quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Estados Unidos: Da Colonização à Independência

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º E - Noturno
Disciplina: História

Capítulo 31, pg. 284 – ESTADOS UNIDOS: DA COLONIZAÇÃO À INDEPENDÊNCIA

• Objetivo dos colonos pioneiros
     Uma das intenções desses colonos era construir sociedades autônomas, em que pudessem erguer um “novo lar”. Esse objetivo chocava-se com o projeto colonial do governo britânico

• As treze colônias
     As Treze Colônias inglesas na América do Norte, progrediram de forma diferente.
      Nas colônias do centro-norte predominava a pequena propriedade, a produção de manufaturas. Praticavam o comércio triangular (América do Norte – África – Antilhas). De uma forma geral eram mais independentes em relação a Inglaterra.
     Nas colônias do sul predominava a grande propriedade escravocrata (plantation). Cultivavam um único produto (tabaco, algodão, arroz ou anil) visando a exportação. O comércio era feito somente com a Inglaterra, consequentemente tinha mais dependência em relação à metrópole.
     Mas tanto as colônias do centro-norte quanto as do sul possuíam hábitos e sentimentos de autonomia em relação a metrópole.

• Primeiros conflitos
     Os principais fatos que desencadearam os primeiros conflitos foram:
- Concorrência dos produtos americanos contras os ingleses;
- Guerra Franco-Índia (americanos invadiram terras além dos montes Apalaches, terras francesas e dos índios);
- Guerra dos sete anos – Inglaterra contra a França, disputam territórios na América do Norte;
- Proibição feita pela Inglaterra, aos colonos americanos, de avançar além dos montes apalaches; (naquela região os índios caçavam e forneciam peles de marta e bisão aos ingleses). Além disso também existia a exploração do oeste americano pelas companhias inglesas.

• Leis para aumentar o controle
     Para aumentar o se controle sobre as colônias, a Inglaterra criou várias leis:
- Lei do Açúcar (1764) – proibia a importação de rum e cobrava taxas sobre a importação de açúcar (melaço) que não viesse das Antilhas britânicas.
- Lei do Selo (1765) – cobrava uma taxa sobre os diferentes documentos comerciais, jornais, livros, anúncios etc.
- Lei dos alojamentos (1765) – exigia que os colonos fornecessem alojamento e alimentação às tropas inglesas que estivessem em território americano.
- Lei do Chá (1773) – concedia o monopólio de venda de chá nas colônias à Companhia das Índias Orientais.
     A reação dos colonos foi violenta: invadiram as agências postais; defenderam o pensamento “Sem representação não pode haver tributação” (idéias dos iluministas); executaram a “Festa do chá” (colonos ingleses invadiram três navios em Boston e derramaram o chá no mar). Por causa do controle da venda do chá pela Companhia das Índias Orientais.

• As leis intoleráveis
     Foram um conjunto de leis em resposta a violência dos colonos. A principal delas determinava o fechamento do Porto de Boston até que se pagassem os prejuízos do chá e julgamento dos envolvidos por tribunais ingleses.

• Primeiro Congresso Continental da Filadélfia
     Nesta reunião, mais uma vez os ideais iluministas estiveram presentes. O principal direito exercido ali foi o Direito a rebelião (quando o governo não garante ao cidadão os direitos naturais, ele tem o direito e o dever de derrubá-lo).

• A independência dos Estados Unidos
     No 2º Congresso Continental da Filadélfia em 4 de julho de 1776 foi declarada a Independência dos Estados Unidos (O principal relator foi Thomas Jefferson)

• A luta pela independência
     Os principais aliados dos colonos americanos na luta pela independência contra a Inglaterra foram: a França; a Espanha e Holanda. Todos estes países eram rivais da Inglaterra na Europa. George Washington (1732-1799) comandou a tropas americanas e foi o primeiro presidente dos Estados Unidos.

• A Constituição dos Estados Unidos (1787)
Pontos fundamentais:
     Tipo de Estado – república federativa presidencialista, ou seja, formada por estados-membros associados numa União política (federação) chefiada por um presidente.
     Cidadania – assegurado o exercício de direitos políticos e civis (liberdade de expressão, de imprensa, de crença religiosa e de reunião, a inviolabilidade do domicílio e o direito a julgamento (ninguém poder ser preso sem o devido processo judicial)
     Tripartição dos poderes – Executivo (administração, Legislativo (criação das leis) e Judiciário (aplicação da justiça)
     Em 1787 ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos da América. Ela até hoje é a mesma com poucas modificações. De acordo com esta constituição os três poderes, executivo, legislativo e judiciário eram exercidos da seguinte maneira: Executivo – exercido pelo Presidente, através de uma mandato de 4 anos, eleito indiretamente por delegados que formavam o colégio eleitoral; Legislativo – exercido por 2 câmaras: Câmara dos Representantes e Câmara do Senado; Judiciário – no âmbito federal era exercido pela Suprema Corte.

• Os índios, os africanos e as mulheres na nova constituição
     A situação dos índios, dos africanos e das mulheres não mudou muito com a nova constituição.
     Os índios tiveram suas terras invadidas. Os africanos ainda foram escravos por mais de 100 anos e as mulheres tiveram que lutar muito para conquistar seus direitos.

• Repercussão da independência dos Estados Unidos no resto do continente americano
     Serviu de exemplo para os outros países também buscarem sua independência através dos princípios iluministas. Também serviu de exemplo para os franceses, pois perceberam que podiam lutar contra o seu rei absolutista. Contribuiu então para a Revolução Francesa.

Fonte:
COTRIM, Gilberto. História Global - Brasil e Geral: 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
• Questões
1) Qual o objetivo inicial dos primeiros colonos na América do Norte?
2) As treze colônias inglesas na América progrediram de forma diferente. Identifique e diferencie como foi o desenvolvimento das colônias centro-norte e as do sul:
3) Quais os principais fatos que iniciaram os desentendimentos entre os ingleses e americanos?
4) Para aumentar o seu controle, a Inglaterra tomou a decisão de criar várias leis. Escreva sobre elas. Como foi a reação dos colonos americanos?
5) O que foram as leis intoleráveis?
6) No primeiro Congresso Continental da Filadélfia, mais uma vez as idéias iluministas se fizeram presentes. Qual o direito foi exercido ali?
7) Onde e quando foi declarada a Independência dos Estados Unidos da América?
8) Quem foram os principais aliados dos colonos americanos na luta pela independência contra a Inglaterra?
9) Em 1787 ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos da América. É a mesma até hoje, com poucas modificações. Quais eram os seus pontos fundamentais?
10) De acordo com esta Constituição como eram exercidos os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário?
11) Como ficou a situação dos índios, dos africanos e das mulheres de acordo com a nova Constituição?
12) Qual a repercussão da independência dos Estados Unidos na América no resto do continente e na Europa?

A Revolução Francesa

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2° E- Noturno
Disciplina: História

REVOLUÇÃO FRANCESA

• Movimento em busca de mudanças
     A Revolução Francesa foi um movimento ocorrido naquele país, no século XVIII, buscando mudanças no governo para melhorar a situação do 3º estado (povo). Surgiu e foi organizado pela burguesia que fazia parte do 3º estado.

• Situação da França no final do séc. XVIII
     A França no final do século XVIII(1778) era governada pelo rei Luiz XVI, que conduzia o seu governo distante da população, que vivia em plena miséria. Seu palácio ficava em Versalhes (arredores de Paris).
     O rei, junto com a nobreza, vivia uma vida de ócio, e dependia dos tributos pagos pela população pobre, gerando profundas desigualdades sociais e políticas.
     O clero e a nobreza possuíam privilégios originários do feudalismo (cobrar impostos), já o povo não possuía nenhum direito.
     O país enfrentava a dificuldade de mudar a economia agrária (80 % da população vivia na zona rural) para uma economia industrial. Além disso, o governo estava desorganizado provocando o surgimento de leis diferentes em cada província. Para dificultar ainda mais, as contas do rei misturavam-se com as do governo dificultando o controle das despesas oficiais.

• Causas da Revolução
     As principais causas da Revolução foram:
- Falência financeira do governo (gastos com a Guerra de Independência dos Estados Unidos);
- Tratado de comércio com a Inglaterra (1786), favorecia a compra de manufaturas que provocou fechamento de empresas francesas, levando ao desemprego.
- Inverno rigoroso prejudicou as colheitas de 1788 – provocou a escassez de alimentos e alta nos preços.

• Os três estados
a) Primeiro estado: constituído pelo clero (120 mil pessoas), dividido em alto clero (bispos, abades e cônegos de famílias da nobreza, com fortuna proveniente do recebimento de dízimos e da renda de imóveis da Igreja) e baixo clero (sacerdotes pobres, geralmente responsáveis pelas paróquias mais carentes, simpatizantes dos ideais revolucionários)
b) Segundo estado: constituído pela nobreza (350 mil pessoas), dividida em nobreza cortesã (4 mil pessoas que viviam no palácio de Versalhes, recebendo pensões do Estado), nobreza provincial (empobrecida, vivia no interior à custa de direitos feudais cobrados dos camponeses) e nobreza de toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza, cargos políticos e administrativos).
c) Terceiro estado: 96 % da população (24 milhões de pessoas), de diversos grupos sociais: camponeses (livres, semi-livres e servos feudais), sans-culottes (camada social urbana composta de aprendizes de ofícios assalariados e desempregados marginalizados), pequena burguesia (pequenos comerciantes, artesãos), média burguesia (profissionais liberais – médicos, advogados, professores, comerciantes) e alta burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)

• Fases da revolução
     O processo revolucionário francês, durou cerca de dez anos e foi dividido nas seguintes etapas:
I - Revolta Aristocrática;
II - Assembléia Nacional Constituinte;
III - Monarquia Constitucional;
IV - República e Convenção Nacional;
V - Governo do Diretório.

I - FASE DA REVOLTA ARISTROCRÁTICA

• Reunião dos três estados
     O agravamento da crise forçou o rei a convocar a reunião dos três estados (clero, nobreza e povo) que não acontecia fazia muito tempo.
     Nesta reunião o terceiro estado se rebela e se separa para formar a Assembléia Nacional Constituinte. Os outros estados, sem outras opções, são obrigados a se juntarem ao terceiro estado. Era o começo da revolução.

II - FASE DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

• Queda da Bastilha
     A Bastilha era uma antiga prisão, símbolo do poder absoluto do rei, onde ficavam enclausurados os inimigos políticos da monarquia francesa. O fato de uma multidão de populares parisisienses tê-la tomado, em 14 de julho de 1789, soltando os presos e apoderando-se das armas ali estocadas, significou a queda do poder por ela simbolizado; por esse motivo, para muitos historiadores, ela representa o grande marco da Revolução Francesa.

• Declaração Universal dos Direitos do Homem
     Em 1789, inspirada nos ideais iluministas, foi proclamada a “Declaração Universal dos Direitos do Homem”. Documento de muita importância que reconhecia os direitos individuais. Neste documento ressaltava os ideais da Revolução Francesa que são: LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE.

III - FASE DA MONARQUIA CONSTITUCIONAL

• Nova Constituição
     Em 1791, passou a vigorar, na França, uma nova constituição com a idéia da divisão dos poderes do Estado (Teoria de Montesquieu):
- Executivo – exercido pelo rei que nomeava os ministros;
- Legislativo – Deputados eleitos pelo voto censitário (de acordo com a renda);
- Judiciário – exercido por juízes eleitos.

• A traição do rei
     O rei Luis XVI, não satisfeito com a Revolução, tramou contra o movimento, utilizando alguns membros da nobreza e com ajuda de alguns países (Áustria e Prússia) que abrigavam nobres refugiados.
     Por causa desta traição a Assembléia Legislativa, então, suspendeu os poderes do rei.

IV - FASE DA REPÚBLICA E CONVENÇÃO NACIONAL
• Jacobinos e Girondinos
     Os grupos principais que formavam a Assembléia eram:
- Jacobinos – representantes da pequena e da média burguesia, ocupavam o lado esquerdo da sala de reuniões, eram deputados mais radicais e queriam uma república democrática e igualitária. Seus principais componentes eram: Maximilien Robespierre, Georges Danton e Jean-Paul Marat. Eram chamados jacobinos porque suas reuniões eram realizadas em um convento de monges da ordem dos Jacobinos;
- Girondinos – representantes da alta burguesia. Eram deputados da província de Gironda (sul da França). Ocupavam o lado direito da sala de reuniões. Possuíam idéias moderadas e queriam uma república liberal com defesa da propriedade privada;
- Da planície ou centristas – eram deputados indecisos (ficavam em cima do muro). Suas decisões ora acompanhavam um grupo, ora acompanhavam outro.
     Neste período os dois partidos mais poderosos da convenção eram os Jacobinos e Girondinos. Sob o comando destes dois partidos a Convenção iniciou uma perseguição aos suspeitos de traição contra a Revolução que culminou com a morte de Luis XVI, decapitado na guilhotina.

• Robespierre e o Comitê de Salvação Pública
     Robespierre fazia parte do partido dos Jacobinos, que era o partido mais forte na Convenção. Após desentendimentos com os Girondinos e os próprios companheiros de partido, constituiu o Comitê de Salvação Pública, tornando seu líder. A frente deste comitê, Robespierre perseguiu e condenou a morte todos os políticos que eram contra o governo, inclusive antigos companheiros, implantando então a ditadura.

V - FASE DO GOVERNO DO DIRETÓRIO

• Diretório e os Girondinos
     Por causa de sua política radical, Robespierre também caiu e morreu na guilhotina. Os girondinos retornaram ao poder e concluíram, em 1795, uma nova constituição (mais moderada).
     O governo passou a seu exercido por um diretório que não conseguiu resolver os problemas do país (desorganização da economia, inflação, corrupção e outros).

• Napoleão Bonaparte
     Por causa da crise, a burguesia e o exército incentivaram Napoleão Bonaparte (General de prestígio) a dar um golpe de estado. Este foi chamado o “Golpe do 18 brumário de 1779” (brumário era o nome de um dos meses do ano)
     A partir deste momento, os ideais da Revolução Francesa se expandiram por toda a Europa e o mundo.

• Questões
1) O que foi a Revolução Francesa? Quem a organizou?
2) Qual a situação da França no final do século XVIII? Como viviam os três estados?
3) Quais as causas da Revolução?
4) Quais as etapas do processo revolucionário francês?
5) Com o agravamento da crise o rei foi obrigado a convocar a reunião dos três estados. O que o 3º estado fez nesta reunião?
6) O que foi a queda da Bastilha?
7) O que contém a “Declaração Universal dos Direitos do Homem”?
8) Na nova constituição como ficou a divisão dos poderes?
9) Quais eram os principais grupos que formavam a Assembléia? Qual a característica do grupo que ficava a esquerda na sala de reuniões?
10) Quem foi Robespierre e o que ele fez?
11) O que fez Napoleão Bonaparte? Incentivado por quem?
12) Quais eram os ideais da Revolução Francesa? E em qual momento eles se expandiram para a Europa e o Mundo?

A Revolução Industrial

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º E - NOTURNO
Disciplina: História

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

• A Revolução Industrial
     Foram mudanças radicais no modo de viver e de produzir mercadorias, iniciadas na segunda metade do século XVIII.
    Por causa das grandes navegações, da colonização da América e do aumento da população na Europa, houve um aumento na procura por produtos europeus.
    Os comerciantes, então, resolveram produzir suas próprias mercadorias. Forneciam a matéria prima e pagavam os trabalhadores
     Os trabalhadores reuniam-se num galpão e trabalhavam em tarefas manuais. Cada um executava uma tarefa que correspondia a uma fase da produção daquela mercadoria. Este processo foi chamado de manufatura. Neste processo o trabalhador perde a noção do valor do seu trabalho, pois deixa de produzir a mercadoria como um todo

• A Inglaterra foi a primeira
     Algumas condições favoreceram para que a Revolução Industrial começasse na Inglaterra. Podemos citar:
- Capitais acumulados pela burguesia com o comércio internacional e com a pirataria nas costas dos continentes descobertos (Ásia, África e América).
- Mão-de-obra farta e barata;
- Existência de ricas minas de carvão e ferro;
- Força do Protestantismo calvinista (não condenava o lucro e pregava a vida para o trabalho)
- Posição Geográfica.

• As máquinas
     A primeira indústria a se desenvolver foi a de algodão. Os fatores que favoreceram foram:
1) Grande procura por tecidos no mundo inteiro;
2) O algodão vindo do oriente, dos Estados Unidos e do Brasil era barato.
     Como as máquinas de fiar tradicionais produziam poucos fios, os capitalistas ingleses incentivaram a invenção de outras máquinas. Surgiu então a Water-frame. Era uma máquina que produzia muitos fios, porém eram grosso.
     Em seguida pra aproveitar a grande quantidade de fios foi inventado o tear mecânico.
     Outro invento do de grande importância foi a máquina a vapor. Com isso surgiu o barco a vapor (facilitou o transporte de pessoas e de mercadorias) e a locomotiva (atingiu 45 Km/h, velocidade muito alta na época).
     O uso do vapor exigiu materiais mais resistentes, forçando o desenvolvimento da indústria metalúgica para fundição do ferro.

• As mudanças sociais
     O principal fato foi a consolidação do Capitalismo (Modo de produzir mercadorias que se baseia no trabalho assalariado e na buscado lucro.
     Surgem, então, dois novos grupos sociais:
1- Burguesia industrial: formada por donos de matérias primas, das fábricas e das máquinas.
2- Operariado urbano: formado por aqueles que trocam sua força de trabalho por um salário.

• A vida nas fábricas
     O ambiente era muito prejudicial a saúde. Não existia ventilação suficiente, pouca luminosidade, falta de refeitórios e banheiros, o ar sobrecarregado com fiapos de lã e algodão.
     Somando a estas condições o trabalhador, o trabalhador (homens, mulheres e crianças) era obrigado a cumprir de 14 a 18 horas por dia de trabalho, se não cumprisse era ameaçado com castigos.
     Por tudo isso, começaram a surgir doenças típicas da vida urbana.
     Fora das fábricas os trabalhadores viviam em casas simples, nos bairros próximos das indústrias. Os donos das fábricas, possuíam casas luxuosas em bairros afastados dos cortiços dos trabalhadores.
     Estas diferenças, em prejuízo dos trabalhadores, geraram revoltas de operários, que deram início ao longo período de lutas entre a burguesia industrial e o trabalhador assalariado.
     Neste período surgiram os primeiros sindicatos e depois vieram as leis trabalhistas que melhoraram, um pouco, a vida dos operários.

Iluminismo e Despotismo Esclarecido

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º E - NOTURNO
Disciplina: História

Iluminismo e Despotismo Esclarecido

• Iluminismo
Foi um movimento intelectual que correspondia aos interesses daqueles que desejavam mais liberdade política e econômica. O termo Iluminismo refere-se a razão (luz), a capacidade humana de conhecer, compreender e julgar. Apesar das diferenças e até das contradições entre as idéias dos pensadores iluministas, eles tinham como princípio básico confiar na razão como instrumento capaz de promover a crítica das questões que envolviam a sociedade e a natureza.

• Interesses dos pensadores iluministas
Defendiam a não-intervenção do Estado na economia, a igualdade jurídica entre os homens, a liberdade religiosa e de expressão.

• Iluministas junto com a burguesia
Ambos os grupos (iluministas e burgueses) se opunham a vários aspectos do Antigo Regime. Eram contrários ao absolutismo monárquico, que, mantendo os privilégios da nobreza, impedia o predomínio da burguesia; opunham-se ao mercantilismo, considerado prejudicial à livre iniciativa econômica e ao desenvolvimento do capitalismo; e criticavam o poder da Igreja, que era baseado em verdades reveladas pela fé, contrariando a autonomia da razão.

• Locke e o liberalismo político
- A liberdade natural do homem consiste na liberdade completa do ser humano, em relação a qualquer poder superior na Terra, tendo apenas a lei da natureza como regra.
- Para Locke o homem, no estado de natureza, tem dificuldades para desfrutar satisfatoriamente a liberdade por que tem que lidar com a invasão de terceiros, isto é, da vontade ou ação dos outros.
- A instituição das sociedades ocorreu pela necessidade que o ser humano tem de se juntar, uns com os outros, para poder conservar, mutuamente, a vida, a liberdade e os bens (as propriedades).

• Montesquieu e a divisão dos poderes
Este jurista francês defendia a divisão do Estado em três poderes: Executivo (que tem a função de ordenar a execução das leis), o Legislativo (com a função de fazer as leis) e o judiciário (que julga os conflitos entre os cidadãos). Para o jurista a concentração de poderes numa mesma pessoa ou instituição não seria bom. Quando os poderes Legislativo e Executivo ficam reunidos numa mesma pessoa ou instituição do Estado, a Liberdade desaparece. E tudo estaria perdido se uma mesma pessoa – ou mesma instituição do Estado – exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de ordenar a sua execução e o de julgar os conflitos entre os cidadãos.

• Pensadores iluministas

- Locke (1632-1704); Condenava o absolutismo monárquico e defendia a liberdade dos cidadãos, ou seja, a tolerância religiosa e a liberdade política.
- Voltaire (1694-1778); Criticava o clero católico, a intolerância religiosa e a prepotência dos poderosos e considerava que a monarquia devia respeitar as liberdades individuais; o soberano deveria ser “esclarecido”, isto é, aceitar as idéias do iluminismo.
- Montesquieu (1689-1755); Obra “O espírito das leis”. Defendia a separação dos poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judiciário como forma de evitar abusos da parte dos governantes e proteger as liberdades individuais; era adepto do liberalismo aristocrático e da monarquia moderada, segundo o modelo inglês.
- Diderot (1713-1784) e D’Alembert (1717-1783); principais organizadores da Enciclopédia. Defendiam o racionalismo (em oposição à fé religiosa) e a independência do Estado em relação à Igreja e confiavam no progresso humano por meio das realizações científicas.
- Rousseau (1712-1778); O contrato social. Considerava que o soberano deveria conduzir o Estado segundo a vontade do seu povo e defendia que só um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos.
- Adam Smith (1723-1790); A riqueza das nações. Defendia que a economia deveria ser dirigida pelo livre jogo da oferta e da procura de mercado; foi um dos principais formuladores do liberalismo econômico: para ele, o trabalho era a verdadeira fonte de riqueza para as nações e deveria ser conduzido pela livre iniciativa popular

• Visão de Deus modificada pelos iluministas
Deus, para os iluministas, era concebido como a expressão máxima da razão ou lei universal. Ao criar os seres humanos, Deus os teria dotado de racionalidade e, consequentemente, de liberdade de pensamento; portanto, os direitos universais do ser humano, entre eles a liberdade de pensar e de se exprimir, deveriam ser respeitados.

• Burguesia cristã, recompensa econômica e religiosa
Para a burguesia cristã, segundo interpretações de sociólogos com Max Weber, tanto a recompensa econômica quanto a religiosa representavam o resultado de uma vida ativa, baseada no trabalho, na dedicação e no êxito.


DESPOTISMO ESCLARECIDO

• Iluminismo e o governo dos déspotas esclarecidos.
Experiência política realizada por monarcas e ministros, chamados de déspotas esclarecidos, durante a segunda metade do século XVII, na Europa Central, Oriental e Mediterrânea, procuraram pôr em prática certos princípios do iluminismo, sem abrir mão do poder absoluto. Alterou-se a concepção de poder, com o governante passando a se apresentar como “o primeiro servidor do Estado”. A existência do Estado passou a ser considerada como forma de atender aos interesses de todos os súditos, promovendo a felicidade pública e o bem-estar geral. Nesse sentido, foram adotadas medidas como o incentivo à educação pública (com a criação de escolas, o apoio a academias literárias e científicas e a divulgação de textos eruditos) e o aperfeiçoamento do sistema de arrecadação tributária (diminuindo a carga de tributos cobrados das classes populares).

• Os três poderes, de Montesquieu, adotados no Brasil. Funções:
- Legislativo: composto, em nível federal, de Câmara dos Deputados e Senado, formando o Congresso Nacional; tem o poder de propor, discutir e aprovar as leis. – Executivo: dirigido pelo presidente da república, assessorado pelos ministros de Estado, tem por função determinar a execução da legislação vigente (em determinadas circunstâncias tem, também, poder legislativo, podendo baixar medidas provisórias; pode também encaminhar projetos de lei ao Congresso). – Judiciário: composto por juízes, organizados em tribunais federais, tem o encargo de observar o cumprimento das leis e arbitrar nos casos de controvérsias entre os demais poderes.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Antigo Regime e Revolução Inglesa

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º E - NOTURNO
Disciplina: História

Antigo Regime e Revolução Inglesa

• Atividades da população rural
Além das pessoas que trabalhavam direto na agricultura e na pecuária, numerosa parcela dessa população era composta de comerciantes e artífices que exerciam os mais variados ofícios, como: ferreiro metalúrgico, carpinteiro, ceramista, armeiro, moleiro, mineiro, seleiro. Havia ainda os trabalhadores das pedreiras, da construção civil, os construtores de carroças e carruagens etc. Muitos eram proprietários ou arrendatários que exploravam o trabalho dos camponeses.

• As cidades no Antigo Regime
As cidades eram, predominantemente, centros de comércio permanente ou temporário (feiras), e considerável parcela de sua população pertencia à burguesia comercial, do pequeno mercador ao grande negociante que comercializava com diferentes regiões do mundo; por esses motivos, em geral, nas grandes cidades se localizavam portos importantes.

Estamentos da sociedade do Antigo Regime
A sociedade do Antigo Regime dividia-se em três estamentos (ordens ou estados): clero, nobreza e terceiro estado. Ao clero competia praticar o ofício religioso, para conduzir os fiéis à salvação eterna; a nobreza devia garantir a defesa militar da sociedade; e ao terceiro estado cabia trabalhar para o sustento da sociedade. O clero tinha o direito de ser alimentado e defendido; a nobreza contava com as orações e com o trabalho de outros; e o terceiro estado tinha o direito de receber orações e segurança. O clero e a nobreza formavam o grupo dirigente e detentor dos privilégios: eram dispensados dos trabalhos, não pagavam impostos, eram julgados por tribunais especiais e ocupavam os cargos mais elevados do Estado. O terceiro estado era excluído das decisões políticas, não desfrutava de privilégios e, além de trabalhar, devia pagar tributos.

Conseqüências da divisão em estamentos
A divisão em estamentos criou uma sociedade caracterizada pela desigualdade entre as pessoas, havendo poucos meios de acesso de um estamento a outro; uma das possibilidades era o ingresso de membros do terceiro estado no clero. A desigualdade estava presente em, praticamente, todos os aspectos da vida cotidiana (vestuário, alimentação, diversas atividades culturais), marcados pelos contrastes entre suntuosidade e fartura dos ricos e simplicidade e carência dos pobres.

• Absolutismo
O absolutismo monárquico resultou do fortalecimento dos governos das monarquias nacionais e significativa a concentração de toda autoridade e poder na figura do rei, que se tornou a fonte suprema dos poderes do Estado.

• O Rei
A “fonte” da autoridade do rei era Deus. Fazendo uma comparação do Estado com o Corpo Humano, o rei era a cabeça, à qual competia deliberar e resolver; os demais membros da sociedade formavam o corpo, que devia obedecer e executar as ordens recebidas.

• Hobbes e Bossuet explicam o poder absolutista
O filósofo inglês Thomas Hobbes considerava que, nas sociedades primitivas, “o homem era o lobo do próprio homem”, isto é, cada um lutava pela sobrevivência olhando apenas para seus interesses individuais. Essa situação, segundo ele, justificava o poder absoluto do governante como condição necessária à paz e ao progresso da sociedade, pois só esse poder, por meio do estabelecimento de um “contrato social” (no qual cada um deveria renunciar à sua liberdade em favor de um governo absoluto), seria capaz de garantir a ordem, a direção e a segurança do convívio social. Para Bossuet, o rei era predestinado por Deus para governar, e seu poder, sendo de origem divina, era absoluto.

REVOLUÇÃO INGLESA

• Dinastia Tudor
A dinastia Tudor governou a Inglaterra de forma absoluta, com o apoio da burguesia e da nobreza rural(gentry), que, nessa época, tinham interesses comuns com a monarquia absolutista (demonstrados pela adoção de algumas medidas por parte da monarquia inglesa): centralização do poder político como garantia da ordem social; uniformização das moedas, do sistema de pesos e medidas e das tarifas para facilitar o comércio; permissão para que os corsários atacassem navios inimigos; e incentivo à expansão marítima e comercial. A Igreja Anglicana, controlada pelo Estado, participava do jogo de interesses, adotando a ética religiosa calvinista que estimulava o trabalho metódico, a eficiência, a poupança e a acumulação de riquezas, princípios mais adequados aos valores burgueses.

• Pretensões dos Stuart
Pretendiam exercer um absolutismo de direito, reconhecido jurídicamente, com o que nem a burguesia nem a gentry concordavam, verificando-se o choque entre o rei e o parlamento (que era dominado por representantes desses dois grupos).

• Monarquia e Igreja no período dos Stuart
O rei, por meio de uma legislação rigorosa, estabeleceu que a Igreja Anglicana deveria valorizar a forma litúrgica católica (que fora mantida) em vez do conteúdo calvinista. A burguesia, descontente, manteve-se fiel aos princípios calvinistas e fundou novas seitas, entre elas a presbiteriana. Os presbiterianos, chamados de puritanos, queriam uma Igreja desligada do poder do Estado.

• Petição de Direitos
Petição de Direitos foi uma medida baixada pelo parlamento inglês, por meio da qual se estabeleciam limites ao poder do rei, que não poderia mais criar impostos, convocar o exército ou mandar prender pessoas sem prévia autorização do parlamento. Após sua decretação, o rei Carlos I reagiu fechando o parlamento e perseguindo os líderes políticos que lhe faziam oposição. Em 1640, o rei viu-se obrigado a convocar o parlamento com o fim de obter recursos financeiros para combater uma revolução escocesa contra seu governo; os parlamentares, uma vez reunidos, adotaram medidas limitando o poder do rei (por exemplo, uma lei que proibia o monarca de dissolver o parlamento, que passaria a ser, obrigatoriamente, convocando pelo menos uma vez em cada três anos). Esses acontecimentos acabaram por desencadear a Revolução Inglesa.

• Etapas principais da Revolução Inglesa

Guerra Civil (1642-1648);
Regime Republicano (1649-1659);
Restauração Monárquica (1660-1688)
Revolução Gloriosa (1688-1689)

• Fim da Guerra Civil Inglesa no Séc. XVII
Terminou com a vitória do Parlamento; o rei Carlos I foi preso e condenado à morte, sendo decapitado em 30 de janeiro de 1649. Oliver Cromwell assumiu o poder e instalou uma república ditatorial – o protetorado -, governando de 1649 a 1658.

• Característica do período republicano
A república de Cromwell foi caracterizada por: formação da Comunidade Britânica, com a unificação em uma só república da Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de Gales; política de favorecimento da marinha inglesa, visando dominar o comércio marítimo, concretizada pela decretação do Ato de Navegação em 1641 (que determinava que o transporte de todas as mercadorias importadas ou exportadas deveria ser feito por navios ingleses); concorrência comercial com a Holanda, acarretando uma guerra entre os dois países (1652-1654), vencida pela Inglaterra, que se tornou a maior potência do mundo; hereditariedade do cargo de Lorde Protetor, assumido por Cromwell em 1653.

• Revolução Gloriosa
A Revolução Gloriosa iniciou-se como reação à tentativa do rei Jaime II, da dinastia Stuart, de restabelecer o absolutismo. O parlamento inglês estabeleceu um acordo com o príncipe holandês Guilherme de Orange (Casado com Maria Stuart, filha de Jaime II), que assumiria o trono desde que respeitasse os poderes do parlamento; o monarca inglês foi derrotado e o príncipe assumiu o trono com o título de Guilherme III, com poderes limitados em vários aspectos.

• A Declaração dos Direitos (1689)
A Declaração dos Direitos estabelecia a limitação dos poderes do rei pelo parlamento, isto é, a superioridade da lei sobre a vontade do rei, pondo fim ao absolutismo.

• O fim do absolutismo
O estabelecimento de relações entre o rei, a burguesia e parte dos senhores rurais (a gentry), o que criou condições para que o capitalismo se desenvolvesse mais cedo, promovendo o avanço das forças burguesas e liberais.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Roteiro de estudo para o teste de História

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º E - NOTURNO
Disciplina: História

Roteiro de estudo

Antigo Regime
1) Como era composta a população na época do Antigo Regime?
2) Como eram as cidades no Antigo Regime?
3) Qual a doutrina econômica predominante nesta fase? Explique o papel do Estado:
4) Cite e comente sobre os estamentos em que se dividia a sociedade do Antigo Regime:
5) Qual a conseqüência principal da divisão em estamentos na sociedade do Antigo Regime?
6) Na época do Antigo Regime, qual o principal meio de acesso de um estamento ao outro?
7) O que é o absolutismo?
8) No absolutismo, de onde vinha o poder e a autoridade do rei?
9) Como Hobbes explicava o absolutismo?
10) Como Bossuet explicava o poder do rei?

Revolução Inglesa
11) Como a dinastia Tudor governou a Inglaterra?
12) Quais eram as pretensões dos Stuart?
13) Como foi a relação do rei com a Igreja no período dos Stuart?
14) O que foi a Petição de Direitos?
15) Quais as conseqüências da Petição de Direitos?
16) Cite a etapas da Revolução Inglesa?
17) Como foi o fim da Guerra Civil Inglesa no séc. XVII?
18) O que foi o protetorado?
19) Cite algumas características do período republicano:
20) O que desencadeou a Revolução Gloriosa?
21) O que estabelecia a Declaração dos Direitos (1689)?
22) O que favoreceu o fim do Absolutismo?

Primeira mensagem para a turma de História

Olá pessoal!
No nosso Blog também tem espaço para os alunos da disciplina História, do 2º E
Segue abaixo o resumo e roteiro de estudo para o teste do dia 17/09/2010

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º E - NOTURNO
Disciplina: História

Antigo Regime e Revolução Inglesa

• Atividades da população rural

Além das pessoas que trabalhavam direto na agricultura e na pecuária, numerosa parcela dessa população era composta de comerciantes e artífices que exerciam os mais variados ofícios, como: ferreiro metalúrgico, carpinteiro, ceramista, armeiro, moleiro, mineiro, seleiro. Havia ainda os trabalhadores das pedreiras, da construção civil, os construtores de carroças e carruagens etc. Muitos eram proprietários ou arrendatários que exploravam o trabalho dos camponeses.

• As cidades no Antigo Regime

As cidades eram, predominantemente, centros de comércio permanente ou temporário (feiras), e considerável parcela de sua população pertencia à burguesia comercial, do pequeno mercador ao grande negociante que comercializava com diferentes regiões do mundo; por esses motivos, em geral, nas grandes cidades se localizavam portos importantes.

• Estamentos da sociedade do Antigo Regime

A sociedade do Antigo Regime dividia-se em três estamentos (ordens ou estados): clero, nobreza e terceiro estado. Ao clero competia praticar o ofício religioso, para conduzir os fiéis à salvação eterna; a nobreza devia garantir a defesa militar da sociedade; e ao terceiro estado cabia trabalhar para o sustento da sociedade. O clero tinha o direito de ser alimentado e defendido; a nobreza contava com as orações e com o trabalho de outros; e o terceiro estado tinha o direito de receber orações e segurança. O clero e a nobreza formavam o grupo dirigente e detentor dos privilégios: eram dispensados dos trabalhos, não pagavam impostos, eram julgados por tribunais especiais e ocupavam os cargos mais elevados do Estado. O terceiro estado era excluído das decisões políticas, não desfrutava de privilégios e, além de trabalhar, devia pagar tributos.

• Conseqüências da divisão em estamentos

A divisão em estamentos criou uma sociedade caracterizada pela desigualdade entre as pessoas, havendo poucos meios de acesso de um estamento a outro; uma das possibilidades era o ingresso de membros do terceiro estado no clero. A desigualdade estava presente em, praticamente, todos os aspectos da vida cotidiana (vestuário, alimentação, diversas atividades culturais), marcados pelos contrastes entre suntuosidade e fartura dos ricos e simplicidade e carência dos pobres.

• Absolutismo

O absolutismo monárquico resultou do fortalecimento dos governos das monarquias nacionais e significativa a concentração de toda autoridade e poder na figura do rei, que se tornou a fonte suprema dos poderes do Estado.

• O Rei

A “fonte” da autoridade do rei era Deus. Fazendo uma comparação do Estado com o Corpo Humano, o rei era a cabeça, à qual competia deliberar e resolver; os demais membros da sociedade formavam o corpo, que devia obedecer e executar as ordens recebidas.

• Hobbes e Bossuet explicam o poder absolutista

O filósofo inglês Thomas Hobbes considerava que, nas sociedades primitivas, “o homem era o lobo do próprio homem”, isto é, cada um lutava pela sobrevivência olhando apenas para seus interesses individuais. Essa situação, segundo ele, justificava o poder absoluto do governante como condição necessária à paz e ao progresso da sociedade, pois só esse poder, por meio do estabelecimento de um “contrato social” (no qual cada um deveria renunciar à sua liberdade em favor de um governo absoluto), seria capaz de garantir a ordem, a direção e a segurança do convívio social. Para Bossuet, o rei era predestinado por Deus para governar, e seu poder, sendo de origem divina, era absoluto.

REVOLUÇÃO INGLESA

• Dinastia Tudor

A dinastia Tudor governou a Inglaterra de forma absoluta, com o apoio da burguesia e da nobreza rural(gentry), que, nessa época, tinham interesses comuns com a monarquia absolutista (demonstrados pela adoção de algumas medidas por parte da monarquia inglesa): centralização do poder político como garantia da ordem social; uniformização das moedas, do sistema de pesos e medidas e das tarifas para facilitar o comércio; permissão para que os corsários atacassem navios inimigos; e incentivo à expansão marítima e comercial. A Igreja Anglicana, controlada pelo Estado, participava do jogo de interesses, adotando a ética religiosa calvinista que estimulava o trabalho metódico, a eficiência, a poupança e a acumulação de riquezas, princípios mais adequados aos valores burgueses.

• Pretensões dos Stuart

Pretendiam exercer um absolutismo de direito, reconhecido jurídicamente, com o que nem a burguesia nem a gentry concordavam, verificando-se o choque entre o rei e o parlamento (que era dominado por representantes desses dois grupos).

• Monarquia e Igreja no período dos Stuart

O rei, por meio de uma legislação rigorosa, estabeleceu que a Igreja Anglicana deveria valorizar a forma litúrgica católica (que fora mantida) em vez do conteúdo calvinista. A burguesia, descontente, manteve-se fiel aos princípios calvinistas e fundou novas seitas, entre elas a presbiteriana. Os presbiterianos, chamados de puritanos, queriam uma Igreja desligada do poder do Estado.

• Petição de Direitos

Petição de Direitos foi uma medida baixada pelo parlamento inglês, por meio da qual se estabeleciam limites ao poder do rei, que não poderia mais criar impostos, convocar o exército ou mandar prender pessoas sem prévia autorização do parlamento. Após sua decretação, o rei Carlos I reagiu fechando o parlamento e perseguindo os líderes políticos que lhe faziam oposição. Em 1640, o rei viu-se obrigado a convocar o parlamento com o fim de obter recursos financeiros para combater uma revolução escocesa contra seu governo; os parlamentares, uma vez reunidos, adotaram medidas limitando o poder do rei (por exemplo, uma lei que proibia o monarca de dissolver o parlamento, que passaria a ser, obrigatoriamente, convocando pelo menos uma vez em cada três anos). Esses acontecimentos acabaram por desencadear a Revolução Inglesa.

• Etapas principais da Revolução Inglesa

Guerra Civil (1642-1648);
Regime Republicano (1649-1659);
Restauração Monárquica (1660-1688)
Revolução Gloriosa (1688-1689)

• Fim da Guerra Civil Inglesa no Séc. XVII

Terminou com a vitória do Parlamento; o rei Carlos I foi preso e condenado à morte, sendo decapitado em 30 de janeiro de 1649. Oliver Cromwell assumiu o poder e instalou uma república ditatorial – o protetorado -, governando de 1649 a 1658.

• Característica do período republicano

A república de Cromwell foi caracterizada por: formação da Comunidade Britânica, com a unificação em uma só república da Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de Gales; política de favorecimento da marinha inglesa, visando dominar o comércio marítimo, concretizada pela decretação do Ato de Navegação em 1641 (que determinava que o transporte de todas as mercadorias importadas ou exportadas deveria ser feito por navios ingleses); concorrência comercial com a Holanda, acarretando uma guerra entre os dois países (1652-1654), vencida pela Inglaterra, que se tornou a maior potência do mundo; hereditariedade do cargo de Lorde Protetor, assumido por Cromwell em 1653.

• Revolução Gloriosa

A Revolução Gloriosa iniciou-se como reação à tentativa do rei Jaime II, da dinastia Stuart, de restabelecer o absolutismo. O parlamento inglês estabeleceu um acordo com o príncipe holandês Guilherme de Orange (Casado com Maria Stuart, filha de Jaime II), que assumiria o trono desde que respeitasse os poderes do parlamento; o monarca inglês foi derrotado e o príncipe assumiu o trono com o título de Guilherme III, com poderes limitados em vários aspectos.

• A Declaração dos Direitos (1689)

A Declaração dos Direitos estabelecia a limitação dos poderes do rei pelo parlamento, isto é, a superioridade da lei sobre a vontade do rei, pondo fim ao absolutismo.

• O fim do absolutismo

O estabelecimento de relações entre o rei, a burguesia e parte dos senhores rurais (a gentry), o que criou condições para que o capitalismo se desenvolvesse mais cedo, promovendo o avanço das forças burguesas e liberais.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Orientações de estudo para a avaliação do 2º bimestre - 2º ano

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça

Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia

Roteiro de estudo para a prova do 2º bimestre
Unidade 3 – Capítulo 4 – Pg. 219 e Unidade 4 – Capítulo 1 – Pg. 248

O Comércio Internacional e A Geografia das Indústrias

Questões:

1) Multilateralismo e Regionalismo, qual o significa destas expressões?
2) Quais as funções da OMC?
3) O que é um Bloco Econômico Regional?
4) Por que existe uma tendência de surgimento dos Blocos Econômicos Regionais?
5) Quais os principais tipos de blocos?
6) O que é uma união aduaneira?
7) O que é uma zona de livre comércio?
8) O que é um mercado comum?
9) O que é uma união econômica e monetária?
10) Qual o objetivo inicial da União Européia?
11) Quais os principais blocos econômicos que estão se desenvolvendo atualmente?
12) Quais os países que compõem o NAFTA?
13) O Brasil faz parte de algum bloco econômico? Qual ? Como ele se desenvolve?
14) Por que o Brasil não aderiu a ALCA?
15) O que prejudica a formação dos blocos africanos?
16) Qual a definição para Indústria?
17) Para a instalação de uma indústria em um local, ela depende de fatores locacionais. Que fatores são estes?
18) Quais os principais fatores locacionais?
19) Quais os principais tipos de indústrias?

Fonte bibliográfica:
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

Orientações de estudo para a avaliação do 2º bimestre - 1º ano

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia

Roteiro de estudo para a prova do 2º bimestre
Unidade 2 – Capítulo 1 (Pg. 62) e 2 – (Pg. 78)
Estrutura Geológica e As estruturas e as formas de relevo

Questões:

1) Qual a origem da Terra? Como define-se o tempo geológico?
2) Como se formaram as rochas magmáticas?
3) Como se formaram as rochas metamórficas?
4) Como se formaram as rochas sedimentares?
5) Como foram formados o mármore, a ardósia e a gnaise?
6) Cite dois exemplos de rochas sedimentares:
7) Explique a Teoria da Deriva Continental de Weneger:
8) O que ocorre nas regiões de placas divergente, convergentes e conservativas?
9) O que é um terremoto? O que acontece?
10) Qual a importância das Províncias Geológicas?
11) O que é o Relevo?
12) O relevo e o modelado é explicado pela atuação de agentes internos e externos. Quem são os agentes internos (endógenos) e como eles atuam. O que eles provocam?
13) Quem são os agentes externos? Como eles atuam, o que eles provocam?
14) Quais os dois processos externos que alteram a forma do relevo?
15) Qual o conceito de intemperismo?
16) Qual o conceito de erosão?

Fonte bibliográfica:
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

sábado, 12 de junho de 2010

ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO DO 2º BIM

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º e 2º Anos – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia - 2010

ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO DO 2º BIMESTRE
1- CAPA – deverá ser confeccionada igual à do trabalho do 1º bimestre, corrigindo a posição do Tema, Os nomes dos componentes do grupo a Data e o Local,

2- SUMÁRIO – Igual ao trabalho do 2º bimestre.
Obs: O sumário deve ser feito depois que todas as outras partes estão prontas. Só assim saberemos a numeração das páginas. Na frente de cada tema parte, deverá ser colocado o número da página.

3- INTRODUÇÃO – deverá ser feita pelo Diretor de Informática e pelo Tesoureiro. Acessar o site www.google.com.br e solicitar a busca da sinopse do filme. Copiar no mínimo 20 linhas, contendo: resumo do filme, informações técnicas, atores, personagens e outras informações.

4- DESENVOLVIMENTO – Narração do filme de forma detalhada, utilizando os relatórios que foram elaborados nas aulas para a exposição do filme.

5- CONCLUSÃO – cada aluno deverá escrever de 5 a 10 linhas a sua opinião pessoal sobre o filme, fazendo uma análise crítica e relacionando com os conteúdos da disciplina Geografia. A parte de cada aluno equivale a um parágrafo da conclusão do trabalhão.
Obs: Opinião pessoal e do grupo sobre o que entendeu do tema, escrito com as próprias palavras. (mínimo de 20 linhas).

6- RELATÓRIO DO TRABALHO – O Presidente do grupo deverá elaborar o relatório de todas as atividades realizadas pelo grupo, desde a primeira aula de exposição do filme até o último dia antes de entregar o trabalho.
Obs:Escrever tudo que aconteceu durante a realização do trabalho:
Quais as funções de cada um?
Quem é o presidente, vice-presidente, secretário, tesoureiro e auxiliar de informática;
Informar e o que cada um fez no trabalho.
Quais as principais dificuldades encontradas?

7- FONTES BIBLIOGRÁFICAS – Citar o nome do Livro de Geografia de forma correta, de acordo com as normas ensinadas. Também citar o site de onde foi retirada a sinopse.
Obs: Nome dos livros, revistas, jornais, sites e quaisquer outros documentos pesquisados, colocados em ordem alfabética, relacionados de acordo com o nome do autor. Observar o modelo abaixo:
1 – BRENER, Jayme. 1929: a crise mudou o mundo. 3.ed. São Paulo. Ática. 1998.

8- ANEXOS: Juntar todos os rascunhos (Relatórios das aulas, rascunho da introdução, rascunhos da conclusão, rascunho do relatório do Presidente e outros).

9- DISTRIBUIÇÃO DAS TAREFAS
- Introdução – Diretor de Informática e Tesoureiro
- Desenvolvimento – Todos
- Conclusão – Todos
- Relatório do Presidente – Presidente
- Montagem do trabalho (Digitar, escrever, fazer a capa, passar a limpo, organizar as folhas, grampear, etc.) – Secretário e Vice-Presidente.
Obs: Todas as tarefas e etapas do trabalho deverão ser acompanhadas pelo Presidente.
Aqueles componentes que não possuírem uma função específica, deverão auxiliar o Secretário ou o Diretor de Informática.

10 – Data de entrega:
17/06/10 – quinta-feira, para todas as turmas

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Geopolítica e economia do período pós-Segunda Guerra

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia

Geopolítica e economia do período pós-Segunda Guerra

• Guerra Fria

Período de grandes transformações econômicas geopolíticas. Consolidou-se a hegemonia norte-americana no bloco capitalista. Derrota das Forças do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). Houve o enfraquecimento econômico, militar e político do Reino Unido e França. Também aconteceu a expansão do território e área de influência da URSS. Este período iniciou logo após o final da 2ª Guerra Mundial e foi até o final da década de 1980.

• BIRD e FMI

BIRD – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial). Controlado pela potência hegemônica. Inicialmente caberia financiar a reconstrução dos países devastados pela guerra e posteriormente o financiamento à longo prazo de projetos visando ao desenvolvimento dos países membros.

FMI - Fundo Monetário Internacional. Caberá zelar pela estabilidade financeira mundial, inclusive garantindo empréstimos à curto prazo a esses países quando estivessem com dificuldade para fechar seu balanço de pagamentos. Zelaria pela estabilidade nas taxas de câmbio e pela paridade e conversibilidade das moedas dos países membros, sempre tendo o dólar como padrão de referência.

Estes bancos deveriam se encarregar da reconstrução do Bloco Capitalista, garantindo crescimento e evitando novas crises. Mas o que garantiu esses fatores foi o acirramento das tensões da Guerra Fria. Os países beneficiados foram: Reino Unido, França, Alemanha, Japão e Itália).


• Plano Marshall e Doutrina Truman

Doutrina Truman – O Presidente norte americano Harry Truman (1884-1972) em 11/03/1947, sugere concessões de créditos para sustentar governos pro-ocidentais (Grécia e Turquia), com o objetivo geopolítico de contenção do socialismo, criando alianças militares, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para isolar a URSS.

Plano Marshall – Secretário de Estado norte-americano George C. Marshall, idealizou plano de ajuda econômica para acelerar a recuperação dos países da Europa Ocidental, visando consolidar as economias capitalistas, para frear a influência comunista e recuperar mercados para produtos norte-americanos.


• ONU

Foi criada com o objetivo de preservar a paz e a segurança no mundo, além de promover a cooperação internacional para resolver questões econômicas, sociais, culturais e humanitárias. Representantes de 51 países, reunidos na Conferência de San Francisco (Estados Unidos), em 1945, aprovaram uma Carta de Princípios, composta por 111 artigos. O documento deveria orientar as ações da entidade no mundo do pós-guerra. Sediada em Nova York, a ONU substituiu a Liga das Nações, criada após a Primeira Guerra Mundial. Atualmente conta com vários órgãos, dos quais os mais importantes são a Assembléia Geral e o Conselho de Segurança. A Assembléia Geral congrega as delegações dos países-membros (191 em 2003). Faz uma reunião por ano (pode haver, entretanto, sessões de emergência), mas não decide sobre questões de segurança e cooperação internacional, apenas faz recomendações.


• Conflito Leste X Oeste

A Guerra Fria dividiu o mundo em blocos geopolíticos e ideológicos rivais: o bloco ocidental compreendia os países capitalistas alinhados aos Estados Unidos, e o bloco Oriental, os socialista, alinhados a União Soviética. Conflito marcado pelo antagonismo geopolítico-militar e pela propaganda ideológica, já que cada um tentava disseminar seus valores e visões de mundo.


• Conflito Norte X Sul

É de natureza essencialmente econômica. O aspecto socioeconômico é uma das formas utilizadas atualmente para a regionalização do planeta, embora seja uma maneira bastante genérica e simplificadora. Por esse aspecto, divide-se o mundo em países desenvolvidos, designados como países do “Norte”, e subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, os do “Sul”. A oposição “Norte” rico ou desenvolvido e “Sul” pobre ou subdesenvolvido é bastante esquemática. Cada vez mais o “Sul” aparece dentro do próprio “Norte”, em conseqüência do aprofundamento das desigualdades sociais e do aumento da imigração.


• Símbolos da Guerra Fria

- Muro de Berlim
- Pacto de Varsóvia
- Império Soviético – URSS
- OTAN


• Ordem Unipolar

Os países economicamente mais poderosos do mundo atualmente são os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha e a China, com destaque para o primeiro que cresceu ininterruptamente durante a década de 1990, reforçando sua hegemonia. Por isso vivemos num mundo unipolar. Esta tese ganhou força após os ataques de 11 de setembro de 2001, episódio q e levou os Estados Unidos à Guerra no Afeganistão em 2002, com o objetivo de capturar Osama Bin Laden e destruir as bases da Organização AL Qaeda naquele país e em seguida, em 2003, à guerra contra o Iraque para depor Sadan Hussein. Esta última guerra, na realidade uma invasão nos moldes do antigo imperialismo, ocorreu sem a legitimação da ONU, reforçando o unilateralismo norte-americano.


• Migrações em massa “Norte e o Sul”

Fenômeno preocupante por causa de suas dimensões sociais, econômicas, culturais e geopolíticas. Milhões de pessoas a cada ano, estão saindo de seus países em conseqüência de desemprego, dos baixos salários, da fome e da miséria, aliados ao crescimento populacional nos países subdesenvolvidos, as perseguições políticas e violações dos direitos humanos, comuns em muitos países, e as várias guerras que ocorrem no mundo.

O problema é estrutural resultante da desigualdade entre “Norte e o Sul”, a solução seria complexa e exigiria a instauração de uma ordem verdadeiramente nova, na qual fossem criadas condições como oportunidades de trabalho, investimentos em educação, saúde e infra-estrutura – para melhoria da qualidade de vida dos países pobres.


Fonte Bibliográfica

MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume único, 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2009.

Representação gráfica e tecnologias modernas aplicadas a cartografia

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia

Cap. 3 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Cap. 4 - TECNOLOGIAS MODERNAS APLICADAS À CARTOGRAFIA

• Mapa topográfico

Representa o espaço geográfico o mais próximo possível da realidade, dentro das limitações da escala. Utilizam levantamento sistemáticos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística), órgão do Governo Federal e o IGC (Instituto Geográfico e Cartográfico), órgão do Governo de São Paulo. Os mapas topográficos servem de base para os temáticos. Exemplo: Carta de Tremembé (SP) pg. 29.


• Mapa temático

Possui informações sobre determinado fenômeno ou tema do espaço geográfico: aspectos naturais (geologia, relevo, vegetação, clima, etc.) ou sociais (população, agricultura, indústrias, urbanização, etc.) A precisão planimétrica ou altimetria tem menos importância. A quantidade e a qualidade dos temas são mais importantes. Pg.28

• Importância da Cartografia Temática
Facilita a intervenção planejada porque os auxilia a compreender os temas que compõem o espaço geográfico. Esta intervenção num aspecto da realidade interfere em outro.

• Serventia de um gráfico

Estabelece a relação entre as informações da realidade que posem ser quantificadas, expressas em números. Produz no investigador ou no público em geral, uma impressão mais rápida e viva do fenômeno em estudo. Os gráficos falam mais rápido.


• Tipos de gráficos

Linha, colunas, barras, setores, polares

• Requisitos para um gráfico útil

- Simplicidade – não possuir detalhes sem importância, evitando uma análise demorada ou com erros;
- Clareza – possibilitar a interpretação dos valores do fenômeno em estudo;
- Veracidade – expressar a verdade.

• Sistema de Sensoriamento Remoto

É o conjunto de técnicas de captação e registro de imagens a distância por meio de diferentes sensores, como equipamentos fotográficos, scanners de satélites e radares. As imagens obtidas podem revelar muitos dos elementos geográficos da superfície como: florestas, ares de cultivo e cidades, e da atmosfera, como nuvens ou fumaça de incêndios florestais.


• Funcionamento do GPS

GPS – Sistema de Posicionamento Global. Desenvolvido durante a Guerra Fria pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, resultado da Corrida armamentista com a extinta União Soviética para localizar, com precisão, um objeto ou pessoa, bem como a sua velocidade se estiver movimentando;

Utiliza os satélites que cumprem órbitas fixas e estão dispostos de modo que, de qualquer ponto da superfície ou próximo a ela, é possível receber ondas de rádio de pelos 4 deles. O aparelho que recebe as ondas chama-se GPS(receptor). Calcula: coordenadas geográficas em graus, minutos e segundos e altitude.


• SIG

Sistema de Informação Geográfica – Resultado da utilização conjunta de mapas digitais, elaborados com auxílio do GPS e de bancos de dados informatizados. Permitem coletar, armazenar, processar, recuperar, correlacionar e analisar diversas informações, gerando diversos mapas e gráficos. Importante para o planejamento urbano e rural.


• Utilização do SIG

- Planejar a distribuição e calcular os custos dos serviços prestados pela prefeitura no território municipal, como a coleta do lixo;
- Planejar investimentos em obras públicas, como um novo viaduto, um hospital e avaliar seus resultados;
- Facilitar o levantamento de imóveis para cálculos e controle da arrecadação das taxas e impostos, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto Territorial Rural (ITR);
- Melhorar a qualidade sistema de transportes coletivos e do tráfego urbano.
- Cadastrar propriedades, empresas e moradores, com grande número de informações, tornando mais rápidos e eficientes os programas de atendimento.

Fonte Bibliográfica
MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume único, 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2009.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

TAREFA PARA O 2º BIM (1º ANO)

Olá pessoal!
Vamos nos divertir (estudar).
Atenção para as orientações no final da tarefa.
Bom trabalho!

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça

Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia

Tarefa em grupo para o 1º Bim.

Unidade 1 – Capítulo 3 e 4 – Pg. 37

Representação gráfica e Tecnologias modernas aplicadas à cartografia

Questões:

1) Qual a diferença entre mapa topográfico e mapa temático? (Pg. 27)

2) Qual a importância da Cartografia temática? (Pg. 38)

3) Para que serve um gráfico? (Pg 43)

4) Quais os tipos de gráficos mais comuns? (Pg 43)

5) Escreva sobre os requisitos para que um gráfico estatístico seja útil: (Pg. 43)

6) O que é um sistema de sensoriamento remoto? (Pg. 47)

7) Explique com suas palavras como funciona o GPS: (Pg. 50)

8) O que é o SIG? Como funciona? (Pg. 51)

9) Quais as suas principais aplicações? (Pg. 52)


Fonte bibliográfica:
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

Orientações gerais:

- A tarefa deverá ser feita em grupo (mesmos grupos de pesquisa). As questões deverão ser divididas entre os componentes do grupo.

- Cada aluno deverá responder 2 questões em uma folha individualizada. Alguns alunos poderão pegar questões repetidas.

- O presidente de cada grupo, no final do trabalho, reunirá as folhas de cada um e entregará todas juntas.

TAREFA PARA O 2º BIM

Olá pessoal!
Vamos nos divertir (estudar).
Prestem atenção nas orientações gerais no final da tarefa.
Bom trabalho!


Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia

Trabalho em grupo para o 2º Bim.

Unidade 3 – Capítulo 3 – Pg. 200
GEOPOLÍTICA E ECONOMIA DO PERÍODO PÓS-SEGUNDA GUERRA

Questões:

1) O que foi a Guerra Fria? Qual a sua duração? (Pg. 200)

2) O que são o BIRD e o FMI? Qual foi o papel dessas entidades no período pós-guerra? (Pg. 203)

3) Qual é a ligação entre o Plano Marshall e a Doutrina Truman? (Pg. 200)

4) O que foi o conflito LESTE X OESTE? (Pg. 202)

5) O que é o conflito NORTE X SUL? Por que ele apareceu mais nitidamente com o fim da Guerra Fria? (Pg. 215)

6) Quais eram os principais símbolos da ordem mundial do período da Guerra Fria? (Pg 210 e 211)

7) Por que alguns especialistas falam numa ordem unipolar? (Pg. 212)

8) Escreva sobre as migrações em massa que ocorrem devido a desigualdade entre “Norte e o Sul”: (Pg. 216)

Fonte bibliográfica:
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

Orientações gerais:
- A tarefa deverá ser feita em grupo (mesmos grupos de pesquisa). As questões deverão ser divididas entre os componentes do grupo.
- Cada aluno deverá responder 2 questões em uma folha individualizada. Alguns alunos poderão pegar questões repetidas.
- O presidente de cada grupo, no final do trabalho, reunirá as folhas de cada um e entregará todas juntas.

 
Para assistir os vídeos acesse os links:
 
http://www.youtube.com/watch?v=IWV8yy46dLs
 
http://www.youtube.com/watch?v=IyAoWOM_Yug

sexta-feira, 5 de março de 2010

Vídeos utilizados nas aulas

Olá pessoal !
Editei a mensagem sobre o capítulo "Localização e Orientação" colocando os vídeos utilizados nas aulas.
Confiram  e aproveitem para rever a matéria.
Bons Estudos!
Bom divertimento!!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Trabalho para o 1º Bim. O SUBDESENVOLVIMENTO

Olá pessoal!
Como foi prometido, estou adicionando as questões para o trabalho em grupo.
Bons estudos!

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia

Trabalho em grupo para o 1º Bim.

Unidade 3 – Capítulo 2 – Pg. 184

O Subdesenvolvimento

Questões:
1) Explique as origens do subdesenvolvimento:

2) Quais as principais características dos países subdesenvolvidos?

3) O subdesenvolvimento é um estágio evolutivo rumo ao desenvolvimento? Explique:

4) Explique as causas internas e externas do subdesenvolvimento?

5) Qual a relação entre a renda per capita e os indicadores sociais de uma população?

6) Em relação a distribuição de renda faça uma comparação entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos:

7) Defina e explique o I.D.H:

8) Qual a relação da política com o subdesenvolvimento?

9) Por que nos países subdesenvolvidos acontecem muitas guerras civis?

10)Qual a diferença entre a nova divisão internacional do trabalho e as divisões anteriores?


Fonte bibliográfica:

- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.


Nome do Grupo:

E-mail do grupo:

Integrantes:              Nome:                   E-mail:

Presidente:
Vice-Presidente:
Secretário:
Tesoureiro:
Dir.de Informática:

Trabalho para o 1º Bim. OS MAPAS

Olá pessoal!
Como foi prometido, estou adicionando as questões para o trabalho em grupo.
Bons estudos!

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia

Trabalho em grupo para o 1º Bim.
Unidade 1 – Capítulo 2 – Pg. 25
Os mapas
Questões:
1) Qual a diferença entre mapa, carta e planta?

2) Como podem ser classificados os mapas? Fale sobre cada uma das classificações?

3) O que contém uma carta topográfica?

4) Explique o que é uma escala:

5) O que é uma projeção cartográfica?

6) Como podem ser classificadas as projeções e quais categorias?

7) O que acontece numa projeção “conforme”?

8) O que acontece numa projeção “equivalente”?

9) O que acontece numa projeção “eqüidistante”?

10) Qual o tipo de projeção mais utilizada nos atlas escolares? Quais as suas características?


Fonte bibliográfica:

- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.


Nome do Grupo:
E-mail do grupo:

Integrantes:               Nome:                      E-mail:                       
Presidente:
Vice-Presidente:
Secretário:
Tesoureiro:
Dir.de Informática:

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

GEOGRAFIA E ESPAÇO GEOGRÁFICO - CONCEITOS INICIAIS



Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio - Matutino e Vespertino
Disciplina: Geografia - 2014

Geografia e espaço geográfico

• O que é Geografia ?
• Conceito
- É uma ciência que tem como objeto de estudo o espaço geográfico que constitui o palco das realizações humanas.
- Teve o seu início paralelo a evolução do homem.
- Como ciência foi reconhecida pelos filósofos gregos, Pitágoras e Aristóteles que já percebiam a forma esférica da terra.

* Precursor da Geografia
- Alexander von Humbold - Geógrafo naturalista e explorador alemão

• Vários significados:
- Geo – terra
- Grafia – descrição
Todos elementos da superfície
* atmosfera
* hidrosfera = biosfera
* litosfera

• Fases do estudo da Geografia
- Elementos naturais;
- União dos aspectos físicos com os sociais (ação do homem);
- Estudo sistemático das sociedades
    - organização econômica e social;
    - distribuição da população pelo mundo e pelos países;
    - culturas;
    - problemas ambientais gerados pela produção humana;
    - Conhecimento de recursos úteis para atividades produtivas (indústria e agropecuária).

• Especialidades da Geografia
- Geografia física – características naturais
   clima, vegetação, hidrografia, relevo e os impactos causados pela exploração;
- Geografia humana – dinâmica populacional e suas particularidades;
- Geografia econômica – relações econômicas e seus fluxos;
- Geografia cultural – identidade cultural das pessoas e dos lugares;
- Geografia política – relações de poder e seus resultados;
- Geografia médica – mapeamento e distribuição das doenças no espaço geográfico.

• Por que estudar Geografia?
- Para melhor compreensão do nosso mundo;
- Para entender melhor o local onde moramos:
   cidade
   área rural
   nosso país
   outros países

• As modificações produzidas hoje, são mais intensas do que no passado devido aos transportes e os meios de comunicação;

• Um mundo cada vez mais unitário;
-”Uma única sociedade humana”
    desigualdades e diversidades

• Os “mundos” cederam lugar ao espaço global;

• Hoje não existe nenhum país que não dependa do outro;

• Um acontecimento importante provoca repercussões em todo globo;

• Ser cidadão pleno equivale a estar integrado criticamente na sociedade, participando ativamente das transformações;

• Geografia, portanto, é o instrumento indispensável para a reflexão (base de nossa atuação no mundo)

• Espaço Geográfico
- Palco das realizações humanas;
- Elementos:
   Indústria, cidades, agricultura;
   Rios, solos, climas;
   População e própria humanidade.
- Não apenas o local de moradia, mas principalmente a realidade construída pelo ser humano.

• Tudo neste espaço depende:
   ser humano
   natureza = fonte
  - água  = usinas
  - madeira  = carvão, móveis, etc;
  - petróleo  =  plástico, combustíveis, etc.
  - ferro  = peças, ferramentas, etc.

• Técnicas e tecnologias
-Técnicas = conhecimentos, instrumentos e habilidades usados para atingir um objetivo (cultivo do milho, escrita)
- Tecnologia = aplicação de conhecimentos científicos para produção de objetos úteis (siderurgia, ferrovias, geração de imagens de televisão etc.)

• Paisagens
- É tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança;
- Ela não pode ser destruída, mas pode ser modificada
-Pode ser:

= Paisagens naturais – combinação de elementos naturais onde ocorrem mudanças lentas, quase imperceptíveis. Não existem para a execução de um objetivo.

= Paisagens humanas – revelam a intervenção das sociedades sobre a superfície terrestre. São meios para a realização de determinados objetivos.

• Lugar
- A palavra “paisagem”, originou-se da palavra “país”, que na época feudal significava “terra natal” (área habitada por pessoas ligadas por vínculos tradicionais).
- Hoje o termo lugar designa isso que no passado denominava país;
- Lugar então, é o espaço de vivência de um grupo humano. É um ambiente conhecido praticamente por seus habitantes, que o utilizam em suas atividades cotidianas. É carregado de afetividade, evocam memórias pessoais.

• Fontes
- Magnoli, Demétrio, Regina Araújo – Geografia: a construção do mundo: Geografia geral e do Brasil; comunicação cartográfica Marcello Martinelli. – 1.ed. – São Paulo: Moderna, 2005;
- www.brasilescola.com/geografia/conceitos-geografia;
-profclodoaldo.blogspot.com/2008/06/por-que-estudar-geografia