Colégio
Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de
Araújo
Série: 3º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2014
O RELEVO SUBMARINO
· Plataforma continental
A plataforma
continental constitui a continuação da estrutura geológica do continente
abaixo do nível do mar. A estrutura geológica continental termina no talude
(borda da plataforma continental, marcada por um desnível abrupto de até 2 mil
metros), com distância variável da costa. Ela apresenta grande importância
econômica, por conter bacias sedimentares onde se encontram jazidas de petróleo,
como as de Campos (RJ) e Santos (SP), além de ser o local do relevo
submarino mais rico em espécies marinhas importantes para a atividade pesqueira.
· Talude
É a borda da
plataforma continental, marcada por um desnível abrupto de até 2 mil metros, na
base do qual se encontram a crosta continental e a oceânica.
· Região pelágica (abissal)
Corresponde à crosta
oceânica propriamente dita, que é mais densa e geologicamente distinta da crosta
continental.
· Conceitos importantes – O Direito do
Mar
Mar Territorial (MT): até 12 milhas náuticas (cerca de 22 km) onde
os Estados exercem soberania plena
Zona Econômica
Exclusiva (ZEE):
se estende do litoral continental e insular até 200 milhas náuticas (370 km)
onde o a jurisdição se limita à exploração e ao aproveitamento dos recursos
naturais. Todos os bens econômicos no seio da massa líquida, sobre o leito do
mar e no subsolo marinho são privativos do país costeiro.
Plataforma
continental (PC):
é o prolongamento natural da massa terrestre de um Estado costeiro. Em alguns
casos, ela ultrapassa a distância de 200 milhas da ZEE. Pela Convenção sobre o
Direito do Mar, o Estado costeiro pode pleitear a extensão da sua Plataforma
Costeira até o limite de 350 milhas náuticas (648 km). É o caso do Brasil, que
apresentou às Nações Unidas, em setembro de 2004, o seu pleito de extensão da
PC brasileira.
HIDROGRAFIA
BRASILEIRA
· Os rios brasileiros (aproveitamento
econômico)
O Brasil, em razão de
sua grande extensão territorial e da predominância de climas úmidos, possui uma
extensa e densa rede hidrográfica. Os rios brasileiros têm diversos usos, como
o abastecimento urbano e rural, a irrigação, o lazer, e a pesca. O transporte
fluvial, embora ainda pouco utilizado, vem adquirindo cada vez mais importância
no país. Em regiões planálticas, nossos rios apresentam um enorme potencial
hidrelétrico, bastante explorado no Centro-Sul e nos rios São Francisco e
Tocantins, com tendência de crescimento na Amazônia e Centro-Oeste.
· Características da hidrografia
brasileira
- O Brasil não possui
lagos tectônicos, poias as depressões tornaram-se bacias sedimentares. Em nosso
território só há lagos de várzea (temporários, muito comuns no Pantanal) e
lagunas ou lagoas costeiras (como a dos Patos, no Rio Grande do Sul, e a
Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, ambas formadas por restingas).
- Todos os rios
brasileiros, com exceção do Amazonas, possuem regime simples pluvial.
- Todos os rios do
país são exorreicos (exo, “fora” em grego), possuem drenagem que se dirige ao
oceano, para fora do continente.
- Considerando-se os
rios de maior porte, só encontramos regimes temporários no Sertão nordestino,
onde o clima é semiárido. No restante do país, os grandes rios são perenes.
- Predominam os rios
de planalto, muitos dos quais escoam por áreas de elevado índice pluviométrico.
A existência de muitos desníveis no relevo e o grande volume de água
proporcionam grande potencial hidrelétrico.
- Em vários pontos do
país há corredeiras, cascatas e, em algumas áreas, rios subterrâneos
(atravessando cavernas), o que favorece o turismo. As cataratas do Iguaçu
(“água grande”, em tupi-guarani), situadas no rio de mesmo nome na fronteira
Brasil-Argentina, nas proximidades da cidade de Foz do Iguaçu (PR), atraem
visitantes de todo o mundo.
- Na região amazônica
os rios têm grande importância como vias de transporte. Neles há barcos de todo
tipo e tamanho, transportando pessoas e mercadorias. Nas demais regiões a
navegação vem crescendo nos últimos
anos, sobretudo na bacia Platina, onde uma sequência de eclusas já permite a
navegação em um trecho de 1400 quilômetros. É a hidrovia Tietê-Paraná.
· As bacias hidrográficas brasileiras
Bacia do rio Amazonas (ou Amazônica): a maior bacia hidrográfica do planeta. Drena 56% do território brasileiro (3,8 milhões de Km2) e tem suas vertentes delimitadas pelos divisores de água da cordilheira dos Andes, pelo planalto das Guianas e pelo planalto Central. Seu rio principal nasce no córrego Apacheta, no Peru, onde o curso de água recebe ainda os nomes de Lloqueta, Apurimac, Ene, Tambo e Ucayali; passa a ser denominado Solimões da fronteira brasileira até o encontro com o rio negro e, a partir daí, recebe o nome de Amazonas.
Bacia do rio
Tocantins-Araguaia: esta bacia drena 11% do território nacional (922 mil km2) e possui vazão
média de cerca de 13 mil m3/s. No Bico do Papagaio, região que abrange parte
dos estados do Tocantins, do Pará e do Maranhão, o rio Tocantins recebe seu
principal afluente, o Araguaia, onde se encontra a maior ilha fluvial do mundo,
a do Bananal. O rio Tocantins é utilizado para escoar parte da produção de
grãos (principalmente soja) das regiões próximas a nele foi construída a usina
hidrelétrica de Tucuruí, a segunda maior do país (em 2010).
Bacias do Paraná,
Paraguai e Uruguai: estas bacias drenam 16% do território brasileiro (1,4 milhão de km2)
e são subdivisões da bacia do rio da Prata (ou Platina), a segunda maior bacia
hidrográfica do planeta.
Aquífero Guarani – é a maior reserva subterrânea de água doce da América
do Sul e uma das maiores do mundo, constitui importante reserva estratégica
para abastecimento da população e desenvolvimento de atividades econômicas.
Esta imensa reserva já é intensamente utilizada para abastecimento público,
industrial e irrigação, entre outras finalidades, e está localizado numa região
de grande concentração populacional e intensa ocupação do solo. Sua conservação
demanda uma política de manejo e gestão ambiental adequados, caso contrário
suas águas subterrâneas correm sérios riscos de contaminação por uso
indiscriminado de agrotóxicos, dejetos de animais, esgoto e resíduos
industriais presentes nos rios da região e pelo lixo despejado em aterros
sanitários.
Bacia do rio São
Francisco:
embora esta seja a menor das quatro grandes bacias
hidrográficas brasileiras, ela é responsável pela drenagem de 7,5% do
território nacional (639 km2). O rio São Francisco nasce na serra da
Canastra, em Minas Gerais, atravessa o sertão semiárido e desemboca no oceano
Atlântico, entre os estados de Sergipe e Alagoas.
Transposição do São Francisco – Denominado oficialmente Integração de
Bacias Hidrográficas, o projeto visa desviar parte das águas do São Francisco
para alimentar rios temporários e açudes por meio de 720 km de canais construídos
em dois eixos de transposição: o Norte e o Leste. A primeira etapa compreende a
revitalização das águas do São Francisco. As etapas posteriores consistem na
construção de canais, de estações elevatórias para transpor as regiões de
relevo mais elevado e de pequenas usinas hidrelétricas. As críticas à
transposição são numerosas: Primeiro, a revitalização da água do rio é um
processo complexo, que depende de modificações na rede de esgoto de mais de 400
cidades que têm o rio como destino, da recuperação de mananciais e matas
ciliares e do dasassoreamento do rio, entre outras providências. Segundo, é
praticamente impossível prever o impacto ambiental, tanto nas regiões doadoras
como nas regiões receptoras de água. Por fim, alega-se que a transposição não
garantirá o acesso à água à maior parte da população sertaneja mais carente,
justamente a que deveria ser prioritariamente contemplada pelo projeto.
Bacia do rio Parnaíba: drena 3,9% do território nacional e é a segunda mais importante da região
Nordeste. Como parte desta bacia está localizada em região de clima semiárido,
apresenta pequena vazão média ao longo do ano. Possui afluentes temporários e
perenes.
Bacias atlânticas ou
costeiras: o Brasil possui cinco conjuntos, ou agrupamentos de rios, chamados bacias
hidrográficas do Atlântico: Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Leste,
Sudeste e Sul. As bacias que compõem cada um desses conjuntos não possuem
ligação entre si; elas foram agrupadas por sua localização geográfica ao longo
do litoral. O rio principal de cada uma delas tem sua própria bacia
hidrográfica.
· Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume um – São
Paulo: Scipione, 2014.
- Vasentini, José Villian – Georafia: O mundo em transição – Ensino Médio
– São Paulo: Ática, 2010.
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