Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História - 2014
O
RENASCIMENTO CULTURAL
·
Uma nova visão de
mundo
As principais mudanças introduzidas na
maneira de perceber as coisas nas sociedades europeias do início da Idade
Moderna, principalmente entre os intelectuais foram: A procura de explicações
racionais ou racionalismo (em vez da exaltação da fé religiosa, das verdades
reveladas), o individualismo (em vez da visão coletiva das pessoas, como mundo cristão)
e o antropocentrismo (ser humano como centro) em vez do teocentrismo (“mundo de
Deus” – ele é o centro do universo, nada mais é maior que ele) medieval.
·
O Humanismo
Foi uma corrente intelectual
(filosófica, filológica e pedagógica) que se caracterizou pelo espírito crítico
e pela confiança na capacidade humana de conhecer. Assim, os humanistas
realizavam estudos da natureza, buscando a construção de novos conhecimentos,
ao mesmo tempo em que se voltavam para os escritos dos sábios da Antiguidade grega
e romana. Os valores humanistas expressaram-se no Renascimento estimulando a
curiosidade intelectual, o espírito de iniciativa, o desejo de aventuras e a
exploração do mundo.
·
O renascimento
Sob a inspiração humanista,
desenvolveu-se, entre os séculos XV e XVI, um movimento cultural urbano que
atingiu principalmente as pessoas mais ricas e com prestígio social das cidades
prósperas, como Florença, Veneza e Roma, todas na península Itálica.
Esse movimento cultural urbano ficou
conhecido como Renascimento ou Renascença
·
O Renascimento e a
Antiguidade clássica
Os intelectuais do Renascimento tinham
grande admiração pelo passado clássico grego e romano; muitos intelectuais
desse período expressaram um desejo de fazer nascer, reviver ou recuperar
elementos da cultura greco-romana. Apesar disto o Renascimento não foi nem
poderia ser um simples retorno. Afinal, nenhuma cultura renasce fora de seu
tempo.
·
Os renascentistas e
o passado medieval
Os renascentistas, mesmo inseridos no
seu próprio tempo, também estavam profundamente marcados pelo Cristianismo,
ainda que desejassem transformá-lo. Houve uma mistura de magia, religião e
ciência, poesia e filosofia, numa sociedade permeada por inquietações
religiosas e por exigências práticas de todos gênero.
·
Os mecenas e o
Renascimento
Os mecenas do Renascimento foram
pessoas de grandes posses (como banqueiros, monarcas e papas, entre outros) que
estimulavam e patrocinavam o trabalho de artistas e intelectuais
renascentistas. Contribuíram, junto com a invenção da imprensa, para um aumento
quantitativo da produção cultural desse período.
·
A invenção da
imprensa e o renascimento
O alemão Johann Gutenberg (1400-1468)
desenvolveu o processo de impressão com tipos móveis de metal, o que
representou um grande passo para a divulgação da literatura em maior escala,
antes restrita a um número muito reduzido de pessoas.
·
Os pintores
renascentistas e suas técnicas
Os pintores renascentistas
desenvolveram a técnica da perspectiva, por meio da qual procuravam dar
aparência tridimensional aos personagens e aos objetos representados; criaram,
também, a pintura a óleo, que permitiu a elaboração de cores vivas em
diferentes matizes. Em relação aos temas, eles se desvincularam do monopólio
cultural da Igreja, procurando explorar outros aspectos da realidade social,
inspirados na mitologia greco-romana, em cenas do cotidiano, na valorização do
indivíduo, nas paisagens naturais e na destaque das formas despidas do corpo
humano.
·
O renascimento na
península Itálica
As principais condições que favoreceram
o surgimento do Renascimento na península Itálica foram: a existência, na
península Itálica, de muitos elementos preservados da Antiguidade (monumentos
arquitetônicos e esculturas do antigo Império Romano); a presença de muitos
intelectuais bizantinos, que fugiram para as cidades italianas após a queda de
Constantinopla, levando consigo textos da cultura clássica preservados em
Bizâncio. Além disso, comerciantes e banqueiros de algumas das cidades da
península Itálica, que realizavam comércio movimentado e competitivo,
valorizavam o individualismo e o racionalismo das novas ideias. Havia, ainda,
um grande número de mecenas procedentes de famílias ricas e poderosas, como os
Médici, de Florença, e os Sforza, de Milão.
·
Os principais
artistas do Renascimento
Leonardo da Vinci (1452-1519) – Gênio
criativo, tanto nas ciências como nas artes. Obras: A última ceia , Mona Lisa
(ou La Gioconda) etc.
Rafael Sanzio (1483-1520) – Pintou
várias madonas (representações da Virgem Maria com o Menino Jesus).
Michelangelo (Miguel Ângelo
Buonarroti), (1475-1564) – Pintou os afrescos na Capela Sistina, no Vaticano;
Ticiano (c. 1490-1576) – Pintor. Suas
principais obras foram amor sacro e amor profano.
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Os religiosos
cristãos e os cientistas do renascimento
Enquanto os religiosos cristãos
acatavam concepções tradicionais, tanto da Bíblia como as desenvolvidas por
alguns sábios da Antiguidade, os novos cientistas não aceitavam conclusões
prontas, desenvolvendo uma atitude crítica que os levava a observar os
fenômenos naturais, fazer experimentos, propor novas hipóteses, medir,
reavaliar.
·
A resistência a
nova mentalidade científica.
Houve muita resistência daqueles que
defendiam as tradições culturais medievais. As autoridades religiosas cristãs
de Genebra perseguiram até a morte o médico e teólogo Miguel de Servet. Ele
fazia estudos do funcionamento da
circulação do sangue nos pulmões usando a dissecação de cadáveres.
Galileu Galilei também foi perseguido
por apoiar a teoria heliocêntrica elaborada por Nicolau Copérnico.
·
A Teoria
Heliocêntrica
Uma das mais brilhantes teorias
científicas dessa época, o heliocentrismo – segundo a qual a Terra e os demais
planetas movem-se em torno do sol -, foi desenvolvida pelo sacerdote católico e
astrônomo Nicolau Copérnico (1473-1543). Em sua obra Da revolução das esferas
celestes, publicada no ano de sua morte, Copérnico refutou a teoria geocêntrica
(que concebe a Terra como um centro fixo, em torno do qual giram os demais
corpos celestes), o que provocou a reação das pessoas, especialmente dos
religiosos. A teoria heliocêntrica contrariava passagens da Bíblia que
indicavam o movimento do Sol em volta da Terra.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
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