Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História -
2016
Egípcios
·
Origem
da sociedade egípcia
Provavelmente,
a necessidade de enfrentar problemas comuns (abrir canais de irrigação,
construir diques, organizar a atividade agrícola) levou parte dos povos
egípcios a se reunir em tribos e aldeias que, ao longo do tempo, se unificaram
e acabaram por originar o Baixo e Alto Egito. Na época das cheias, as águas do
Nilo inundavam suas margens, depositando o húmus que fertilizava as terras – o
que favorecia a agricultura. Para controlar as cheias, construíram diques e
barragens, que protegiam as vilas e casas das inundações. Também construíram
canais de irrigação para levar a água necessária às regiões mais distantes das
margens do rio.
·
A
centralização política no Egito
Por
volta de 3100 a.C.,
os governantes do Alto Egito (sul do território) conquistaram o Baixo Egito
(norte), unindo os dois reinos sob o comando de um rei: o faraó.
·
Influência
das invasões de povos estrangeiros sobre o Egito
O
Egito foi invadido por diversos povos: hicsos (povo nômade vindo da Ásia),
assírios, persas, macedônios e romanos. Isso levou à decadência da civilização
egípcia.
·
O
Poder no Egito
Os
assessores diretos dos faraós eram os nobres, que administravam as províncias e
o exército.
O
poder concentrava-se no faraó, que era o rei supremo, considerado um deus vivo
e responsável pela proteção e prosperidade de seu povo. Além do poder político,
o faraó detinha autoridade religiosa, administrativa, judicial e militar; para
governar, contava com o auxílio de muitos funcionários: os escribas, os
administradores de províncias, os militares, os sacerdotes e o tjati (vizir),
chefe da administração e da justiça.
Os
escribas e os sacerdotes, eram os responsáveis por manter a ordem, arrecadar
impostos, administrar riqueza e submeter a população. Assim, eram eles que
garantiam a estrutura de poder no Egito Antigo.
·
A
sociedade egípcia
A
sociedade egípcia era constituída de camponeses (a maioria da população),
diversos tipos de artesãos e um grupo relativamente pequeno de escravos. Os
camponeses eram responsáveis por, praticamente, todos os trabalhos necessários
á agricultura e à criação de animais.
Entre
os artesãos, haviam os que produziam artigos de luxo e trabalhavam em oficinas
urbanas (muitas vezes instaladas nos templos e palácios) e os menos
qualificados, que trabalhavam em oficinas rurais e produziam artigos mais
rústicos, além de trabalhadores especializados nos mais diversos ofícios, como os
ligados ao sepultamento dos mortos (embalsamadores e decoradores de túmulos).
O
grupo dos escravos era composto, principalmente, de prisioneiros de guerra;
suas condições de vida variavam de acordo com as funções exercidas (nas casas,
nas pedreiras, nas minas, nos campos). Podiam adquirir propriedade, testemunhar
em tribunais e casar-se com pessoas livres.
·
A
escravidão no Egito Antigo
Alguns
egiptólogos consideram que não havia escravidão do Egito Antigo, porque, embora
“pertencesse” a uma pessoa, o escravo era considerado um ser humano, e não uma
“mercadoria”, tendo certo grau de liberdade e direitos, como adquirir
propriedade, testemunhar em tribunais e casar-se com pessoas livres.
·
A
religião e o faraó
A
religião egípcia comportava a crença na condição divina do faraó (considerado
um deus vivo), e isso justificava o poder, que lhe era atribuído, de controlar
as forças da natureza em proveito dos egípcios.
·
A
mumificação dos mortos
Usavam
o processo de mumificação por acreditarem que, após a morte, as pessoas
continuavam a viver no reino de Osíris, onde seriam julgados por esse deus. Os
que fossem absolvidos poderiam retornar aos seus corpos, que, por isso,
precisavam ser conservados.
·
Os
hieróglifos
Assim
como os sumérios, os egípcios desenvolveram um dos primeiros sistemas de
escrita. Criaram sinais para representar coisas e objetos (pictogramas) ou
sugerir idéias (ideogramas). Posteriormente, criaram sinais (letras que
representavam sons (fonogramas). A escrita egípcia só foi decifrada quando os
soldados de Napoleão descobriram a pedra de Roseta. Era um pedaço de pedra
negra que continha um texto escrito de três formas diferentes. Em grego,
hieróglifo (escrita egípcia sagrada) e demótico (escrita egípcia simplificada e
mais popular). Comparando os três textos, o francês Jean-François Champolion,
orientalista, conseguiu decifrar os hieróglifos em 1822.
·
Arte
e conhecimentos egípcios
A
crença em diversos deuses levou à criação de esculturas e pinturas que os
representavam e à construção de belos templos, como os de Lúxor e Karnac, a
eles dedicados. A crença na vida após a morte ocasionou a construção de grandes
túmulos, como as pirâmides (exemplo: Quéops, Quéfren e Miquerinos) e os
hipogeus.
Os
egípcios buscavam novos conhecimentos para resolverem seus problemas práticos e
concretos. Destacaram em algumas áreas do conhecimento: Química - manipulação de substâncias (surgida no Egito) deu origem
a vários remédios); Matemática - (álgebra
e geometria) padronização de pesos e medidas e sistema de notação numérica e de
contagem. Todos esses conhecimentos foram úteis na construção das pirâmides e
outros templos; Astronomia – criação
de mapas com agrupamento das constelações, sendo úteis para a navegação e
agricultura; Medicina – a técnica da
mumificação ajudou a conhecer a anatomia do corpo humano facilitando a formação
de médicos especializados.
Reino
de Cuxe
·
A
civilização dos cuxitas
Além
dos egípcios, outras civilizações se desenvolveram no continente africano
durante a Antiguidade. Uma delas foi a dos cuxitas. O Reino de Cuxe
desenvolveu-se ao sul do rio Nilo, numa região que ficou conhecida como Núbia.
Sua
economia estava baseada na agricultura e na criação de animais. Porém, os
cuxitas também praticavam o comércio, vendendo produtos como ouro e peles de
animais e importando objetos de vidro e de madeira, tecidos, armas etc.
As
relações entre o Reino de Cuxe e o Egito foram marcadas por instabilidade.
Houve períodos tanto de paz quanto de guerras e turbulências. Mas também houve
um ativo intercâmbio cultural e comercial.
Fonte
Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global –
Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1,
2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.