domingo, 11 de setembro de 2011

BIOMAS E FORMAÇÕES VEGETAIS


Col. Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:   1º Ano – Ensino Médio    -  Matutino
Disciplina: Geografia  -  2011

Capítulo  – Biomas e formações vegetais: Classificação e situação atual (Pg. 136)

  • Biomas

Biomas são sistemas em que solo, clima, relevo, fauna e demais elementos da natureza interagem entre si formando tipos semelhantes de cobertura vegetal, com as florestas tropicais, florestas temperadas, pradarias, desertos e tundras. Em escala planetárias, os biomas são unidades que evidenciam grande homogeneidade  na natureza de seus elementos.

  • Desmatamentos e suas conseqüências

Um dos mais lesivos impactos ambientais é a devastação das floretas, sobretudo as tropicais, as mais ricas em biodiversidade. Essa devastação, ocorre por fatores econômicos (extração de madeira, projetos agropecuários, projetos de mineração, instalação e expansão de garimpos, usinas hidrelétricas e outros).
A principal conseqüência do desmatamento é o comprometimento da biodiversidade, como resultado da diminuição ou, muitas vezes, da extinção de espécies vegetais e animais. Muitas espécies, hoje ainda desconhecidas, podem vir a ser a chave para a cura de doenças e poderão ser usadas na alimentação ou como matérias-primas.

  • Formações vegetais

As formações vegetais são tipos de vegetação facilmente identificáveis, que dominam extensas áreas. É o elemento mais evidente não classificação dos ecossistemas e biomas.
Principais formações vegetais:
Tundra: vegetação rasteira, de ciclo vegetariano curto. Por encontrar-se em regiões subpolares, desenvolve-se apenas durantes os três meses de verão, nos locais onde ocorre o degelo.
Florestas de coníferas: formação florestal típica da zona temperada. Ocorre nas altas latitudes do Hemisfério Norte, em regiões de climas temperados continentais, como Canadá, Suécia, Finlândia e Rússia.
Floresta temperada: diferentemente das coníferas, esta formação florestas caducifólia, típica das zonas climáticas temperadas, é encontrada em latitudes mais baixas e sob maior influência da maritimidade, o que permite a instalação de atividades agropecuárias.
Mediterrânea: desenvolve-se em regiões de clima mediterrâneo, que apresentam verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos. É encontrada em pequenas porções da Califórnia (Estados Unidos), do Chile, da África do Sul e da Austrália.
Formações herbáceas (pradarias): compostas basicamente de gramíneas, são encontradas sobretudo em regiões de clima temperado continental. Desenvolvem-se na Rússia e Ásia Central, nas Grandes Planícies americanas, nos Pampas argentinos, no Uruguai, na região Sul do Brasil e na Grande Bacia Artesiana (Austrália).
Formações de região semi-árida: nessas formações destacam-se as estepes, vegetação herbácea, como as pradarias, porém mas esparsa e ressecadas; no Brasil esta formação equivale à caatinga.
Deserto: bioma cujas espécies vegetais estão adaptadas à escassez de água, situação típica dos climas polares, áridos e semi-áridos. Em regiões de climas áridos e semi-áridos desenvolvem-se os desertos quentes, cujas espécies são xerófilas, destacando-se as cactáceas. Aparecem nos desertos da América, África, Ásia e Oceania, ou seja, em todos os continentes com exceção da Europa.
Floresta estacional e savana: em regiões onde o índice de chuvas é elevado, porém concentrado em poucos meses do ano, podem se formar floresta que perdem totalmente as folhas durante a estação seca, ou podem formar-se as savanas, formação vegetal complexa que apresenta estratos arbóreo, arbustivo e herbáceo. São encontradas em grandes extensões da África, na América do Sul, no México, na Austrália e na Índia. São amplamente utilizadas para a agricultura e pecuária.
Floresta pluvial tropical e subtropical: nas regiões tropicais quentes e úmidas encontramos florestas que se desenvolvem graças aos seus significativos índices pluviométricos. São extremamente heterogêneas, que se localizam em baixas latitudes da América, na África e na Ásia.
Alta montanha: em regiões montanhosas há uma grandes variação altitudinal da vegetação, como nas proximidades do Equador e nas baixas altitudes do sopé da Cordilheira dos Andes.À medida que aumenta a altitude e diminui a temperatura, os solos ficam mais rasos e a vegetação, mais esparsa.

  • Biomas e formações vegetais do Brasil

O Brasil tem várias zonas climáticas, desde equatoriais até subtropicais, e essa diversificação contribui para a formação de diferentes biomas: floresta tropical úmida (Floresta Amazônica e Mata Atlântica), floresta subtropical, o cerrado, a caatinga e os campos, além do pantanal.
Floresta amazônica (floresta pluvial equatorial): é a maior floresta tropical do mundo, totalizando cerca de 40 % das florestas pluviais tropicais do planeta. A floresta Amazônica apresenta três estratos de vegetação: caaigapó ou igapó (área permanentemente alagada ao longo dos rios), vázea (área sujeita a inundações periódicas) e caaetê ou terra firme (área que nunca se inunda).
Mata atlântica (floresta pluvial tropical): originalmente cobria uma área de 1 milhão de km2, estendendo-se ao longo do litoral desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e alargando-se significativamente para o interior em Minas Gerais e São Paulo. É um dos biomas mais importantes para a preservação da biodiversidade brasileira e mundial, mas é também o mais ameaçado.
Mata de araucárias ou Mata dos Pinhais (floresta pluvial subtropical): é uma floresta na qual predomina o pinheiro-do-paraná, ou araucária (Araucária angustifólia), espécie adaptada a climas de temperatura moderadas a baixas no inverno, solos férteis e índice pluviométrico superior a 1000 mm anuais.
Mata dos Cocais: esta formação vegetal se localiza no estado do Maranhão, encravada entre a Floresta Amazônica, o cerrado e a caatinga, caracterizando-se como mata de transição entre formações bastante distintas. É constituída por palmeiras, com grande predominância do babaçu e ocorrência esporádica de carnaúba.
Caatinga: vegetação xerófila, adaptada ao clima semi-árido, na qual predominam arbustos caducifólios e espinhosos; ocorrem também cactáceas, como o xique-xique e o mandacaru, comuns no Sertão.
Cerrado: é constituído por vegetação caducifólia (ou estacional), predominantemente arbustiva, de raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa (que dificulta a perda de água). Duas das espécies mais conhecidas são o pequizeiro e o buriti. É adaptado ao clima tropical típico, com chuvas abundantes no verão e inverno seco, desenvolvendo-se, sobretudo, no Centro-oeste brasileiro.
Pantanal: Há vegetação rasteira, floresta tropical e mesmo vegetação típica do cerrado nas regiões de maior altitude. Portanto, não é uma formação vegetal, mas um complexo que agrupa várias formações e também uma fauna muito rica. Aparece principalmente nos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Campos naturais: formações rasteiras ou herbáceas constituídas por gramíneas que atingem até 60 cm de altura. Os campos mais famosos do Brasil localizam-se no Rio Grande do Sul (Campanha Gaúcha), no Mato Grosso do Sul (os campos de Vacaria).
Vegetação Litorânea: podem ser consideradas formações vegetais litorâneas a restinga e os manguezais. A restinga se desenvolve na areia, com predominância de arbustos e ocorrência de algumas árvores, como chapéu-de-sol, coqueiro e goiabeira. Os manguezais são nichos ecológicos responsáveis pela reprodução de grande número de espécies de peixes, moluscos e crustáceos.

·  Unidades de Conservação

Com a Lei 4771, foi criado o Código Florestas, que estabeleceu normas para o uso das florestas e demais tipos de biomas, fixando percentuais máximos para a retirada da vegetação, diferenciados por região. Foram criadas, então, as Unidades de Conservação.
As Unidades de Conservação são áreas de preservação agrupadas conforme a restrição ao uso. As unidades classificadas como de restrição total são denominadas Unidades de Proteção Integral; aquelas cujo nível de restrição é menor têm uso voltado ao desenvolvimento cultural, educacional e recreacional e são denominadas Unidades de Uso Sustentável.


·  Fonte

- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

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