domingo, 11 de setembro de 2011

ALEMANHA: A EMERGÊNCIA DE UMA POTÊNCIA


Col. Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2º Ano – Ensino Médio    -   Matutino
Disciplina: Geografia

ALEMANHA: A EMERGÊNCIA DE UMA POTÊNCIA (CAP. 05 -  Pg.297)


·        Arrancada industrial após 1871

A arrancada industrial aconteceu após 1871, porque este ano marca a unificação político-territorial da Alemanha com a constituição do Segundo Reich.
O primeiro Reich(pronuncia-se “raich”), o Sacro Império Romano-Germânico, existiu durante a Idade Média, o Segundo marcou o nas cimento da Alemanha como Estado unificado política e territorialmente e o Terceiro teve início com a ascensão de Hitler em 1933.
A unificação territorial significou também uma unificação econômica. Surgiu um grande mercado consumidor, sem barreiras para a circulação de produtos e capitais, com uma moeda única, uma política econômica válida para o território inteiro, e uma legislação fiscal trabalhista também única. Enfim, a unificação política criou condições econômicas para um grande processo de acumulação de capitais, que antes era dificultado pela fragmentação territorial.
Concluindo, apesar de contar com algumas condições favoráveis, já bastante amadurecidas na metade do século XIX, foi essencialmente o fator geopolítico que retardou a arrancada industrial do país.

·        Poucas colônias

A Alemanha não tinha muitas colônias porque se unificou tardiamente. Assim, enquanto o Reino Unido e a França estavam conquistando territórios, esse país estava ainda empenhado na unificação do seu território. Quando se lançou à conquista de territórios externos, no final do século XIX, o mundo já estava praticamente todo dividido entre as principais potências européias.

·        As duas guerras mundiais

Tanto na primeira quanto na Segunda Guerra, a Alemanha foi o pivô dos conflitos mundiais pelo mesmo motivo. Ambas foram resultado do expansionismo alemão, com base na noção de “espaço vital” formulada por Friedrich Ratzel. Era o Estado militarista alemão empenhado em conquistar os territórios necessários para viabilizar sua expansão capitalista, seu crescimento industrial e seu fortalecimento político.


·        Tratado de Versalhes

Após a Primeira Guerra, os vitoriosos impuseram uma série de sanções à Alemanha através do Tratado de Versalhes: pesadas indenizações, grandes restrições militares e significativas perdas territoriais.


·        Limites territoriais após a 1ª e 2ª Guerras Mundiais

Após a Primeira Guerra, a Alemanha perdeu vastos territórios, como a Alsácia, a Lorena e o Sarre, para a França. Perdeu também territórios para a Polônia, com a criação do corredor polonês, isolando a Prússia Oriental. Além de perder territórios do próprio corpo do país, perdeu as poucas possessões coloniais que possuía. A Segunda Guerra foi, em grande medida, uma revanche às imposições do Tratado de Versalhes, uma tentativa de ampliar a Alemanha que redundou em nova derrota e maiores perdas territoriais. Além disso, a Alemanha, depois de um período de administração interaliada, seria, em 1949, dividida em duas: República Federal da Alemanha-RFA (ocidental) e República Democrática Alemã-RDA (oriental).


·        “Milagre Alemão”

As indústrias, as cidades e praticamente toda a infra-estrutura alemãs foram quase totalmente  arrasadas ao final do conflito. Então, como explicar o fato de esse país ser hoje a terceira economia do planeta?
Após a Segunda Guerra, durante o período da Guerra Fria, recebeu, por conta do Plano Marshall, 1,4 bilhão de dólares do tesouro norte-americano. Esse fato, aliado à entrada do país em organizações supranacionais, como a Comunidade Econômica Européia (CEE), atual União Européia, foi fundamental para a ocorrência do chamado “milagre alemão”, ou seja, da rápida reconstrução econômica do país no pós-guerra.

·        Parque Industrial e fatores locacionais

A maior concentração industrial da Alemanha encontra-se na Renânia, nos vales do Reno e do Ruhr, onde se destacam cidades como Colônia, Düsseldorf, Dortmund, Esse etc. Os principais fatores que explicam essa localização industrial são: facilidade de escoamento da produção pela hidrovia do Reno, que desemboca no porto de Roterdã (Países Baixos); grande disponibilidade de carvão mineral; concentração populacional, constituindo reserva de mão-de-obra e mercado consumidor etc.


·        Reunificação política de 1990

Impossibilitadas de concorrer com a competitiva indústria ocidental, praticamente todos os ramos industriais da ex-RDA quebraram: falências generalizadas, desemprego em massa, crise. O maior símbolo da defasagem tecnológica e da baixa competitividade das indústrias do leste pode ser resumido numa palavra: Trabant (Trabies). Eram pequenos carros fabricados na RDA. Em comparação com os Mercedes-Benz, BMW, Porshe, Audi e Volkswagen, os pequenos carros foram literalmente parar no lixo. Os antigos donos simplesmente os abandonavam nas ruas por causa da tecnologia defasada que eles mesmos fabricavam.
O governo da Alemanha unificada interveio nesse processo, canalizando bilhões de marcos com o objetivo de reconstruir a abalada infra-estrutura do lado oriental, na tentativa, diga-se de passagem bem-sucedida, de atrair investimentos para dinamizar sua economia. O ritmo de crescimento da ex-RDA é bastante rápido, muitos investimentos estão afluindo, as indústrias estão se modernizando, o desemprego está diminuindo. O que um papel fundamental nessa recuperação foram os subsídios do lado rico, os capitais da ex-Alemanha Ocidental.


Fonte Bibliográfica
MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume único, 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2009.

BIOMAS E FORMAÇÕES VEGETAIS


Col. Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:   1º Ano – Ensino Médio    -  Matutino
Disciplina: Geografia  -  2011

Capítulo  – Biomas e formações vegetais: Classificação e situação atual (Pg. 136)

  • Biomas

Biomas são sistemas em que solo, clima, relevo, fauna e demais elementos da natureza interagem entre si formando tipos semelhantes de cobertura vegetal, com as florestas tropicais, florestas temperadas, pradarias, desertos e tundras. Em escala planetárias, os biomas são unidades que evidenciam grande homogeneidade  na natureza de seus elementos.

  • Desmatamentos e suas conseqüências

Um dos mais lesivos impactos ambientais é a devastação das floretas, sobretudo as tropicais, as mais ricas em biodiversidade. Essa devastação, ocorre por fatores econômicos (extração de madeira, projetos agropecuários, projetos de mineração, instalação e expansão de garimpos, usinas hidrelétricas e outros).
A principal conseqüência do desmatamento é o comprometimento da biodiversidade, como resultado da diminuição ou, muitas vezes, da extinção de espécies vegetais e animais. Muitas espécies, hoje ainda desconhecidas, podem vir a ser a chave para a cura de doenças e poderão ser usadas na alimentação ou como matérias-primas.

  • Formações vegetais

As formações vegetais são tipos de vegetação facilmente identificáveis, que dominam extensas áreas. É o elemento mais evidente não classificação dos ecossistemas e biomas.
Principais formações vegetais:
Tundra: vegetação rasteira, de ciclo vegetariano curto. Por encontrar-se em regiões subpolares, desenvolve-se apenas durantes os três meses de verão, nos locais onde ocorre o degelo.
Florestas de coníferas: formação florestal típica da zona temperada. Ocorre nas altas latitudes do Hemisfério Norte, em regiões de climas temperados continentais, como Canadá, Suécia, Finlândia e Rússia.
Floresta temperada: diferentemente das coníferas, esta formação florestas caducifólia, típica das zonas climáticas temperadas, é encontrada em latitudes mais baixas e sob maior influência da maritimidade, o que permite a instalação de atividades agropecuárias.
Mediterrânea: desenvolve-se em regiões de clima mediterrâneo, que apresentam verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos. É encontrada em pequenas porções da Califórnia (Estados Unidos), do Chile, da África do Sul e da Austrália.
Formações herbáceas (pradarias): compostas basicamente de gramíneas, são encontradas sobretudo em regiões de clima temperado continental. Desenvolvem-se na Rússia e Ásia Central, nas Grandes Planícies americanas, nos Pampas argentinos, no Uruguai, na região Sul do Brasil e na Grande Bacia Artesiana (Austrália).
Formações de região semi-árida: nessas formações destacam-se as estepes, vegetação herbácea, como as pradarias, porém mas esparsa e ressecadas; no Brasil esta formação equivale à caatinga.
Deserto: bioma cujas espécies vegetais estão adaptadas à escassez de água, situação típica dos climas polares, áridos e semi-áridos. Em regiões de climas áridos e semi-áridos desenvolvem-se os desertos quentes, cujas espécies são xerófilas, destacando-se as cactáceas. Aparecem nos desertos da América, África, Ásia e Oceania, ou seja, em todos os continentes com exceção da Europa.
Floresta estacional e savana: em regiões onde o índice de chuvas é elevado, porém concentrado em poucos meses do ano, podem se formar floresta que perdem totalmente as folhas durante a estação seca, ou podem formar-se as savanas, formação vegetal complexa que apresenta estratos arbóreo, arbustivo e herbáceo. São encontradas em grandes extensões da África, na América do Sul, no México, na Austrália e na Índia. São amplamente utilizadas para a agricultura e pecuária.
Floresta pluvial tropical e subtropical: nas regiões tropicais quentes e úmidas encontramos florestas que se desenvolvem graças aos seus significativos índices pluviométricos. São extremamente heterogêneas, que se localizam em baixas latitudes da América, na África e na Ásia.
Alta montanha: em regiões montanhosas há uma grandes variação altitudinal da vegetação, como nas proximidades do Equador e nas baixas altitudes do sopé da Cordilheira dos Andes.À medida que aumenta a altitude e diminui a temperatura, os solos ficam mais rasos e a vegetação, mais esparsa.

  • Biomas e formações vegetais do Brasil

O Brasil tem várias zonas climáticas, desde equatoriais até subtropicais, e essa diversificação contribui para a formação de diferentes biomas: floresta tropical úmida (Floresta Amazônica e Mata Atlântica), floresta subtropical, o cerrado, a caatinga e os campos, além do pantanal.
Floresta amazônica (floresta pluvial equatorial): é a maior floresta tropical do mundo, totalizando cerca de 40 % das florestas pluviais tropicais do planeta. A floresta Amazônica apresenta três estratos de vegetação: caaigapó ou igapó (área permanentemente alagada ao longo dos rios), vázea (área sujeita a inundações periódicas) e caaetê ou terra firme (área que nunca se inunda).
Mata atlântica (floresta pluvial tropical): originalmente cobria uma área de 1 milhão de km2, estendendo-se ao longo do litoral desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e alargando-se significativamente para o interior em Minas Gerais e São Paulo. É um dos biomas mais importantes para a preservação da biodiversidade brasileira e mundial, mas é também o mais ameaçado.
Mata de araucárias ou Mata dos Pinhais (floresta pluvial subtropical): é uma floresta na qual predomina o pinheiro-do-paraná, ou araucária (Araucária angustifólia), espécie adaptada a climas de temperatura moderadas a baixas no inverno, solos férteis e índice pluviométrico superior a 1000 mm anuais.
Mata dos Cocais: esta formação vegetal se localiza no estado do Maranhão, encravada entre a Floresta Amazônica, o cerrado e a caatinga, caracterizando-se como mata de transição entre formações bastante distintas. É constituída por palmeiras, com grande predominância do babaçu e ocorrência esporádica de carnaúba.
Caatinga: vegetação xerófila, adaptada ao clima semi-árido, na qual predominam arbustos caducifólios e espinhosos; ocorrem também cactáceas, como o xique-xique e o mandacaru, comuns no Sertão.
Cerrado: é constituído por vegetação caducifólia (ou estacional), predominantemente arbustiva, de raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa (que dificulta a perda de água). Duas das espécies mais conhecidas são o pequizeiro e o buriti. É adaptado ao clima tropical típico, com chuvas abundantes no verão e inverno seco, desenvolvendo-se, sobretudo, no Centro-oeste brasileiro.
Pantanal: Há vegetação rasteira, floresta tropical e mesmo vegetação típica do cerrado nas regiões de maior altitude. Portanto, não é uma formação vegetal, mas um complexo que agrupa várias formações e também uma fauna muito rica. Aparece principalmente nos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Campos naturais: formações rasteiras ou herbáceas constituídas por gramíneas que atingem até 60 cm de altura. Os campos mais famosos do Brasil localizam-se no Rio Grande do Sul (Campanha Gaúcha), no Mato Grosso do Sul (os campos de Vacaria).
Vegetação Litorânea: podem ser consideradas formações vegetais litorâneas a restinga e os manguezais. A restinga se desenvolve na areia, com predominância de arbustos e ocorrência de algumas árvores, como chapéu-de-sol, coqueiro e goiabeira. Os manguezais são nichos ecológicos responsáveis pela reprodução de grande número de espécies de peixes, moluscos e crustáceos.

·  Unidades de Conservação

Com a Lei 4771, foi criado o Código Florestas, que estabeleceu normas para o uso das florestas e demais tipos de biomas, fixando percentuais máximos para a retirada da vegetação, diferenciados por região. Foram criadas, então, as Unidades de Conservação.
As Unidades de Conservação são áreas de preservação agrupadas conforme a restrição ao uso. As unidades classificadas como de restrição total são denominadas Unidades de Proteção Integral; aquelas cujo nível de restrição é menor têm uso voltado ao desenvolvimento cultural, educacional e recreacional e são denominadas Unidades de Uso Sustentável.


·  Fonte

- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

ADMINISTRAÇÃO PORTUGUESA E IGREJA CATÓLICA

 
Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2° Ano 
Disciplina:   História

Capítulo 22 –
Adiministração Portuguesa e Igreja Católica(Pg. 201)

·        As Capitanias Hereditárias
O sistema de capitanias hereditárias foi instituído por ordem do rei D. João III, em 1534, com a divisão do território brasileiro em 15 grandes porções de terra (capitanias ou danatarias), entregues à administração e exploração econômica dos capitães ou donatários, que passavam essa atribuição a seus descendentes. Dentre os direitos e deveres dos donatários podem ser destacados: crias vilas e distribuir sesmarias (terras); exercer autoridade judicial e administrativa; escravizar os indígenas, considerados inimigos, e prendê-lo por meio da chamada guerra justa; enviar até 30 índios escravizados por ano a Portugal; e receber a vigésima parte dos lucros do comércio do pau-brasil. Em troca, deviam garantir ao rei de Portugal: 10 % dos lucros sobre todos os produtos da terra; um quinto dos lucros sobre os metais e pedras preciosas encontrados; e o monopólio da exploração do pau-brasil.

·        Principais resultados do sistema de capitanias
Foram lançadas as bases da colonização; formaram-se os primeiros núcleos de povoamento (São Vicente, em 1532; Ilhéus, em 1536; Olinda, em 1537; e Santos, em 1545); preservou-se a posse das terras; foram reveladas as possibilidades de exploração econômica da colônia, com o início do cultivo da cana-de-açúcar. Problemas: a grande extensão das terras e a falta de recursos suficientes para explorá-las; a hostilidade dos grupos indígenas que resistiam à dominação portuguesa; o isolamento das capitanias entre si e em relação a Portugal, devido às grandes distâncias e às precárias condições dos meios de transporte da época; o fato de algum as capitanias não terem solo propício ao cultivo da cana-de-açúcar, restando aos seus donatários a exploração do pau-brasil. Somente duas capitanias conseguiram prosperar: Pernambuco e São Vicente.

·        O Governo Geral
Para interferir mais diretamente no processo de colonização, dado o êxito reduzido das capitanias hereditárias (somente duas), Portugal resolveu adotar o sistema de Governo Geral. Em termos administrativos, a principal mudança foi representada pela criação de um governo centralizado, com sede na cidade de Salvador, na capitania da Bahia, exercido por representantes da Coroa Portuguesa – o governador-geral e seus auxiliares (Ouvidor-mor: negócios da justiça; provedor-mor: assuntos da fazenda e capitão-mor: defesa do litoral)

·        Os homens bons
Eram os proprietários de terra, de escravos ou de gado que residiam na cidade e exerciam, em muitas vilas e cidades, o poder político; atuavam nas Câmaras Municipais, encarregadas da administração local.
O controle do poder local pelos “homens bons”, na América portuguesa, significava o exercício do poder político pelos detentores do poder econômico. No Brasil de hoje, legal e formalmente, isso não deveria ocorrer; mas, na prática, pode-se afirmar que essa situação ainda persiste, uma vez que o sistema político e eleitoral ainda é muito controlado pelos que possuem mais recursos econômicos.

·        As Câmaras Municipais
Eram controladas pelos homens-bons, atuavam em diversos setores, como o abastecimento, a tributação e execução das leis. Os homens bons também organizavam expedições contra os indígenas, determinavam a construção de povoados e estabeleciam preços das mercadorias. Devido à esses poderes, muitas vezes as Câmaras se rebelavam contra o poder central representado pelo governo-geral.
O Brasil de hoje, também, apresenta uma administração pública que mantém alguns aspectos que podem ser considerados herança do período colonial: a excessiva centralização, gerando uma burocracia complicada e lenta, o que leva o usuário à busca de soluções alternativas, muitas vezes dando origem a fraudes e corrupção.

·        A Coroa Portuguesa e a Igreja Católica
As relações entre a Coroa Portuguesa e a Igreja Católica eram reguladas por meio do regime de padroado – um acordo entre o papa e o rei que estabelecia deveres e direitos da Coroa portuguesa em relação à Igreja. Entre os deveres destacavam-se: garantir a expansão do catolicismo nas terras conquistadas, construir e conservar igrejas e remunerar sacerdotes. Entre os direitos estavam: nomear bispos, criar dioceses e recolher o dízimo ofertado pelos fiéis à Igreja.

·        O Tribunal da Inquisição
Os representantes do Tribunal da Inquisição eram enviados ao Brasil para combater os chamados “crimes contra as verdades da fé cristã”, praticados por aqueles que resistiam ou escapavam à obrigação de seguir a religião católica. Nessas visitações, eram abertos processos contra as pessoas acusadas de crimes contra a fé, muitas das quais foram levadas a Portugal para julgamento.
Na América portuguesa (Brasil) a Inquisição perseguia e reprimia culturas que sofriam a dominação colonial (indígena e africana), além os cristãos novos (judeus convertidos ao cristianismo). Enquanto na Idade Média era feita a instalação direta de tribunais da Inquisição, no Brasil eram realizadas as chamadas visitações.

·        A língua e a religião
O ensino da língua portuguesa foi importante no processo de catequese porque constituiu um elemento fundamental na compreensão e assimilação dos novos conceitos, religiosos e culturais, que os missionários procuravam incutir nos indígenas, sobretudo nas crianças. Juntamente com a língua portuguesa, os indígenas deveriam assimilar a cultura e religião cristã, abandonando seus próprios hábitos e costumes.

·        A influência da Igreja Católica no Brasil Colônia e na atualidade
No período colonial, a Igreja Católica era, ao lado da monarquia, a instituição que articulava o processo de colonização, exercendo uma ampla gama de poderes em todos os setores da sociedade: político, econômico, cultural, além do especificamente religioso. A religião católica era oficial e, a rigor, estava na base de todas as manifestações culturais da colônia. Atualmente, embora ainda muito influente, pois o catolicismo é a religião da maioria da população brasileira, a Igreja Católica tem muito menos poder em relação ao conjunto da sociedade. A principal mudança, porém, diz respeito à posição política da Igreja: no período colonial, ela era ligada ao Estado e fazia parte da elite dominante; na atualidade, há setores que se identificam com as camadas populares e, em determinadas situações, assumem posições de crítica e de oposição às elites políticas dominantes.


Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

O IMPÉRIO BIZANTINO


Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História


Capítulo 10 – Império Bizantino (Pg. 99)

  • Constantinopla
Também chamada de Bizâncio, cidade fundada por marinheiros gregos em 657 a.C. Situada na passagem do mar Egeu para o mar Negro, Bizâncio era um importante entroncamento das rotas comerciais que integravam os dois continentes (Europa e Ásia).
Constantino (Imperador Romano em 330), devido a crise no ocidente, transferiu  a capital do Império Romano para Bizâncio e reuniu arquitetos, engenheiros e artesãos para remodelar a cidade, ordenando a construção de novas estradas, casas, igrejas, muralhas e outras edificações. Para a população, a cidade passou a se chamar Constantinopla, em homenagem ao seu fundador.

  • O Império Bizantino
No século VI, o Império Bizantino, praticamente, dominava a área mediterrânea, alcançando os três continentes que o circundam. Foram incorporados: no continente europeu, as penínsulas Balcânica e Itálica, estendendo-se a norte até a Bulgária e o extremo sul da península Ibérica; na Ásia Ocidental, a região sírio-palestina e Ásia Menor, englobando a Turquia e ocupando quase todo o litoral do mar Negro; e na África, todo o litoral norte, alcançando grande extensão do Egito.

  • A população do Império Bizantino
Havia grande número de escravos; os pobres recebiam do Estado, gratuitamente, alimentos e diversão (meio empregado para controlar os descontentes). Os trabalhadores livres, porém, eram mal remunerados e muitos viviam desabrigados nas ruas, porque o preço das moradias era muito elevado. Ainda assim, as condições de vida em Bizâncio eram consideradas as melhores do império.

  • Revolta de Nika
Nika foi uma revolta popular contra a opressão dos governantes e a cobrança de elevados tributos para custear gastos militares e demais despesas do império. As tensões sociais extravasaram num movimento de protesto contra as injustiças. A revolta iniciou-se no hipódromo, aos brados de nika, nika, (vitória, vitória), e adquiriu o caráter de rebelião contra o imperador (que tentara interferir no resultado da competição). Foi duramente reprimida, e quase 35 mil pessoas foram mortas.


  • Realizações na área do Direito
A área do Direito foi a mais destacada durante o governo de Justiniano. Foi elaborado o Código de Justiniano, que serviu de base para a legislação de muitos países ocidentais, incluindo o Brasil.

  • Cesaropapismo
Cesaropapismo é a união dos poderes estatal  e religioso, dando ao governante o comando do Estado e a proteção da Igreja. No Império Bizantino, essa união não foi pacífica, havendo muitos conflitos entre os imperadores e os papas. Os conflitos culminaram, em 1054, com o Grande Cisma do Oriente, isto é, a divisão do mundo cristão em duas Igrejas: a Igreja Católica do Oriente, conhecida como Igreja Ortodoxa, e a Igreja Católica do Ocidente, conhecida como Igreja Católica Apostólica Romana.

  • A economia bizantina
Era baseada no comércio (com a agricultura como atividade fundamental). O desenvolvimento das atividades urbanas (principalmente a manufatura de artigos de luxo) também teve muita importância. Outro aspecto que interferia na economia eram as condições dos trabalhadores urbanos e rurais.

  • A cultura bizantina
A cultura bizantina caracterizou-se pela integração do Oriente com o Ocidente, a importância do Cristianismo e a grande influência da Igreja; a diversidade no campo da arte.
A produção cultura bizantina, incluindo as realizações no campo da arte, integrava o luxo e o exotismo orientais como o equilíbrio e a leveza da arte clássica greco-romana. As principais realizações foram: a construção de igrejas com cúpula (arquitetura); a arte do mosaico, empregando pedra e vidro coloridos sobre um vidro claro, recoberto por ouro em folhas; a produção de esculturas, que serviam aos ideais religiosos, utilizando ouro, marfim e vidro em estatuetas caracterizadas por cores vivas e pelo aspecto místico.

  • Conseqüências da conquista de Constantinopla pelos turcos
As principais conseqüências foram: a migração de intelectuais bizantinos para a península itálica (o que exerceu influência sobre o movimento conhecido como Renascimento) e o aumento nos preços e os impostos cobrados dos comerciantes europeus que se abastecem de produtos orientais em Constantinopla. Com isto os europeus foram obrigados a buscar novas rotas de comércio dando início ao processo das grandes navegações.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

Vídeos:
O Império Bizantino - vídeo 1 

O Império Bizantino - vídeo 2 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

NOTAS DO 2º BIM

Olá pessoal !!

Quem quiser saber suas notas do 2º Bim acesse os links abaixo.

Boa sorte!!

Boas férias!!

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domingo, 12 de junho de 2011

GREGOS

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História

Capítulo 8 – Gregos (Pg. 66)

• Creta
Há cerca de 5 mil anos, a ilha de Creta, por sua localização, tornou-se ponto de encontro entre a Grécia e as civilizações do Crescente Fértil, o que favoreceu o desenvolvimento de atividades marítimas e comerciais. Entre 1700 e 1450 a.C. instalou-se na cidade de Cnossos uma poderosa monarquia que impôs sua supremacia sobre as demais cidades e expandiu a dominação cretense, formando um império comercial-marítimo que, por se basear na navegação marítima, foi denominada talassocracia.

• As cidades-Estados
As cidades-Estados originaram-se das transformações ocorridas na organização dos génos (grandes famílias). No início, a vida econômica era baseada na fraternidade e na cooperação social, com a terra, a colheita e o rebanho pertencendo à comunidade. Posteriormente, alguns grupos acumularam riqueza e poder, e passaram a se considerar os melhores (aristoi, em grego). Com isso a vida comunitária dos génos foi-se dissolvendo, formando-se a pólis (ou cidade-Estado), com governo, leis, calendário e moeda próprios.

• A colonização grega
A expansão colonizadora dos gregos deveu-se a questões sociais originadas por problemas de posse da terra, dificuldades na agricultura e aumento da população, o que levou grande parte dos gregos a procurar novas terras para se fixar.

• Esparta
A sociedade espartana, marcada pelo caráter militarista da cidade, era constituída por três grupos sociais: os esparciatas (cidadãos espartanos), homens livres, proprietários de terras, que não podiam exercer o comércio e ficavam à disposição do exército ou dos negócios públicos: os periecos, também homens livres, que não tinham direitos políticos e se dedicavam principalmente ao comércio e ao artesanato; e os hilotas, que tinham obrigação de cultivar as terras dos esparciatas, das quais não podiam ser expulsos. Essa organização se traduzia na estrutura de poder, com o domínio político exclusivo dos esparciatas, que exerciam todos os cargos e funções de governo.

• A democracia ateniense
A democracia grega surgiu a partir da reação de grande parte dos atenienses frente aos abusos e à concentração de poder da aristocracia (classe formada por um grupo reduzido de pessoas que detêm o poder econômico ou político). Com a ação de alguns reformadores, nos séculos VII e VI a.C., a situação política foi sendo, aos poucos, modificada. Drácon impôs leis escritas acabando com as vendetas(guerras entre famílias por vingança); Sólon libertou os cidadãos transformados em escravos. Esse processo culminou com a criação de um novo modo de governar Atenas – a democracia, que se consolidou com Clístenes (510 a 507 a.C). O princípio básico do regime democrático dizia que “todos os cidadãos têm o mesmo direito perante as leis” – princípio da isonomia.

• Democracia limitada
A democracia ateniense não atingia igualmente a todos os que lá viviam. Restringia-se aos cidadãos (pequena parte da população masculina). Os estrangeiros (metecos), os escravos, as mulheres e os jovens menores de 21 anos não tinham direitos políticos e estavam excluídos da vida democrática.

• Aristóteles e a escravidão
Aristóteles justifica a escravidão pela própria natureza, que, segundo ele, faz o corpo dos escravos e o do homem livre diferentes. O corpo do escravo seria forte, adaptado para a atividade servil; o do homem livre, ereto, seria inadequado para o trabalho, porém apto para a vida do cidadão.

• Elementos culturais
Arquitetura: destacam-se os templos, cuja principal função era abrigar as esculturas dos deuses e deusas. Não eram locais para reunião ou adoração e sim para serem vistos do exterior. Os principais estilos arquitetônicos foram: dórico (as colunas eram simples e sóbrias), jônico (as colunas eram cheias de ornamentos, sugerindo leveza) e coríntio (as colunas apresentavam uma variação da ordem jônica, era mais rebuscada e exuberante).
Escultura: relacionada com à religião, mesclava o divino e o humano, o espiritual e o físico. Deuses e deusas eram representados em forma humana. Na época clássica idealizava conceitos e sentimentos, como a justiça, o amor, a guerra, a paz, a sabedoria etc.
Teatro: os autores criavam textos cômicos (comédias) ou dramáticos (tragédias). Os atenienses apreciavam os diferentes gêneros teatrais e havia festivais e concursos entre os autores.
Ciências: Os gregos aperfeiçoaram o alfabeto fenício, inserindo as vogais, e o transmitiram a diversos povos. Na escrita da história destacaram-se Heródoto (484-425 a.C.), conhecido como o “pai da história”, e Tucídides (460-396 a.C.). Na filosofia, Sócrates (469-399 a.C.), Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.), enfatizaram a importância da razão como instrumento para se adquirir conhecimento e sabedoria. Da filosofia desmembraram as outras ciências destacando nomes como os matemáticos Tales de Mileto e Pitágoras. Na medicina destacou-se Hipócrates (pai da medicina)

• Guerra Médicas
A expansão econômica e cultural da Grécia, alcançando a costa ocidental da Ásia (Ásia Menor), provocou o confronto com o Império Persa, com a disputa de rotas comerciais, mercados e matérias-primas. Desse confronto resultou o conflito que se estendeu de 499 a 475 a.C.(Guerras Greco-Pérsicas ou Guerras Médicas). A guerra promoveu a solidariedade entre os gregos, que, com a liderança de Atenas e Esparta, conseguiram deter a invasão persa. O papel de destaque coube aos atenienses: Atenas, após a guerra, tornou-se a mais poderosa cidade grega, tanto do ponto de vista militar quanto econômico.

• Guerra do Peloponeso
O poderio de Atenas, decorrente das Guerras Médicas, provocou a reação de outras cidades gregas, comandadas por Esparta, que organizou e liderou a Liga do Peloponeso. A guerra entre as cidades rivais durou 27 anos (431-404 a.C.) e terminou com a vitória de Esparta; os aristocratas espartanos estenderam sua influência sobre o mundo grego durante cerca de 30 anos. Essa liderança, contudo, foi interrompida por novas revoltas comandadas por habitantes da cidade de Tebas, que contavam com um poderoso exército.

• Conseqüência das guerras para a vida política
Após vencer as tropas espartanas, as lideranças tebanas instituíram um período de hegemonia entre os gregos, que durou de 371 a 362 a.C. Mas, após anos de guerras internas, as cidades gregas ficaram enfraquecidas nas suas instituições públicas, debilitando o mundo grego. Aproveitando-se desta “crise” da polis, o rei Filipe da Macedônia preparou um forte exército para conquistar a Grécia.

• O Império Macedônico
Liderando o exército macedônico, Alexandre Magno (o Grande, como ficou conhecido), filho do rei Filipe da Macedônia, sufocou definitivamente as revoltas das cidades gregas (Tebas e Atenas) e, depois partiu com mais de 40 mil homens em direção ao Oriente.
O Império Macedônico foi responsável pela difusão da cultura grega desde o Egito até o Extremo Oriente, e promoveu trocas culturais com o mundo oriental.

• A cultura helenística (Grega)
As principais características da cultura helenística são:
- O clima de incerteza, descrença e materialismo que dominava o campo filosófico, expresso no estoicismo (afirmava ser inútil lutar contra o inevitável, o homem devia aceitar seu destino) e no hedonismo (que ensinava que o homem devia buscar o prazer, pois este representa o bem, enquanto a dor representa o mal);
- O desenvolvimento do conhecimento científico;
- O caráter mais dramático, plástico e emotivo do equilíbrio e do racionalismo clássico grego.

• Religião e Mitologia
A religião grega não tinha um conjunto fixo de normas (dogmas) escritas em um único livro sagrado. Seus princípios foram transmitidos pela tradição oral.
Entre as características da religião grega, cita-se o politeísmo (culto a vários deuses) e o antropomorfismo (do grego antropo=homem e morfismo=referente à forma – os deuses gregos eram representados com forma e comportamento semelhantes aos dos seres humanos. Os gregos reverenciavam também, os heróis, os semideuses, filhos de um deus imortal com uma pessoa morta. Entre os heróis gregos destaca-se Hércules, o mais forte de todos.
Narrando a vida dos deuses e heróis e seus envolvimentos com os humanos, os gregos criaram um rico conjunto de mitos (mitologia), que exerceu grande influência sobre a arte e o pensamento dos povos ocidentais.
O termo mito tem diversos sentidos. Pode significar uma idéia falsa, como o “mito da superioridade racial dos germânicos”; uma crença exagerada no talento de alguém, algo como “Elvis Presley foi o maior mito do rock mundial”; ou ainda algo não comprovado, irreal supersticioso, como o mito da existência de marcianos. Na história dos gregos antigos, mito se refere aos relatos da tradição cultural daquele povo, que utilizava elementos simbólicos para explicar a realidade e dar sentido à vida. As lendas narradas pelos mitos são ricas em símbolos e imagens e propõem reflexões sobre os homens e sua condição no mundo.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

 
VÍDEO GRÉCIA ANTIGA PARTE 1
 
VÍDEO GRÉCIA ANTIGA PARTE 2

SOLO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia - 2011

Capítulo 4 – Solo (Pg. 116)

• Conceito e Formação do solo
- Para a mineração, solo é um detrito que deve ser separado dos minerais explorados e depois removido; para algumas ciências, como a ecologia, é um sistema vivo composto por partículas minerais e orgânicas que possibilita o desenvolvimento de diversos ecossistemas. Para a Geografia, solo é a parte natural e integrada à paisagem que dá suporte às plantas que nele se desenvolvem.
- O solo é formado num processo contínuo, pela desagregação e decomposição das rochas. Quando expostas à atmosfera, as rochas sofrem a ação direta do calor do Sol e da água da chuva, entre outros fatores, que modificam seus aspectos físicos e composição química dos minerais que a compõem. Em outras palavras, sofrem a ação do intemperismo físico e químico.
- Ao processo que origina os solos e seus horizontes dá-se o nome de pedogênese.
- Basicamente o solo é constituído de: Partículas minerais (argila, silte, areia fina, areia grossa e cascalho), matéria orgânica (restos vegetais e animais – húmus), água e ar.

• Perfis do Solo
O perfil de um solo bem desenvolvido possui basicamente quatro tipos de horizontes, chamados de horizontes principais:
- Horizonte O: camada superior do solo, orgânica;
- Horizonte A: camada com acúmulo de matéria orgânica;
- Horizonte E: claro de máxima remoção de argila e/ou óxidos de ferro;
- Horizonte B: máxima expressão de cor e concentração de materiais removidos de A e E;
- Horizonte C: material inconsolidado de rocha alterada;
- R: Rocha não alterada (que não é solo).

• Erosão
Conjunto de ações que modelam uma paisagem. Importante fator de modelagem das formas de relevo, de desgaste dos solos agricultáveis e, quando resulta de ação humana sobre a natureza, pode comprometer o equilíbrio ambiental.

• Etapas do desgaste do solo
As três etapas do desgaste de solos provocados pelo processo erosivo são intemperismo, transporte e sedimentação. A melhor forma de se combater esse desgaste é por meio da diminuição da velocidade de escoamento da água.

• Práticas agrícolas para conservação do solo
Algumas práticas agrícolas são utilizadas para a conservação do solo, quebrando a velocidade de escoamento das águas das chuvas, entre elas:
- Terraceamento: prática que consiste em fazer cortes nas superfícies íngremes para formar degraus.
- Curvas nível: consiste em arar o solo e depois semeá-lo seguindo as cotas altimétricas do relevo.
- Associação de culturas: prática que consiste em plantar espécies, principalmente leguminosas, entre fileiras de culturas que deixam parte de solo exposto, favorecendo também o equilíbrio orgânico do solo.

• Voçorocas
As voçorocas se formam basicamente de duas maneiras: erosão descontrolada sobre sulcos que se formam pela ação das águas pluviais na superfície e no subsolo, e solapamento das camadas inferiores do solo, provocando desmoronamentos e conseqüente formação de sulcos que vão aumentando de tamanho.

• Deslizamentos
As encostas, à medida que a camada de solo vai adquirindo maior profundidade ao longo do tempo geológico, tende a deslizar quando sua espessura, peso e declividade criarem as condições propícias. Esse processo é acelerado pela ação humana quando ocorre desmatamento e ocupação das encostas, o que aumenta o peso da massa solta sujeita ao escorregamento.

• Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

CLIMA

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia - 2011

Capítulo 3 – Clima Pg. (90)

• Tempo e Clima
Tempo – corresponde a um estado momentâneo da atmosfera num determinado lugar, com relação à combinação de certos fenômenos físicos, como temperatura, umidade, ventos e nebulosidade; ele pode mudar em poucas horas ou até mesmo de um instante para outro.
Clima – corresponde ao comportamento do tempo em determinado lugar durante um período suficiente longo, ou seja, é a sucessão dos diferentes tipos de tempo. Para compreender o clima de um lugar, é necessário estudar os tipos de tempos que correm nessa região durante um período nunca inferior a 30 anos.

• Fatores climáticos e atributos ou elementos do clima
Chamamos fatores climáticos às condições físicas de uma região ou do planeta que interferem nas condições do clima em diferentes escalas. São eles: latitude, altitude, massas de ar, correntes marítimas, continentalidade ou maritimidade, relevo, vegetação e urbanização.
O comportamento dos atributos ou elementos climáticos – temperatura, umidade e pressão atmosférica – é resultado da conjugação desses fatores. Apresenta-se diferenciado nas diversas regiões do planeta, bem como, no caso da atuação das massas de ar, ao longo do ano.

• Latitude
Quanto maior a latitude, menores serão as temperaturas médias anuais, pois maior será a inclinação com que os raios solares incidirão sobre a superfície terrestre, aumentando, consequentemente, a área a ser aquecida por uma determinada quantidade de energia. Por outro lado, quanto menor for a latitude, maiores serão as médias térmicas anuais, pois menor será a área da superfície a ser aquecida pela mesma quantidade de energia.

• Altitude
Quanto maior a altitude, menores serão as médias térmicas anuais, porque a atmosfera se aquece por irradiação de calor absorvido. Quanto mais nos aproximamos do nível do mar, maiores serão as médias anuais de temperatura, pois aumenta a superfície de contato da terra com a atmosfera.

• Massas de ar
A ação diferenciada das massas de ar ao longo do ano é um dos fatores que explicam a variação do comportamento do tempo. Por exemplo: o clima em Manaus é quente e úmido no decorrer do ano porque, na região, atuam somente massas de ar quentes e úmidas (massa equatorial continental – MEC – e massa equatorial atlântica – meã). Já na região Sul do país, o verão é quente e úmido porque, nessa estação, atua a massa tropical atlântica (mTa), que é quente e úmida. O inverno, por sua vez, é frio e úmido, características da massa polar atlântica (mPa), que atua sobre a região nessa época do ano.

• Tipos de chuva
Para que ocorra precipitação de água na atmosfera, a umidade tem que passar do estado gasoso para o líquido (condensação), o que depende da redução de temperatura. A partir dessa informação, podemos classificar a chuva em três tipos:
1 – chuva de relevo ou orográfica: para ultrapassar uma forma de relevo (uma serra, por exemplo), a massa de ar ganha altitude; as temperaturas mais baixas provocam condensação do vapor de água e, consequentemente, precipitação;
2 – chuva frontal: a temperatura cai na zona de contato de uma massa de ar frio com uma massa de ar quente, ocorrendo, daí, a precipitação;
3 – chuva de convecção: nos dias quentes, o ar próximo à superfície se aquece, fica mais leve e sobe. Nas camadas superiores da atmosfera, vão se formando nuvens (vapor de água condensado) ao longo do dia. No final da tarde ou começo da noite, ocorre a precipitação.

• Tipos de climas
1 – Polar ou glacial
2 – Temperado e frio
3 – Mediterrâneo
4 – Tropical
5 – Equatorial
6 – Subtropical
7 – Árido ou desértico
8 – Semi-árido

• Inversão térmica
A inversão térmica, um fenômeno natural que geralmente ocorre nas primeiras horas da manhã, consiste na inversão de camadas na atmosfera: o ar frio fica abaixo e o ar quente, acima. Ao ocorrer em centros urbanos, impedindo a circulação atmosférica vertical, dificulta a dispersão do ar frio carregado de poluentes que está relativamente próximo do solo, agravando sobremaneira o problema da poluição.

• Ilhas de calor
É um fenômeno típico das grandes metrópoles, devido ao elevado índice de edificações e de impermeabilização do solo, particularmente nas zonas centrais, o que causa maior irradiação de calor, que eleva as temperaturas.

• Efeito estufa
O efeito estufa, ao que tudo indica, é causado pela elevação do índice de alguns gases na atmosfera, como o dióxido de carbono e o metano, que têm a propriedade de absorver calor, provocando a elevação das temperaturas médias do planeta.

• Conseqüências do efeito estufa
A conseqüência provável da intensificação do efeito estufa é a mudança dos climas de diversas regiões, em função das alterações provocadas na circulação atmosférica. Numa previsão catastrófica, poderia fundir o gelo das montanhas, das terras cobertas de gelo nos pólos, além de provocar maior dilatação das águas, levando a uma elevação do nível dos oceanos, o que causaria grandes danos às cidades litorâneas.

• Chuva ácida
A chuva normalmente é levemente ácida. Portanto, quando se fala em chuva ácida, está se falando de uma elevação anormal da acidez como conseqüência do lançamento na atmosfera de SO2 e NO2. O dióxido de enxofre primeiro reage com o oxigênio e vira SO3. Logo em seguida, o trióxido de enxofre, ao reagir com a água em suspensão, transforma-se em ácido sulfúrico ((H2SO4). O dióxido de nitrogênio, por sua vez, ao reagir com a água, transforma-se em ácido nítrico (HNO3) e nitroso (HNO2). Esses ácidos são muito fortes e provocam corrosão de metais, pinturas, monumentos etc., além de acidificarem lagos, muitas vezes até muitos quilômetros de distância, matando espécies e desequilibrando ecossistemas.

• Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.