Col. Est.
Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História -
2014
Igreja Católica
- Organização
do Clero
Na
Idade Média, o clero se organizava em clero secular – estruturado numa
hierarquia composta de pároco, bispo, arcebispo e papa – e clero regular,
formado por sacerdote (monges) que viviam nos mosteiros e conventos, obedecendo
às regras estabelecidas por uma ordem religiosa.
- O
controle de terras pela Igreja
O
poder do Papa chegava até as paróquias através da hierarquia eclesiástica, de
maneira a permitir-lhe o controle das regiões que faziam parte das paróquias,
dioceses e províncias eclesiásticas.
- O
poder temporal da Igreja
Além
do poder espiritual a Igreja também adquiriu poder temporal (material). Isso
ocorreu porque muitos sacerdotes e ordens religiosas enriqueceram com as
doações dos fiéis, chegando a controlar um terço das terras cultiváveis da
Europa ocidental, num tempo em que a terra era uma das principais bases da
riqueza.
- As
investiduras
Na
Idade Média houve muitas disputas entre bispos, reis e papas pelo poder, e
estes tiveram de promover negociações para manter a unidade do cristianismo e
obter a proteção de reis poderosos. Uma dessas disputas referia-se ao seguinte:
a quem caberia nomear e investir sacerdotes para os cargos
eclesiásticos, ao papa ou ao imperador? Esse problema ficou conhecido como Questão das Investiduras.
As
investiduras (ato de dar posse no cargo) feitas pelo imperador visavam a
interesses pessoais e do reino. Nesse cenário, bispos e padres passaram a
colocar seu compromisso com o soberano acima da fidelidade do papa.
Esses
conflitos só foram resolvidos em 1122, pela Concordata de Worms, que adotou uma
solução de meio termo: caberia ao papa a investidura espiritual dos bispos,
cabendo ao imperador a investidura temporal.
- Heresia
Os
grupos que se desviavam dos ensinamentos da Igreja (Católica) foram perseguidos
pelas autoridades religiosas, acusados de serem heréticos ou hereges, isto é,
de cometer heresia. Consideravam-se heresia a concepção religiosa distinta da
doutrina oficial católica, sendo, por isso, tida como falsa pela Igreja.
- As
principais heresias:
As
principais heresias medievais foram: os cátaros (conhecidos como
albigenses) acreditavam em um deus do Bem e um deus do Mal e que Cristo teria
sido enviado pelo deus do Bem para libertar as almas humanas; os valdenses
pregavam a virtude da pobreza voluntária; os patarinos questionavam a
validade dos sacramentos ministrados por sacerdotes pecadores; os bogomilos
acreditavam que a Igreja de Roma havia sido corrompida pela riqueza e que o
cristianismo verdadeiro só existia na pobreza e na vida simples; combatiam o
culto à Virgem Maria, aos santos e às virgens.
- O
surgimento das heresias
Segundo
os historiadores, as heresias surgiram como reação de grupos religiosos
populares a vários aspectos do cristianismo da época, principalmente ao
despreparo dos sacerdotes paroquiais para atender às necessidades espirituais
dos fiéis, à vida luxuosa do alto clero (que se preocupava mais com a
acumulação de riquezas do que com a pregação evangélica) e ao fato de a Igreja
aprovar um sistema social que explorava a maioria da população.
- Os
tribunais da Inquisição
Os
Tribunais da Inquisição foram criados com o propósito de descobrir heresias e
julgar os hereges. As pessoas condenadas eram excomungadas (excluídas da
comunidade dos católicos) e entregues às autoridades do Estado, que se
encarregavam de puni-las. As penas aplicadas a cada caso iam desde o confisco
de bens até a morte na fogueira.
As
heresias e a instituição da Inquisição nos mostra que a Idade Média não foi um
período de estagnação. Mostra-nos que havia ideias que contradiziam e ameaçavam
a Igreja Católica. De acordo com Georges Duby, as heresias eram a prova de que
fervilhava, irreprimível, a liberdade de pensamento.
- As
Cruzadas
As
Cruzadas foram expedições militares organizadas entre os séculos XI e XIII, por
autoridades da Igreja Católica e pelos nobres mais poderosos da Europa. Seu
objetivo declarado era libertar os lugares considerados santos que estavam em
poder dos muçulmanos. O surgimento das Cruzadas costuma ser relacionado também
com o hábito guerreiro dos nobres feudais e o interesse econômico em retomar
importantes cidades comerciais que haviam sido ocupadas pelos muçulmanos.
- O
impacto das Cruzadas no Ocidente medieval
Suas
consequências mais evidentes foram: empobrecimento dos senhores feudais, que
custearam as guerras; fortalecimento do poder real, pois os senhores feudais
perderam suas forças; “reabertura” do Mar Mediterrâneo, tendo como efeito o
desenvolvimento do intercâmbio comercial entre a Europa e o Oriente; e a
ampliação do universo cultural europeu, devido ao contato com os povos
orientais.
Cultura Medieval
- A
Igreja e a Educação
A
Igreja controlava as principais instituições de ensino: as escolas medievais
ficavam, em geral, nos mosteiros e, depois, junto às catedrais. A partir do
final do século XII, também esteve ligada ao surgimento e controle, em diversas
cidades europeias, das primeiras universidades de que se tem notícia.
- O
papel unificador da Igreja Católica na Idade Média
A
Igreja Católica desempenhou um papel unificador durante a Idade Média, porque,
em meio à fragmentação política da época, ela foi capaz de promover a
articulação cultural entre os elementos romanos e germânicos. Além disso, por
meio da manutenção de alguns valores comuns, como a fé cristã e o latim, a
Igreja conseguiu sintetizar as duas sociedades, forjando a unidade espiritual
que marcou o mundo medieval.
- A
influência do Cristianismo na cultura da Idade Média
Na
arquitetura: construção de igrejas, sobretudo as catedrais; na música sacra,
resultado da adaptação desta arte aos ideais religiosos do cristianismo; na
literatura: poesia épica, que exaltava a coragem dos cavaleiros em prol do
cristianismo; na ciência e na filosofia (que eram interligadas): produção dos
monges e pensadores religiosos.
- A
cultura popular medieval
A
cultura popular medieval, em contraponto à austera cultura oficial, era
impregnada de humor, manifestando-se em festejos carnavalescos, encenações
teatrais burlescas (cômicas, satíricas), que recriavam as manifestações da
cultura oficial, criticando os costumes e promovendo o riso e o divertimento
público.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
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