domingo, 25 de maio de 2014

ESTRUTURA GEOLÓGICA E RELEVO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     1º Ano – Ensino Médio  
Disciplina: Geografia  -  2014

ESTRUTURA GEOLÓGICA E RELEVO

·       Origem da Terra 
A Terra surgiu há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, resultando da agregação de poeira cósmica e do bombardeamento de material rochoso atraídos pela força gravitacional. De sua origem atual, passou por diversas transformações, estudadas a partir da disposição das camadas rochosas e dos fósseis nelas encontrados. Essas camadas representam registros dos acontecimento passados e permitem compreender a evolução do planeta.

Durante sua formação a configuração da crosta terrestre era totalmente diferente da que observamos hoje. Essas transformações continuam acontecendo porque o planeta possui muita energia em seu interior e porque a superfície da crosta terrestre sofre a ação permanente de forças externas, como a chuva ou o vento, e do próprio homem, que constrói cidades, desmata, refloresta, extrai minérios, faz aterros, represa, desvia rios etc.


·       Tempo geológico
É uma escala de tempo usada para medir a história geológica da Terra. Como o surgimento da Terra ocorreu a vários bilhões de anos, ou seja, um intervalo de tempo muito grande,  para facilitar o estudo, usamos o tempo geológico que é medido em milhões de anos. 

  • Tipos de rochas
Há cerca de 3,8 bilhões de anos, a matéria incandescente que estava à superfície da Terra começou a esfriar e a se solidificar, formando a crosta terrestre dando origem as primeiras rochas, chamadas magmáticas ou ígneas, como o granito (rocha magmática intrusiva) e o basalto (rocha magmática extrusiva).
A pressão e a temperatura muito elevadas, os fortes atritos, ou a combinação química de dois ou mais minerais provocam alteração na estrutura molecular das rochas já formadas, o que dá origem às rochas metamórficas, como o mármore, a ardósia e o gnaisse.
Ao longo de milhões de anos, as partículas de rocha e solos erodidos, transportadas pelo vento e pelas águas, foram depositadas em depressões, formando grandes depósitos de sedimentos. Nesses depósitos formaram-se lagos e oceanos, e a compactação física e química das partículas dos sedimentos deram origem às rochas sedimentares, como o arenito e o calcário.

  • Teoria da Deriva Continental de Weneger e Tectônica de placas de Harry Hess
 A litosfera é composta de vários pedaços ou placas, tanto nos continentes quanto no fundo dos oceanos. Essas porções da crosta terrestre são chamadas de placas tectônicas (Teoria Tectônicas de placas). 

A análise dessas placas mostrou que elas se deslocam constante e lentamente. É um deslocamento quase imperceptível, conhecido como deriva dos continentes ou deriva continental (Teoria da Deriva Continental).

Depois de descobrir esse deslocamento das placas que forma a litosfera, os cientistas concluíram que há milhões de anos existiu um único e imenso continente na superfície  da Terra e não seis, como conhecemos hoje: Ásia, África, Europa, América, Oceania e Antártida.
Com o tempo, esse supercontinente, denominado Pangeia, foi se rompendo, e pedaços de terras emersas foram se distanciando uns dos outros. Um movimento produzido pelas forças internas da Terra teria provocado esse distanciamento. Assim, cada grande porção de terras emersas deu origem a um continente. O movimento começou há aproximadamente 200 milhões de anos e continua até hoje.

  • Consequências dos movimentos das placas
Nas regiões de placas divergentes há um processo de afastamento (expansão) entre as placas tectônicas. O magma aflora em grande volume formando uma cadeia montanhosa chamada dorsal. É o caso das placas Sul-americana e Africana, cujo contato se dá no meio do Oceano Atlântico, formando a Dorsal Atlântica – como nas cordilheiras meso-oceânicas.

Nas zonas de placas convergentes, o contato entre as placas pode ser de diversos tipos. Entre placas continentais e oceânicas, a oceânica (mais densa) “mergulha” sob a continental (menos densa e mais espessa), afunda-se na astenosfera e entra em fusão (subdução), dando origem às fossas abssais. A placa continental se dobra e soergue em grandes cordilheiras, com a dos Andes, na porção oeste do continente americano. Se a colisão se dá na parte continental da crosta, os trechos em colisão se deformam e se enrugam, dando origem às cordilheiras montanhosas continentais. É o que ocorre entre as placas Indo-Australiana e Euro-Asiática, cuja colisão formou a cordilheira do Himalaia.


Nas regiões de encontro de placas conservativas, as placas deslizam lateralmente entre si, como fazem a placa Norte-americana e a do Pacífico, não ocorre destruição nem formação de crosta. Não produzem grandes alterações de relevo, mas provocam terremotos.


  • Terremoto

  • Com o lento movimento das placas litosféricas, da ordem de alguns centímetros por ano, tensões vão se acumulando em vários pontos, principalmente perto de suas bordas. As tensões acumuladas podem ser compressivas ou distensivas, dependendo da direção de movimentação relativa entre as placas. Quando essas tensões atingem o limite de resistência das rochas, ocorre uma ruptura; o movimento repentino entre os blocos de cada lado da ruptura gera vibrações que propagam em todas as direções.


    ·       As províncias geológicas
    São regiões com a mesma origem e formação geológicas. Podem ser classificadas em três grupos: escudos cristalinos, dobramentos modernos e bacias sedimentares.
    Os escudos cristalinos constituem a formação mais antiga da crosta terrestre. Nos mais antigos (arqueanos) estão os minerais não-metálicos (granito, ardósia etc.) Nos mais recentes Proterozóicos e os do início da era Paleozóica) estão os metálicos (ferro, manganês, ouro, cobre etc.), por isso os escudos mais recentes são bastante explorados economicamente.
    Dobramentos modernos ou dobramentos terciários – são grandes cadeias orogênicas, formadas em consequência da movimentação das placas no início do período Terciário. Nessas cadeias como a Cordilheira dos Andes, a do Himalaia, as Cadeias Rochosas e aa Cadeia dos Alpes, no terreno soerguido pelo movimento das placas pode conter vários tipos de minerais metálicos e não metálicos.
    As bacias sedimentares são depressões do relevo preenchidas por fragmentos minerais de rochas erodidas e por sedimentos orgânicos; estes últimos ao longo do tempo geológico podem transformar em combustíveis fósseis como o carvão mineral e o petróleo.

    ·       Relevo
    É uma grande diversidade de desnivelamentos, ou seja, diferentes altitudes – desde terrenos planos até pequenas formas com poucos metros de altura ou enormes cadeias de dobramentos. No decorrer do tempo ele vai sofrendo uma série de processos que o vão modelando continuamente. O relevo e o modelado da superfície terrestre, estudados pela geomorfologia, podem ser explicado pela atuação de agentes internos e externos à crosta terrestre
    Os agentes internos, também chamados endógenos, são aqueles impulsionados pela energia contida no interior do planeta – as forças tectônicas, ou tectonismo, que movimentam as placas e provocam dobramentos, terremotos e vulcanismo. Esses fenômenos deram origem às grandes estruturas existentes na superfície terrestre – as cadeias orogênicas, os escudos cristalinos e as bacias sedimentares – e continuam a atuar em sua transformação. É sobre essas grandes estruturas que os agentes externos, ou exógenos – temperatura, vento, chuvas, rios, oceanos, geleiras, microrganismos, cobertura vegetal, o homem e outros -, vão atuar, transformando as rochas e dando a elas o aspecto que apresentam atualmente

    ·       Intemperismo e erosão
    Denominamos intemperismo o processo de desagregação (intemperismo físico) e decomposição (intemperismo químico) sofrido pelas rochas. O principal fator de intemperismo físico é a variação de temperatura, que provoca a dilatação e contração das rochas, fragmentando-as. Outro exemplo é o congelamento de água nas fissuras das rochas, fato comum em regiões polares e de altitudes elevadas – ao congelar, a água dilata as fissuras das rochas e provoca sua fragmentação. Já o intemperismo químico resulta sobretudo da ação da água sobre as rochas – semelhantes à um solvente, provocando a decomposição das rochas.
    O material intemperizado, ou seja, os fragmentos de rocha decomposta e o solo, está sujeito a erosão. Nesse processo, as águas e o vento desgastam a camada superficial de solos e rochas, removendo substâncias que são transportadas para outro local, onde se depositam ou se sedimentam. O material removido provoca alterações no modelado do relevo – por exemplo, aplainamento e rebaixamento, mudança na forma das encostas e alargamento das margens de um rio.
    ·   Fontes
    - Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

    - Vasentini, José Villian – Georafia: O mundo em transição – Ensino Médio – São Paulo: Ática, 2010.



    Nenhum comentário:

    Postar um comentário

    Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.