Colégio Estadual
Deputado Manoel Mendonça
Prof.:
Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2016
Mapas, Escalas e Projeções
·
Mapa, carta e planta – em inglês: tanto mapa quanto a carta, se
relacionam com a parte sólida do terreno, mas o mapa encarrega-se da parte
descoberta, e a carta com a porção submersa. Mapa é o termo mais geral,
enquanto carta é destinada unicamente à representação náutica ou marítima, e
fluvial. Em português, mapa e carta, praticamente, tem tudo em comum. Por causa do
surgimento da aeronáutica, temos também a carta aeronáutica. No Brasil, mapa é
um documento mais simples, enquanto a carta é mais detalhada e complexa. No
caso da Planta, a principal característica é a exigüidade das dimensões. Outra
característica é a ausência de referência à curvatura da Terra. Na carta a
escala tende a ser muito grande e, em conseqüência, aumenta o número de
detalhes. (Ex: planta de um jardim, planta de uma casa, planta urbana)
·
Classificação dos mapas
Topográfico – Representa o espaço geográfico o mais
próximo possível da realidade, dentro das limitações da escala. Utilizam
levantamento sistemáticos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geográfica e
Estatística), órgão do Governo Federal e o IGC (Instituto Geográfico e
Cartográfico), órgão do Governo de São Paulo. Os mapas topográficos servem de
base para os temáticos.
Temáticos – contém informações selecionadas sobre
determinado fenômeno ou tema do espaço geográfico: aspectos naturais (geologia,
relevo, vegetação, clima etc.) ou sociais (população, agricultura, indústrias,
urbanização etc.) Nesses mapas a precisão planimétrica ou altimétrica tem menor
importância; a representação quantitativa e qualitativa dos temas selecionados
é mais relevante.
- Importância da Cartografia Temática
Facilita a intervenção planejada porque os auxilia a
compreender os temas que compõem o espaço geográfico. Esta intervenção num
aspecto da realidade interfere em outro.
Carta topográfica – as variáveis
da superfície da Terra são representadas com detalhes e localização precisa, o
que torna possível identificar a posição planimétrica – fenômenos geográficos
representados no plano, na horizontal: cidades, campos agrícolas etc. – e a
altimétrica – representação vertical, altitude relevo – de qualquer elemento do
espaço geográfico.
Escala – é uma correspondência
entre as dimensões do terreno e as do papel que expressa quanto os elementos
do espaço geográfico foram reduzidos para caberem numa folha de papel ou numa
tela de computador. A escala é considerada pequena quando se
reduzem muito os elementos e grande quando os elementos não são muito reduzidos. As representações em escalas pequenas mostram
áreas muito extensas, com poucos detalhes e são chamadas de mapas; já as
representações em escala grande mostram áreas menores, com maior grau de
detalhamento, e são chamadas de cartas. Representações em escalas
muito grandes e com alto grau de detalhamento são chamadas de plantas.
Projeção cartográfica – é o
resultado de um conjunto de operações que permite representar no plano, por
meio de paralelos e meridianos, os fenômenos que dispostos na superfície de uma
esfera. No entanto, nosso planeta não é uma esfera perfeita, mas uma figura
geométrica denominada geóide (parecida com uma laranja). Este fato gera um
problema insolúvel: qualquer que seja a projeção adotada, sempre haverá algum
tipo de distorção, nas áreas, nas formas ou nas distâncias da superfície
terrestre. Só não haverá distorção perceptível em escalas muito grandes, como é
o caso das plantas, nas quais não é necessário considerar a curvatura da Terra.
·
Classificação
das projeções
As projeções
podem ser classificadas em conformes, equivalentes equidistantes ou afiláticas.
- Conformes
: é aquela na qual os ângulos, no
mapa-múndi ou regional, são idênticos aos do globo. Nesse tipo de projeção, as
formas terrestres (continentes e ilhas) são representadas sem distorção, porém
com alteração de suas áreas. O exemplo mais conhecido desse tipo de projeção é
a de Mercator, cartógrafo e matemático belga. Na navegação, essa
projeção é a mais usada. Isto porque ela é bastante fiel nas distâncias,
especialmente as marítimas, e na navegação as distâncias são mais importantes
que o tamanho relativo das áreas.
- Equivalentes:
é aquela na qual as áreas, no mapa-múndi ou regional, mantém-se
proporcionalmente idênticas às da esfera terrestre, embora os ângulos possam
estar deformados em comparação com a realidade. Nesse tipo de projeção, há
proporcionalidade de áreas em todo o mapa, mas as formas da superfície
terrestre são distorcidas. Um exemplo deste tipo de projeção é o mapa-múndi de
Peters, elaborado pelo historiador alemão Arno Peters. Essa
projeção é mais indicada quando se quer estudar as proporções relativas, como o
tamanho dos continentes ou países, pois as dimensões das áreas não se alteram.
Projeção azimutal equidistante – é aquela na qual, nos mapas-múndi, a representação
das distâncias entre as regiões é precisa. Essa projeção adota como centro um
ponto qualquer do planeta para que seja possível medir a distância entre esse
ponto e qualquer outro lugar. Esse tipos de projeção é utilizado especialmente
para definir rotas aéreas ou marítimas.
Outras projeções – Atualmente,
é comum a utilização de projeções com menores índices de distorção para o
mapeamento do planeta, como a de Robinson, comumente usada nos atlas modernos.
Ela é bastante usada para mostrar o mundo em atlas escolares, pois não distorce
o planeta como as outras projeções.
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Técnicas
de projeção: Cilíndrica, cônica e polar
- Cilíndrica – Envolve-se a Terra num
cilindro, como se existisse uma luz na Terra e essa iluminação se propagasse
para o cilindro, que será desenrolado e colocado sobre uma superfície plana (o
papel).
- Cônica
– repete o processo da projeção cilíndrica, mas, em vez de um cilindro,
existe um cone envolvendo o planeta.
- Polar ou plana
(azimutais) – também repete o esquema, mas coloca um plano no lugar do
cilindro ou do cone.
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Qual
a melhor projeção?
- Todas, de
uma forma ou de outra, apresentam distorções, pois é impossível representar com
exatidão uma realidade esférica numa superfície plana. Portanto, a escolha de
uma delas vai depender da finalidade do mapa: viajar, comparar países, navegar,
conhecer alguns fenômenos da geografia geral (climas, vulcões, etc.) ou algum
aspecto da atividade econômica (agricultura, indústria, etc.)
· Fontes
- MOREIRA, João Carlos, SENE, Eustáquio de. Geografia : volume único – São Paulo: Scipione,
2005.
- VASENTINI, José Willian. Geografia: o mundo em
transição : Ensino Médio: v.1. – São Paulo: Ática, 2010.
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