Colégio Estadual Deputado Manoel
Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de
Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio - Noturno
Disciplina: Geografia - 2014
GEOPOLÍTICA
E ECONOMIA DO PERÍODO PÓS-SEGUNDA GUERRA
- Guerra Fria
Foi um período de forte
tensão e antagonismo entre as superpotências, Estados Unidos e
União Soviética, que, no entanto, restringiu-se ao plano político,
ideológico e diplomático, sem um confronto bélico de fato. A Guerra Fria
estendeu-se de 1947, com a elaboração do Plano Marshal e da Doutrina
Truman, até 1989, com a queda do Muro de Berlim.
- BIR e FMI
O Bird – Banco
Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento -, mais conhecido como Banco
Mundial, teve no pós-guerra o papel de financiador da reconstrução dos países
aliados dos Estados Unidos e, posteriormente, passou a se encarregar de
financiamentos, a longo prazo, de projetos visando ao desenvolvimento dos
países-membros. O FMI – Fundo Monetário Internacional – tinha como objetivo
conceder empréstimos a curto prazo para pagar a dívida externa de
países-membros com problemas. Deveria zelar também pelo bom funcionamento do
sistema financeiro internacional, principalmente pela estabilidade das moedas e
do câmbio.
- Plano Marshall e Doutrina Truman
O Plano Marshall,
idealizado em 1947 pelo então secretário de Estado norte-americano George C.
Marshall, consistiu na canalização de bilhões de dólares (em torno de U$ 12
bilhões entre 1948 e 1952) aos aliados da Europa ocidental. Visava recuperar a
economia desses países, que fora devastada pela Segunda Guerra, consolidando a
hegemonia norte-americana no bloco ocidental e garantindo fluxo de produtos e
capitais de suas empresas nesses mercados. Além desse interesse econômico,
propriamente dito, o plano converteu-se, ao consolidar as economias capitalistas,
num sustentáculo da doutrina Truman (presidente norte-americano Henry Truman),
que visava conter a expansão da influência soviética na Europa Ocidental,
criando alianças militares, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte
(Otan), para isolá-la.
- Conflito Leste X Oeste
O conflito Leste X
Oeste tinha uma forte conotação geopolítica e ideológica durante a Guerra Fria.
Opunha as duas superpotências e seus respectivos sistemas sociais, econômicos e
políticos, definindo as zonas de influência da União Soviética, socialista com
regime de partido único, e dos Estados Unidos, capitalista com regime
democrático.
- Conflito Norte X Sul
O conflito Norte X
Sul caracteriza a oposição entre os países desenvolvidos e os países
subdesenvolvidos, ou também chamados países ricos e países pobres,
respectivamente. No entanto, esse antagonismo é um tanto reducionista, na
medida em que não evidencia a oposição de classe entre ricos e pobres, que
bastante acentuada nos países subdesenvolvidos, mas que também existe (e está
aumentando) nos países desenvolvidos. Com o fim da Guerra Fria e, portanto, do
conflito Leste X Oeste, que era essencialmente geopolítico-ideológico, aflora
de forma clara o conflito Norte X Sul, que é predominantemente de natureza
econômica. Durante a Guerra Fria, esse conflito era mascarado, colocado em
segundo plano por aquele.
- Símbolos da ordem mundial do período da
Guerra Fria
A Alemanha dividida,
O Muro de Berlim, a bipolarização militar, muito nítida na Europa separada pela
Cortina de Ferro, com a Otan de um lado e o Pacto de Varsóvia do outro.
- Características da ordem mundial pós
Guerra Fria
O mundo pós-Guerra
Fria, por muitos chamados de nova ordem mundial, é caracterizado pela
emergência de uma realidade geopolítica na qual impera uma única superpotência,
os Estados Unidos, o que faz alguns defenderem a idéia de que vivemos num mundo
unipolar. Entretanto, com a recuperação do Japão e da Alemanha, com o
crescimento da China e a consolidação da União Européia, outros argumentam que
vivemos num mundo multipolar. O fato, porém, é que com o final da Guerra Fria e
da bipolaridade entre as duas superpotências, o mundo ficou mais instável,
imprevisível e emergiram novos focos de tensão, como é o caso dos conflitos
étnicos e dos ataques terroristas.
- Migrações em massa
As migrações em massa
se constituem um grave problema decorrente da desigualdade entre o “Norte” e o
“Sul”, fenômeno cada vez mais preocupante por causa de suas dimensões sociais,
econômicas, culturais e geopolíticas. Milhões de pessoas, a cada ano, estão
saindo de seus países em consequência do desemprego, dos baixos salários, da
fome e da miséria, aliados ao crescimento populacional nos países
subdesenvolvidos, às perseguições políticas e violações dos direitos humanos,
comuns em muitos países, e às várias guerras que ocorrem no mundo. Essa
multidão de imigrantes, dirige-se sobretudo aos países da OCDE (Organização de
Cooperação e Desenvolvimento Econômico – Clube dos Ricos) como os Europa
Ocidental, Estados Unidos, Japão e os ricos países produtores de petróleo do
Golfo Pérsico.
Fonte Bibliográfica
MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA,
Ensino Médio, volume único, 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2011
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