era dividido em províncias, chamadas satrapias, cada uma governada por um administrador – o sátrapa. Essa organização administrativa foi adotada para que fosse possível cuidar de todos os domínios da vasta extensão territorial do Império.

• Os transportes e as comunicões
Buscando manter a unidade do império habitado por diferentes povos, os persas aperfeiçoaram os transportes e as comunicações. Grandes estradas foram construídas para ligar as principais cidades do império, destacando-se a Estrada Real, entre Susa e Sardes, com cerca de 2.600 km de extensão. A boa condição das estradas possibilitou um eficiente serviço de correios. Além disso, adotaram o aramaico como língua para todos os documentos oficiais visando a unidade do império.

• O zoroastrismo
O zoroastrismo se assemelha às três grandes religiões monoteístas sobretudo em termos éticos: a idéia de que o bem depende de opção e ação dos seres humanos, que podem, por meio do culto e de rituais, complementados por ações concretas, se associar à obra do princípio (do bem) que criou o mundo. Contudo, nas três religiões mencionadas, a crença na existência do mal não significa a aceitação da existência de uma segunda divindade, como ocorre no zoroastrismo.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

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