terça-feira, 14 de junho de 2016

PAÍSES PIONEIROS NA INDUSTRIALIZAÇÃO - 2° ANO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2016

PAÍSES PIONEIROS NA INDUSTRIALIZAÇÃO

• O Reino Unido foi o primeiro a se industrializar
O Reino unido foi o primeiro país a se industrializar porque foi nesse país que, pela primeira vez na história, se reuniram as condições fundamentais para a eclosão do processo de industrialização, tais como: maior acúmulo de capitais durante o capitalismo comercial; consolidação precoce da burguesia no poder; desenvolvimento, no país, dos principais avanços tecnológicos da época; disponibilidade de grandes jazidas de carvão mineral; abundância de mão-de-obra etc.

• Principais regiões industriais do Reino Unido
As principais regiões industriais aparecem no centro-sul do Reino Unido, especialmente no eixo Grande Londres-Grande Birmingham. As “regiões negras”, embora decadentes, ainda têm centros industriais importantes, como Manchester, Liverpool e Glasgow.

• Queda como potência industrial
O reino Unido tem perdido terreno para outras potências, especialmente no pós-guerra, porque não conseguiu acompanhar o acelerado ritmo de inovações tecnológicas introduzidas no processo produtivo, que elevou o nível de produtividade e competitividade de países como o Japão, os Estados Unidos e a Alemanha. Como resultado seu crescimento econômico foi menor e hoje o Reino Unido é a quarta economia do mundo, bem atrás dos outros três mencionados acima, sobretudo dos Estados Unidos, sua ex-colônia. Assim, o Reino Unido sofreu uma decadência relativa, ou seja, embora continue sendo uma potência econômica, perdeu terreno para seus competidores.

• Início da industrialização na França
A França iniciou de forma consistente seu processo de industrialização no início do século XIX, quando já tinha se estabilizado politicamente, ou seja, quando a sua burguesia já tinha se consolidado no poder, após os acontecimentos da Revolução Francesa de 1789. Em fins do século XIX, enquanto o Reino Unido já entrava na Revolução Industrial, a França ainda estava fazendo sua revolução burguesa.

• Principais concentrações industriais francesas
Há importantes concentrações industriais francesas nas regiões ricas em carvão e minério de ferro, por isso pioneiras, na Lorena, no Nordeste; também no Norte em Pás-de-Calais, onde a exploração carbonífera já está praticamente esgotada. Há centros industriais importantes ao longo dos rios navegáveis, como Lyon (rio Ródano), Paris (rio Sena) etc. Existem também centros industriais importantes localizados em torno de portos oceânicos: Marselha (Mediterrâneo), Le Havre (Atlântico) etc. Mas os principal centro industrial é a região de Paris, que engloba a capital e vários municípios periféricos, principalmente porque, além de ser a capital, concentra o maior mercado consumidor e a maior disponibilidade de mão-de-obra do país.

• A energia na França e no Reino Unido
O Reino Unido tornou-se um dos grandes produtores de petróleo do mundo a partir da década de 70. Com as duas crises do petróleo e a brutal elevação do preço do barril, passou a ser necessária a exploração em águas profundas, já que as reservas do mineral encontram-se na plataforma continental do Mar do Norte. O Reino Unido, em menos de uma década, passou de importador a exportador de petróleo. Já a França não tem reservas relevantes, sendo, por isso, grande importador. Para compensar a escassez dessa fonte de energia, a França investiu maciçamente em seu programa nuclear, já que o país é rico em urânio. Em 2003, 75% da energia elétrica gerada no país provinha de usinas nucleares movidas a urânio enriquecido.

ESTADOS UNIDOS: O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA SUPERPOTÊNCIA
• Formação territorial
Desde sua independência, em 1776, os Estados Unidos foram ampliando cada vez mais o seu território, a partir das treze colônias. Alguns territórios foram conquistados após vitória em guerras, como as terras que se estendem dos Apalaches até o Mississipi, pertencentes ao Reino Unido até 1783. Após anexar o Texas, que se separou do México, em 1845, houve uma guerra entre os Estados Unidos e aquele país, Vitorioso, esse país ampliou o território até a Califórnia, em 1848, à custa de mais da metade do território mexicano. Outros territórios foram incorporados por meio de compra: Louisiana, em 1803, comprada da França; Flórida, em 1819, adquirida da Espanha; Alasca, em 1867, comprado da Rússia. Um acordo firmado com o Reino Unido, em 1846, garantiu o acesso a territórios no noroeste, em troca de não-agressão ao Canadá. Finalmente, o Havaí, em disputa com o Japão, foi anexado em 1898, transformando-se no qüinquagésimo estado norte-americano.

• Fatores que contribuíram para a industrialização
Uma combinação de fatores de ordem política, social, econômica, cultural e natural explica a industrialização dos Estados Unidos, concentrada inicialmente no nordeste do país. A hegemonia política e econômica do modelo de sociedade originada das colônias de povoamento, a hegemonia da burguesia nortista após a Guerra de Secessão, leis que favoreceram a entrada de imigrantes, que constituíram uma ampla reserva de mão-de-obra e um amplo mercado consumidor, a enorme disponibilidade de minérios e combustíveis fósseis, o fortalecimento da ética do trabalho entre a população, a facilidade de escoamento da produção pelos Grandes Lagos, ligados com o oceano através de rios, entre outros fatores.

• A importância de não nascer importante
O fato de o norte das treze colônias ter nascido sem importância para o Reino Unido fez com que essa metrópole exercesse um controle pouco rígido sobre a região, em comparação ao que exercia em suas outras colônias, como a Índia ou as da África e do Caribe, muito mais importantes do ponto de vista econômico. Isso ocorreu porque o norte das treze colônias não tinha muita coisa valiosa a oferecer aos colonizadores. Não tinha clima tropical para a introdução de plantations, não tinha metais preciosos, nem era estratégico, daí o controle flexível. Isso foi de suma importância para os Estados Unidos, pois acabou criando as condições para a separação e, posteriormente, para a industrialização dessa região, que, com o passar do tempo, tornou-se a mais importante dentro do território norte-americano.

• Guerra de Secessão
O fim da Guerra de Secessão, com a vitória nortista, marcou a hegemonia da burguesia urbano-industrial ascendente sobre a aristocracia rural-agrária do sul. Com a vitória nortista, a burguesia impôs seu modelo de sociedade e seus interesses ao restante do país. Passou a controlar o Estado norte-americano e, interessada em ampliar o mercado consumidor para seus produtos, acabou com a escravidão, desenvolveu uma política de doação terras no oeste, uma política de modernização do campo etc. Essas medidas colaboraram para a industrialização do país.

• Concentrações industriais
As principais concentrações industriais estão no nordeste do país, desde a costa litorânea até o sul dos Grandes Lagos, porque, como já foi dito, essa região reuniu os fatores mais importantes para o início da industrialização. Apesar da descentralização recente, essa ainda é a região mais industrializada dos Estados Unidos.

• Descentralização industrial após a Segunda Guerra
Com o exagerado crescimento das megalópodes do nordeste dos Estados Unidos, gradativamente foi havendo uma elevação dos custos gerais de produção. A descentralização no pós-guerra é uma tentativa de baixar custos de produção, garantindo, portanto, maiores lucros. As regiões que mais se beneficiaram dessa tendência foram o Sul e o Oeste. As cidades que mais têm crescido nos Estados Unidos são Orlando, Dallas, Houston, Seatle, Phoenix, Portland, Atlanta etc.

• Fator locacional e indústria de alta tecnologia
As indústrias de alta-tecnologia – microeletrônica, informática etc. -, típicas da atual revolução técnico-científica, tendem a se localizar em torno de centros de pesquisa e de universidades, pois necessitam de mão-de-obra altamente qualificada. Poderíamos citar como exemplo o tecnopolo do Vale do Silício, a maior concentração mundial dessas indústrias, localizado ao sul de São Francisco (Califórnia), que se desenvolveu em torno da Universidade Stanford.

• O Vale do Silício
O parque tecnológico mais importante dos Estados Unidos é o Vale do Silício, Localizado no norte do estado da Califórnia, costa oeste do país. O grande impulso para seu desenvolvimento se deu durante a Guerra Fria, devido à corrida armamentista e aeroespacial. Foram as indústrias eletrônicas da região que forneceram transistores e circuitos integrados para computadores e foguetes do programa espacial. Mas já nos anos 1950, a criação do Stanford Industrial Park teve um importante papel no desenvolvimento desse parque tecnológico, pois atraiu indústrias de alta tecnologia, principalmente do setor de informática. Desde o início, essas indústrias estiveram ligadas à Universidade Stanford, uma das mais renomadas dos Estados Unidos. Outras universidades da região tiveram papel crucial na formação de mão de obra qualificada e na produção de pesquisa de ponta, entre as quais a Universidade da Califórnia (em Berkeley e São Francisco). Foi graças aos pesquisadores dessas universidades que o Vale do Silício se tornou o principal polo de alta tecnologia do mundo, especialmente dos setores de microeletrônica, informática e biotecnologia. A existência de um espírito empreendedor, de capitais de risco e de um ambiente que favorecia os investimentos e a gestação de novas empresas também colaboraram para o desenvolvimento desse tecnopolo.

Fonte Bibliográfica

MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume único, 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2009

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO (Escolha pelo menos 5)

Texto: OS PAÍSES PIONEIROS NA INDUSTRIALIZAÇÃO

1)             Explique as condições fundamentais para o início do processo de industrialização no Reino Unido?
2)             Quais os dois maiores centros industriais do Reino Unido?
3)             Por que o Reino Unido vem perdendo terreno como potência industrial?
4)             Por que o processo de industrialização na França começou atrasado em relação ao Reino Unido?
5)             Onde estão as principais concentrações industriais francesas?
6)             Escreva pelo menos 5 linhas sobre a formação territorial dos Estados Unidos?
7)             Enumere os principais fatores que colaboraram para a industrialização norte-americana?
8)             Como o resultado da Guerra de Secessão influenciou no processo de industrialização dos Estados Unidos?
9)             Onde se localizam as maiores concentrações industriais dos Estados Unidos? Por que, após a Segunda Guerra Mundial, houve uma desconcentração do parque industrial?

10)           Qual é o parque tecnológico mais importante dos Estados Unidos? Que fatores contribuíram para o seu desenvolvimento?

O CAPITALISMO FINANCEIRO E INFORMACIONAL - 2° ANO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     2º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2016

O Capitalismo financeiro e informacional
Capitalismo financeiro – Acontece a divisão do trabalho e a fabricação em série que provocam um aumento da produtividade e da capacidade de produção, caracterizando a Segunda Revolução Industrial.
Acontece uma concentração e centralização de capitais. A concorrência favoreceu as grandes empresas, provocando fusões e incorporações, surgindo monopólios e oligopólios.
Foram introduzidas novas tecnologias e novas fontes de energia.
A ciência ficou a serviço do capital com as pesquisas visando novas técnicas de produção.
O avanço da siderurgia e indústria mecânica aconteceu devido ao aperfeiçoamento da fundição do aço. A indústria química desenvolveu um novo setor: o petroquímico.
A eletricidade melhorou as indústrias e a qualidade de vida. O motor a combustão ajudou a indústria automobilística e aeronáutica, melhorando os transportes.
A necessidade de garantir novos mercados e novas fontes de matérias primas gerou o imperialismo. Na conferência de Berlim (1884-1885) ocorreu a divisão da África entre as potências européias. As colônias eram consideradas uma continuidade do território das metrópoles. Já o imperialismo americano era diferente do europeu. Era exercido através de interferência política, incentivando golpes de ditadores favoráveis aos seus interesses.
Houve uma divisão internacional do trabalho;
Colônias > matéria-prima barata com uma economia dependente da metrópole;
Metrópole > produto industrializado.
O capital industrial (agrícola, comercial e de serviços) não se distingue mais do capital bancário. A expressão mais indicada passa a ser Capital Financeiro.
Os bancos financiam e incorporam indústrias e vice-versa. As empresas familiares negociam suas ações (capital aberto).
Após a crise de 1929, estado intervém na economia, planejando, coordenando, produzindo e agindo também como empresário. Esta doutrina é chamada de Keynesianismo por causa do inglês John Maynard Keynes – 1883-1846.
Criticava o pensamento econômico clássico e o princípio da “mão invisível “, do suposto equilíbrio espontâneo do mercado; por isso defendia a intervenção do Estado na economia para evitar crises de superprodução, como a de 1929. Propunha o aumento dos gastos públicos como mecanismo para estimular o crescimento econômico e a geração de empregos.
Em 1933, o Presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt coloca em ação o New Deal (“novo plano” ou “novo acordo). Através deste plano promove a construção de obras públicas e estímulos a produção visando reduzir o desemprego.
Através de fusões e incorporações surgem os trustes – grandes grupos que dominavam todas as etapas do processo de produção (retirada da matéria prima, transformação e distribuição).
No capitalismo financeiro era comum a formação de cartéis – acordo entre trustes para controle de preço e eliminar concorrência em determinado setor. No cartel não há perda de autonomia de empresas.
Surgem também os conglomerados, quando acontece uma ampliação e diversificação dos negócios de alguns trustes. Visa a manutenção da estabilidade do grupo.
Os principais grupos mundiais são:
- General Eletric (E.U.A.) – lâmpadas, fogões, geladeiras, equipamentos médicos, motores de avião e turbinas para hidrelétricas.
- Sony  (Japão);
- Petrobrás, Vale do Rio Doce, Votorantim, Ambev e Gerdau (Brasil).
Após a Segunda Guerra Mundial a maioria das grandes potências européias entra em decadência, perdendo os domínios coloniais. Emerge então, duas superpotências: Estados Unidos e União Soviética. 
Capitalismo informacional – acontece a 3ª Revolução industrial, também chamada de Revolução tecno-científica ou Revolução Informacional.
Principais características:
- O capitalismo passa pela fase informacional-global;
- Começa após a 2ª Guerra Mundial, aproximadamente, aproximadamente a partir de 1970.
- Surge a Internet que proporciona aumento de produtividade econômica e aceleração do fluxo de capitais.
- O Capitalismo continua industrial financeiro.
Industrial – novas tecnologias (robótica)
Financeiro – cada vez mais bits de computador proporcionam uma circulação rápida pelo sistema mundial.
Característica principal: 
Crescente importância do conhecimento.
A primeira revolução industrial teve como fonte de recursos o carvão. A segunda o petróleo e a terceira o conhecimento.
Na fase industrial as indústrias se instalaram próximas as jazidas de carvão. Na fase informacional elas se instalaram próximas as universidades (Vale do Silício – Informática, telecomunicações, robótica, etc. próximo a Universidade de Stanford)
Nesta fase predomina o Neoliberalismo que busca aplicar os princípios do liberalismo clássico ao capitalismo atual. Diversamente daqueles, os teóricos neoliberais não creem na regulação espontânea do sistema. Visando disciplinar a economia de mercado, aceitam uma intervenção mínima do Estado para assegurar a estabilidade monetária e a livre concorrência. Também defendem a abertura econômica/financeira e a privatização de empresas estatais.
Globalização
Conceito: atual momento da expansão capitalista. Esta expansão visa aumentar os mercados, portanto os lucros, movendo tanto os capitais produtivos quanto os especulativos. Ajudou a disseminação do Neoliberalismo (comandados por EUA e Inglaterra).
Na globalização o Capitalismo não precisa da expansão territorialista (diferente da fase colonialista e imperialista). Exceção – Guerra do Iraque.
A expansão também é silenciosa, através de mercadorias, capitais, serviços, informações e pessoas.
Apesar da facilidade de circulação de bens, serviços, capitais, junto com a adoção de medidas neoliberais, isto tudo favorece mais aos países desenvolvidos, pois são quebradas as barreiras para que suas grandes empresas possam atuar, em detrimento dos países emergentes.
A facilidade de circulação de informações se dá, principalmente devido à internet. Isto levou a uma maior integração em escala mundial. Mas isto de forma desigual, pois algumas regiões estão mais integradas do que outras, atendendo principalmente os países desenvolvidos. Existe também uma desigualdade nos fluxos de capitais. Algumas regiões acabam recebendo mais que outras.
Capitais especulativos
- Também chamados de smart Money (“dinheiro esperto”) ou hotmoney (“dinheiro quente”);
 - Pequenos poupadores dos países desenvolvidos investem em fundos de pensão (aposentadorias);
- A administração é feita por bancos, corretoras e outras;
- Transferências para mercados mais lucrativos e seguros.
- Curto prazo.
Capitais produtivos
- Investimento a longo prazo
- Visa lucro através da redução nos custos de produção (baixo custo do transporte, proximidade dos mercados de mão-de-obra e de consumidores).
Multinacionais
São empresas que assumiram proporções maiores que na época dos trustes, cresceram pelo mundo, ultrapassando as fronteiras de seu país de origem e globalizando, não somente a produção, mas também o consumo. Nos países subdesenvolvidos o custo da produção era menor.
Expandiram após a 2ª Guerra Mundial quando a economia voltou a crescer em ritmo mais acelerado, gerando um quadro de grande prosperidade.

·   Fontes
1.   Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.
2.   Projeto Araribá: geografia/ organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela editora Moderna; editor responsável Fernando Carlo Vedovate. – 3. Ed. – São Paulo: Moderna, 2010.


QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO (Escolha pelo menos 5)
1)                Cite pelo menos 4 mudanças que ocorreram com o capitalismo financeiro:
2)                Explique por que aconteceu o imperialismo no final do século XIX e qual a sua relação com a África?
3)                No plano internacional, durante o capitalismo financeiro, o que aconteceu com o trabalho?
4)                Durante o capitalismo financeiro qual a relação entre as indústrias e os bancos?
5)                Explique o Keynesianismo:
6)                Defina truste, cartel e conglomerado:
7)                Escreva sobre a 2ª Revolução Industrial:
8)                Em qual fase do capitalismo acontece a 3ª Revolução Industrial?
9)                Quais as principais características do capitalismo informacional, cite pelo menos 4?
10)              Qual a principal característica do capitalismo informacional?
11)              Em relação ao local de instalação das indústrias, compare como aconteceu nas fases do capitalismo industrial, financeiro e informacional:
12)              Qual a doutrina econômica que predomina no capitalismo informacional? Explique:
13)              Qual o conceito de globalização?

14)              O que são multinacionais ?

O CAPITALISMO COMERCIAL E INDUSTRIAL - 2° ANO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     2º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2016

O Capitalismo
  • Conceito
Sistema político-econômico que visa a acumulação de capital através do lucro. Existe o domínio total ou parcial de todos os meios de produção pela iniciativa privada. A sociedade é dividida em classes onde algumas são donas dos meios de produção (burguesia) e outras contribuem apenas com o trabalho (proletariado/trabalhadores)
Surgiu na Europa durante a Idade Média, entre os séculos XI e XV, através da burguesia. Lentamente, se sobrepôs ao feudalismo, tornando-se predominante a partir do século XVIII.
No Reino Unido (Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales) o seu desenvolvimento foi mais acelerado e no continente europeu a transição do feudalismo para o capitalismo aconteceu de forma desigual.
  • Características do Capitalismo
Ø    A sociedade é marcada pela “tensão” entre duas classes sociais: a burguesia e o proletariado.
Ø    Propriedade privada dos meios de produção (máquinas equipamentos, matérias-primas, terras necessárias à produção de bens e mercadorias). No capitalismo, os meios de produção pertencem predominantemente a uma pessoa ou a um grupo de pessoas.
Ø    Economia de mercado. São as empresas que decidem como, quando, quanto e onde produzir, estabelecendo preço e as condições de circulação das mercadorias, de acordo com a lei da oferta e da procura.
Ø    Concorrência. As empresas buscam oferecer produtos de qualidade a preços acessíveis, tentando conquistar mais consumidores. A concorrência entre as empresas é benéfica, pois amplia para o consumidor as opções de compra e pode reduzir os preços.
Ø    Trabalho assalariado. O trabalhador recebe um salário por seu trabalho. O salário também é influenciado pela lei da oferta e da procura.
Ø    Lucro. É o principal objetivo da organização da produção. Para aumentar o lucro, os donos dos meios de produção procuram produzir suas mercadorias com o menor custo possível.
  • Fases do desenvolvimento do Capitalismo

- Comercial, Industrial, Financeiro e Informacional
Capitalismo Comercial – Fim do séc. XV até séc. XVIII. Aconteceu durante o período de expansão marítima, quando as potências da Europa Ocidental (Portugal, Espanha, Holanda e França) foram em busca de novas rotas de comércio para as índias. O objetivo era acabar com a hegemonia das cidades italianas no comércio com o Oriente pelo Mediterrâneo.
Aconteceu a escravização e o genocídio de milhões de nativos (América e África). Praticamente tudo era comercializado (perfumes, sedas, tapetes, especiarias e até seres humanos). As mercadorias eram produzidas de forma artesanal.
O acúmulo de capitais era conseguido através das trocas e ficou principalmente nas mãos da burguesia.
Serviu para fortalecer os Estados Nacionais com centralização do poder nas mãos do Monarca. O Poder de um país era medido pela quantidade de metais preciosos que acumulava. Predominou o mercantilismo onde o estado interferia nas relações comerciais. Este mercantilismo levou ao colonialismo (mundo dividido entre as potências mundiais). Acontecia o comércio triangular (escravos da áfrica para as colônias, produtos tropicais para as metrópoles e produtos europeus para a África).
Durante a etapa mercantilista do capitalismo, a exploração econômica das colônias proporcionou grande acúmulo de riquezas nos países europeus, principalmente na Inglaterra, que emerge como principal potência no final desse período.
Capitalismo Industrial – A 1ª Revolução Industrial provocou a transformação da natureza por máquinas a carvão mineral. Houve um aumento significativo da produção de bens e consequentemente o aumento do lucro.
Aconteceu uma expansão das redes de transportes terrestre e marítimo – trem a vapor e barco a vapor).
O lucro vinha na produção de mercadorias.
Karl Marx (1818-1883) desvendou a exploração capitalista:
- Mais valia – todo produto ou serviço está embutido um valor a mais que não é repassado a quem o produziu (acúmulo de lucro).
Nesta fase o regime assalariado foi o mais indicado. O trabalhador apresenta maior produtividade porque tem o seu salário garantido e ainda tem renda para o consumo.
A Industrialização se expande para a Europa (Bélgica, França, Alemanha e Itália) e outros países (E.U.A, Japão e Canadá).      
A principal doutrina econômica utilizada foi o Liberalismo (O Estado não intervém na economia, o mercado é conduzido pela livre concorrência, seus dois principais estudiosos foram:Adam Smith – 1723 – 1790 e Davi Ricardo – 1772 – 1823, ambos britânicos). Muitos usam a expressão “Mão invisível do Mercado” – Palavras francesas (laissez-faire, laissez-passer – deixe fazer, deixe passar).
Criticava o absolutismo e o mercantilismo; defendia, no plano político, a democracia representativa, a independência dos três poderes e a liberdade do indivíduo; e, no plano econômico, o direito à propriedade, a livre-iniciativa e a concorrência. Era contra a intervenção do Estado na economia e favorável à livre ação das forças do mercado. Para seus teóricos, a riqueza vinha da indústria (produção).

·   Fontes
1.   Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.
2.   Projeto Araribá: geografia/ organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela editora Moderna; editor responsável Fernando Carlo Vedovate. – 3. Ed. – São Paulo: Moderna, 2010.

ATIVIDADES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO

1)             Qual o conceito de capitalismo? Quando ele surgiu?
2)             Cite e explique pelo menos 3 características do capitalismo?
3)             Cite as duas primeiras fases do capitalismo identificando pelos menos uma diferença entre elas:
4)             Explique quando iniciou a fase do capitalismo comercial e quais eram seus principais objetivos?
5)             Explique o Mercantilismo:
6)             Durante o capitalismo industrial, explique o que a 1ª Revolução Industrial provocou?
7)             De onde vinha o lucro no capitalismo industrial? Como acontecia a exploração capitalista?
8)             Qual a principal doutrina econômica do capitalismo industrial? Explique sua principal característica:

9)             O que o liberalismo defendia no plano político e econômico?

SOLO - 1° ANO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2016

SOLO

• Conceito e Formação do solo
- Para a mineração, solo é um detrito que deve ser separado dos minerais explorados e depois removido; para algumas ciências, como a Ecologia, é um sistema vivo composto por partículas minerais e orgânicas que possibilita o desenvolvimento de diversos ecossistemas. Para a Geografia, solo é a parte natural e integrada à paisagem que dá suporte às plantas que nele se desenvolvem.
- O solo é formado num processo contínuo, pela desagregação e decomposição das rochas. Quando expostas à atmosfera, as rochas sofrem a ação direta do calor do Sol e da água da chuva, entre outros fatores, que modificam seus aspectos físicos e composição química dos minerais que a compõem. Em outras palavras, sofrem a ação do intemperismo físico e químico.
- Ao processo que origina os solos e seus horizontes dá-se o nome de pedogênese.
- Basicamente o solo é constituído de: Partículas minerais (argila, silte, areia fina, areia grossa e cascalho), matéria orgânica (restos vegetais e animais – húmus), água e ar.

• Perfis do Solo
O perfil de um solo bem desenvolvido possui basicamente quatro tipos de horizontes, chamados de horizontes principais:
- Horizonte O: camada superior do solo, orgânica;
- Horizonte A: camada com acúmulo de matéria orgânica;
- Horizonte E: claro de máxima remoção de argila e/ou óxidos de ferro;
- Horizonte B: máxima expressão de cor e concentração de materiais removidos de A e E;
- Horizonte C: material inconsolidado de rocha alterada;
- R: Rocha não alterada (que não é solo).

• Erosão
Conjunto de ações que modelam uma paisagem. Importante fator de modelagem das formas de relevo, de desgaste dos solos agricultáveis e, quando resulta de ação humana sobre a natureza, pode comprometer o equilíbrio ambiental.

• Etapas do desgaste do solo
As três etapas do desgaste de solos provocados pelo processo erosivo são: intemperismo (físico: variação de temperatura e químico: ação da água sobre as rochas provocando mudança lenta na estrutura dos minerais), transporte (água e vento) e sedimentação (depósito em outro lugar). A melhor forma de se combater esse desgaste é por meio da diminuição da velocidade de escoamento da água.

• Práticas agrícolas para conservação do solo
Algumas práticas agrícolas são utilizadas para a conservação do solo, quebrando a velocidade de escoamento das águas das chuvas, entre elas:
- Terraceamento: prática que consiste em fazer cortes nas superfícies íngremes para formar degraus.
- Curvas nível: consiste em arar o solo e depois semeá-lo seguindo as cotas altimétricas do relevo.
- Associação de culturas: prática que consiste em plantar espécies, principalmente leguminosas, entre fileiras de culturas que deixam parte de solo exposto, favorecendo também o equilíbrio orgânico do solo.

• Voçorocas
As voçorocas se formam basicamente de duas maneiras: erosão descontrolada sobre sulcos que se formam pela ação das águas pluviais na superfície e no subsolo, solapamento das camadas inferiores do solo, provocando desmoronamentos e conseqüente formação de sulcos que vão aumentando de tamanho.

• Movimento de Massa ou Deslizamentos
As encostas, à medida que a camada de solo vai adquirindo maior profundidade ao longo do tempo geológico, tende a deslizar quando sua espessura, peso e declividade criarem as condições propícias. Esse processo é acelerado pela ação humana quando ocorre desmatamento e ocupação das encostas, o que aumenta o peso da massa solta sujeita ao escorregamento.

• Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume 1 – São Paulo: Scipione, 2014.


- Vasentini, José Villian – Georafia: O mundo em transição – Ensino Médio – São Paulo: Ática, 2010.

FATORES E ATRIBUTOS DO CLIMA - 1° ANO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     1º Ano – Ensino Médio  
Disciplina: Geografia  -  2016

Fatores e atributos do clima

·        Tempo   -   Clima
Tempo – é o estado momentâneo da atmosfera em certo local.
Clima – é conjunto de variações nas condições do tempo, em determinada região, durante um longo período (30 anos, aproximadamente).

·        Fatores climáticos e atributos ou elementos do clima  
Chamamos fatores climáticos às condições físicas de uma região ou do planeta que interferem nas condições do clima em diferentes escalas. São características que determinam o clima. São eles: latitude, altitude, massas de ar, correntes marítimas, continentalidade ou maritimidade, relevo, vegetação e urbanização.

Atributos ou elementos climáticos – temperatura, umidade e pressão atmosférica – O comportamento destes elementos é o resultado da conjugação dos fatores climáticos. Apresenta-se diferenciado nas diversas regiões do planeta, bem como, no caso da atuação das massas de ar, ao longo do ano.

  • Latitude
Quanto maior a latitude, menores serão as temperaturas médias anuais, pois maior será a inclinação com que os raios solares incidirão sobre a superfície terrestre, aumentando, consequentemente, a área a ser aquecida por uma determinada quantidade de energia. Por outro lado, quanto menor for a latitude, maiores serão as médias térmicas anuais, pois menor será a área da superfície a ser aquecida pela mesma quantidade de energia.

  • Altitude
Quanto maior a altitude, menores serão as médias térmicas anuais, porque a atmosfera se aquece por irradiação de calor absorvido. Quanto mais nos aproximamos do nível do mar, maiores serão as médias anuais de temperatura,  pois aumenta a superfície de contato da terra com a atmosfera.

  • Massas de ar
São grandes porções da atmosfera que possuem características comuns de temperatura, umidade e pressão e podem se estender por milhares de quilômetros.
De maneira geral, podemos distinguir as massas de ar da seguinte forma: Oceânicas (são massas de ar úmidas); Continentais (são massas de ar secas, embora haja também continentais úmidas, como as que se formam sobre grandes florestas); Tropicais e equatoriais (são massas de ar quentes); Temperadas e polares (são massas de ar frias).
A ação diferenciada das massas de ar ao longo do ano é um dos fatores que explicam a variação do comportamento do tempo. Por exemplo: o clima em Manaus é quente e úmido no decorrer do ano porque, na região, atuam somente massas de ar quentes e úmidas (massa equatorial continental – MEC – e massa equatorial atlântica – meã). Já na região Sul do país, o verão é quente e úmido porque, nessa estação, atua a massa tropical atlântica (mTa), que é quente e úmida. O inverno, por sua vez, é frio e úmido, características da massa polar atlântica (mPa), que atua sobre a região nessa época do ano.

  • Correntes marítimas
São grandes volumes de água que se deslocam pelo oceano, quase sempre nas mesmas direções, como se fossem longuíssimos “rios” dentro do mar. As correntes marítimas são movimentadas pela ação dos ventos e pela influência da rotação da Terra, que as desloca para oeste – no hemisfério norte as correntes circulam no sentido horário, e no hemisfério sul, anti-horário.
Diferenciam-se em temperatura, salinidade e direção das águas do entorno dos continentes. Causam forte influência no clima, principalmente porque alteram a temperatura atmosférica, e são importantes para a atividade pesqueira: em áreas de encontro de correntes quentes e frias, aumenta a disponibilidade de plâncton, que atrai cardumes porque lhes serve de alimentos.

  • Vegetação
Os diferentes tipos de cobertura vegetal – tundra, floresta tropical, campos, etc. – apresentam grande variação de densidade, o que influencia diretamente a absorção e irradiação de calor, além da umidade do ar. Numa região florestada, as árvores impedem que os raios solares incidam diretamente sobre o solo, diminuindo a absorção de calor e temperatura.

  • Relevo
É uma grande diversidade de desnivelamentos, ou seja, diferentes atitudes – desde terrenos planos até pequenas formas com poucos metros de altura ou enormes cadeias de dobramentos.
Além de estar associado à altitude, que é um fator climático, o relevo influi na temperatura e na umidade ao facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar. Na Europa, por exemplo, as planícies existentes no centro do continente facilitam a penetração das massas de ar oceânicas (vento do oeste), provocando chuvas e reduzindo a amplitude térmica anual.

  • Atributos ou elementos do clima
Os três atributos climáticos mais importantes são a temperatura, a umidade e a pressão atmosférica.
Temperatura: é a intensidade de calor existente na atmosfera proveniente do aquecimento dos diversos  elementos da superfície da Terra. 
Umidade: é a quantidade de vapor de água presente na atmosfera num determinado momento, resultado do processo de evaporação das águas da superfície terrestre e da transpiração das plantas.
A umidade relativa, expressa em porcentagem, é uma relação entre a quantidade de vapor existente na atmosfera num dado momento e a quantidade de vapor de água que essa atmosfera comporta. Quando esse limite é atingido, a atmosfera atinge seu ponto de saturação e ocorre a chuva.

  • Pressão atmosférica
É a medida da força exercida pelo peso da coluna de ar contra uma área da superfície terrestre. Quanto mais elevada a temperatura, maior a movimentação das moléculas de ar e mais elas se distanciam umas das outras – como resultado, mais baixo é o número de moléculas em cada metro cúbico de ar e menor se torna o peso do ar. Portanto, menor a pressão exercida sobre uma superfície. Inversamente, quanto menor a temperatura, maior é a pressão atmosférica.

  • Tipos de chuva
Para que ocorra precipitação de água na atmosfera, a umidade tem que passar do estado gasoso para o líquido (condensação), o que depende da redução de temperatura. A partir dessa informação, podemos classificar a chuva em três tipos:
1 – chuva de relevo ou orográfica: para ultrapassar uma forma de relevo (uma serra, por exemplo), a massa de ar ganha altitude; as temperaturas mais baixas provocam condensação do vapor de água e, consequentemente, precipitação;
2 – chuva frontal: a temperatura cai na zona de contato de uma massa de ar frio com uma massa de ar quente, ocorrendo, daí, a precipitação;
3 – chuva de convecção: nos dias quentes, o ar próximo à superfície se aquece, fica mais leve e sobe. Nas camadas superiores da atmosfera, vão se formando nuvens (vapor de água condensado) ao longo do dia. No final da tarde ou começo da noite, ocorre a precipitação.


·   Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.
- Vasentini, José Villian – Georafia: O mundo em transição – Ensino Médio – São Paulo: Ática, 2010.

ATIVIDADES DE REVISÃO E AVALIAÇÃO DOS CADERNOS (escolha pelo menos 5)
1)            Qual a diferença entre clima e tempo?
2)  O que são os fatores climáticos? Cite pelo menos 5:
3)  Quais são atributos ou elementos do clima?  Qual a sua relação com os fatores do clima?
4)  Como a variação da latitude pode influenciar no clima?
5)  Como a variação da altitude pode influenciar no clima?
6)  O que são as massas de ar e como elas influenciam no clima?
7)  As seleções europeias que jogaram na Arena de Manaus sofreram muitas dificuldades por causa do clima quente e úmido. Por que o clima nesta cidade é assim?
8)  O que são as correntes marítimas e como elas são movimentadas?
9)  Qual a influência das correntes marítimas no clima?
10)         Qual a influência da vegetação no clima?
11)         Qual a influência do relevo no clima?
12)         Explique o que é a umidade da atmosfera e a umidade relativa.
13)         Explique o que é a pressão atmosférica:
14)         A ocorrência de chuva depende de quê? Explique os três tipos de chuvas: