segunda-feira, 22 de agosto de 2016

NOVA ORDEM E GUERRA FRIA - 3° ANO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    3° Ano 
Disciplina:   História - 2016

NOVA ORDEM E GUERRA FRIA
NOVA ORDEM
  • Divisão da Alemanha e construção do Muro de Berlim
Depois da derrota na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em dois países: República Federal Alemã (Alemanha Ocidental), com capital em Bonn, sob influência dos Estados Unidos; e República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), com capital em Berlim, sob influência soviética. Berlim também acabou sendo dividida em duas. A parte ocidental da cidade de Berlim, contando com apoio financeiro dos Estados Unidos, foi rapidamente reconstruída e prosperou economicamente; de 1952 a 1961, cerca de 2,5 milhões de alemães orientais para lá migraram em busca de melhores condições de vida. Para bloquear esse movimento, o governo da Alemanha Oriental construiu, na noite de 13 de agosto de 1961, uma imensa cerca, posteriormente transformada em muro de concreto, reforçado por torres de vigilância, alambrados e zonas minadas.
  • A reunificação da Alemanha
A divisão da Alemanha havia sido, desde o início, uma imposição externa, contrariando a vontade da maioria dos alemães. Quando começaram as mudanças no governo soviético, a partir de 1985, o regime político da Alemanha Oriental também entrou num rápido processo de reformas liberalizantes, culminando com a abertura das fronteiras com a Alemanha Ocidental e a derrubada do Muro de Berlim, em 1989. Processou-se, então, a reunificação das duas Alemanhas, concluída em 3 de outubro de 1990, e a constituição de um só país, a República Federal Alemã (RFA).
  • A criação da ONU
A ONU (Organização das Nações Unidas) foi criada com os objetivos de garantir a manutenção da paz e da segurança internacionais, o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações e o estímulo à cooperação entre os países na busca de soluções para problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos direitos humanos. É estruturada em diversos órgãos, entre eles:  Assembleia Geral, composta de todas as nações-membros; Conselho de Segurança, composto de 15 países-membros, dos quais cinco são permanentes e têm poder de vetar resoluções (Estados Unidos, França, Reino Unido, República Popular de China e Rússia); Corte Internacional de Justiça, órgão encarregado de decidir questões jurídicas internacionais; e Secretariado, encarregado da administração da própria ONU, chefiado por um secretário-geral.

GUERRA FRIA
  • A expressão “Guerra Fria”
Foi um período de graves tensões políticas entre Estados Unidos e União Soviética, que disputavam áreas de influência em várias regiões do mundo, principalmente nos países do Terceiro Mundo. A Guerra Fria caracterizou-se pela extrema rivalidade política, ideológica, militar e econômica entre as duas grandes potências mundiais, cujos governantes se acusavam mutuamente de pretender dominar o mundo.
A Guerra Fria estendeu-se de 1947, com a elaboração do Plano Marshal e da Doutrina Truman, até 1989, com a queda do Muro de Berlim.
·         Plano Marshall e Doutrina Truman
O Plano Marshall, idealizado em 1947 pelo então secretário de Estado norte-americano George C. Marshall, consistiu na canalização de bilhões de dólares (em torno de U$ 12 bilhões entre 1948 e 1952) aos aliados da Europa ocidental. Visava recuperar a economia desses países, que fora devastada pela Segunda Guerra, consolidando a hegemonia norte-americana no bloco ocidental e garantindo fluxo de produtos e capitais de suas empresas nesses mercados. Além desse interesse econômico, propriamente dito, o plano converteu-se, ao consolidar as economias capitalistas, num sustentáculo da doutrina Truman (presidente norte-americano Henry Truman), que visava conter a expansão da influência soviética na Europa Ocidental, criando alianças militares, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), para isolá-la.

·         Conflito Leste X Oeste
O conflito Leste X Oeste tinha uma forte conotação geopolítica e ideológica durante a Guerra Fria. Opunha as duas superpotências e seus respectivos sistemas sociais, econômicos e políticos, definindo as zonas de influência da União Soviética, socialista com regime de partido único, e dos Estados Unidos, capitalista com regime democrático.
  • Símbolos da ordem mundial do período da Guerra Fria
A Alemanha dividida, O Muro de Berlim, a bipolarização militar, muito nítida na Europa separada pela Cortina de Ferro, com a Otan de um lado e o Pacto de Varsóvia do outro.

  • A Otan e o Pacto de Varsóvia
A Otan foi uma aliança militar formada pelas forças da Europa Ocidental, sob liderança estadunidense, em 1949. O governo dos Estados Unidos, financiando economicamente a Europa Ocidental, estimulou os dirigentes dos países europeus ocidentais a preservar o capitalismo e a assumir uma política anticomunista; prevendo possível confronto militar com os soviéticos, instalaram armas nucleares na Europa Ocidental. Em 1955, em resposta à criação da Otan, os governos socialistas da Europa Oriental, sob liderança da URSS, formaram também uma aliança de ajuda militar mútua: o Pacto de Varsóvia.
  • Guerra Fria e desenvolvimento tecnológico
O desenvolvimento tecnológico foi a base de dois instrumentos fundamentais na Guerra Fria: a corrida armamentista e a corrida espacial. Tanto a produção de armas nucleares como a de foguetes e de engenhos espaciais mobilizaram pesquisadores, técnicos e recursos financeiros extraordinários nos Estados Unidos e na União Soviética, ao longo de todo o período da Guerra Fria. Na década de 1970, os conhecimentos adquiridos com a corrida espacial foram utilizados, principalmente, no desenvolvimento dos satélites artificiais, que, nos dias atuais, servem a diversas finalidades: telecomunicação, meteorologia, observação militar etc.
  • A Coréia do Norte e a Coréia do Sul
No final da Segunda Guerra Mundial, a Coreia, que de 1910 a 1945 tinha integrado o império Japonês, foi dividida em duas áreas, controladas por tropas dos Estados Unidos (ao sul) e da União Soviética (ao norte). O fim dessa divisão se daria por meio de eleições gerais, que, no entanto, não chegaram a ocorrer, em função de hostilidades entre o norte e o sul, culminando com a invasão da Coreia do Sul (capitalista) pela Coreia do Norte (socialista). Os Estados Unidos intervieram diretamente no conflito para conter a invasão, obrigando os norte-coreanos a recuar até o território chinês. Tropas chinesas entraram na guerra, apoiando o exército norte-coreano; a União Soviética também apoiou a Coreia do Norte. Em 1953, foi estabelecido um acordo de paz, restabelecendo o paralelo 38 N como fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, o mesmo de antes do conflito. O conflito da Coreia representou um momento de inflexão da Guerra Fria, a partir do qual o governo dos Estados Unidos resolveu financiar a recuperação econômicas dos países orientais, como o Japão, bem como os países do sudeste asiático, que passaram a ser beneficiados pelo Plano Colombo.
  • O fim da Guerra Fria
O fim da Guerra Fria foi o resultado de uma série de transformações no bloco socialista, iniciadas na década de 1980, entre elas a adoção de uma política de desarmamento pela União Soviética. A partir de 1989, com a perestroika e a glasnost, promoveu-se a abertura política-econômica do Leste Europeu, os governos comunistas foram derrubados e o comando russo foi abolido. Costumam ser apontados como episódios paradigmáticos do fim da Guerra Fria a queda do Muro de Berlim (1989), a reunificação da Alemanha (1990) e o desmembramento da União Soviética (1991).
  • O fim da União Soviética
A derrocada da União Soviética, levando ao fim da Guerra Fria, costuma ser entendida como uma vitória do capitalismo, pois consagrou a expansão plena da economia de mercado sobre o planeta por meio da globalização econômica. Ela significou também que os Estados Unidos a única hiperpotência do planeta. Em razão disso, as relações internacionais vêm tendendo ao unilateralismo da potência estadunidense, que nos fóruns internacionais impõe os interesses de seus grupos dominantes, em detrimento do interesse de outros países ou até mesmo globais. Por esse motivo, diversas nações lutam atualmente pela participação de um número maior e mais diversificado de interlocutores nos processos de decisão sobre questões de interesse internacional (multilateralismo).
Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 3, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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