segunda-feira, 24 de março de 2014

ROTEIRO DE ESTUDO PARA A PROVA DO 1° BIM 3º ANO


Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     3º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia -  2014

Orientações de conteúdo para a prova do 1º bimestre

GEOGRAFIA
  • Guerra Fria – conceito, características e símbolos
  • A queda do Muro de Berlim.
  • Conflito Leste X Oeste.
  • As duas faces do terrorismo.
  • Expansão do fundamentalismo islâmico
  • Problemas da população indígena no Brasil.
  • As comunidades quilombolas.
  • Razões dos conflitos na África.
  • Os bantustões na África.
  • A divisão da Iugoslávia
  • Israelenses e palestinos – obstáculos para a paz
  • Ações afirmativas – conceito.

ROTEIRO DE ESTUDO PARA AS PROVAS DO 1º BIM 2º ANO - GEOGRAFIA E HISTÓRIA


Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     2º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia e História -  2014

Orientações de conteúdo para as provas do 1º bimestre


GEOGRAFIA
  • Capitalismo – conceito
  • Capitalismo comercial
- Mercado triangular

- Mercantilismo

  • Capitalismo Industrial
- Revolução Industrial

- Lucro

- Liberalismo

- Regime assalariado - vantagens

  • Capitalismo financeiro – características.
- Keynesianismo

- Cartel, truste e conglomerado.

  • Capitalismo informacional
- Neoliberalismo

  • Subdesenvolvimento
- Origem: causas externas e internas

  • Relação do subdesenvolvimento com os índices sociais.
  • IDH
- Conceito.

- Tabela de classificação do IDH – Ver no blog

  • Nova Divisão Internacional do Trabalho
- Ver esquema no blog


HISTÓRIA

  • Durante a formação dos estados nacionais, identificar os fatores que fortaleceram a autoridade do rei.
  • Motivos para a expansão marítima portuguesa
  • Revolução de Avis
  • Tratado de Tordesilhas
  • Importância das especiarias
  • A ideia de inferioridade dos povos africanos
  • A Oralidade
  • Os principais reinos africanos
  • A escravidão na África antes e depois do tráfico negreiro

ROTEIRO DE ESTUDO PARA AS PROVAS DO 1º BIM 1º ANO - GEOGRAFIA E HISTÓRIA


Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     1º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia e História -  2014
Blog: www.spasso-g-ografico.blogspot.com.br

Orientações de conteúdo para as provas do 1º bimestre

 
GEOGRAFIA

  • Bússola e rosa-dos-ventos – conceito
- Livro pg.66

  • Consequências da esfericidade da Terra e inclinação de seu eixo.
- Ver vídeos no blog

  • Fusos horários – limites teóricos e práticos
  • Horário de verão
  • Coordenadas Geográficas
- Livro pg 38

- Localizar um ponto no mapa através das coordenadas geográficas.

  • Mapas, cartas e plantas – diferença.
- Livro pgs. 40, 52 e 53

  • Projeções cartográficas
- Classificação e técnicas(categorias).

- Livro pgs 43 a 49.

  • Insolação no inverno e no verão
- Ver os vídeos no blog

  • Ver o livro nas pgs 254(12) e 255 (16)


HISTÓRIA

  • Resumo do filme Guerra do Fogo.
 
  • Mesopotâmia:
- O mapa crescente fértil – Livro pg. 19

- Definição de Mesopotâmia

- Principais povos que se desenvolveram na Mesopotâmia.

- As transformações que a agricultura e a pecuária provocaram.

- A escrita cuneiforme

- Importância do rei.

- O rei Hamurábi.

- O código de Hamurábi.


  • Os Egípcios
- Origem dos povos egípcios.

- A escrita dos egípcios.

- A Pedra de Roseta e Champolion.

- A arte do Egito.

- O conhecimento dos egípcios.

- A religião e as pirâmides.

- Mumificação.

- O Faraó e sua relação com a religião

quinta-feira, 13 de março de 2014

OS EGÍPCIOS

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2014

Egípcios

Origem da sociedade egípcia
Provavelmente, a necessidade de enfrentar problemas comuns (abrir canais de irrigação, construir diques, organizar a atividade agrícola) levou parte dos povos egípcios a se reunir em tribos e aldeias que, ao longo do tempo, se unificaram e acabaram por originar o Baixo e Alto Egito. Na época das cheias, as águas do Nilo inundavam suas margens, depositando o húmus que fertilizava as terras – o que favorecia a agricultura. Para controlar as cheias, construíram diques e barragens, que protegiam as vilas e casas das inundações. Também construíram canais de irrigação para levar a água necessária às regiões mais distantes das margens do rio.

Vídeo: Os Egípcios

 A centralização política no Egito
Por volta de 3100 a.C., os governantes do Alto Egito (sul do território) conquistaram o Baixo Egito (norte), unindo os dois reinos sob o comando de um rei: o faraó.

O Poder no Egito
O poder concentrava-se no faraó, que era o rei supremo, considerado um deus vivo e responsável pela proteção e prosperidade de seu povo. Além do poder político, o faraó detinha autoridade religiosa, administrativa, judicial e militar; para governar, contava com o auxílio de muitos funcionários: os escribas, os administradores de províncias, os militares, os sacerdotes e o tjati(vizir), chefe da administração e da justiça.

A sociedade egípcia
A sociedade egípcia era constituída de camponeses (a maioria da população), diversos tipos de artesãos e um grupo relativamente pequeno de escravos. Os camponeses eram responsáveis por, praticamente, todos os trabalhos necessários á agricultura e à criação de animais. Entre os artesãos, haviam os que produziam artigos de luxo e trabalhavam em oficinas urbanas (muitas vezes instaladas nos templos e palácios) e os menos qualificados, que trabalhavam em oficinas rurais e produziam artigos mais rústicos, além de trabalhadores especializados nos mais diversos ofícios, como os ligados ao sepultamento dos mortos (embalsamadores e decoradores de túmulos). O grupo dos escravos era composto, principalmente, de prisioneiros de guerra; suas condições de vida variavam de acordo com as funções exercidas (nas casas, nas pedreiras, nas minas, nos campos). Podiam adquirir propriedade, testemunhar em tribunais e casar-se com pessoas livres.

A religião e o faraó
A religião egípcia comportava a crença na condição divina do faraó (considerado um deus vivo), e isso justificava o poder, que lhe era atribuído, de controlar as forças da natureza em proveito dos egípcios.

A mumificação dos mortos
Usavam o processo de mumificação por acreditarem que, após a morte, as pessoas continuavam a viver no reino de Osíris, onde seriam julgados por esse deus. Os que fossem absolvidos poderiam retornar aos seus corpos, que, por isso, precisavam ser conservados.

Os hieróglifos
Assim como os sumérios, os egípcios desenvolveram um dos primeiros sistemas de escrita. Criaram sinais para representar coisas e objetos (pictogramas) ou sugerir idéias (ideogramas). Posteriormente, criaram sinais (letras que representavam sons (fonogramas). A escrita egípcia só foi decifrada quando os soldados de Napoleão descobriram a pedra de Roseta. Era um pedaço de pedra negra que continha um texto escrito de três formas diferentes. Em grego, hieróglifo (escrita egípcia sagrada) e demótico (escrita egípcia simplificada e mais popular). Comparando os três textos, o francês Jean-François Champolion, orientalista, conseguiu decifrar os hieróglifos em 1822.

Arte e conhecimentos egípcios
A construção de templos e a criação de esculturas e pinturas representando deuses, demonstra claramente a influência da religião nas manifestações artísticas do Egito.
Os egípcios buscavam novos conhecimentos para resolverem seus problemas práticos e concretos. Destacaram em algumas áreas do conhecimento: Química - manipulação de substâncias (surgida no Egito) deu origem a vários remédios); Matemática -  (álgebra e geometria) padronização de pesos e medidas e sistema de notação numérica e de contagem. Todos esses conhecimentos foram úteis na construção das pirâmides e outros templos; Astronomia – criação de mapas com agrupamento das constelações, sendo úteis para a navegação e agricultura; Medicina – a técnica da mumificação ajudou a conhecer a anatomia do corpo humano facilitando a formação de médicos especializados.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

POVOS DA MESOPOTÂMIA

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História

Povos da Mesopotâmia

Os primeiros povos
O nome Mesopotâmia, significa “terra entre rios”, foi atribuído à região pelos antigos gregos, dada a sua localização entre os rios Tigre e Eufrates. Atualmente, na maior parte da área da antiga Mesopotâmia localiza-se o Iraque, onde existem mais de 10 mil sítios arqueológicos.
Na região mesopotâmica viveram diferentes povos: sumérios , acádios, babilônios, assírios e caldeus, entre outros. Viviam se confrontando, eram nômades e seminômades, das montanhas ou do deserto. Atacavam as populações das planícies de terras férteis.

Vídeo: Povos da Mesopotâmia



A revolução agropastoril
O desenvolvimento da agricultura e da pecuária foi modificando a forma como os grupos humanos se organizavam. Como alguns deles começaram a controlar a produção de alimentos, permaneciam mais tempo nos lugares que ocupavam, passando a formar aldeias agrícolas e pastoris.
O aumento da produção agrícola e pastoril possibilitou o aumento da população das aldeias, tornando necessárias novas formas de organização do trabalho, da justiça, da religião, da segurança dos habitantes e da proteção dos bens econômicos, que explicam o surgimento das cidades.
Nestas cidades surgiram construções como: casas, ruas, templos e palácios. Os zigurates eram formados por vários andares, cada um menor que o inferior. (Torre de Babel). Outra construção famosa dos povos da Mesopotâmia foram os Jardins Suspensos da Babilônia que constituíam um grande conjunto arquitetônico construído por determinação do rei Nabucodonosor.

O rei e os sacerdotes
O rei e os sacerdotes exerciam funções semelhantes. O poder político e o poder religioso eram interligados. Os sacerdotes, além das funções religiosas, controlavam a economia dos templos e exerciam muita influência política. O rei, controlando o palácio e sua corte (funcionários), exercia o poder político e econômico, ampliado em função do crescimento das cidades e do desenvolvimento das atividades urbanas. Além disso, o poder do rei era considerado de origem divina, o que também lhe assegurava liderança religiosa.
       Um das hipóteses para o surgimento da figura do rei e a sua aquisição de poderes é a de que, no início as cidades eram constantemente ameaçadas por invasores surgindo a necessidade de organizar uma defesa. Para isso foi necessário escolher um comandante para organizar as tropas. Ele também tinha funções sacerdotais e, com o tempo, esse comandante e sacerdote ampliou seus poderes e tornou-se uma autoridade permanente.

Os Assírios
Os povos da Mesopotâmia, responsáveis pela criação dos primeiros exércitos permanentes do mundo, foram os assírios.
Naquela época, outro invento que representou uma revolução na locomoção terrestre, foi a roda. Ela contribuiu para acelerar as comunicações

Cidades Estado
Era a forma de organização política das cidades da Mesopotâmia, que jamais chegaram a formar um reino único, embora, em diferentes épocas, cidades mais poderosas tenham imposto seu domínio sobre as outras. Os povos da mesopotâmia também se organizaram em grandes impérios unificados, como o Império formado sob o governo do rei babilônio Hamurabi, por volta de 1763 a.C.

A escrita
As primeiras formas de escrita eram representadas por desenhos figurativos (pictográficos) do objeto representado, utilizados como forma de registro da contabilidade dos templos (relação de produtos devidos aos deuses e as transações feitos pelos sacerdotes). Posteriormente, os sinais passaram a significar idéias (escrita ideográfica). Finalmente, passaram a representar sons da fala humana: eram impressos em argila com estilete na forma de cunha (escrita cuneiforme). A escrita tornou possível, além da contabilidade dos templos, o registro de textos de todo tipo, incluindo a sistematização de histórias – o que, antes, só era realizado oralmente.

Hamurabi
Foi um rei da Babilônia, no século XVIII a.C.,  que criou um código de leis (Código de Hamurábi) onde reafirmou a importância da função do rei como ordenador da vida social.
O Código de Hamurábi foi uma reunião de normas sobre transgressões cometidas; ele não apresentava definição para os crimes, mas descrevia casos específicos que seriam usados como padrão a ser aplicado em situações semelhantes. A pena era estabelecida proporcionalmente ao crime praticado, o que ficou conhecido como princípio de talião. Por exemplo: se alguém arrancasse os dentes de outro, os seus dentes seriam arrancados. A pena também poderia ser paga na forma de recompensa econômica.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

terça-feira, 11 de março de 2014

O SUBDESENVOLVIMENTO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     2º Ano – Ensino Médio  
Disciplina: Geografia - 2014

O SUBDESENVOLVIMENTO
  • Origens e razões
A origem do processo de formação dos atuais países desenvolvidos e subdesenvolvidos remonta às Grandes Navegações empreendidas pelos Estados-nações europeus, a partir do século XV. Nessa época, esses Estados expandiram o comércio, explorando produtos e recursos da América, da África e da Ásia, e passaram a exercer forte domínio sobre os povos desses continentes, controlando a extração e a produção neles realizadas.
As terras conquistadas e dominadas (as colônias) não possuíam autonomia administrativa, e seus recursos e riquezas eram explorados intensamente em benefício de alguns países, como Portugal, Espanha, Holanda, França e Inglaterra (as metrópoles). Essa exploração (metais preciosos, minérios e produtos agrícolas, por exemplo) proporcionou, de fato, um grande enriquecimento às metrópoles. As poucas exceções a essa forma de colonialismo foram Austrália, Nova Zelândia, Canadá, e Estados Unidos.


  • Características dos países subdesenvolvidos
O subdesenvolvimento caracteriza-se principalmente por graves problemas sociais, grande desigualdade entre os grupos sociais, capacidade limitada de desenvolvimento tecnológico e dependência financeira em relação ao mundo desenvolvido e às organizações financeiras internacionais. Além disso, apresentam baixos índices de desenvolvimento humano e econômico, alguns ainda se inserem na tradicional divisão internacional do trabalho e continuam, portanto, a ser essencialmente exportadores de matérias-primas e de alimentos a preços baixos. A industrialização, em muitos casos agravou a dependência econômica, pois acentuou a necessidade de acesso a novas tecnologias e fez crescer o endividamento externo.

  • O subdesenvolvimento e o desenvolvimento
O subdesenvolvimento não pode ser considerado um estágio para o desenvolvimento. São realidades opostas, porém inseparáveis, resultantes do processo de mundialização do capitalismo: desde as Grandes Navegações e descobrimentos, no século XVI, houve grande transferência de riqueza das colônias para as metrópoles, fruto da exploração colonialista e imperialista, ou seja, a riqueza concentrou-se nos países que mais tarde seriam os desenvolvidos.
Assim como gerou desigualdades em cada país, definindo classes sociais, o capitalismo provocou desigualdades entre as nações, definindo uma divisão do trabalho em escala mundial: no mundo há países pobres e ricos. De forma geral pode-se dizer que os países ricos são os desenvolvidos e os pobres, os subdesenvolvidos. Há ainda no mundo, regiões que estão numa posição intermediária entre os dois grupos: são os chamados países emergentes.

  • Causas internas do subdesenvolvimento
A maioria dos países subdesenvolvidos é governada por ditaduras ou regimes democráticos pouco consolidados, sob o comando de elites em geral indiferentes ao bem-estar social do restante da população. Por isso o Estado deixa de cumprir com muitas de suas atribuições básicas para satisfazer aos interesses da classe social ou do grupo étnico que detém o poder.
O desvio das funções do Estado, a relação entre Estado e capital, a impunidade e o desrespeito à cidadania acabaram gerando outro problema: a corrupção. Embora não seja exclusividade desses países, este problema está fortemente arraigado na maioria deles e consome vultuosos recursos, que poderiam ser canalizados para a solução dos graves problemas sociais que enfrentam.
Outro sério problema que várias nações enfrentam, sobretudo as africanas, são as guerras civis que as arruínam social e economicamente.

  • Renda per capita, distribuição de renda e indicadores sociais
A renda per capita é resultante do Produto Nacional Bruto (PNB) dividido pela população do país. O PNB é a riqueza produzida em um país, mais as entradas e depois menos as saídas de divisas, contabilizada em sua moeda corrente e depois convertida em dólar para permitir a comparação com outros países. Normalmente os países com alta renda per capita apresentam bons indicadores sociais, uma boa distribuição de renda e figuram entre os países desenvolvidos. No entanto, os países do Golfo Pérsico produtores de petróleo, como Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, possuem rendas per capita entre as mais altas do mundo, mas como a riqueza desses países se concentra nas mãos de uma pequena minoria, eles não podem ser considerados desenvolvidos. A maioria dos países com baixa renda per capita apresenta os piores indicadores sociais.




  • IDH
Índice de Desenvolvimento Humano – é um indicador composto que mede o desenvolvimento humano. Ele evidencia os resultados médios das três dimensões básicas do desenvolvimento humano alcançado no país:
-Vida longa e saudável, medida pela esperança de vida ao nascer;
-Conhecimento, medido pela taxa de alfabetização de adultos e pela taxa combinada bruta de matrículas no ensino fundamental, médio e superior;
-Padrão de vida decente, medido pelo PIB per capita (em dólares)
Cria-se um índice para cada uma dessas dimensões. Através do cálculo da média desses três índices descobre-se o IDH. Quanto mais próximo de 1 se situar essa média, melhor é a qualidade de vida da população, quanto mais perto de 0, pior.



  • Guerras civis e o subdesenvolvimento
As guerras civis constituem um sério problema para diversas nações, sobretudo as africanas. Por terem sido constituídas, de forma geral, sobre os limites traçados pelas potências imperialistas europeias no Congresso de Berlim (1884-85), as fronteiras dos Estados africanos não respeitaram os limites étnicos vigentes anteriormente à sua constituição. O resultado é a ocorrência, ao longo da história, de uma série de conflitos: hauçás x ibos, na Guerra de Biafra (1967-70), na Nigéria; o separatismo da etnia tigrínia na Etiópia, resultando no surgimento da Eritréia (1993), o mais novo país africano; hutus x tutsis, na guerra civil de Ruanda (1994); a luta entre hemas e lundeses, na República Democrática do Congo,  a partir de 1998.
Entretanto, pesquisas recente provam que, embora as diferenças étnicas influenciem, o principal motivo das guerras civis é a pobreza. Países ricos quase nunca enfrentam guerras civis, e países de renda média, raramente. Mas 80% das guerras civis do mundo envolvem os cerca de 17% mais pobres da humanidade. Os fatores que sinalizam maior tendência de conflitos são rendas médias baixas, pouco crescimento e muita dependência das exportações de produtos primários como petróleo ou diamantes.

  • A nova divisão internacional do trabalho
A mais nova divisão internacional do trabalho, está disposta em quatro posições diferentes no capitalismo informacional-global:
-Os produtores de alto valor com base no trabalho informacional;
-Os produtores de grande volume baseado no trabalho de baixo custo;
-Os produtores de matérias primas que se baseiam em recursos naturais;
-Os produtores redundantes, limitados ao trabalho desvalorizado.
A grande diferença da atual divisão internacional do trabalho em relação às anteriores é que ela não ocorre entre países, portanto não coincide com seus limites territoriais.
A atual divisão internacional do trabalho reforça as desigualdades internacionais que já existiam em suas formas anteriores, gerando uma categoria nova do ponto de vista sócio-espacial: a das regiões e países excluídos.
Nas formas precedentes da especialização produtiva mundial havia uma clara relação de exploração entre os países incluídos nos fluxos internacionais de mercadorias – produtos industrializados e matérias-primas – e capitais produtivos e especulativos. Na nova divisão internacional do trabalho, com a globalização, milhões de pessoas e vastos territórios estão ficando à margem dos fluxos globais porque não são considerados importantes nem para serem explorados.



Fontes Bibliográficas
LUCCI, Elian Alabi, SENE, BRANCO, Anselmo Lázaro, MENDONÇA, Claudio. Território e Sociedade no mundo globalizado: Geografia, Ensino Médio, volume 3: 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

MOREIRA, João Carlos, SENE, Eustáquio de – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

ETNIA E MODERNIDADE

Colégio Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.:   Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     3º Ano – Ensino Médio   -   Noturno
Disciplina: Geografia
ETNIA E MODERNIDADE
  • Etnia
        Agrupamento humano homogêneo quanto aos caracteres linguísticos, somáticos e culturais.

  • Etnocentrismo
A visão etnocêntrica avalia o mundo e os diferentes grupos étnicos que o compõem a partir de valores e padrões de comportamento aceitos pelo seu próprio grupo. Neste sentido, serviu, e serve, para legitimar a opressão de comunidades étnicas distintas, conquistar povos e territórios por grupos que se consideram superiores.

  • Consequências da expansão da civilização ocidental
A partir do século XV, ou europeus dominaram povos em todo o mundo, integrando-os ao capitalismo comercial. Desde então, impuseram a cultura europeia aos povos conquistados ao longo dos séculos (da América, África, Ásia e Oceania). A Revolução industrial difundiu da Europa para o mundo, novas relações de trabalho e produção, ampliando enormemente o comércio internacional. Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa foram divulgados em várias partes do mundo, sendo responsáveis pelo processo de independência e pela derrubada de monarquias em diversos países. Na atual fase de globalização, os avanços tecnológicos permitem a difusão imediata não só das informações como das mercadorias e dos serviços que são lançados.

  • A evolução da população ameríndia no Brasil
Quando da chegada dos portugueses, aproximadamente 4 milhões de ameríndios viviam no que constitui o atual território brasileiro. Eles formavam diferentes nações com costumes, crenças e forma de organização social e de sobrevivência próprias. Atualmente, cerca de 600 mil indígenas vivem no país, formam 227 povos conhecidos e se comunicam em 180 línguas e dialetos.
Em 1500, quando da chegada dos europeus, os ameríndios eram os únicos habitantes destas terras que formariam o território brasileiro. O decréscimo dessa população deveu-se aos massacres imprimidos pelos colonizadores e pelas doenças contraídas nos contato com eles, para as quais os nativos não tinham defesas naturais. Apesar dessa drástica redução, o último censo registrou uma elevação populacional ameríndia verificada entre 1990 e 2000. Isso aconteceu devido à maior atenção dada pelo governo brasileiro à causa indígena e à demarcação de suas terras.

  • Os problemas da população indígena do Brasil
Os principais problemas enfrentados são: A maior parte das terras indígenas ainda não foram demarcadas como manda a Constituição  brasileira de 1988; As terras indígenas são frequentemente invadidas pelas grandes empresas madeireiras, por garimpeiros e agropecuaristas, etc. Essas atividades, mesmo quando praticadas próximo às terras indígenas, comprometem o meio ambiente e constituem uma ameaça à subsistência desses povos; Em áreas insuficientes para prover o sustento e a sobrevivência da comunidade, os índios são obrigados a recorrer às cidades mais próximas em busca de recursos e de trabalho. Essa integração forçada os coloca em situação de marginalidade no novo meio.

  • Os quilombolas
São chamadas quilombolas as comunidades de quilombos, formadas por escravos fugitivos e também antigos escravos que receberam doações ou conseguiram comprar terras, além de outros grupos oprimidos, como os indígenas.
Essas comunidades de quilombos se constituíram a partir de uma grande diversidade de processos, pois foram formadas a partir de fugas de escravos que ocuparam terras livres, pelo recebimento de heranças e doações, recebimento de terras como pagamento de serviços prestados ao Estado, compra de terras, tanto no período em que vigorou a escravidão como após a abolição.
Constantemente associa-se a ideia de quilombo ao isolamento e à fuga. Essa relação não é adequada, pois, na verdade, era uma forma de resistência e de busca por autonomia, com o desejo de se atingir a condição de camponês livre.
Além de lutarem para manter e legalizar as suas terras, as comunidades quilombolas têm outros desafios, relacionados, por exemplo, à estruturação de práticas de exploração de recursos naturais e agrícolas pautadas no desenvolvimento sustentável, à preservação de seus valores culturais, à valorização da sua produção artesanal e à formação de associações que garantam maior capacidade de mobilização para as comunidades.

  • Ações afirmativas
São medidas emergenciais, tomadas pelo Estado, com o objetivo de criar condições para que determinados grupos sociais/étnicos possam ter igualdade de oportunidades e, nesse sentido, as desigualdades historicamente acumuladas sejam eliminadas ou amenizadas.

Fonte Bibliográfica

LUCCI, Elian Alabi, SENE, BRANCO, Anselmo Lázaro, MENDONÇA, Claudio. Território e Sociedade no mundo globalizado: Geografia, Ensino Médio, volume 3: 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

quinta-feira, 6 de março de 2014

ÁFRICA

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2° Ano
Disciplina:   História - 2014 

A África

  • Fatores responsáveis pela ideia, no século XIX, de que a África não tinha história
- A suposição de que o continente africano era dividido em dois: um ao norte do Saara (África Setentrional) e outro ao sul (África Subsaariana).
- Os povos do sul (África Subsaariana) eram chamados de “bárbaros” por causa da cor de sua pele e de seus costumes. Faziam parte de um mundo sem história, sem Estados, e, portanto, povos homogêneos, fechados, sem desenvolvimento.
- A escassez de registros escritos dos povos da África.
- Os europeus consideravam só os documentos escritos como fontes da verdade histórica e não compreendiam a oralidade africana.
Veja o vídeo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=RQD1HTnegh0

  • A oralidade africana
A tradição oral da África constitui uma fonte indispensável de transmissão de informações. Por meio dela os povos africanos preservam sua memória.
Existem os sábios, “guardiões da palavra falada”, também chamados de “tradicionalistas”, que são responsáveis em transmitir, de geração em geração, as tradições de seus povos. Também existem os “griôs”, que são contadores de histórias e animadores públicos. Estes não tem o mesmo compromisso rígido dos “tradicionalistas”.

  • O Reino de Kush
Ao sul do antigo Egito desenvolveu-se uma sociedade de população negra, chamada pelos nativos da região de Núbia. Esta sociedade foi registrada pelos egípcios e pela Bíblia com nome de Kush, cuja capital ficava em Kerma.
 No início, egípcios e núbios, mantinham relações comerciais e alianças militares. Mas o desenvolvimento das duas civilizações também teve momentos de conflitos.
Por volta de 1580 a.C., querendo controlar a minas de ouro da região, os egípcios conquistaram e anexaram a Núbia.
Em 750 a.C., porém, Khasta, rei de Kush, invadiu o Egito e derrubou o faraó. Seu filho, Pianky, assumiu o título de faraó e inaugurou a 25ª dinastia egípcia.
No século IV, o Reino de Kush foi dominado por guerreiros do reino de Axum, situado a sudeste , nas margens do mar Vermerlho. Axum foi o primeiro reino cristão da África, considerado potência comercial do nordeste africano.

  • Os reinos de Gana e Mali
Entre o deserto do Saara, que atravessa o norte da África de leste a oeste, e a floresta úmida, mais ao sul, existe uma faixa de terra conhecida como Sahel. Foi no oeste dessa região que se desenvolveram, depois de Kush, alguns dos principais reinos africanos. Um desses reinos chamava-se Gana.
No reino de Gana a produção de alimentos era um dos pontos altos da economia, mas em seu período mais brilhante, entre os séculos IX e Xi, o ouro tornou-se a principal riqueza do reino. Sua produção era tão grande que Gana chegou a ser o principal fornecedor de ouro do mundo mediterrâneo.
Uma das características do Reino de Gana foi a ausência de fronteiras bem definidas. Na verdade, Gana nunca chegou a se constituir um império territorial, mas sua influência se fez sentir em ampla região circunvizinha.
Nesta região também viviam os povos mandingas, organizados em clãs mais ou menos dispersos. Em 1230, em quanto Gana decaía, esses clãs eram unificados por Sundiata Keita. Surgiu assim o reino do Mali.
Uma vez constituídos em reino, os mandingas começaram a expandir seu território, que chegou a ser maior do que o de Gana. Nessa expansão, o Reino de Mali passou a controlar grandes jazidas de ouro e importantes rotas do comércio transaariano.

  • Os Bantos
O termo Bantos abrange diversos povos africanos cujos idiomas são originários de um mesmo tronco linguístico. Por volta do século XII, os bantos viviam sobretudo da caça e da pesca e da coleta de alimentos. Isso os obrigava a procurar novos territórios sempre que se esgotavam os recursos naturais do lugar em que estavam. Nesse processo, ocuparam todo o centro e centro-sul do continente africano.
          Originários da região-centro oeste da África onde hoje se encontram a Nigéria e a República dos Camarões, a expansão dos bantos iniciou-se, provavelmente, nos primeiros anos da era cristã e durou até o século XIX. Foi no decorrer dessa expansão que fundaram os reinos do Congo e do Zimbábue.

  • A Escravidão na África
Bem antes da chegada dos primeiros europeus, no século XV, em muitas regiões da África vigorava, ao lado do trabalho livre, o trabalho escravo. Geralmente, os escravos eram membros dominados de grupos familiares que não tinham ligações com a rede de parentesco dominante.
Nessas regiões, os escravos desempenhavam praticamente as mesmas funções que os membros da linhagem dominante: trabalho cooperativo nos campos, expedições de caça, defesa das cidades e participação em cerimônias religiosas. A escravidão não era, portanto, uma instituição essencial, coexistindo com outras formas de dependência. Não se pode, neste caso, falar de sociedades escravistas.
Com a chegada dos portugueses, no começo do século XV, teve início o comércio de grande escala de escravos, envolvendo a aplicação de vultosos capitais.
Com a conquista da América por espanhóis, portugueses e outros povos europeus, o tráfico negreiro pelo Atlântico chegaria, segundo estimativas mais aceitas, a 11.313.000 escravos, entre os séculos XVI e XIX. Esse comércio provocou profundas mudanças na organização social da África. Com tráfico negreiro em grande escala a escravidão na África deixou de ser uma entre outras formas de dependência pessoal, como ocorria anteriormente. A partir de então, o continente africano foi integrado a uma rede internacional de escravidão controlada pela burguesia mercantil européia.

Veja o vídeo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=HvbJw1ejTQA

Fonte Bibliográfica:
ARRUDA, José Jobson de A., PILETTI, Nelson. Toda a História: História Geral e História do Brasil, Ensino Médio, volume único. São Paulo: Edita Àtica