Colégio
Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.:
Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º
Ano – Ensino Médio
Disciplina:
Geografia
ESTADOS
UNIDOS: O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA SUPERPOTÊNCIA
•
Formação territorial
Desde sua
independência, em 1776, os Estados Unidos foram ampliando cada vez mais o seu
território, a partir das treze colônias. Alguns territórios foram conquistados
após vitória em guerras, como as terras que se estendem dos Apalaches até o
Mississipi, pertencentes ao Reino Unido até 1783. Após anexar o Texas, que se
separou do México, em 1845, houve uma guerra entre os Estados Unidos e aquele
país, Vitorioso, esse país ampliou o território até a Califórnia, em 1848, à
custa de mais da metade do território mexicano. Outros territórios foram incorporados
por meio de compra: Louisiana, em 1803, comprada da França; Flórida, em 1819,
adquirida da Espanha; Alasca, em 1867, comprado da Rússia. Um acordo firmado
com o Reino Unido, em 1846, garantiu o acesso a territórios no noroeste, em
troca de não-agressão ao Canadá. Finalmente, o Havaí, em disputa com o Japão,
foi anexado em 1898, transformando-se no qüinquagésimo estado norte-americano.
• Fatores
que contribuíram para a industrialização
Uma
combinação de fatores de ordem política, social, econômica, cultural e natural
explica a industrialização dos Estados Unidos, concentrada inicialmente no
nordeste do país. A hegemonia política e econômica do modelo de sociedade
originada das colônias de povoamento, a hegemonia da burguesia nortista após a
Guerra de Secessão, leis que favoreceram a entrada de imigrantes, que
constituíram uma ampla reserva de mão-de-obra e um amplo mercado consumidor, a
enorme disponibilidade de minérios e combustíveis fósseis, o fortalecimento da
ética do trabalho entre a população, a facilidade de escoamento da produção
pelos Grandes Lagos, ligados com o oceano através de rios, entre outros
fatores.
• A
importância de não nascer importante
O fato de
o norte das treze colônias ter nascido sem importância para o Reino Unido fez
com que essa metrópole exercesse um controle pouco rígido sobre a região, em
comparação ao que exercia em suas outras colônias, como a Índia ou as da África
e do Caribe, muito mais importantes do ponto de vista econômico. Isso ocorreu
porque o norte das treze colônias não tinha muita coisa valiosa a oferecer aos
colonizadores. Não tinha clima tropical para a introdução de plantations, não
tinha metais preciosos, nem era estratégico, daí o controle flexível. Isso foi
de suma importância para os Estados Unidos, pois acabou criando as condições
para a separação e, posteriormente, para a industrialização dessa região, que,
com o passar do tempo, tornou-se a mais importante dentro do território
norte-americano.
• Guerra
de Secessão
O fim da
Guerra de Secessão, com a vitória nortista, marcou a hegemonia da burguesia
urbano-industrial ascendente sobre a aristocracia rural-agrária do sul. Com a
vitória nortista, a burguesia impôs seu modelo de sociedade e seus interesses
ao restante do país. Passou a controlar o Estado norte-americano e, interessada
em ampliar o mercado consumidor para seus produtos, acabou com a escravidão,
desenvolveu uma política de doação terras no oeste, uma política de
modernização do campo etc. Essas medidas colaboraram para a industrialização do
país.
•
Concentrações industriais
As
principais concentrações industriais estão no nordeste do país, desde a costa
litorânea até o sul dos Grandes Lagos, porque, como já foi dito, essa região
reuniu os fatores mais importantes para o início da industrialização. Apesar da
descentralização recente, essa ainda é a região mais industrializada dos
Estados Unidos.
•
Descentralização industrial após a Segunda Guerra
Com o
exagerado crescimento das megalópodes do nordeste dos Estados Unidos,
gradativamente foi havendo uma elevação dos custos gerais de produção. A
descentralização no pós-guerra é uma tentativa de baixar custos de produção,
garantindo, portanto, maiores lucros. As regiões que mais se beneficiaram dessa
tendência foram o Sul e o Oeste. As cidades que mais têm crescido nos Estados
Unidos são Orlando, Dallas, Houston, Seatle, Phoenix, Portland, Atlanta etc.
• Fator
locacional e indústria de alta tecnologia
As
indústrias de alta-tecnologia – microeletrônica, informática etc. -, típicas da
atual revolução técnico-científica, tendem a se localizar em torno de centros
de pesquisa e de universidades, pois necessitam de mão-de-obra altamente
qualificada. Poderíamos citar como exemplo o tecnopolo do Vale do Silício, a
maior concentração mundial dessas indústrias, localizado ao sul de São
Francisco (Califórnia), que se desenvolveu em torno da Universidade Stanford.
• O Vale
do Silício
O parque tecnológico mais importante
dos Estados Unidos é o Vale do Silício, Localizado no norte do estado da
Califórnia, costa oeste do país. O grande impulso para seu desenvolvimento se
deu durante a Guerra Fria, devido à corrida armamentista e aeroespacial. Foram
as indústrias eletrônicas da região que forneceram transistores e circuitos
integrados para computadores e foguetes do programa espacial. Mas já nos anos
1950, a criação do Stanford Industrial Park teve um importante papel no
desenvolvimento desse parque tecnológico, pois atraiu indústrias de alta
tecnologia, principalmente do setor de informática. Desde o início, essas indústrias
estiveram ligadas à Universidade Stanford, uma das mais renomadas dos Estados
Unidos. Outras universidades da região tiveram papel crucial na formação de mão
de obra qualificada e na produção de pesquisa de ponta, entre as quais a
Universidade da Califórnia (em Berkeley e São Francisco). Foi graças aos
pesquisadores dessas universidades que o Vale do Silício se tornou o principal
polo de alta tecnologia do mundo, especialmente dos setores de microeletrônica,
informática e biotecnologia. A existência de um espírito empreendedor, de
capitais de risco e de um ambiente que favorecia os investimentos e a gestação
de novas empresas também colaboraram para o desenvolvimento desse tecnopolo.
Fonte
Bibliográfica
MOREIRA,
Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume único, 1ª ed.
São Paulo: Scipione, 2014.
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