quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O RENASCIMENTO CULTURAL

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2014

O RENASCIMENTO CULTURAL

·        Uma nova visão de mundo
As principais mudanças introduzidas na maneira de perceber as coisas nas sociedades europeias do início da Idade Moderna, principalmente entre os intelectuais foram: A procura de explicações racionais ou racionalismo (em vez da exaltação da fé religiosa, das verdades reveladas), o individualismo (em vez da visão coletiva das pessoas, como mundo cristão) e o antropocentrismo (ser humano como centro) em vez do teocentrismo (“mundo de Deus” – ele é o centro do universo, nada mais é maior que ele) medieval.

·        O Humanismo
Foi uma corrente intelectual (filosófica, filológica e pedagógica) que se caracterizou pelo espírito crítico e pela confiança na capacidade humana de conhecer. Assim, os humanistas realizavam estudos da natureza, buscando a construção de novos conhecimentos, ao mesmo tempo em que se voltavam para os escritos dos sábios da Antiguidade grega e romana. Os valores humanistas expressaram-se no Renascimento estimulando a curiosidade intelectual, o espírito de iniciativa, o desejo de aventuras e a exploração do mundo.

·        O renascimento
Sob a inspiração humanista, desenvolveu-se, entre os séculos XV e XVI, um movimento cultural urbano que atingiu principalmente as pessoas mais ricas e com prestígio social das cidades prósperas, como Florença, Veneza e Roma, todas na península Itálica.
Esse movimento cultural urbano ficou conhecido como Renascimento ou Renascença

·        O Renascimento e a Antiguidade clássica
Os intelectuais do Renascimento tinham grande admiração pelo passado clássico grego e romano; muitos intelectuais desse período expressaram um desejo de fazer nascer, reviver ou recuperar elementos da cultura greco-romana. Apesar disto o Renascimento não foi nem poderia ser um simples retorno. Afinal, nenhuma cultura renasce fora de seu tempo.


·        Os renascentistas e o passado medieval
Os renascentistas, mesmo inseridos no seu próprio tempo, também estavam profundamente marcados pelo Cristianismo, ainda que desejassem transformá-lo. Houve uma mistura de magia, religião e ciência, poesia e filosofia, numa sociedade permeada por inquietações religiosas e por exigências práticas de todos gênero.

·        Os mecenas e o Renascimento
Os mecenas do Renascimento foram pessoas de grandes posses (como banqueiros, monarcas e papas, entre outros) que estimulavam e patrocinavam o trabalho de artistas e intelectuais renascentistas. Contribuíram, junto com a invenção da imprensa, para um aumento quantitativo da produção cultural desse período.

·        A invenção da imprensa e o renascimento
O alemão Johann Gutenberg (1400-1468) desenvolveu o processo de impressão com tipos móveis de metal, o que representou um grande passo para a divulgação da literatura em maior escala, antes restrita a um número muito reduzido de pessoas.

·        Os pintores renascentistas e suas técnicas
Os pintores renascentistas desenvolveram a técnica da perspectiva, por meio da qual procuravam dar aparência tridimensional aos personagens e aos objetos representados; criaram, também, a pintura a óleo, que permitiu a elaboração de cores vivas em diferentes matizes. Em relação aos temas, eles se desvincularam do monopólio cultural da Igreja, procurando explorar outros aspectos da realidade social, inspirados na mitologia greco-romana, em cenas do cotidiano, na valorização do indivíduo, nas paisagens naturais e na destaque das formas despidas do corpo humano.

·        O renascimento na península Itálica
As principais condições que favoreceram o surgimento do Renascimento na península Itálica foram: a existência, na península Itálica, de muitos elementos preservados da Antiguidade (monumentos arquitetônicos e esculturas do antigo Império Romano); a presença de muitos intelectuais bizantinos, que fugiram para as cidades italianas após a queda de Constantinopla, levando consigo textos da cultura clássica preservados em Bizâncio. Além disso, comerciantes e banqueiros de algumas das cidades da península Itálica, que realizavam comércio movimentado e competitivo, valorizavam o individualismo e o racionalismo das novas ideias. Havia, ainda, um grande número de mecenas procedentes de famílias ricas e poderosas, como os Médici, de Florença, e os Sforza, de Milão.

·        Os principais artistas do Renascimento
Leonardo da Vinci (1452-1519) – Gênio criativo, tanto nas ciências como nas artes. Obras: A última ceia , Mona Lisa (ou La Gioconda) etc.
Rafael Sanzio (1483-1520) – Pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o Menino Jesus).
Michelangelo (Miguel Ângelo Buonarroti), (1475-1564) – Pintou os afrescos na Capela Sistina, no Vaticano;
Ticiano (c. 1490-1576) – Pintor. Suas principais obras foram amor sacro e amor profano.

·        Os religiosos cristãos e os cientistas do renascimento
Enquanto os religiosos cristãos acatavam concepções tradicionais, tanto da Bíblia como as desenvolvidas por alguns sábios da Antiguidade, os novos cientistas não aceitavam conclusões prontas, desenvolvendo uma atitude crítica que os levava a observar os fenômenos naturais, fazer experimentos, propor novas hipóteses, medir, reavaliar.

·        A resistência a nova mentalidade científica.
Houve muita resistência daqueles que defendiam as tradições culturais medievais. As autoridades religiosas cristãs de Genebra perseguiram até a morte o médico e teólogo Miguel de Servet. Ele fazia estudos do funcionamento  da circulação do sangue nos pulmões usando a dissecação de cadáveres.
Galileu Galilei também foi perseguido por apoiar a teoria heliocêntrica elaborada por Nicolau Copérnico.

·        A Teoria Heliocêntrica
Uma das mais brilhantes teorias científicas dessa época, o heliocentrismo – segundo a qual a Terra e os demais planetas movem-se em torno do sol -, foi desenvolvida pelo sacerdote católico e astrônomo Nicolau Copérnico (1473-1543). Em sua obra Da revolução das esferas celestes, publicada no ano de sua morte, Copérnico refutou a teoria geocêntrica (que concebe a Terra como um centro fixo, em torno do qual giram os demais corpos celestes), o que provocou a reação das pessoas, especialmente dos religiosos. A teoria heliocêntrica contrariava passagens da Bíblia que indicavam o movimento do Sol em volta da Terra.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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