segunda-feira, 22 de agosto de 2016

REVOLUÇÃO FRANCESA - 2° ANO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     2° Ano
Disciplina:   História

REVOLUÇÃO FRANCESA

  • Movimento em busca de mudanças
A Revolução Francesa foi um movimento ocorrido naquele país, no século XVIII, buscando mudanças no governo para melhorar a situação do 3º estado (povo). Surgiu e foi organizado pela burguesia que fazia parte do 3º estado.

  • Situação da França no final do séc. XVIII
A França no final do século XVIII(1778) era governada pelo rei Luiz XVI, que conduzia o seu governo distante da população, que vivia em plena miséria. Seu palácio ficava em Versalhes (arredores de Paris).
O rei, junto com a nobreza, vivia uma vida de ócio, e dependia dos tributos pagos pela população pobre, gerando profundas desigualdades sociais e políticas.
O clero e a nobreza possuíam privilégios originários do feudalismo (cobrar impostos), já o povo não possuía nenhum direito.
O país enfrentava a dificuldade de mudar a economia agrária (80 % da população vivia na zona rural) para uma economia industrial. Além disso, o governo estava desorganizado provocando o surgimento de leis diferentes em cada província. Para dificultar ainda mais, as contas do rei misturavam-se com as do governo dificultando o controle das despesas oficiais.

  • Causas da Revolução
As principais causas da Revolução foram:
- Falência financeira do governo (gastos com a Guerra de Independência dos Estados Unidos);
- Tratado de comércio com a Inglaterra (1786), favorecia a compra de manufaturas que provocou fechamento de empresas francesas, levando ao desemprego.
- Inverno rigoroso prejudicou as colheitas de 1788 – provocou a escassez de alimentos e alta nos preços.

  • Os três estados
a)    Primeiro estado: constituído pelo clero (120 mil pessoas), dividido em alto clero (bispos, abades e cônegos de famílias da nobreza, com fortuna proveniente do recebimento de dízimos e da renda de imóveis da Igreja) e baixo clero (sacerdotes pobres, geralmente responsáveis pelas paróquias mais carentes, simpatizantes dos ideais revolucionários)

b)    Segundo estado: constituído pela nobreza (350 mil pessoas), dividida em nobreza cortesã (4 mil pessoas que viviam no palácio de Versalhes, recebendo pensões do Estado), nobreza provincial (empobrecida, vivia no interior à custa de direitos feudais cobrados dos camponeses) e nobreza de toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza, cargos políticos e administrativos).

c)    Terceiro estado: 96 % da população (24 milhões de pessoas), de diversos grupos sociais: camponeses (livres, semi-livres e servos feudais), sans-culottes (camada social urbana composta de aprendizes de ofícios assalariados e desempregados marginalizados), pequena burguesia (pequenos comerciantes, artesãos), média burguesia (profissionais liberais – médicos, advogados, professores, comerciantes) e alta burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)

  • Fases da revolução
O processo revolucionário francês, durou cerca de dez anos e foi dividido nas seguintes etapas:
I - Revolta Aristocrática;
II - Assembléia Nacional Constituinte;
III - Monarquia Constitucional;
IV - República e Convenção Nacional;
V - Governo do Diretório.

I - FASE DA REVOLTA ARISTROCRÁTICA
  • Reunião dos três estados
O agravamento da crise forçou o rei a convocar a reunião dos três estados (clero, nobreza e povo) que não acontecia fazia muito tempo.
Nesta reunião o terceiro estado se rebela e se separa para formar a Assembléia Nacional Constituinte. Os outros estados, sem outras opções, são obrigados a se juntarem ao terceiro estado. Era o começo da revolução.


II - FASE DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE
  • Queda da Bastilha
A Bastilha era uma antiga prisão, símbolo do poder absoluto do rei, onde ficavam enclausurados os inimigos políticos da monarquia francesa. O fato de uma multidão de populares parisisienses tê-la tomado, em 14 de julho de 1789, soltando os presos e apoderando-se das armas ali estocadas, significou a queda do poder por ela simbolizado; por esse motivo, para muitos historiadores, ela representa o grande marco da Revolução Francesa.

  • Declaração Universal dos Direitos do Homem
Em 1789, inspirada nos ideais iluministas, foi proclamada a “Declaração Universal dos Direitos do Homem”. Documento de muita importância que reconhecia os direitos individuais. Neste documento ressaltava os ideais da Revolução Francesa que são: LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE.

III - FASE DA MONARQUIA CONSTITUCIONAL
  • Nova Constituição
Em 1791, passou a vigorar, na França, uma nova constituição com a idéia da divisão dos poderes do Estado (Teoria de Montesquieu):
- Executivo – exercido pelo rei que nomeava os ministros;
- Legislativo – Deputados eleitos pelo voto censitário (de acordo com a renda);
- Judiciário – exercido por juízes eleitos.

  • A traição do rei
O rei Luis XVI, não satisfeito com a Revolução, tramou contra o movimento, utilizando alguns membros da nobreza e com ajuda de alguns países (Áustria e Prússia) que abrigavam nobres refugiados.
Por causa desta traição a Assembléia Legislativa, então, suspendeu os poderes do rei.


IV - FASE DA REPÚBLICA E CONVENÇÃO NACIONAL
  • Jacobinos e Girondinos
Os grupos principais que formavam a Assembléia eram:
- Jacobinos – representantes da pequena e da média burguesia, ocupavam o lado esquerdo da sala de reuniões, eram deputados mais radicais e queriam uma república democrática e igualitária. Seus principais componentes eram: Maximilien Robespierre, Georges Danton e Jean-Paul Marat. Eram chamados jacobinos porque suas reuniões eram realizadas em um convento de monges da ordem dos Jacobinos;
- Girondinos – representantes da alta burguesia. Eram deputados da província de Gironda (sul da França). Ocupavam o lado direito da sala de reuniões. Possuíam idéias moderadas e queriam uma república liberal com defesa da propriedade privada;
- Da planície ou centristas – eram deputados indecisos (ficavam em cima do muro). Suas decisões ora acompanhavam um grupo, ora acompanhavam outro.
Neste período os dois partidos mais poderosos da convenção eram os Jacobinos e Girondinos. Sob o comando destes dois partidos a Convenção iniciou uma perseguição aos suspeitos de traição contra a Revolução que culminou com a morte de Luis XVI, decapitado na guilhotina.

  • Robespierre e o Comitê de Salvação Pública
Robespierre fazia parte do partido dos Jacobinos, que era o partido mais forte na Convenção. Após desentendimentos com os Girondinos e os próprios companheiros de partido, constituiu o Comitê de Salvação Pública, tornando seu líder. A frente deste comitê, Robespierre perseguiu e condenou a morte todos os políticos que eram contra o governo, inclusive antigos companheiros, implantando então a ditadura.


V - FASE DO GOVERNO DO DIRETÓRIO
  • Diretório e os Girondinos
Por causa de sua política radical, Robespierre também caiu e morreu na guilhotina. Os girondinos retornaram ao poder e concluíram, em 1795, uma nova constituição (mais moderada).
O governo passou a seu exercido por um diretório que não conseguiu resolver os problemas do país (desorganização da economia, inflação, corrupção e outros).

  • Napoleão Bonaparte
Por causa da crise, a burguesia e o exército incentivaram Napoleão Bonaparte (General de prestígio) a dar um golpe de estado. Este foi chamado o “Golpe do 18 brumário de 1779” (brumário era o nome de um dos meses do ano)
A partir deste momento, os ideais da Revolução Francesa se expandiram por toda a Europa e o mundo.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

COTRIM, Gilberto. História Global - Brasil e Geral: 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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