Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: Filosofia
- 2019
Sócrates:
a dialética
Vídeo: SÓCRATES
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Sócrates
Imortalizado
nos diálogos de Platão. Sócrates tornou-se um mestre e um exemplo da conduta
ética até nossos dias.
Nascido
em Atenas, Sócrates (469-399 a.C) é tradicionalmente considerado um marco
divisório da história da filosofia grega. Por isso, os filósofos que o
antecederam são chamados de pré-socráticos, porém, não deixou nada escrito. O
que se sabe dele e de seu pensamento vem dos textos de seus discípulos e de
seus adversários.
Sócrates era filho de um escultor e de uma
parteira – dupla herança que o levou a buscar esculpir simbolicamente, uma
representação autêntica do ser humano e a ajudar seus discípulos a dar à luz
suas próprias ideias.
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Diferenças
e semelhanças entre Sócrates e os sofistas
O
estilo de vida de Sócrates assemelhava-se, exteriormente, ao dos sofistas,
embora não “vendesse” seus ensinamentos. Desenvolvia o saber filosófico em
praças públicas conversando com os jovens, sempre dando demonstrações de que
era preciso unir a vida concreta ao pensamento. Unir o saber ao fazer, a
consciência intelectual à consciência prática ou moral.
Tanto
quanto os sofistas, Sócrates abandonou a preocupação dos filósofos
pré-socráticos em explica a natureza e concentrou-se problemática do ser
humano. No entanto se opôs ao relativismo quanto à questão da moralidade e ao
uso da retórica para atingir interesses particulares, entre outros aspectos que
marcaram sua diferença com a tradição sofista.
·
Debate
com os sofistas
Embora
em sua época tenha sido confundido com os sofistas, Sócrates travou uma
polêmica profunda com esses filósofos. Ele procurava um fundamento último para
as interrogações humanas (O que é o bem? O que é a virtude? O que é a
justiça?), enquanto os sofistas – conforme a visão de seus críticos – situavam
suas reflexões a partir dos dados empíricos, o sensório imediato, sem se
preocupar com a investigação de uma essência (da virtude, da justiça, do bem
etc.) a partir da qual a própria realidade empírica pudesse ser avaliada.
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A
pergunta fundamental de Sócrates e a resposta
A
pergunta fundamental de Sócrates era: qual é a essência do ser humano, ou o que
o ser humano é essencialmente? Sua resposta apontava para a ideia de que o ser
humano é sua alma, entendida aqui como a sede da razão, o nosso eu consciente
(que inclui a consciência intelectual e a consciência moral), pois é o que nos
distingue de todos os outros seres da natureza.
Por
isso, o autoconhecimento era um dos pontos básicos da filosofia socrática.
“Conhece-te a ti mesmo”, frase escrita no Oráculo de Delfos, era a recomendação
primordial feita por Sócrates a seus discípulos.
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Diálogo
crítico
A
filosofia de Sócrates era desenvolvida mediante o diálogo crítico (ou
dialética) com seus interlocutores, o qual pode ser dividido em dois momentos
básicos:
-
refutação ou ironia – etapa em que o filósofo interroga seus
interlocutores sobre aquilo que pensavam saber, formulando-lhes perguntas e
procurando evidenciar suas contradições. Seu objetivo era fazê-los tomar
consciência profunda de suas próprias respostas, das consequências que poderiam
ser tiradas de suas reflexões, muitas vezes repletas de conceitos vagos e
imprecisos:
-
maiêutica – etapa em que ele propunha aos discípulos uma nova série de
questões, com o objetivo de ajuda-los a conceber ou reconstruir suas próprias
ideias. Por isso, essa fase é chamada de maiêutica, termo que em grego
significa “arte de trazer a luz”.
·
Corruptor
da juventude?
Sócrates
não dava importância à condição socioeconômica de seus discípulos. Dialogava
com ricos e pobres, cidadãos e escravos. O que importava eram as qualidades
interiores de cada pessoa, condições indispensáveis ao processo de
autoconhecimento.
Como
não fazia distinção entre seus interlocutores e questionava tudo, incluindo
crenças e valores comuns, foi considerado uma ameaça social, um subversivo.
Interessado na prática da virtude e na busca da verdade, contrariava os valores
dominantes da sociedade ateniense. Por isso, receber a acusação de ser injusto
com os deuses da cidade e de corromper a juventude.
·
A
morte de Sócrates
Após
ser acusado de ser injusto com os deuses e de corromper a juventude, foi
submetido ao um processo e, no final, foi condenado a beber cicuta (veneno
mortal extraído de uma planta de mesmo nome).
Diante
dos juízes, Sócrates assumiu uma postura altaneira e imperturbável, de quem
nada teme. Permanecia absolutamente em paz com sua própria consciência.
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Sua
vida
Sócrates
construiu uma personalidade corajosa, guiando sua conduta pelo critério de
justiça que encontrou como correto. Viveu conforme sua própria consciência.
Morreu sem ter renunciado a seus mais caros valores morais.
Fonte
Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, , Mirna Fernandes ,
Fundamentos de filosofia, volume único, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.