Colégio
Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de
Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2014
ESTRUTURAS E FORMAS
DO RELEVO
· Relevo
É uma grande
diversidade de desnivelamentos, ou seja, diferentes altitudes – desde terrenos
planos até pequenas formas com poucos metros de altura ou enormes cadeias de
dobramentos.
No decorrer do tempo ele vai sofrendo uma série de processos que o vão
modelando continuamente. O relevo e o modelado da superfície terrestre, estudados
pela geomorfologia, podem ser explicados pela atuação de agentes internos e
externos à crosta terrestre.
Os agentes internos,
também chamados endógenos, são aqueles impulsionados pela energia contida no
interior do planeta – as forças tectônicas, ou tectonismo, que movimentam as
placas e provocam dobramentos, terremotos e vulcanismo.
Esses fenômenos deram
origem às grandes estruturas existentes na superfície terrestre – as cadeias
orogênicas (dobramentos modernos), os escudos cristalinos e as bacias
sedimentares – e continuam a atuar em sua transformação. É sobre essas
grandes estruturas que os agentes externos, ou exógenos – temperatura, vento,
chuvas, rios, oceanos, geleiras, microrganismos, cobertura vegetal, o homem e
outros -, vão atuar, transformando as rochas e dando a elas o aspecto que
apresentam atualmente
· Intemperismo e erosão
Denominamos
intemperismo o processo de desagregação (intemperismo físico) e decomposição
(intemperismo químico) sofrido pelas rochas. O principal fator de intemperismo
físico é a variação de temperatura, que provoca a dilatação e contração das
rochas, fragmentando-as. Outro exemplo é o congelamento de água nas fissuras
das rochas, fato comum em regiões polares e de altitudes elevadas – ao
congelar, a água dilata as fissuras das rochas e provoca sua fragmentação. Já
o intemperismo químico resulta sobretudo da ação da água sobre as rochas –
semelhantes à um solvente, provocando a decomposição das rochas.
O material intemperizado,
ou seja, os fragmentos de rocha decomposta e o solo, está sujeito a erosão.
Nesse processo, as águas e o vento desgastam a camada superficial de solos e
rochas, removendo substâncias que são transportadas para outro local, onde se
depositam ou se sedimentam. O material removido provoca alterações no modelado
do relevo – por exemplo, aplainamento e rebaixamento, mudança na forma das
encostas e alargamento das margens de um rio.
· Estrutura de relevo
A estrutura do relevo
corresponde à sua base geológica, à composição e à idade das rochas, ou
seja, à sua fisiologia, que compõe o substrato que sustenta as formas ou
fisionomia do relevo.
· Formas do relevo
Relevo são as formas
visíveis do terreno,
ou seja, aquilo que podemos observar na paisagem. Essas formas – a sua
fisionomia – originam-se a partir da ação de agentes internos (forças
tectônicas), assumindo as características atuais em decorrência da ação dos
agentes externos ou erosivos (intemperismo)
· Planalto, planície e depressão.
Planalto: relevo acidentado ou
aplainado em que predominam processos erosivos.
Depressão: relevos aplainados,
com suave inclinação e mais baixos do que o entorno, em que predominam
processos erosivos.
Planície: relevo relativamente
plano, em que predominam processos de sedimentação.
· Outras formas do relevo
Cuesta: forma de relevo que
possui um lado com escarpa abrupta e outro com declive suave.
Serra: esse nome é
utilizado para designar um conjunto de formas variadas de relevo, como
dobramentos antigos e recentes, escarpas de planalto e cuestas.
Inselberg (‘monte
ilha’, em alemão):
saliência no relevo encontrada em regiões de clima árido e semiárido. Sua
estrutura rochosa foi mais resistente à erosão que o material que estava em seu
entorno.
O RELEVO SUBMARINO
· Plataforma continental
A plataforma
continental constitui a continuação da estrutura geológica do continente
abaixo do nível do mar. A estrutura geológica continental termina no talude
(borda da plataforma continental, marcada por um desnível abrupto de até 2 mil
metros), com distância variável da costa. Ela apresenta grande importância
econômica, por conter bacias sedimentares onde se encontram jazidas de petróleo,
como as de Campos (RJ) e Santos (SP), além de ser o local do relevo
submarino mais rico em espécies marinhas importantes para a atividade pesqueira.
· Talude
É a borda da
plataforma continental, marcada por um desnível abrupto de até 2 mil metros, na
base do qual se encontram a crosta continental e a oceânica.
· Região pelágica (abissal)
Corresponde à crosta
oceânica propriamente dita, que é mais densa e geologicamente distinta da
crosta continental.
· Conceitos importantes – O Direito do
Mar
Mar Territorial (MT): até 12 milhas náuticas (cerca de 22 km) onde
os Estados exercem soberania plena
Zona Econômica
Exclusiva (ZEE):
se estende do litoral continental e insular até 200 milhas náuticas (370 km)
onde o a jurisdição se limita à exploração e ao aproveitamento dos recursos
naturais. Todos os bens econômicos no seio da massa líquida, sobre o leito do
mar e no subsolo marinho são privativos do país costeiro.
Plataforma
continental (PC):
é o prolongamento natural da massa terrestre de um Estado costeiro. Em alguns
casos, ela ultrapassa a distância de 200 milhas da ZEE. Pela Convenção sobre o
Direito do Mar, o Estado costeiro pode pleitear a extensão da sua Plataforma
Costeira até o limite de 350 milhas náuticas (648 km). É o caso do Brasil, que
apresentou às Nações Unidas, em setembro de 2004, o seu pleito de extensão da
PC brasileira.
· Morfologia litorânea
Falésias: paredões resultantes
do impacto das ondas diretamente contra formações rochosas cristalinas ou
sedimentares (conhecidas como barreiras), comuns no nordeste brasileiro.
Barra: saída de um rio,
canal ou lagoa para o mar aberto, onde ocorrem intensa sedimentação e formação
de bancos de areia ou de detritos.
Saco, baía e golfo: assemelham-se a uma
ferradura ou arco quase fechado que se comunica com o oceano. O que muda é o
tamanho: o saco é o menor (medido em metros) e a baía tem tamanho intermediário,
como a famosa baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. O golfo, como é o maior
(medido em quilômetros), pode conter sacos e baías em seu interior.
Ponta, cabo e
península:
são formas de relevo que avançam do continente para o oceano. A diferença entre
elas é a dimensão: pontas são menores que cabos, que, por sua vez, são menores
que penínsulas.
Enseada: praia com formato de
arco. Por possuir configuração aberta, diferencia-se do saco, cuja configuração
é bem mais fechada.
Fiordes: profundos corredores
que foram cavados pela erosão glacial e posteriormente rebaixados, o que
provocou a invasão das águas do mar.
· Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume um – São
Paulo: Scipione, 2014.
- Vasentini, José Villian – Georafia: O mundo em transição – Ensino Médio
– São Paulo: Ática, 2010.
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