Col. Est. Dep. Manoel
Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 3° Ano
Disciplina: História -
2016
NOVA ORDEM E GUERRA
FRIA
NOVA
ORDEM
- Divisão da
Alemanha e construção do Muro de Berlim
Depois da derrota na
Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em dois países: República
Federal Alemã (Alemanha Ocidental), com capital em Bonn, sob influência dos
Estados Unidos; e República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), com capital
em Berlim, sob influência soviética. Berlim também acabou sendo dividida em
duas. A parte ocidental da cidade de Berlim, contando com apoio financeiro dos
Estados Unidos, foi rapidamente reconstruída e prosperou economicamente; de
1952 a 1961, cerca de 2,5 milhões de alemães orientais para lá migraram em
busca de melhores condições de vida. Para bloquear esse movimento, o governo da
Alemanha Oriental construiu, na noite de 13 de agosto de 1961, uma imensa
cerca, posteriormente transformada em muro de concreto, reforçado por torres de
vigilância, alambrados e zonas minadas.
- A reunificação
da Alemanha
A divisão da Alemanha
havia sido, desde o início, uma imposição externa, contrariando a vontade da
maioria dos alemães. Quando começaram as mudanças no governo soviético, a
partir de 1985, o regime político da Alemanha Oriental também entrou num rápido
processo de reformas liberalizantes, culminando com a abertura das fronteiras
com a Alemanha Ocidental e a derrubada do Muro de Berlim, em 1989.
Processou-se, então, a reunificação das duas Alemanhas, concluída em 3 de outubro
de 1990, e a constituição de um só país, a República Federal Alemã (RFA).
- A criação da ONU
A ONU (Organização
das Nações Unidas) foi criada com os objetivos de garantir a manutenção da paz
e da segurança internacionais, o desenvolvimento de relações amistosas entre as
nações e o estímulo à cooperação entre os países na busca de soluções para
problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural e humanitário,
promovendo o respeito aos direitos humanos. É estruturada em diversos órgãos,
entre eles: Assembleia Geral, composta
de todas as nações-membros; Conselho de Segurança, composto de 15
países-membros, dos quais cinco são permanentes e têm poder de vetar resoluções
(Estados Unidos, França, Reino Unido, República Popular de China e Rússia); Corte
Internacional de Justiça, órgão encarregado de decidir questões jurídicas
internacionais; e Secretariado, encarregado da administração da própria ONU,
chefiado por um secretário-geral.
GUERRA FRIA
- A expressão
“Guerra Fria”
Foi um período de
graves tensões políticas entre Estados Unidos e União Soviética, que disputavam
áreas de influência em várias regiões do mundo, principalmente nos países do
Terceiro Mundo. A Guerra Fria caracterizou-se pela extrema rivalidade política,
ideológica, militar e econômica entre as duas grandes potências mundiais, cujos
governantes se acusavam mutuamente de pretender dominar o mundo.
A Guerra Fria
estendeu-se de 1947, com a elaboração do Plano Marshal e da Doutrina Truman,
até 1989, com a queda do Muro de Berlim.
·
Plano
Marshall e Doutrina Truman
O
Plano Marshall, idealizado em 1947 pelo então secretário de Estado
norte-americano George C. Marshall, consistiu na canalização de bilhões de
dólares (em torno de U$ 12 bilhões entre 1948 e 1952) aos aliados da Europa
ocidental. Visava recuperar a economia desses países, que fora devastada pela
Segunda Guerra, consolidando a hegemonia norte-americana no bloco ocidental e
garantindo fluxo de produtos e capitais de suas empresas nesses mercados. Além
desse interesse econômico, propriamente dito, o plano converteu-se, ao
consolidar as economias capitalistas, num sustentáculo da doutrina Truman
(presidente norte-americano Henry Truman), que visava conter a expansão da
influência soviética na Europa Ocidental, criando alianças militares, como a
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), para isolá-la.
·
Conflito
Leste X Oeste
O
conflito Leste X Oeste tinha uma forte conotação geopolítica e ideológica
durante a Guerra Fria. Opunha as duas superpotências e seus respectivos
sistemas sociais, econômicos e políticos, definindo as zonas de influência da
União Soviética, socialista com regime de partido único, e dos Estados Unidos,
capitalista com regime democrático.
- Símbolos da ordem mundial do período da
Guerra Fria
A Alemanha dividida, O Muro de Berlim, a
bipolarização militar, muito nítida na Europa separada pela Cortina de Ferro,
com a Otan de um lado e o Pacto de Varsóvia do outro.
- A Otan e o Pacto
de Varsóvia
A Otan foi uma aliança
militar formada pelas forças da Europa Ocidental, sob liderança estadunidense,
em 1949. O governo dos Estados Unidos, financiando economicamente a Europa
Ocidental, estimulou os dirigentes dos países europeus ocidentais a preservar o
capitalismo e a assumir uma política anticomunista; prevendo possível confronto
militar com os soviéticos, instalaram armas nucleares na Europa Ocidental. Em
1955, em resposta à criação da Otan, os governos socialistas da Europa
Oriental, sob liderança da URSS, formaram também uma aliança de ajuda militar
mútua: o Pacto de Varsóvia.
- Guerra Fria e
desenvolvimento tecnológico
O desenvolvimento
tecnológico foi a base de dois instrumentos fundamentais na Guerra Fria: a
corrida armamentista e a corrida espacial. Tanto a produção de armas nucleares
como a de foguetes e de engenhos espaciais mobilizaram pesquisadores, técnicos
e recursos financeiros extraordinários nos Estados Unidos e na União Soviética,
ao longo de todo o período da Guerra Fria. Na década de 1970, os conhecimentos
adquiridos com a corrida espacial foram utilizados, principalmente, no
desenvolvimento dos satélites artificiais, que, nos dias atuais, servem a
diversas finalidades: telecomunicação, meteorologia, observação militar etc.
- A Coréia do
Norte e a Coréia do Sul
No final da Segunda
Guerra Mundial, a Coreia, que de 1910 a 1945 tinha integrado o império Japonês,
foi dividida em duas áreas, controladas por tropas dos Estados Unidos (ao sul)
e da União Soviética (ao norte). O fim dessa divisão se daria por meio de
eleições gerais, que, no entanto, não chegaram a ocorrer, em função de
hostilidades entre o norte e o sul, culminando com a invasão da Coreia do Sul
(capitalista) pela Coreia do Norte (socialista). Os Estados Unidos intervieram
diretamente no conflito para conter a invasão, obrigando os norte-coreanos a
recuar até o território chinês. Tropas chinesas entraram na guerra, apoiando o
exército norte-coreano; a União Soviética também apoiou a Coreia do Norte. Em
1953, foi estabelecido um acordo de paz, restabelecendo o paralelo 38 N como
fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, o mesmo de antes do
conflito. O conflito da Coreia representou um momento de inflexão da Guerra
Fria, a partir do qual o governo dos Estados Unidos resolveu financiar a
recuperação econômicas dos países orientais, como o Japão, bem como os países
do sudeste asiático, que passaram a ser beneficiados pelo Plano Colombo.
- O fim da Guerra
Fria
O fim da Guerra Fria
foi o resultado de uma série de transformações no bloco socialista, iniciadas
na década de 1980, entre elas a adoção de uma política de desarmamento pela
União Soviética. A partir de 1989, com a perestroika e a glasnost, promoveu-se
a abertura política-econômica do Leste Europeu, os governos comunistas foram
derrubados e o comando russo foi abolido. Costumam ser apontados como episódios
paradigmáticos do fim da Guerra Fria a queda do Muro de Berlim (1989), a
reunificação da Alemanha (1990) e o desmembramento da União Soviética (1991).
- O fim da União
Soviética
A derrocada da União
Soviética, levando ao fim da Guerra Fria, costuma ser entendida como uma
vitória do capitalismo, pois consagrou a expansão plena da economia de mercado
sobre o planeta por meio da globalização econômica. Ela significou também que
os Estados Unidos a única hiperpotência do planeta. Em razão disso, as relações
internacionais vêm tendendo ao unilateralismo da potência estadunidense, que
nos fóruns internacionais impõe os interesses de seus grupos dominantes, em
detrimento do interesse de outros países ou até mesmo globais. Por esse motivo,
diversas nações lutam atualmente pela participação de um número maior e mais
diversificado de interlocutores nos processos de decisão sobre questões de
interesse internacional (multilateralismo).
Fonte Bibliográfica:
COTRIM,
Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 3, 2ª ed. São Paulo: Saraiva,
2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.