Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.:
Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio
Disciplina:
Geografia - 2016
Meio
ambiente, desenvolvimento e preservação
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Recursos naturais
São
elementos existentes na natureza, os quais o ser humano explora a fim de
produzir os bens de que precisa ou de que faz uso. Os recursos naturais, por
sua própria natureza, existem independentemente da ação humana e não estão
disponíveis de acordo com o livre-arbítrio de quem quer que seja.
Recursos
naturais renováveis – são aqueles que podem ser repostos ou recriados
(renovados) pela natureza em um período de tempo relativamente curto, desde que
utilizado de maneira racional. Entre esses recursos estão as florestas, solos e
fontes hídricas (rios, lagos, oceanos).
Recursos
naturais não renováveis – são aqueles que não podem ser repostos pela sociedade
e que levam milhões de anos para serem repostos pela natureza. Os minerais,
como bauxita, ferro, ouro, e os combustíveis fósseis, como o petróleo, são
exemplos de recursos que vão se esgotando à medida que são extraídos da
natureza.
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O capitalismo e a natureza
Com
o advento da sociedade industrial e o desenvolvimento científico e tecnológico
voltado para o aumento crescente da produção, arraigou-se na sociedade
capitalista a ideia da natureza como fornecedora de recursos econômicos, vistos
como bens que podem ser explorados a fim de gerar riquezas e lucros. Com essa
mentalidade estritamente econômica, a natureza passou a ser tratada como um
simples estoque de matérias-primas, fonte inesgotável de recursos necessários
para sustentar e garantir a própria reprodução do modo de produção.
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O capital natural
O
capital natural compreende todos os conhecidos recursos usados pela humanidade:
a água, os minérios, o petróleo, as árvores, os peixes, o solo, o ar etc. Mas
também abrange sistemas vivos, os quais incluem os pastos, as savanas, os
mangues, os estuários, os oceanos, os recifes de coral, as áreas ribeirinhas,
as tundras e as florestas tropicais
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Relação consumo – consumismo –
degradação dos recursos naturais
A
cultura do consumo, que se coloca como condição básica para a manutenção do
mercado, depende do aumento da produção, o que, por sua vez, aumenta a pressão
sobre os recursos naturais, acarretando os mais variados impactos e problemas
ambientais. Ou seja, quanto maior for o consumo de nossa sociedade, em expansão
pelo estímulo ao consumo realizado pela indústria da publicidade, as promoções
(consumismo), maior será a exploração dos recursos naturais para atender a essa
crescente demanda.
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Estimulação do consumo pelos
estabelecimentos comerciais
Na
disputa pelo domínio de fatias cada vez maiores do mercado, os segmentos
produtivos utilizam inúmeros mecanismos e estratégias de venda. Os
estabelecimentos comerciais apostam na realização de promoções e liquidações,
formas de pagamento facilitadas, como financiamentos e parcelamentos em cartões
de crédito. As instituições financeiras oferecem linhas de crédito que induzem
ao consumismo e ao endividamento individual.
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Consequências da crise ambiental
Recursos
hídricos – os recursos hídricos estão sendo seriamente afetados, por exemplo,
com a construção de usinas hidrelétricas no curso dos rios, tem sido alterado o
fluxo natural das águas fluviais, interferindo no ciclo de cheias e vazantes e
afetando diretamente o processo de procriação dos peixes na época da piracema.
A fauna e flora fluvial e lacustre também são afetadas pela poluição das fontes
hídricas, provocada por esgotos domésticos e industriais e pelos resíduos químicos
aplicados nas lavouras. Os oceanos por sua vez, são afetados pela poluição e
pelo lixo lançado de maneira indiscriminada em várias regiões do planeta e
também pela pesca predatória, prática que tem provocado o desequilíbrio dos
ecossistemas marinhos. A captura excessiva de peixes e de crustáceos vem
diminuindo muito a população de certas espécies.
Atividade
mineradora – o avanço da atividade mineradora em grande escala tem aumentado
enormemente a exploração de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão
mineral, e também de minerais, como o ferro, a bauxita, o níquel e o manganês.
Como a disponibilidade desses recursos é limitada, alguns estudos apontam que
muitos deles poderão se tornar escassos ao longo das próximas décadas caso seja
mantido esse ritmo de exploração.
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Conferências do meio ambiente
Estocolmo
(1972) – Foram discutidas questões como o controle da poluição do ar, a
proteção dos recursos marinhos, a preservação e o uso dos recursos naturais.
Rio
de Janeiro (ECO-92 – 1992) – Além de reafirmar a importância do desenvolvimento
sustentável, como meta para conciliar o crescimento econômico, com justiça
social e conservação ambiental, o encontro contribuiu para ampliar a
conscientização sobre os problemas ambientais, fortalecendo ainda mais os
movimentos ambientalistas e ecológicos.
Johanesburgo
(2002) – Além das questões relacionadas à conservação ambiental, também foram
discutidas temáticas em âmbito social, como a meta da redução do número de
pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza.
Rio
de Janeiro (RIO+20 – 2012) – foi realizado um balanço do que foi efetivamente
realizado nos últimos vinte anos sobre as questões ambientais, em especial as
estratégias mais eficientes para se promover a sustentabilidade ambiental e
também para se combater e eliminar a pobreza extrema do mundo.
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Os movimentos ecológicos
Ao
atuarem em inúmeras frentes, como na proteção de florestas e outros
ecossistemas, em defesa de espécies ameaçadas de extinção, na preservação do
patrimônio natural e na denúncia de crimes ambientais, os movimentos ecológicos
têm pressionado muitos governos e setores da sociedade a assumirem compromisso
cada vez maiores em relação às questões de ordem ambiental.
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Desenvolvimento sustentável
Não
existe uma única visão do que seja o desenvolvimento sustentável.
Para
alguns, alcançar o desenvolvimento sustentável é obter o crescimento econômico
contínuo através de um manejo mais racional dos recursos naturais e da
utilização tecnologias mais eficientes e menos poluentes.
Para
outros, o desenvolvimento sustentável é antes de tudo um projeto social e
político destinado a erradicar a pobreza, elevar a qualidade de vida e
satisfazes às necessidades básicas da humanidade, que oferece os princípios e
as orientações para o desenvolvimento harmônico da sociedade, considerando a
apropriação e a transformação sustentável dos recursos ambientais.
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Uma sociedade ambientalmente
sustentável.
No
âmbito da governança, será preciso que os governos se empenhem na realização de
ações concretas, voltadas para a amenização dos impactos ambientais, promovendo
a adequação de suas legislações e a fiscalização mais efetiva dos crimes
ambientais e priorizando projetos ambientalmente sustentáveis, além de se
empenharem na realização de campanhas capazes de disseminar a conscientização
ecológica.
No
âmbito da iniciativa privada, será preciso que o setor empresarial invista no
desenvolvimento de tecnologias limpas, mais eficientes e menos poluidoras, como
forma de minimizar os impactos ambientais.
A
construção de uma sociedade sustentável também depende diretamente da
participação consciente dos cidadãos. Isso depende, pois, de atitudes mais
ativas, tanto nas discussões políticas que cobrem das autoridades competentes a
solução para os problemas ambientais, quanto na adoção de atitudes que sejam
compatíveis com a preservação dos recursos naturais, como a revisão de hábitos
consumistas, por exemplo.
Fonte Bibliográfica
MARTINEZ,
Rogério, VIDAL, Wanessa Pires Garcia. Novo olhar: geografia, volume 3: 1.ed.
São Paulo: FTD, 2013.