quarta-feira, 12 de novembro de 2014

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO 4º BIM - REFORMAS RELIGIOSAS

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano       
Disciplina:   História - 2014

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO - 4º BIM

Texto: Reformas religiosas
        1)     Quais as principais críticas à Igreja Católica que levaram ao movimento das reformas?
            2)       Escreva cinco linhas sobre o luteranismo:
            3)       Por que o calvinismo acabou indo de encontro aos interesses da burguesia?
            4)       O que foi a Reforma Anglicana? Qual o seu principal articulador?

          5)    Escreva pelo menos cinco linhas sobre a Contrarreforma. Cite pelo menos uma medida adotada pela Igreja Católica:

REFORMAS RELIGIOSAS

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História – 2014


REFORMAS RELIGIOSAS

·        Críticas a Igreja Católica
As transformações ocorridas no final da Idade Média impulsionaram o surgimento de ideias contrárias às pregações católicas. As principais críticas feitas à igreja católica foram: A prática da simonia (comércio de relíquias sagradas, em geral falsas), a venda de indulgências, o despreparo e a corrupção do clero, a percepção de que a Bíblia continha ensinamentos diferentes das pregações dos padres e a contradição da pregação católica e o modo de vida luxuoso do alto clero.


·        O preço justo
A defesa do “preço justo” estava em descompasso com as necessidades da classe burguesa emergente. O preço justo determinava que a venda de mercadorias não deveria levar ao lucro excessivo. A burguesia, desconfortável com essa ideia, necessitava de uma ética religiosa que estivesse de acordo com  sua atividade econômica.

·        Divergências entre as autoridades religiosas e os governos dos países europeus
Enquanto o papa e os membros do clero insistiam em considerar a Igreja como instituição universal e responsável pela união do mundo cristão, os governantes das monarquias europeias, representando a unidade nacional, passaram a encarar a Igreja (com sede em Roma e tendo o latim como língua oficial) como uma “entidade estrangeira”, cujo chefe (o papa) representava um obstáculo para o fortalecimento dos seus poderes.

LUTERANISMO

·        O rompimento de Lutero com a Igreja Católica
A Reforma Protestante teve como um dos principais iniciadores Martinho Lutero (1483-1546). Nascido em Eisleben, cidade que pertence à atual Alemanha, Lutero estudou Direito por influência do pai. Tinha, no entanto, inclinação para a vida religiosa e, em 1505, ingressou na Ordem dos Agostinianos, que segue as concepções de Santo Agostinho.
Em 1510, quando foi a Roma, Lutero decepcionou-se com o ambiente de corrupção e avareza do alto clero. E, em 1517, escandalizou-se com a aprovação, pelo papa Leão X, da concessão de indulgências (perdão aos pecados) aos fiéis que contribuíssem financeiramente para a reconstrução da Basílica de São Pedro. Em protesto, afixou na porta da Igreja de Wittenberg as suas 95 teses, nas quais expunha alguns elementos de sua doutrina religiosa. Lutero acabou sendo excomungado.


·        A importância da tradução da Bíblia
Um dos pontos mais importantes da doutrina luterana era a salvação pela fé através da leitura da Bíblia. Assim, o fiel deve ler as Escrituras sem intermediação de um membro do clero e isso só era possível se elas fossem escritas na língua corrente.

·        Protestante
A palavra protestante, usada nesse sentido, difundiu-se a partir de 1529, quando nobres alemães luteranos protestaram contra as medidas que impediam cada Estado de adotar sua própria religião.

CALVINISMO
·        João Calvino
Nas regiões de língua francesa, João Calvino (1509-1564) liderou o movimento conhecido como Reforma Calvinista.
Nascido em Noyon, na França, Calvino estudou Teologia e Direito. Aderindo às ideias de reformadores protestantes, como Lutero e o suíço Zwinglio (1484-1531), foi considerado herege e perseguido pelas autoridades católicas francesas. Em 1534, fugiu para a Suíça, onde o movimento reformista já se desenvolvia.

·        O acúmulo de capital
Apesar da Igreja Católica ser contra a usura (lucro), o trabalho intenso e constante, recompensado pela prosperidade econômica, foi interpretado pelos seguidores de Calvino como um “sinal” da predestinação para a salvação. E como o calvinismo pregava o estímulo ao trabalho, a condenação ao desperdício e a legitimidade ao lucro, as ideias calvinistas acabaram indo ao encontro dos interesses da burguesia, que identificava no sucesso de suas práticas econômicas algo merecedor da aprovação divina

·        Governo de Calvino em Genebra
De 1541 a 1564, Calvino governou a cidade suíça de Genebra, submetendo seus moradores a um governo que mesclava política e religião e impunha à população um sistema moral, por vezes, considerado severo.
Entre as condutas e práticas censuradas pelo calvinismo, a dança e o uso de roupas luxuosas e joias. Quem descumprisse as normas ou se rebelasse contra a doutrina era duramente punido.

REFORMA ANGLICANA
·        Uma igreja nacional na Inglaterra
A reforma religiosa promovida na Inglaterra nesse período, chama de Reforma Anglicana, teve características distintas das reformas Luterana e Calvinista. Sem motivações prioritariamente éticas ou doutrinárias, não constituiu um rompimento radical com o cristianismo católico, como nas reformas mencionadas anteriormente.
O principal articulador dessa reforma, Henrique VIII (rei da Inglaterra de 1509 a 1547), era um fiel aliado do papa, tendo recebido o título de “defensor da fé”. Entretanto, uma série de questões o levou a romper com a Igreja Católica e fundar uma Igreja nacional na Inglaterra: a Igreja Anglicana.

·        A Reforma Anglicana e o cristianismo católico
Embora tenha se desligado da instituição católica para constituir uma igreja nacional, produziu-se no anglicanismo uma mescla de elementos do catolicismo (liturgia e organização episcopal) e do protestantismo calvinista (um pouco do conteúdo doutrinário). Devido a isso se diz que a Reforma Anglicana “não constituiu um rompimento radical com o cristianismo católico”.

·        As motivações calvinistas e anglicanas
As motivações calvinistas foram de teor religioso/doutrinário, com repercussões nos campos econômico e social; as motivações anglicanas foram mais relacionadas a questões pessoais (o divórcio, desejado por Henrique VIII) e envolviam o poder político e econômico (o fortalecimento da monarquia inglesa e a posse dos bens da Igreja em território inglês).

A CONTRARREFORMA
·        Contrarreforma
Denomina-se Contrarreforma, ou Reforma católica, o movimento ocorrido na Igreja Católica para enfrentar a ameaça protestante e que resultou num conjunto de medidas adotado pela instituição com o objetivo de frear o avanço do protestantismo. Caracterizou-se pela reafirmação dos princípios da doutrina católica e por promover diversas medidas de reorganização e promoção da Igreja Católica.

·        As principais medidas da Reforma Católica
Entre as principais medidas estavam: a aprovação da criação da Ordem dos Jesuítas, que se dedicou à fundação dos cristãos, e à catequese, para converter os não cristãos (povos dos continentes recém-descobertos pelos europeus); e organização do Concílio de Trento, que, em 1563, reiterou os princípios tradicionais do catolicismo e estabeleceu um conjunto de medidas para garantir a unidade da fé católica e a criação de seminários para a formação dos sacerdotes; por último, a reativação de Tribunais da Inquisição, para combater e punir os desvios da fé católica.

·        Contrarreforma e liberdade religiosa
A Contrarreforma foi um movimento que não contribuiu para o estabelecimento da liberdade religiosa na Europa.
Numa época em que a religião marcava profundamente as pessoas, a liberdade religiosa era considerada incompatível com a paz social. Considerando que sem paz não existiria ordem pública, os soberanos pretendiam impor, em seus domínios, uma única religião para todos os súditos.
Os verdadeiros interesses que estavam por trás das medidas da Igreja Católica eram: A necessidade de manter a quantidade de fiéis, a arrecadação de impostos, as terras em territórios agora governados por reis e príncipes e o controle político dessas regiões.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO 4º BIM - O RENASCIMENTO CULTURAL

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano       
Disciplina:   História - 2014

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO - 4º BIM

Texto: Renascimento
       1)       Escreva 5 linhas sobre o Humanismo e 5 sobre o Renascimento:
       2)       Quem foram os mecenas?
     3)      Como era a pintura dos artistas renascentistas? Identifique pelo menos uma grande artista do renascimento:
       4)       Escreva 5 linhas sobre a teoria heliocêntrica:

       5)       Qual a importância da imprensa para o Renascimento?

O RENASCIMENTO CULTURAL

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2014

O RENASCIMENTO CULTURAL

·        Uma nova visão de mundo
As principais mudanças introduzidas na maneira de perceber as coisas nas sociedades europeias do início da Idade Moderna, principalmente entre os intelectuais foram: A procura de explicações racionais ou racionalismo (em vez da exaltação da fé religiosa, das verdades reveladas), o individualismo (em vez da visão coletiva das pessoas, como mundo cristão) e o antropocentrismo (ser humano como centro) em vez do teocentrismo (“mundo de Deus” – ele é o centro do universo, nada mais é maior que ele) medieval.

·        O Humanismo
Foi uma corrente intelectual (filosófica, filológica e pedagógica) que se caracterizou pelo espírito crítico e pela confiança na capacidade humana de conhecer. Assim, os humanistas realizavam estudos da natureza, buscando a construção de novos conhecimentos, ao mesmo tempo em que se voltavam para os escritos dos sábios da Antiguidade grega e romana. Os valores humanistas expressaram-se no Renascimento estimulando a curiosidade intelectual, o espírito de iniciativa, o desejo de aventuras e a exploração do mundo.

·        O renascimento
Sob a inspiração humanista, desenvolveu-se, entre os séculos XV e XVI, um movimento cultural urbano que atingiu principalmente as pessoas mais ricas e com prestígio social das cidades prósperas, como Florença, Veneza e Roma, todas na península Itálica.
Esse movimento cultural urbano ficou conhecido como Renascimento ou Renascença

·        O Renascimento e a Antiguidade clássica
Os intelectuais do Renascimento tinham grande admiração pelo passado clássico grego e romano; muitos intelectuais desse período expressaram um desejo de fazer nascer, reviver ou recuperar elementos da cultura greco-romana. Apesar disto o Renascimento não foi nem poderia ser um simples retorno. Afinal, nenhuma cultura renasce fora de seu tempo.


·        Os renascentistas e o passado medieval
Os renascentistas, mesmo inseridos no seu próprio tempo, também estavam profundamente marcados pelo Cristianismo, ainda que desejassem transformá-lo. Houve uma mistura de magia, religião e ciência, poesia e filosofia, numa sociedade permeada por inquietações religiosas e por exigências práticas de todos gênero.

·        Os mecenas e o Renascimento
Os mecenas do Renascimento foram pessoas de grandes posses (como banqueiros, monarcas e papas, entre outros) que estimulavam e patrocinavam o trabalho de artistas e intelectuais renascentistas. Contribuíram, junto com a invenção da imprensa, para um aumento quantitativo da produção cultural desse período.

·        A invenção da imprensa e o renascimento
O alemão Johann Gutenberg (1400-1468) desenvolveu o processo de impressão com tipos móveis de metal, o que representou um grande passo para a divulgação da literatura em maior escala, antes restrita a um número muito reduzido de pessoas.

·        Os pintores renascentistas e suas técnicas
Os pintores renascentistas desenvolveram a técnica da perspectiva, por meio da qual procuravam dar aparência tridimensional aos personagens e aos objetos representados; criaram, também, a pintura a óleo, que permitiu a elaboração de cores vivas em diferentes matizes. Em relação aos temas, eles se desvincularam do monopólio cultural da Igreja, procurando explorar outros aspectos da realidade social, inspirados na mitologia greco-romana, em cenas do cotidiano, na valorização do indivíduo, nas paisagens naturais e na destaque das formas despidas do corpo humano.

·        O renascimento na península Itálica
As principais condições que favoreceram o surgimento do Renascimento na península Itálica foram: a existência, na península Itálica, de muitos elementos preservados da Antiguidade (monumentos arquitetônicos e esculturas do antigo Império Romano); a presença de muitos intelectuais bizantinos, que fugiram para as cidades italianas após a queda de Constantinopla, levando consigo textos da cultura clássica preservados em Bizâncio. Além disso, comerciantes e banqueiros de algumas das cidades da península Itálica, que realizavam comércio movimentado e competitivo, valorizavam o individualismo e o racionalismo das novas ideias. Havia, ainda, um grande número de mecenas procedentes de famílias ricas e poderosas, como os Médici, de Florença, e os Sforza, de Milão.

·        Os principais artistas do Renascimento
Leonardo da Vinci (1452-1519) – Gênio criativo, tanto nas ciências como nas artes. Obras: A última ceia , Mona Lisa (ou La Gioconda) etc.
Rafael Sanzio (1483-1520) – Pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o Menino Jesus).
Michelangelo (Miguel Ângelo Buonarroti), (1475-1564) – Pintou os afrescos na Capela Sistina, no Vaticano;
Ticiano (c. 1490-1576) – Pintor. Suas principais obras foram amor sacro e amor profano.

·        Os religiosos cristãos e os cientistas do renascimento
Enquanto os religiosos cristãos acatavam concepções tradicionais, tanto da Bíblia como as desenvolvidas por alguns sábios da Antiguidade, os novos cientistas não aceitavam conclusões prontas, desenvolvendo uma atitude crítica que os levava a observar os fenômenos naturais, fazer experimentos, propor novas hipóteses, medir, reavaliar.

·        A resistência a nova mentalidade científica.
Houve muita resistência daqueles que defendiam as tradições culturais medievais. As autoridades religiosas cristãs de Genebra perseguiram até a morte o médico e teólogo Miguel de Servet. Ele fazia estudos do funcionamento  da circulação do sangue nos pulmões usando a dissecação de cadáveres.
Galileu Galilei também foi perseguido por apoiar a teoria heliocêntrica elaborada por Nicolau Copérnico.

·        A Teoria Heliocêntrica
Uma das mais brilhantes teorias científicas dessa época, o heliocentrismo – segundo a qual a Terra e os demais planetas movem-se em torno do sol -, foi desenvolvida pelo sacerdote católico e astrônomo Nicolau Copérnico (1473-1543). Em sua obra Da revolução das esferas celestes, publicada no ano de sua morte, Copérnico refutou a teoria geocêntrica (que concebe a Terra como um centro fixo, em torno do qual giram os demais corpos celestes), o que provocou a reação das pessoas, especialmente dos religiosos. A teoria heliocêntrica contrariava passagens da Bíblia que indicavam o movimento do Sol em volta da Terra.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO - 4º BIM - OS PAÍSES EMERGENTES

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2° Ano 
Disciplina:   Geografia – 2014

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO - 4º BIM

Texto:  Países emergentes

        1)       Quais as características dos países emergentes?
     2)    Qual o fator mais importante no processo de industrialização das três maiores economias da América Latina?
        3)       O que favoreceu a industrialização dos Tigres Asiáticos?
      4)     Escreva cinco linhas sobre a industrialização da Índia e cinco sobre a África do Sul?

        5)      Quais países formam o BRICs? Quais suas características comuns?

OS PAÍSES EMERGENTES

Col. Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2014

OS PAÍSES EMERGENTES

·                            * NICs
                        NICs é a sigla, em inglês, para Newly industrialized Countries, ou seja, os novos países emergentes, com o advento da globalização.
Os países emergentes recentemente industrializados foram os últimos a se industrializar, em sua maioria após a Segunda Guerra, portanto, tiveram uma industrialização hipertardia. Para listar apenas os mais importantes, encaixam-se nesse grupo economias do Leste e Sudeste Asiático, como os Tigres Asiáticos – Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura -, os novos Tigres – Indonésia, Malásia e Tailândia -, da América Latina – Brasil, México, Argentina, Venezuela, Colômbia, Chile -, do grupo IBAS – África do Sul e Índia -, além de outros países de regiões diversas: Polônia (Leste Europeu), Turquia (Oriente Médio), Egito (Norte da África), etc. Sem contar que a China e a Rússia muitas vezes também são consideradas economias emergentes.
De acordo com o FMI e considerando o PIB, a classificação no mundo, de alguns desses países é: China (2º), Brasil (6º), Rússia (9º), Índia (11º), México (14º), Coreia do Sul (15º), Taiwan (26º), Argentina (27º), África do Sul (29º), Cingapura (38º). Portanto, em 2010, segundo o Banco Mundial, a China era a maior economia do grupo e o Brasil, a segunda.

·                            * As economias da América Latina
No início da industrialização das três maiores economias da América Latina foi importante a contribuição dos capitais privados, acumulados em atividades agropecuárias, como o café, no Brasil, e a carne e o trigo, na Argentina. No México a principal fonte de riqueza era o petróleo. Porém, em todos eles o fator mais importante foi a participação do Estado na economia, investindo sobretudo em infraestrutura e indústrias de bens intermediários, tanto que os símbolos mais importantes desse modelo econômico foram as estatais Petrobras (hoje uma empresa mista), a Pemex e a YPF (Repsol YPF, após ser privatizada em 1999 e voltou a pertencer ao governo argentino em 2012). A continuidade do processo de industrialização, após a Segunda Guerra, foi marcada pela entrada de empresas transnacionais que passaram a atuar especialmente nos setores mais avançados tecnologicamente, como o automobilístico, o químico-farmacêutico e o eletrodoméstico. Assim, o processo de industrialização acabou se assentando no tripé capital nacional (estatal e privado), e capital estrangeiro.

·                            * Os Tigres Asiáticos
A industrialização dos Tigres Asiáticos foi favorecida por uma conjunção de fatores políticos, culturais e sócio-econômicos, aliados a uma série de medidas governamentais que tornavam a produção barata e, portanto, garantiam a esses países alta competitividade no mercado internacional. Entre os fatores, destacam-se disponibilidade de mão de obra barata, disciplinada e relativamente qualificada; incentivos fiscais e subsídios às exportações; medidas restritivas às importações, aliadas a uma política de desvalorização cambial para baratear os produtos de exportação; altas taxas de poupança interna; altos investimentos em educação e em P&D. Atualmente esses países têm investido cada vez mais em indústrias de alta tecnologia.

·                            * O processo de industrialização na Índia
Na Índia, a enorme população garantiu a oferta de numerosa mão de obra barata, mas crescentemente qualificada, e de um amplo mercado consumidor. As grandes reservas minerais, sobretudo de carvão, garantiram o fornecimento de energia e matérias-primas. Os capitais vieram de investimentos estatais, especialmente em infraestrutura e indústrias de base e bélica.
No início os indianos contaram com assessoria e tecnologia soviética, mas com o tempo acabou sendo mais importante a entrada de empresas transnacionais, especialmente norte-americanas e britânicas.
Até hoje o Estado Indiano tem uma forte participação na economia e possui diversas empresas, como a Indian Oil, a maior do país, embora haja grupos privados e importantes no país, como o conglomerado Tata (Tata Motors, Tata Steel, Tata Technologies, etc).

·                            * Setores que se destacam na economia indiana
Os setores que mais se destacam na economia indiana são indústrias e os serviços de alta tecnologia, como a de informática, de biotecnologia e de TI. O país possui algumas das principais empresas desses setores e é um dos maiores exportadores mundiais de softwares.
Abriga um dos mais importantes parques tecnológicos do mundo – Bangalore – onde estão instaladas praticamente todas as empresas globais desses setores. Contribuíram para o desenvolvimento dos setores de alta tecnologia, especialmente da área de informática, a política governamental de estímulos ao setor, a existência de centros de pesquisas de excelência e a enorme quantidade de mão de obra qualificada, porém bem mais barata do que sua correlata do Vale do Silício (Estados Unidos) ou de Cambridge (Reino Unido). O retorno de muitos trabalhadores de alta qualificação que antes prestavam serviços naqueles dois países também contribuiu para o desenvolvimento das indústrias de alta tecnologia na Índia.

·                            * O processo de industrialização na África do Sul
                              Na África do Sul também foi importante para o processo de industrialização a razoável oferta de mão de obra barata, embora não tão numerosa e qualificada como na Índia. Importante lembrar que durante o apartheid a mão de obra da maioria negra sul-africana foi superexplorada. As enormes reservas minerais também favoreceram a industrialização do país, um dos mais ricos em minérios no mundo. Também, à semelhança da Índia, foi importante a intervenção do Estado na economia, seja implantando uma política industrial, seja criando empresas estatais. Apesar de ser o país mais industrializado do continente e ter importantes empresas, nenhuma delas consta na lista das 500 maiores da revista Fortune, num indício de que seu mercado interno é pequeno.

                              * Brics
                              Bric é a sigla formada pelas iniciais Brasil, Rússia, Índia e China, e o grupo só recebeu esse “apelido” porque a pronúncia da sigla se assemelha à da palavra tijolo (brick). O termo foi criado em 2001 pelo economista britânico Jim O’Neill, do banco Goldman Sachs. A previsão é de que as quatro potências emergentes terão economia equivalente às do EUA e da Europa, somadas, em 2050.
                        Com o tempo, o Bric acabou se tornando um fórum de discussões entre as quatro potências emergentes, que passaram a afinar suas posições nas negociações do G20 (após a crise econômica de 2008), assim como nas negociações climáticas. Recentemente, os quatro países tiveram posição comum na crise da Líbia e na Costa do Marfim.
                    No fim de 2010, o Bric convidou a África do Sul a integrar o clube das potências emergentes. A inclusão foi criticada por Jim O’Neill, para quem o país não tem a mesma força nos parceiros. Os sul-africanos já vinham participando das reuniões do Bric.
                        Características comuns: - situação política estável; - mão de obra em grande quantidade e em processo de qualificação; - níveis de produção e exportação em crescimento; - investimentos em setores de infraestrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétricas, etc); - PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento; Índices sociais em processo de melhorias; - mercados de capitais recebendo grandes investimentos estrangeiros.

Fonte Bibliográfica
MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume dois, 2ª ed. São Paulo: Scipione, 2014.

Especial BRICS - BBC. Disponível em:

Década de 2020 deve consolidar poder dos BRICS. Disponível em:


QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO 4º BIM - CHINA - ECONOMIA SOCIALISTA DE MERCADO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2° Ano 
Disciplina:   Geografia – 2014

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO - 4º BIM

Texto:  China – Economia Socialista de Mercado

        1)     Qual a diferença entre a China Comunista e a China Nacionalista?
        2)     Como os líderes chineses definem a economia chinesa?
        3)     O que são as zonas econômicas especiais?
      4)    Que condições permitem que a China seja considerada uma das economias que mais cresce no mundo?

        5)    Escreva cinco linhas sobre as consequências do crescimento econômico da China:

CHINA - "A ECONOMIA SOCIALISTA DE MERCADO"

Col. Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2014

CHINA – “A ECONOMIA SOCIALISTA DE MERCADO"

·                        * China Comunista e China Nacionalista
                    Após a Revolução Chinesa de 1949, com a vitória dos comunistas, sob a liderança de Mao Tse-Tung, implantou-se na China um regime muito parecido com o da então União Soviética, superpotência que apoiou o movimento no início. Como resultado, surgiu a República Popular da China, também conhecida como China Comunista. Politicamente, estruturou-se uma ditadura de partido único, com poder centralizado em Pequim. As atividades econômicas foram quase totalmente estatizadas e planificadas.
Derrotados pelos comunistas, os nacionalistas, sob a liderança de Chiang Kai-shek e sob a proteção norte-americana, refugiaram-se em Formosa, fundando a República da China ou China Nacionalista, também conhecida como Taiwan. Sob a ditadura  militar do Kuomintang, organizou-se na ilha uma das economias capitalistas mais dinâmicas da região, pois Taiwan é um dos Tigres Asiáticos.

·                        * O processo de abertura econômica
Com a morte de Mao Tse-tung, em 1979, Deng Xiaoping foi indicado para substituí-lo como secretário-geral do PCC, passando a ser o homem forte do regime. A partir de 1978, Deng deu início a um processo de abertura econômica que se aprofundou a partir de 1982, com a criação das primeiras zonas econômicas especiais.

·                        * Uma economia socialista de mercado
“Economia socialista de mercado” é o nome dado pelos líderes chineses a um sistema que tenta compatibilizar uma economia cada vez mais aberta aos investimentos estrangeiros e que, por isso, tem de conviver com a iniciativa privada e mesmo com a propriedade privada, mas que continua, porém, sob o controle do Estado.

·       As zonas econômicas especiais
As zonas econômicas especiais são porções do território chinês localizadas nas províncias litorâneas, onde os capitais privados têm grande liberdade de atuação. Essas zonas oferecem muitas vantagens ao capital estrangeiro, que aflui em grande quantidade com o objetivo de auferir altos lucros. São as regiões mais dinâmicas da economia chinesa e produzem basicamente bens de consumo para exportação.

·                        * Crescimento da economia e consequências
A china é a economia que mais cresce no mundo, devido às grandes vantagens que oferece aos capitais estrangeiros, notadamente nas zonas econômicas especiais. Os custos de produção são muitos baixos no país, portanto os lucros são muito altos, devido à enorme disponibilidade de mão-de-obra muito barata, relativamente qualificada e disciplinada; aos incentivos fiscais concedidos pelo regime; às facilidades concedidas aos exportadores; à boa infra-estrutura; ao baixo custo da terra, da energia, das matérias-primas, entre outros fatores.
Enquanto a China como um todo tem crescido a uma média de quase 10% ao ano desde o início da década de 80, as zonas econômicas especiais tem apresentado taxas maiores de crescimento. Guangdong, por exemplo, apresentou uma taxa média de crescimento de 12,5% desde 1980.
Esse enorme crescimento aumentou consideravelmente a participação chinesa no comércio mundial, bem como a riqueza nacional, mas também trouxe problemas. Aprofundou-se a desigualdade social e regional, estimulando a migração interna em direção às regiões mais dinâmicas, aumentando o desemprego e colaborando para manter os salários em níveis muito baixos, aumento dos impactos ambientais, com consequências graves para a saúde da população do país (algumas das cidades mais poluídas do mundo estão na China).

Fonte Bibliográfica

MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume dois, 2ª ed. São Paulo: Scipione, 2014.

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO - 4º BIM - URSS - RÚSSIA

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2° Ano 
Disciplina:   Geografia – 2014

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO - 4º BIM

Texto: URSS - RÚSSIA

        1)       Como era a economia da antiga URSS? Por que esta economia foi a falência?
    2)   Como foi o governo de Mikhail Gorbatchev? Explique os termos “glasnost e perestroika:
        3)       Como foi o processo que levou o fim da URSS?
        4)       Onde se localizam as maiores concentrações industriais da Rússia?

        5)       Quais as principais empresas da Rússia e o que elas produzem?

URSS - RÚSSIA

Col. Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2014

URSS - RÚSSIA

·                            URSS
A antiga URSS possuía a economia planificada. Nesta economia a produção econômica é dirigida pelo Estado. As fábricas, o comércio e os serviços são controlados por empresas estatais. Os trabalhadores são funcionários do Estado. Nesse sistema, à produção econômica do país é planejada por um órgão central do Estado, tendo em vista as necessidades sociais consideradas relevantes por este órgão centralizador.

·                            Falência da economia burocrática
A partir da década de 1970, quando a Revolução Técnico-Científica começou a se acelerar nos países capitalistas desenvolvidos, sobretudo nos Estados Unidos, a União Soviética não conseguia acompanha-los e começou a sofrer defasagem econômica e tecnológica. Uma fatia crescente do orçamento era comprometida com a indústria bélica e aeroespacial, setores em que o país se mantinha competitivo por conta da corrida armamentista com os Estados Unidos. Entretanto, ao contrário do que acontecia nos Estados Unidos e na Europa ocidental, na União Soviética as inovações tecnológicas desenvolvidas nesses setores não migravam para as indústrias civis, dinamizando a economia e gerando novos produtos. Como a produtividade da indústria em geral e do setor de bens de consumo em particular era baixa e não acompanhava os avanços tecnológicos dos países capitalistas desenvolvidos, seu parque industrial mostrou-se incapaz de produzir bens em quantidade e qualidade suficientes para abastecer a população, gerando filas e aborrecimentos.

·                            Glasnost e perestroikca
Em 1945, Mikhail Gorbatchev tornou-se um dos principais dirigentes de União Soviética. Seu governo tentou administrar a construção de uma política livre e de uma economia mais moderna no país. Iniciou, assim, um processo de reformas voltadas para a liberalização política, conhecida como glasnot, e a reestruturação econômica, conhecida como perestroika.
Glasnot (palavra russa que significa transparência) e perestroika (expressão russa que significa reestruturação, reconstrução, em referência a um conjunto de reformas político-econômicas) foram medidas adotadas pelo governo de Gorbachev com o objetivo de promover a liberalização do regime soviético, tanto do ponto de vista político (liberdades individuais de ação e expressão) como do econômico, aproximando-se da economia de mercado, característica do capitalismo”.

O fim da URSS
Em agostos de 1991, um golpe chegou a depor Gorbatchev, que voltou ao governo devido à resistência dos reformistas e liberais. Teve prosseguimento um movimento das organizações políticas por autonomia e poder das repúblicas soviéticas, levando ao desmembramento da União Soviética e à criação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), congregando várias repúblicas (Rússia, Ucrânia, Armênia etc.). Gorbatchev reconheceu o fim da União Soviética e renunciou ao cargo de presidente, em 25 de dezembro de 1991.

·                            A indústria russa
As principais concentrações industriais na Rússia localizam-se na região de Moscou, capital do país, onde está o maior mercado consumidor e a maior concentração de mão de obra, com predominância de indústrias de bens de consumo, e na região dos Montes Urais, em razão da grande disponibilidade de recursos minerais, com predominância de indústrias de bens intermediários. Há concentrações industriais de bens intermediários. Há concentrações industriais menores na Sibéria Ocidental, como na região de Kuzbass, associadas à disponibilidade de recursos minerais e fósseis.

·                            As empresas da Rússia
Depois de um período de profunda crise, com a retomada do crescimento econômico surgiram grandes corporações russas de capital aberto, isto é, com ações cotadas na Bolsa de Valores de Moscou. É o caso da Gasprom (principal produtora de gás natural do planeta, maior empresa russa e 15ª na lista da Fortune Global 500 2012), da Lukoil e da Rosnet Oil, ambas também listadas naquela pesquisa. Essas três empresas são responsáveis por extrair petróleo e gás natural em diversos pontos do território russo e também no exterior. Não é por acaso que as maiores corporações russas sejam do setor energético: como vimos, o petróleo e o gás são duas das maiores riquezas naturais do país.


Fonte Bibliográfica

MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume único, 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2009.

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO 4º BIM - A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

Colégio Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.:   Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     3º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2014

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO – 4º BIM.

Texto:  A urbanização brasileira

1)     Quais os problemas da metodologia empregada pelo IBGE para identificar a população urbana brasileira?
2)     Descreva a rede urbana brasileira:
3)     Qual a diferença entre regiões metropolitanas e aglomerações urbanas?
4)     O que é o Plano Diretor e quais suas principais ocupações (cite pelo menos duas)?

5)     Cite duas intervenções urbanísticas que podem ser provocadas por alterações no Plano Diretor: