domingo, 11 de setembro de 2011

ALEMANHA: A EMERGÊNCIA DE UMA POTÊNCIA


Col. Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2º Ano – Ensino Médio    -   Matutino
Disciplina: Geografia

ALEMANHA: A EMERGÊNCIA DE UMA POTÊNCIA (CAP. 05 -  Pg.297)


·        Arrancada industrial após 1871

A arrancada industrial aconteceu após 1871, porque este ano marca a unificação político-territorial da Alemanha com a constituição do Segundo Reich.
O primeiro Reich(pronuncia-se “raich”), o Sacro Império Romano-Germânico, existiu durante a Idade Média, o Segundo marcou o nas cimento da Alemanha como Estado unificado política e territorialmente e o Terceiro teve início com a ascensão de Hitler em 1933.
A unificação territorial significou também uma unificação econômica. Surgiu um grande mercado consumidor, sem barreiras para a circulação de produtos e capitais, com uma moeda única, uma política econômica válida para o território inteiro, e uma legislação fiscal trabalhista também única. Enfim, a unificação política criou condições econômicas para um grande processo de acumulação de capitais, que antes era dificultado pela fragmentação territorial.
Concluindo, apesar de contar com algumas condições favoráveis, já bastante amadurecidas na metade do século XIX, foi essencialmente o fator geopolítico que retardou a arrancada industrial do país.

·        Poucas colônias

A Alemanha não tinha muitas colônias porque se unificou tardiamente. Assim, enquanto o Reino Unido e a França estavam conquistando territórios, esse país estava ainda empenhado na unificação do seu território. Quando se lançou à conquista de territórios externos, no final do século XIX, o mundo já estava praticamente todo dividido entre as principais potências européias.

·        As duas guerras mundiais

Tanto na primeira quanto na Segunda Guerra, a Alemanha foi o pivô dos conflitos mundiais pelo mesmo motivo. Ambas foram resultado do expansionismo alemão, com base na noção de “espaço vital” formulada por Friedrich Ratzel. Era o Estado militarista alemão empenhado em conquistar os territórios necessários para viabilizar sua expansão capitalista, seu crescimento industrial e seu fortalecimento político.


·        Tratado de Versalhes

Após a Primeira Guerra, os vitoriosos impuseram uma série de sanções à Alemanha através do Tratado de Versalhes: pesadas indenizações, grandes restrições militares e significativas perdas territoriais.


·        Limites territoriais após a 1ª e 2ª Guerras Mundiais

Após a Primeira Guerra, a Alemanha perdeu vastos territórios, como a Alsácia, a Lorena e o Sarre, para a França. Perdeu também territórios para a Polônia, com a criação do corredor polonês, isolando a Prússia Oriental. Além de perder territórios do próprio corpo do país, perdeu as poucas possessões coloniais que possuía. A Segunda Guerra foi, em grande medida, uma revanche às imposições do Tratado de Versalhes, uma tentativa de ampliar a Alemanha que redundou em nova derrota e maiores perdas territoriais. Além disso, a Alemanha, depois de um período de administração interaliada, seria, em 1949, dividida em duas: República Federal da Alemanha-RFA (ocidental) e República Democrática Alemã-RDA (oriental).


·        “Milagre Alemão”

As indústrias, as cidades e praticamente toda a infra-estrutura alemãs foram quase totalmente  arrasadas ao final do conflito. Então, como explicar o fato de esse país ser hoje a terceira economia do planeta?
Após a Segunda Guerra, durante o período da Guerra Fria, recebeu, por conta do Plano Marshall, 1,4 bilhão de dólares do tesouro norte-americano. Esse fato, aliado à entrada do país em organizações supranacionais, como a Comunidade Econômica Européia (CEE), atual União Européia, foi fundamental para a ocorrência do chamado “milagre alemão”, ou seja, da rápida reconstrução econômica do país no pós-guerra.

·        Parque Industrial e fatores locacionais

A maior concentração industrial da Alemanha encontra-se na Renânia, nos vales do Reno e do Ruhr, onde se destacam cidades como Colônia, Düsseldorf, Dortmund, Esse etc. Os principais fatores que explicam essa localização industrial são: facilidade de escoamento da produção pela hidrovia do Reno, que desemboca no porto de Roterdã (Países Baixos); grande disponibilidade de carvão mineral; concentração populacional, constituindo reserva de mão-de-obra e mercado consumidor etc.


·        Reunificação política de 1990

Impossibilitadas de concorrer com a competitiva indústria ocidental, praticamente todos os ramos industriais da ex-RDA quebraram: falências generalizadas, desemprego em massa, crise. O maior símbolo da defasagem tecnológica e da baixa competitividade das indústrias do leste pode ser resumido numa palavra: Trabant (Trabies). Eram pequenos carros fabricados na RDA. Em comparação com os Mercedes-Benz, BMW, Porshe, Audi e Volkswagen, os pequenos carros foram literalmente parar no lixo. Os antigos donos simplesmente os abandonavam nas ruas por causa da tecnologia defasada que eles mesmos fabricavam.
O governo da Alemanha unificada interveio nesse processo, canalizando bilhões de marcos com o objetivo de reconstruir a abalada infra-estrutura do lado oriental, na tentativa, diga-se de passagem bem-sucedida, de atrair investimentos para dinamizar sua economia. O ritmo de crescimento da ex-RDA é bastante rápido, muitos investimentos estão afluindo, as indústrias estão se modernizando, o desemprego está diminuindo. O que um papel fundamental nessa recuperação foram os subsídios do lado rico, os capitais da ex-Alemanha Ocidental.


Fonte Bibliográfica
MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume único, 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.