Col. Estadual Deputado
Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2014
CHINA – “A ECONOMIA
SOCIALISTA DE MERCADO"
· *
China Comunista e China Nacionalista
Após a Revolução Chinesa de 1949, com a vitória
dos comunistas, sob a liderança de Mao Tse-Tung, implantou-se na China um
regime muito parecido com o da então União Soviética, superpotência que apoiou
o movimento no início. Como resultado, surgiu a República Popular da China,
também conhecida como China Comunista. Politicamente, estruturou-se uma
ditadura de partido único, com poder centralizado em Pequim. As atividades
econômicas foram quase totalmente estatizadas e planificadas.
Derrotados pelos
comunistas, os nacionalistas, sob a liderança de Chiang Kai-shek e sob a
proteção norte-americana, refugiaram-se em Formosa, fundando a República da
China ou China Nacionalista, também conhecida como Taiwan. Sob a
ditadura militar do Kuomintang,
organizou-se na ilha uma das economias capitalistas mais dinâmicas da região,
pois Taiwan é um dos Tigres Asiáticos.
· *
O processo de abertura econômica
Com a morte de Mao
Tse-tung, em 1979, Deng Xiaoping foi indicado para substituí-lo como
secretário-geral do PCC, passando a ser o homem forte do regime. A partir de
1978, Deng deu início a um processo de abertura econômica que se aprofundou a
partir de 1982, com a criação das primeiras zonas econômicas especiais.
· *
Uma economia socialista de mercado
“Economia socialista de
mercado” é o nome dado pelos líderes chineses a um sistema que tenta
compatibilizar uma economia cada vez mais aberta aos investimentos estrangeiros
e que, por isso, tem de conviver com a iniciativa privada e mesmo com a
propriedade privada, mas que continua, porém, sob o controle do Estado.
· As
zonas econômicas especiais
As zonas econômicas
especiais são porções do território chinês localizadas nas províncias
litorâneas, onde os capitais privados têm grande liberdade de atuação. Essas
zonas oferecem muitas vantagens ao capital estrangeiro, que aflui em grande
quantidade com o objetivo de auferir altos lucros. São as regiões mais
dinâmicas da economia chinesa e produzem basicamente bens de consumo para
exportação.
· *
Crescimento da economia e consequências
A china é a economia que
mais cresce no mundo, devido às grandes vantagens que oferece aos capitais
estrangeiros, notadamente nas zonas econômicas especiais. Os custos de produção
são muitos baixos no país, portanto os lucros são muito altos, devido à enorme
disponibilidade de mão-de-obra muito barata, relativamente qualificada e
disciplinada; aos incentivos fiscais concedidos pelo regime; às facilidades
concedidas aos exportadores; à boa infra-estrutura; ao baixo custo da terra, da
energia, das matérias-primas, entre outros fatores.
Enquanto a China como um
todo tem crescido a uma média de quase 10% ao ano desde o início da década de
80, as zonas econômicas especiais tem apresentado taxas maiores de crescimento.
Guangdong, por exemplo, apresentou uma taxa média de crescimento de 12,5% desde
1980.
Esse enorme crescimento
aumentou consideravelmente a participação chinesa no comércio mundial, bem como
a riqueza nacional, mas também trouxe problemas. Aprofundou-se a desigualdade
social e regional, estimulando a migração interna em direção às regiões mais
dinâmicas, aumentando o desemprego e colaborando para manter os salários em
níveis muito baixos, aumento dos impactos ambientais, com consequências graves
para a saúde da população do país (algumas das cidades mais poluídas do mundo
estão na China).
Fonte Bibliográfica
MOREIRA, Carlos João, SENE,
Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume dois, 2ª ed. São Paulo: Scipione,
2014.
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