terça-feira, 9 de setembro de 2014

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO - HISTÓRIA - ANTIGO REGIME - 2º ANO - 3º BIM

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2° Ano 
Disciplina:   História – 2014

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO - 3º BIM

Texto: Antigo Regime

        1)        Cite e comente sobre os estamentos em que se dividia a sociedade do Antigo Regime?
        2)       O que foi o absolutismo e de onde vinha o poder e a autoridade do rei?
        3)       Como Hobbes explicava o absolutismo?
        4)       Como a dinastia Tudor governou a Inglaterra?
        5)       O que estabelecia a Declaração dos Direitos (1689)?

Texto: Revolução Inglesa

        1)       Como a dinastia Tudor governou a Inglaterra?
        2)       Como foi a relação do rei com a Igreja no período dos Stuart?
        3)       O que foi a Petição dos Direitos?
        4)       Quais as principais fases da revolução inglesa? O que aconteceu na Revolução Gloriosa?
        5)       O que estabelecia a Declaração dos Direitos (1689)?

Texto: Iluminismo e Despotismo esclarecido

1) O que foi o Iluminismo?
2) Quais eram os principais interesses dos iluministas e como era a sua relação com a burguesia?
3) Quem foi Montesquieu e quais as suas principais ideias?
4) Como era a visão de Deus, de acordo com os Iluministas?

5) O que foi o Despotismo esclarecido?

ILUMINISMO E DESPOTISMO ESCLARECIDO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     2º E   
Disciplina:   História - 2014


Iluminismo e Despotismo Esclarecido

  • Iluminismo

Foi um movimento intelectual que correspondia aos interesses daqueles que desejavam mais liberdade política e econômica. O termo Iluminismo refere-se a razão (luz), a capacidade humana de conhecer, compreender e julgar. Apesar das diferenças e até das contradições entre as idéias dos pensadores iluministas, eles tinham como princípio básico confiar na razão como instrumento capaz de promover a crítica das questões que envolviam a sociedade e a natureza.


  • Interesses dos pensadores iluministas

Defendiam a não-intervenção do Estado na economia, a igualdade jurídica entre os homens, a liberdade religiosa e de expressão.


  • Iluministas junto com a burguesia

Ambos os grupos (iluministas e burgueses) se opunham a vários aspectos do Antigo Regime. Eram contrários ao absolutismo monárquico, que, mantendo os privilégios da nobreza, impedia o predomínio da burguesia; opunham-se ao mercantilismo, considerado prejudicial à livre iniciativa econômica e ao desenvolvimento do capitalismo; e criticavam o poder da Igreja, que era baseado em verdades reveladas pela fé, contrariando a autonomia da razão.


  • Locke e o liberalismo político

A liberdade natural do homem consiste na liberdade completa do ser humano, em relação a qualquer poder superior na Terra, tendo apenas a lei da natureza como regra.
Para Locke o homem, no estado de natureza, tem dificuldades para desfrutar satisfatoriamente a liberdade por que tem que lidar com a invasão de terceiros, isto é, da vontade ou ação dos outros.
A instituição das sociedades ocorreu pela necessidade que o ser humano tem de se juntar, uns com os outros, para poder conservar, mutuamente, a vida, a liberdade e os bens (as propriedades).

  • Montesquieu e a divisão dos poderes

Este jurista francês defendia a divisão do Estado em três poderes: Executivo (que tem a função de ordenar a execução das leis), o Legislativo (com a função de fazer as leis) e o judiciário (que julga os conflitos entre os cidadãos). Para o jurista a concentração de poderes numa mesma pessoa ou instituição não seria bom. Quando os poderes Legislativo e Executivo ficam reunidos numa mesma pessoa ou instituição do Estado, a Liberdade desaparece. E tudo estaria perdido se uma mesma pessoa – ou mesma instituição do Estado – exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de ordenar a sua execução e o de julgar os conflitos entre os cidadãos.

  • Pensadores iluministas

- Locke (1632-1704); Condenava o absolutismo monárquico e defendia a liberdade dos cidadãos, ou seja, a tolerância religiosa e a liberdade política.
- Voltaire (1694-1778); Criticava o clero católico, a intolerância religiosa e a prepotência dos poderosos e considerava que a monarquia devia respeitar as liberdades individuais; o soberano deveria ser “esclarecido”, isto é, aceitar as idéias do iluminismo.
- Montesquieu (1689-1755); Obra “O espírito das leis”. Defendia a separação dos poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judiciário como forma de evitar abusos da parte dos governantes e proteger as liberdades individuais; era adepto do liberalismo aristocrático e da monarquia moderada, segundo o modelo inglês.
- Diderot (1713-1784) e D’Alembert (1717-1783); principais organizadores da Enciclopédia. Defendiam o racionalismo (em oposição à fé religiosa) e a independência do Estado em relação à Igreja e confiavam no progresso humano por meio das realizações científicas.
- Rousseau (1712-1778); O contrato social. Considerava que o soberano deveria conduzir o Estado segundo a vontade do seu povo e defendia que só um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade  jurídica a todos os cidadãos.
- Adam Smith (1723-1790); A riqueza das nações. Defendia que a economia deveria ser dirigida pelo livre jogo da oferta e da procura de mercado; foi um dos principais formuladores do liberalismo econômico: para ele, o trabalho era a verdadeira fonte de riqueza para as nações e deveria ser conduzido pela livre iniciativa popular


  • Visão de Deus modificada pelos iluministas

Deus, para os iluministas, era concebido como a expressão máxima da razão ou lei universal. Ao criar os seres humanos, Deus os teria dotado de racionalidade e, consequentemente, de liberdade de pensamento; portanto, os direitos universais do ser humano, entre eles a liberdade de pensar e de se exprimir, deveriam ser respeitados.


  • Burguesia cristã, recompensa econômica e religiosa

Para a burguesia cristã, segundo interpretações de sociólogos com Max Weber, tanto a recompensa econômica quanto a religiosa representavam o resultado de uma vida ativa, baseada no trabalho, na dedicação e no êxito.


DESPOTISMO ESCLARECIDO

  • Iluminismo e o governo dos déspotas esclarecidos.

Experiência política realizada por monarcas e ministros, chamados de déspotas esclarecidos, durante a segunda metade do século XVII, na Europa Central, Oriental e Mediterrânea, procuraram pôr em prática certos princípios do iluminismo, sem abrir mão do poder absoluto. Alterou-se a concepção de poder, com o governante passando a se apresentar como “o primeiro servidor do Estado”. A existência do Estado passou a ser considerada como forma de atender aos interesses de todos os súditos, promovendo a felicidade pública e o bem-estar geral. Nesse sentido, foram adotadas medidas como o incentivo à educação pública (com a criação de escolas, o apoio a academias literárias e científicas e a divulgação de textos eruditos) e o aperfeiçoamento do sistema de arrecadação tributária (diminuindo a carga de tributos cobrados das classes populares).


  • Os três poderes, de Montesquieu, adotados no Brasil. Funções:

- Legislativo: composto, em nível federal, de Câmara dos Deputados e Senado, formando o Congresso Nacional; tem o poder de propor, discutir e aprovar as leis. – Executivo: dirigido pelo presidente da república, assessorado pelos ministros de Estado, tem por função determinar a execução da legislação vigente (em determinadas circunstâncias tem, também, poder legislativo, podendo baixar medidas provisórias; pode também encaminhar projetos de lei ao Congresso). – Judiciário: composto por juízes, organizados em tribunais federais, tem o encargo de observar o cumprimento das leis e arbitrar nos casos de controvérsias entre os demais poderes.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

ANTIGO REGIME E REVOLUÇÃO INGLESA

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     2º E    -  
Disciplina:   História - 2014

Antigo Regime e Revolução Inglesa

  • Atividades da população rural
Além das pessoas que trabalhavam direto na agricultura e na pecuária, numerosa parcela dessa população era composta de comerciantes e artífices que exerciam os mais variados ofícios, como: ferreiro metalúrgico, carpinteiro, ceramista, armeiro, moleiro, mineiro, seleiro. Havia ainda os trabalhadores das pedreiras, da construção civil, os construtores de carroças e carruagens etc. Muitos eram proprietários ou arrendatários que exploravam o trabalho dos camponeses.

  • As cidades no Antigo Regime
As cidades eram, predominantemente, centros de comércio permanente ou temporário (feiras), e considerável parcela de sua população pertencia à burguesia comercial, do pequeno mercador ao grande negociante que comercializava com diferentes regiões do mundo; por esses motivos, em geral, nas grandes cidades se localizavam portos importantes.

  • Estamentos da sociedade do Antigo Regime
A sociedade do Antigo Regime dividia-se em três estamentos (ordens ou estados): clero, nobreza e terceiro estado. Ao clero competia praticar o ofício religioso, para conduzir os fiéis à salvação eterna; a nobreza devia garantir a defesa militar da sociedade; e ao terceiro estado cabia trabalhar para o sustento da sociedade. O clero tinha o direito de ser alimentado e defendido; a nobreza contava com as orações e com o trabalho de outros; e o terceiro estado tinha o direito de receber orações e segurança. O clero e a nobreza formavam o grupo dirigente e detentor dos privilégios: eram dispensados dos trabalhos, não pagavam impostos, eram julgados por tribunais especiais e ocupavam os cargos mais elevados do Estado. O terceiro estado era excluído das decisões políticas, não desfrutava de  privilégios e, além de trabalhar, devia pagar tributos.

  • Conseqüências da divisão em estamentos
A divisão em estamentos criou uma sociedade caracterizada pela desigualdade entre as pessoas, havendo poucos meios de acesso de um estamento a outro; uma das possibilidades era o ingresso de membros do terceiro estado no clero. A desigualdade estava presente em, praticamente, todos os aspectos da vida cotidiana (vestuário, alimentação, diversas atividades culturais), marcados pelos contrastes entre suntuosidade e fartura dos ricos e simplicidade e carência dos pobres.

  • Absolutismo
O absolutismo monárquico resultou do fortalecimento dos governos das monarquias nacionais e significativa a concentração de toda autoridade e poder na figura do rei, que se tornou a fonte suprema dos poderes do Estado.

  • O Rei
A “fonte” da autoridade do rei era Deus. Fazendo uma comparação do Estado com o Corpo Humano, o rei era a cabeça, à qual competia deliberar e resolver; os demais membros da sociedade formavam o corpo, que devia obedecer e executar as ordens recebidas.

  • Hobbes e Bossuet explicam o poder absolutista
O filósofo inglês Thomas Hobbes considerava que, nas sociedades primitivas, “o homem era o lobo do próprio homem”, isto é, cada um lutava pela sobrevivência olhando apenas para seus interesses individuais. Essa situação, segundo ele, justificava o poder absoluto do governante como condição necessária à paz e ao progresso da sociedade, pois só esse poder, por meio do estabelecimento de um “contrato social” (no qual cada um deveria renunciar à sua liberdade em favor de um governo absoluto), seria capaz de garantir a ordem, a direção e a segurança do convívio social. Para Bossuet, o rei era predestinado por Deus para governar, e seu poder, sendo de origem divina, era absoluto.

REVOLUÇÃO INGLESA

  • Dinastia Tudor
A dinastia Tudor governou a Inglaterra de forma absoluta, com o apoio da burguesia e da nobreza rural(gentry), que, nessa época, tinham interesses comuns com a monarquia absolutista (demonstrados pela adoção de algumas medidas por parte da monarquia inglesa): centralização do poder político como garantia da ordem social; uniformização das moedas, do sistema de pesos e medidas e das tarifas para facilitar o comércio; permissão para que os corsários atacassem navios inimigos; e incentivo à expansão marítima e comercial. A Igreja Anglicana, controlada pelo Estado, participava do jogo de interesses, adotando a ética religiosa calvinista que estimulava o trabalho metódico, a eficiência, a poupança e a acumulação de riquezas, princípios mais adequados aos valores burgueses.

  • Pretensões dos Stuart
Pretendiam exercer um absolutismo de direito, reconhecido jurídicamente, com o que nem a burguesia nem a gentry concordavam, verificando-se o choque entre o rei e o parlamento (que era  dominado por representantes desses dois grupos).

  • Monarquia e Igreja no período dos Stuart
O rei, por meio de uma legislação rigorosa, estabeleceu que a Igreja Anglicana deveria valorizar a forma litúrgica católica (que fora mantida) em vez do conteúdo calvinista. A burguesia, descontente, manteve-se fiel aos princípios calvinistas e fundou novas seitas, entre elas a presbiteriana. Os presbiterianos, chamados de puritanos, queriam uma Igreja desligada do poder do Estado.

  • Petição de Direitos
Petição de Direitos foi uma medida baixada pelo parlamento inglês, por meio da qual se estabeleciam limites ao poder do rei, que não poderia mais criar impostos, convocar o exército ou mandar prender pessoas sem prévia autorização do parlamento. Após sua decretação, o rei Carlos I reagiu fechando o parlamento e perseguindo os líderes políticos que lhe faziam oposição. Em 1640, o rei viu-se obrigado a convocar o parlamento com o fim de obter recursos financeiros para combater uma revolução escocesa contra seu governo; os parlamentares, uma vez reunidos, adotaram medidas limitando o poder do rei (por exemplo, uma lei que proibia o monarca de dissolver o parlamento, que passaria a ser, obrigatoriamente, convocando pelo menos uma vez em cada três anos). Esses acontecimentos acabaram por desencadear a Revolução Inglesa.

  • Etapas principais da Revolução Inglesa
Guerra Civil (1642-1648);
Regime Republicano (1649-1659);
Restauração Monárquica (1660-1688)
Revolução Gloriosa (1688-1689)

  • Fim da Guerra Civil Inglesa no Séc. XVII
Terminou com a vitória do Parlamento; o rei Carlos I foi preso e condenado à morte, sendo decapitado em 30 de janeiro de 1649. Oliver Cromwell assumiu o poder e instalou uma república ditatorial – o protetorado -, governando de 1649 a 1658.

  • Característica do período republicano
A república de Cromwell foi caracterizada por: formação da Comunidade Britânica, com a unificação em uma só república da Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de Gales; política de favorecimento da marinha inglesa, visando dominar o comércio marítimo, concretizada pela decretação do Ato de Navegação em 1641 (que determinava que o transporte de todas as mercadorias importadas ou exportadas deveria ser feito por navios ingleses); concorrência comercial com a Holanda, acarretando uma guerra entre os dois países (1652-1654), vencida pela Inglaterra, que se tornou a maior potência do mundo; hereditariedade do cargo de Lorde Protetor, assumido por Cromwell em 1653.

  • Revolução Gloriosa
A Revolução Gloriosa iniciou-se como reação à tentativa do rei Jaime II, da dinastia Stuart, de restabelecer o absolutismo. O parlamento inglês estabeleceu um acordo com o príncipe holandês Guilherme de Orange (Casado com Maria Stuart, filha de Jaime II), que assumiria o trono desde que respeitasse os poderes do parlamento; o monarca inglês foi derrotado e o príncipe assumiu o trono com o título de Guilherme III, com poderes limitados em vários aspectos.

  • A Declaração dos Direitos (1689)
A Declaração dos Direitos estabelecia a limitação dos poderes do rei pelo parlamento, isto é, a superioridade da lei sobre a vontade do rei, pondo fim ao absolutismo.

  • O fim do absolutismo
O estabelecimento de relações entre o rei, a burguesia e parte dos senhores rurais (a gentry), o que criou condições para que o capitalismo se desenvolvesse mais cedo, promovendo o avanço das forças burguesas e liberais.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO - HISTÓRIA - IDADE MÉDIA - 3º BIM

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano       
Disciplina:   História - 2014

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO - 3º BIM

Texto: Idade Média e povos germânicos
        1)       Como surgiu o conceito de Idade Média? Por que este período foi chamado de Idade das trevas?
        2)        Como foi o processo de penetração dos povos germânicos no Império Romano?
        3)       Explique como viviam e se organizavam socialmente os povos germânicos:
        4)       Quais as principais modificações na Europa provocadas pelos povos germânicos?
        5)       Escreva pelo menos 5 linhas sobre o reino dos Francos e o Império Carolíngio:

Texto: Feudalismo
1) De acordo com o historiador Jacques Le Goff, qual o conceito de Feudalismo?
2) Quais os eventos históricos que contribuíram para a formação do sistema feudal?
3) Identifique e diferencie os elementos que compunham o feudalismo?
4) O que aconteceu com o poder real no feudalismo?
5) Como era a sociedade feudal e suas relações de poder?

Texto: Igreja Católica e cultura medieval
1) Explique sucintamente como o Clero se organizava na Idade Média?
2) Explique a questão das investiduras?
3) Qual o objetivo dos Tribunais da Inquisição e como eles atuavam?
4) O que foram as cruzadas e quais a principais consequências para o Ocidente medieval?

5) Explique o papel unificador da Igreja Católica na Idade Média?

IGREJA CATÓLICA E A CULTURA MEDIEVAL

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2014

Igreja Católica

  • Organização do Clero
Na Idade Média, o clero se organizava em clero secular – estruturado numa hierarquia composta de pároco, bispo, arcebispo e papa – e clero regular, formado por sacerdote (monges) que viviam nos mosteiros e conventos, obedecendo às regras estabelecidas por uma ordem religiosa.

  • O controle de terras pela Igreja
O poder do Papa chegava até as paróquias através da hierarquia eclesiástica, de maneira a permitir-lhe o controle das regiões que faziam parte das paróquias, dioceses e províncias eclesiásticas.

  • O poder temporal da Igreja
Além do poder espiritual a Igreja também adquiriu poder temporal (material). Isso ocorreu porque muitos sacerdotes e ordens religiosas enriqueceram com as doações dos fiéis, chegando a controlar um terço das terras cultiváveis da Europa ocidental, num tempo em que a terra era uma das principais bases da riqueza.

  • As investiduras
Na Idade Média houve muitas disputas entre bispos, reis e papas pelo poder, e estes tiveram de promover negociações para manter a unidade do cristianismo e obter a proteção de reis poderosos. Uma dessas disputas referia-se ao seguinte: a quem caberia nomear e investir sacerdotes para os cargos eclesiásticos, ao papa ou ao imperador? Esse problema ficou conhecido como  Questão das Investiduras.
As investiduras (ato de dar posse no cargo) feitas pelo imperador visavam a interesses pessoais e do reino. Nesse cenário, bispos e padres passaram a colocar seu compromisso com o soberano acima da fidelidade do papa.
Esses conflitos só foram resolvidos em 1122, pela Concordata de Worms, que adotou uma solução de meio termo: caberia ao papa a investidura espiritual dos bispos, cabendo ao imperador a investidura temporal.

  • Heresia
Os grupos que se desviavam dos ensinamentos da Igreja (Católica) foram perseguidos pelas autoridades religiosas, acusados de serem heréticos ou hereges, isto é, de cometer heresia. Consideravam-se heresia a concepção religiosa distinta da doutrina oficial católica, sendo, por isso, tida como falsa pela Igreja.

  • As principais heresias:
As principais heresias medievais foram: os cátaros (conhecidos como albigenses) acreditavam em um deus do Bem e um deus do Mal e que Cristo teria sido enviado pelo deus do Bem para libertar as almas humanas; os valdenses pregavam a virtude da pobreza voluntária; os patarinos questionavam a validade dos sacramentos ministrados por sacerdotes pecadores; os bogomilos acreditavam que a Igreja de Roma havia sido corrompida pela riqueza e que o cristianismo verdadeiro só existia na pobreza e na vida simples; combatiam o culto à Virgem Maria, aos santos e às virgens.

  • O surgimento das heresias
Segundo os historiadores, as heresias surgiram como reação de grupos religiosos populares a vários aspectos do cristianismo da época, principalmente ao despreparo dos sacerdotes paroquiais para atender às necessidades espirituais dos fiéis, à vida luxuosa do alto clero (que se preocupava mais com a acumulação de riquezas do que com a pregação evangélica) e ao fato de a Igreja aprovar um sistema social que explorava a maioria da população.

  • Os tribunais da Inquisição
Os Tribunais da Inquisição foram criados com o propósito de descobrir heresias e julgar os hereges. As pessoas condenadas eram excomungadas (excluídas da comunidade dos católicos) e entregues às autoridades do Estado, que se encarregavam de puni-las. As penas aplicadas a cada caso iam desde o confisco de bens até a morte na fogueira.
As heresias e a instituição da Inquisição nos mostra que a Idade Média não foi um período de estagnação. Mostra-nos que havia ideias que contradiziam e ameaçavam a Igreja Católica. De acordo com Georges Duby, as heresias eram a prova de que fervilhava, irreprimível, a liberdade de pensamento.

  • As Cruzadas
As Cruzadas foram expedições militares organizadas entre os séculos XI e XIII, por autoridades da Igreja Católica e pelos nobres mais poderosos da Europa. Seu objetivo declarado era libertar os lugares considerados santos que estavam em poder dos muçulmanos. O surgimento das Cruzadas costuma ser relacionado também com o hábito guerreiro dos nobres feudais e o interesse econômico em retomar importantes cidades comerciais que haviam sido ocupadas pelos muçulmanos.

  • O impacto das Cruzadas no Ocidente medieval
Suas consequências mais evidentes foram: empobrecimento dos senhores feudais, que custearam as guerras; fortalecimento do poder real, pois os senhores feudais perderam suas forças; “reabertura” do Mar Mediterrâneo, tendo como efeito o desenvolvimento do intercâmbio comercial entre a Europa e o Oriente; e a ampliação do universo cultural europeu, devido ao contato com os povos orientais.

Cultura Medieval

  • A Igreja e a Educação
A Igreja controlava as principais instituições de ensino: as escolas medievais ficavam, em geral, nos mosteiros e, depois, junto às catedrais. A partir do final do século XII, também esteve ligada ao surgimento e controle, em diversas cidades europeias, das primeiras universidades de que se tem notícia.

  • O papel unificador da Igreja Católica na Idade Média
A Igreja Católica desempenhou um papel unificador durante a Idade Média, porque, em meio à fragmentação política da época, ela foi capaz de promover a articulação cultural entre os elementos romanos e germânicos. Além disso, por meio da manutenção de alguns valores comuns, como a fé cristã e o latim, a Igreja conseguiu sintetizar as duas sociedades, forjando a unidade espiritual que marcou o mundo medieval.

  • A influência do Cristianismo na cultura da Idade Média
Na arquitetura: construção de igrejas, sobretudo as catedrais; na música sacra, resultado da adaptação desta arte aos ideais religiosos do cristianismo; na literatura: poesia épica, que exaltava a coragem dos cavaleiros em prol do cristianismo; na ciência e na filosofia (que eram interligadas): produção dos monges e pensadores religiosos.

  • A cultura popular medieval
A cultura popular medieval, em contraponto à austera cultura oficial, era impregnada de humor, manifestando-se em festejos carnavalescos, encenações teatrais burlescas (cômicas, satíricas), que recriavam as manifestações da cultura oficial, criticando os costumes e promovendo o riso e o divertimento público.


Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

FEUDALISMO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2014

Feudalismo

  • Conceito
De acordo com o historiador francês Jacques Le Goff, feudalismo é um sistema de organização econômica, social e política, no qual uma camada de guerreiros especializados – os senhores -, subordinados uns aos outros por uma hierarquia de vínculos de dependência, domina uma massa campesina que trabalha na terra e lhes fornece com que viver.


  • Eventos que contribuíram para a formação do sistema feudal
Diversos eventos históricos, como o declínio do Império Romano do Ocidente, as invasões bárbaras e a formação e posterior desestruturação do Império Carolíngio, culminando com as novas invasões (de magiares, vikings e muçulmanos).


  • Elementos do Feudalismo
Elementos romanos: Colonato – sistema de trabalho servil que se desenvolveu com a crise do Império Romano, quando escravos e plebeus empobrecidos passaram a trabalhar como colonos em terras de um grande senhor. O proprietário oferecia terra e proteção ao colono, recebendo deste um rendimento do seu trabalho. Nesse processo, as cidades perderam importância, ao passo que, no campo, desenvolveram-se vias (unidades econômicas) com produção agropastoril destinada ao consumo interno; Enfraquecimento do poder centralizado - no final do período imperial, a administração romana não tinha condições de impor sua autoridade a todas as regiões. Esse  enfraquecimento do poder central conduziu à ampliação do poder locar dos grandes proprietários de terra.
Elementos germânicos: Economia agropastoril – a base da economia germânica era a agricultura e a criação de animais, sem preocupação de produzir excedentes para a comercialização; Comitatus – instituição que estabelecia laços de fidelidade entre o chefe militar e seus guerreiros; Beneficium – instituição pela qual os chefes militares carolíngios concediam a seus guerreiros, como recompensa, a posse de terras. Essas terras foram chamadas  mais tarde de feudos (bem oferecido em troca de algo). Em troca, o beneficiado oferecia fidelidade, seu trabalho e ajuda militar ao senhor.
Em concordância com o conceito do historiador francês Jacques Le Goff, o comitatus e beneficium contribuíram para o fortalecimento de uma classe guerreira – os senhores – que, com a força das armas, era capaz de submeter a maior parte da população, composta por colonos, cuja produção – ou pelo menos parte dela – era destinada ao sustento da classe guerreira.

  • O enfraquecimento do poder real (ou central) em prol do fortalecimento do poder local.
No feudalismo, o poder político era controlado predominantemente pelos senhores feudais, que governavam seus domínios exercendo autoridade administrativa, judicial e militar.

  • As relações de poder na Idade Média
Existiam vínculos pessoais de obediência e proteção entre os mais poderosos e os mais fracos. Um exemplo explicativo são os laços de fidelidade, proteção e serviço entre o suserano e seus vassalos, estabelecidos entre os membros da nobreza a partir da concessão de feudos. Enquanto o senhor (ou suserano) concedia o feudo a outro nobre, este, denominado vassalo, lhe devia fidelidade e prestação de serviços (principalmente militares).

  • A sociedade feudal
No feudalismo, os servos tinham a missão de produzir todo o sustento e a manutenção das três ordens em que a sociedade feudal se dividia: os nobres (bellatore), que praticavam as guerras; o clero (oratore), que cuidava principalmente dos interesses da Igreja; e os servos (laboratore), que eram os que realizavam a maior parte do trabalho.

  • As obrigações dos servos
As principais obrigações dos servos eram: a prestação de serviços (trabalho na agricultura, criação de animais, construção de casas e outros edifícios e benfeitorias) e o cumprimento de uma série de obrigações, como a corveia (trabalho gratuito, alguns dias da semana, nas reservas senhoriais), a talha (entrega de parte da produção agrícola ou pastoril ao senhor feudal) e a banalidade (pagamento de taxas ao senhor pelo uso de equipamentos e instalações do senhorio).


Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

IDADE MÉDIA E OS POVOS GERMÂNICOS

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2014

IDADE MÉDIA E POVOS GERMÂNICOS

  • A Idade Média
De acordo com historiadores, foi Cellarius (1638-1707) quem consagrou a divisão da história ocidental em Antiga, Medieval e Moderna. A Idade Média foi associada a um período de retrocesso, imobilismo e intolerância. Atualmente, ainda encontramos considerável parcela de pessoas que associam o termo medieval “a Idade das Trevas”, pois teria sido um período de pouca produção no conhecimento. Essas ideias e esses valores não correspondem à realidade demonstrada nas pesquisas dos historiadores, que descortinam uma incrível variedade de produções culturais (artísticas, científica, tecnológica) e de transformações políticas e econômicas no período medieval.

  • As fases do processo de penetração dos povos germânicos
Migrações – nesta fase (séculos II e III) corresponde ao período em que populações germânicas deslocaram-se em grande escala para os domínios do Império Romano, de forma pacífica.
Invasões – nesta fase (séculos IV e V), os germanos penetraram no Império romano de forma violenta.

  • Os povos germânicos
Os povos germânicos dividiam-se em vários grupos com culturas muito diferentes, mas possuíam algumas características gerais comuns: eram politeístas, cultuando divindades associadas a elementos da natureza (raio, trovão, vento, Sol, etc.); eram costumeiros, isto é,  seguiam costumes, não existindo leis escritas; sua organização sociopolítica era baseada na família  e patriarcal, havendo grupos formados por nobres, homens livres, ex-escravos e escravos; cem famílias em uma região formavam uma aldeia, na qual as decisões eram tomadas em assembleias de homens livres, e os líderes guerreiros acabavam tornando-se reis hereditários; antes nômades, ao invadir o Império Romano já haviam se tornado sedentários, desenvolvendo uma economia baseada nas trocas comerciais entre as aldeias.

  • A germanização do Império Romano
Com a presença cada vez maior dos povos bárbaros, o exército e boa parte da mão de obra utilizada dentro do Império, tornou-se menos romana e mais bárbara, daí a ideia de que o Império foi  se germanizando.

  • As modificações na Europa provocadas pelos povos germânicos
Houve uma ruralização da região, com as cidades perdendo sua importância. A religião cristã se manteve, pois boa parte dos germanos adotou a religião cristã. O latim foi preservado, principalmente na linguagem escrita, junto com as línguas germânicas, que continuaram sendo faladas, e esse contato deu origem às principais línguas europeias. A economia manteve as práticas romanas. Na organização política, o processo de centralização das tribos germânicas acentuou-se, e, por volta do século VI,  diversos reinos haviam sido organizados nos territórios ocupados, embora a maioria com vida curta.

Os francos

  • As dinastias do Reino Franco
O Reino Franco foi governado por duas dinastias: a merovíngia (do século V ao século VIII) e a carolíngia (entre os séculos VIII e IX). Os merovíngios chegaram ao poder com a unificação das diversas tribos dos francos, tendo se consolidado com Clóvis (que reinou entre 485 e 511), considerando um dos unificadores dos francos. A dinastia carolíngia impôs-se após a crise da dinastia merovíngia, em função da qual o trono passou a seu ocupado pelo prefeito do palácio (um alto funcionário da corte). Carlos Martel, prefeito de palácio de 714 a 741, conquistou muito poder e prestígio ao comandar o exército cristão que deteve o avanço dos muçulmanos sobre a Europa. Em 751, Pepino, o Breve (filho e sucessor de Carlos Martel) destronou o último rei merovíngio e fundou a nova dinastia.

  • A formação do Império Carolíngio
O Império Carolíngio formou-se a partir da atuação de Carlos Magno, que governou de 768 a 814. Sob seu comando, os francos submeteram diversos povos germânicos e conquistaram um vasto território. O império formado por suas conquistas foi reconhecido como Novo Império Romano do Ocidente, tendo ele como imperador.

  • A relação entre a Igreja e o Reino Franco
A relação foi de estreita ligação e cooperação. Clóvis converteu-se ao cristianismo, iniciando um processo de ligação firmado com Pepino – que foi reconhecido como rei dos francos pelo papa e, em troca, lutou contra os lombardos, povo germânico que ameaçava o poder da Igreja Católica. Essa ligação teve seu ponto alto no ano 800, quando o rei dos francos, Carlos Magno, recebeu do papa Leão III o título de imperador do Novo Império Romano do Ocidente.

  • O objetivo da coroação de Carlos Magno
A intenção era reviver a antiga unidade do mundo ocidental, sob o comando de um imperador cristão. Para a Igreja Católica, especificamente, interessava obter a proteção de um soberano poderoso e cristão que possibilitasse a expansão do cristianismo.

O Império Carolíngio

  • O papel dos nobres e dos funcionários na administração
Os nobres (condes e marqueses) eram responsáveis por defender o território, cobrar impostos e realizar a manutenção de estradas e pontes. Os missi dominici controlavam as atividades dos nobres.

  • Beneficium
Beneficium era a prática adotada pelo imperador de recompensar os súditos, geralmente soldados, com terras, mas em troca estes lhe deviam fidelidade e prestação de serviços. Assim, surgiram diversos nobres, como os condes, que administravam um território (o condado), e os marqueses, que faziam o mesmo em territórios situados na fronteira do império (as marcas).

  • O Renascimento Carolíngio
Renascimento Carolíngio é a expressão utilizada pelos historiadores para designar o estímulo que Carlos Magno, assessorado por intelectuais, deu às atividades e às instituições intelectuais e artísticas. Esse impulso abrangeu as letras, as artes e a educação, e teve seu maior vigor em meados do século IX.

  • O enfraquecimento do Império Carolíngio
Com a morte de Luís I (filho de Carlos Magno), em 840, seus três filhos (Carlos, Luís e Lotário) passaram a disputar o poder, travando um desgastante conflito interno. Pelo Tratado de Verdun, assinado em 843, eles estabeleceram a paz, dividindo entre si o território carolíngio.
A divisão do poder real entre os filhos de Luís I foi acompanhada de crescente independência e autonomia dos administradores locais.

  • Novas invasões no território europeu
As invasões ocorridas nos séculos IX e X criaram um clima de muita insegurança, dque levou os europeus ocidentais a procurar refúgio no campo. Isso provocou um enfraquecimento do poder central dos antigos reinos germânicos, e, ao mesmo tempo, fortaleceu o poder local. O comércio também foi dificultado pela insegurança geral.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DO CADERNO - GEOGRAFIA 3º ANO - 3º BIM

Colégio Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.:   Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     3º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2014

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO

Texto:  Relevo submarino e hidrografia brasileira

1)     O que é plataforma continental e qual a sua importância?

2)     Explique os principais conceitos do mar brasileiro: Mar Territorial (MT), Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e Extensão da plataforma continental:

3)     Cite pelo menos 3 características dos rios brasileiros:

4)     Em relação à Bacia Hidrográfica do Paraná, escreva pelo menos 5 linhas sobre o Aquífero Gurani:
5)     Em relação a Bacia Hidrográfica do Tocantins, existe o projeto de transposição do Rio Tocantins. Quais as principais críticas que se faz a esse projeto?

Texto: Biomas e formações vegetais

1)     Explique por que o território brasileiro possui grande diversidade de formações vegetais:

2)     Escreva pelo menos 5 linhas sobre o cerrado:

3)     O que é o Código Florestal? O que ele estabelece?

4)     Explique o que é uma Área de Preservação Permanente e uma Reserva Legal:


5)     Explique o que é uma Unidade de Conservação: