terça-feira, 9 de setembro de 2014

FEUDALISMO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2014

Feudalismo

  • Conceito
De acordo com o historiador francês Jacques Le Goff, feudalismo é um sistema de organização econômica, social e política, no qual uma camada de guerreiros especializados – os senhores -, subordinados uns aos outros por uma hierarquia de vínculos de dependência, domina uma massa campesina que trabalha na terra e lhes fornece com que viver.


  • Eventos que contribuíram para a formação do sistema feudal
Diversos eventos históricos, como o declínio do Império Romano do Ocidente, as invasões bárbaras e a formação e posterior desestruturação do Império Carolíngio, culminando com as novas invasões (de magiares, vikings e muçulmanos).


  • Elementos do Feudalismo
Elementos romanos: Colonato – sistema de trabalho servil que se desenvolveu com a crise do Império Romano, quando escravos e plebeus empobrecidos passaram a trabalhar como colonos em terras de um grande senhor. O proprietário oferecia terra e proteção ao colono, recebendo deste um rendimento do seu trabalho. Nesse processo, as cidades perderam importância, ao passo que, no campo, desenvolveram-se vias (unidades econômicas) com produção agropastoril destinada ao consumo interno; Enfraquecimento do poder centralizado - no final do período imperial, a administração romana não tinha condições de impor sua autoridade a todas as regiões. Esse  enfraquecimento do poder central conduziu à ampliação do poder locar dos grandes proprietários de terra.
Elementos germânicos: Economia agropastoril – a base da economia germânica era a agricultura e a criação de animais, sem preocupação de produzir excedentes para a comercialização; Comitatus – instituição que estabelecia laços de fidelidade entre o chefe militar e seus guerreiros; Beneficium – instituição pela qual os chefes militares carolíngios concediam a seus guerreiros, como recompensa, a posse de terras. Essas terras foram chamadas  mais tarde de feudos (bem oferecido em troca de algo). Em troca, o beneficiado oferecia fidelidade, seu trabalho e ajuda militar ao senhor.
Em concordância com o conceito do historiador francês Jacques Le Goff, o comitatus e beneficium contribuíram para o fortalecimento de uma classe guerreira – os senhores – que, com a força das armas, era capaz de submeter a maior parte da população, composta por colonos, cuja produção – ou pelo menos parte dela – era destinada ao sustento da classe guerreira.

  • O enfraquecimento do poder real (ou central) em prol do fortalecimento do poder local.
No feudalismo, o poder político era controlado predominantemente pelos senhores feudais, que governavam seus domínios exercendo autoridade administrativa, judicial e militar.

  • As relações de poder na Idade Média
Existiam vínculos pessoais de obediência e proteção entre os mais poderosos e os mais fracos. Um exemplo explicativo são os laços de fidelidade, proteção e serviço entre o suserano e seus vassalos, estabelecidos entre os membros da nobreza a partir da concessão de feudos. Enquanto o senhor (ou suserano) concedia o feudo a outro nobre, este, denominado vassalo, lhe devia fidelidade e prestação de serviços (principalmente militares).

  • A sociedade feudal
No feudalismo, os servos tinham a missão de produzir todo o sustento e a manutenção das três ordens em que a sociedade feudal se dividia: os nobres (bellatore), que praticavam as guerras; o clero (oratore), que cuidava principalmente dos interesses da Igreja; e os servos (laboratore), que eram os que realizavam a maior parte do trabalho.

  • As obrigações dos servos
As principais obrigações dos servos eram: a prestação de serviços (trabalho na agricultura, criação de animais, construção de casas e outros edifícios e benfeitorias) e o cumprimento de uma série de obrigações, como a corveia (trabalho gratuito, alguns dias da semana, nas reservas senhoriais), a talha (entrega de parte da produção agrícola ou pastoril ao senhor feudal) e a banalidade (pagamento de taxas ao senhor pelo uso de equipamentos e instalações do senhorio).


Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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