quarta-feira, 6 de abril de 2016

REGIONALIZAÇÃO PELO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO - 9º ANO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     9º Ano – Ensino Fundamental
Disciplina: Geografia

Regionalização pelo nível de desenvolvimento

·         Levando em consideração critérios econômicos e também o grau de influência das nações no sistema econômico mundial, podemos regionalizar o mundo em países desenvolvidos, subdesenvolvidos e subdesenvolvidos industrializados.

  • Países desenvolvidos
Os países desenvolvidos, na maioria das vezes, detêm os maiores valores do PIB. Porém, não é apenas o PIB que define o desenvolvimento de um país. O PIB per capita nos países desenvolvidos é mais alto, possibilitando um padrão de vida e níveis  de consumo maiores do que os de outros países no mundo.
Qualidade de vidaNos países desenvolvidos, a parcela da população pobre é reduzida. A maior parte da população pertence à classe média e tem elevado padrão de vida (acesso às necessidades básicas, como educação, moradia, saneamento básico, saúde, bons salários etc.) e de consumo.
Há também uma classe constituída por pessoas com altíssimo poder aquisitivo, mas a distribuição de renda nos países desenvolvidos não é tão desigual quanto em países como o Brasil.
Índice GINImede o grau de desigualdade (...) segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detêm toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula).”
CidadaniaDe modo geral, a população tem elevado grau de escolaridade nos países desenvolvidos. O maior nível de educação escolar torna os cidadãos mais conscientes de seus direitos e mais participantes nas esferas da vida política, no governo e na sociedade.
Dominação econômica e tecnológicamuitos dos países desenvolvidos foram os primeiros a se industrializar. Eles sediam empresas transnacionais e efetuam investimentos pesados em pesquisas científicas nos diversos setores da economia. O investimento em pesquisa proporciona o avanço das tecnologias usadas para aprimorar os processos de produção e também gera retorno financeiro.

  • Os países subdesenvolvidos
Em sua maioria, os atuais países subdesenvolvidos foram colônias de exploração dominadas pelas metrópoles europeias, que enriqueceram com a exploração de madeiras, de minérios (principalmente ouro, prata e pedras preciosas) e de produtos agrícolas.
A indústria e a dominação colonial – com a Revolução Industrial, os países produtores de bens industrializados necessitavam de novos mercados. Com isso impuseram seus produtos às colônias e compravam delas matérias-primas a preços muito baixos. Aumentando, assim, os lucros das metrópoles e pobreza das colônias.
Neocolonialismo – A partir do século XVIII, iniciou-se o processo de independência das colônias americanas. A subordinação política deu lugar, então, à subordinação econômica. Os europeus, então, lançaram-se sobre os continentes africano e asiático. Iniciou-se um novo processo de colonização chamado neocolonialismo. As colônias africanas e asiáticas só ficaram independentes na segunda metade do século XX.
O subdesenvolvimento, portanto, teve suas origens na expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI e aprofundou-se com a segunda Revolução Industrial, no século XIX.
  • Características dos países subdesenvolvidos
Ø     Má distribuição de renda;
Ø Dependência econômica, política, tecnológica e até mesmo cultural;
Ø Economia primário-exportadora (países pouco industrializados exportadores de matérias-primas);
Ø Os setores primário (agricultura, pecuária e extrativismo) e terciário (comércio e serviços) da economia e o mercado informal absorvem a maior parte da população empregada;
Ø Altos índices de analfabetismo, de mortalidade e de natalidade;
Ø Ingestão de calorias diárias abaixo do mínimo recomendado;
Ø Alto índice de pessoas vivendo em submoradias (favelas);
Ø Grave endividamento externo;
Ø Proliferação de grandes centros urbanos sem infraestrutura.
Qualidade de vida – As populações dos países subdesenvolvidos têm, em geral, padrões de vida e de consumo muito inferiores ao dos países desenvolvidos.
Desigualdades sociais e concentração de renda – Nos países subdesenvolvidos, a maioria da população é constituída por pessoas de baixa renda e as camadas médias têm reduzida expressão numérica. Os ricos formam uma minoria que detém a maior parte da riqueza gerada no território nacional. Isso significa que são países marcados pela grande concentração de renda e pela enorme desigualdade social. Um dos países mais desiguais e com maior concentração de renda do mundo é o Brasil.
  • Os países subdesenvolvidos industrializados
Os países subdesenvolvidos industrializados ou em desenvolvimento são países pobres que dispõem de algumas indústrias ou estão em fase de industrialização. Tiveram um crescimento econômico e social, maior que o dos demais países subdesenvolvidos e são capazes de atrair investimentos internacionais em razão das vantagens competitivas que oferecem, como mão de obra e recursos naturais baratos, incentivos fiscais, ausência de legislação ambiental rigorosa etc.
China, Índia, México, Argentina, Brasil, África do Sul, Cingapura, Tailândia, Filipinas e Malásia são exemplos de países subdesenvolvidos industrializados, também chamados de emergentes. Contudo, apesar do crescimento econômico verificado, principalmente, nas últimas décadas do século XX e no início do século XXI, esses países não conseguiram solucionar problemas característicos de nações pobres.
Dependência tecnológica – embora possam ter uma significativa produção industrial, os países emergentes dependem da tecnologia dos países desenvolvidos. A falta de investimentos em pesquisas e educação e no desenvolvimento social e cultural da população caracteriza-os como compradores de tecnologia e conhecimento.
Quanto à tecnologia, é possível identificar três categorias de países:
Ø   Desenvolvidos, que produzem e vendem tecnologia;
Ø   Subdesenvolvidos industrializados, que produzem mercadorias com base em tecnologia importada e fazem alguns investimentos em pesquisa e em desenvolvimento científico e tecnológico, destacando-se em determinados setores;
Ø   Subdesenvolvidos não industrializados, que não dominam o processo de fabricação de bens mais sofisticados do ponto de vista tecnológico e apenas consomem esses produtos.
.A Nova Divisão Internacional do Trabalho –Até o final da Segunda Guerra Mundial, os países desenvolvidos vendiam produtos industrializados pra os subdesenvolvidos e compravam deles matérias-primas. Essas relações eram conhecidas como Divisão Internacional do Trabalho (DIT).
Após o término da guerra, as grandes empesas dos países desenvolvidos precisavam expandir o mercado consumidor e iniciaram um processo de instalação de filiais fabris em alguns países subdesenvolvidos.
Países como Brasil, Índia e outros, que dispunham de matérias-primas e mão de obra baratas, de grande mercado consumidor e fontes de energia, foram escolhidos para abrigar essas empresas. Com isso continuaram a exportar matérias-primas para os países desenvolvidos, mas passaram a exportar também produtos industrializados, geralmente de baixa tecnologia.
Essas novas relações comerciais entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos industrializados passaram a ser conhecidas como Nova Divisão Internacional do Trabalho.

·   Fontes
Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

Projeto Araribá: geografia/ organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela editora Moderna; editor responsável Fernando Carlo Vedovate. – 3. Ed. – São Paulo: Moderna, 2010.

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