terça-feira, 14 de junho de 2016

ANTIGO REGIME - 2° ANO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     2° Ano – Ensino Médio
Disciplina:   História - 2016

ANTIGO REGIME

  • A expressão “Antigo Regime”
A expressão Antigo Regime teria sido usada inicialmente entre os revolucionários franceses, no século XVIII, para se referir ao sistema político e social contra o qual se insurgiu a Revolução Francesa.
Atualmente, ela é utilizada por grande parte dos historiadores para designar um conjunto básico de elementos e instituições que predominaram em diversos países europeus entre os séculos XVI e XVIII e que acabaram sendo modificados ou eliminados após processos revolucionários específicos de cada país.
  • Atividades da população rural
Além das pessoas que trabalhavam direto na agricultura e na pecuária, numerosa parcela dessa população era composta de comerciantes e artífices que exerciam os mais variados ofícios, como: ferreiro metalúrgico, carpinteiro, ceramista, armeiro, moleiro, mineiro, seleiro. Havia ainda os trabalhadores das pedreiras, da construção civil, os construtores de carroças e carruagens etc. Muitos eram proprietários ou arrendatários que exploravam o trabalho dos camponeses.
  • As cidades no Antigo Regime
As cidades eram, predominantemente, centros de comércio permanente ou temporário (feiras), e considerável parcela de sua população pertencia à burguesia comercial, do pequeno mercador ao grande negociante que comercializava com diferentes regiões do mundo; por esses motivos, em geral, nas grandes cidades se localizavam portos importantes.
  • Estamentos da sociedade do Antigo Regime
A sociedade do Antigo Regime dividia-se em três estamentos (ordens ou estados): clero, nobreza e terceiro estado. Ao clero competia praticar o ofício religioso, para conduzir os fiéis à salvação eterna; a nobreza devia garantir a defesa militar da sociedade; e ao terceiro estado cabia trabalhar para o sustento da sociedade. O clero tinha o direito de ser alimentado e defendido; a nobreza contava com as orações e com o trabalho de outros; e o terceiro estado tinha o direito de receber orações e segurança. O clero e a nobreza formavam o grupo dirigente e detentor dos privilégios: eram dispensados dos trabalhos, não pagavam impostos, eram julgados por tribunais especiais e ocupavam os cargos mais elevados do Estado. O terceiro estado era excluído das decisões políticas, não desfrutava de  privilégios e, além de trabalhar, devia pagar tributos.
  • Conseqüências da divisão em estamentos
A divisão em estamentos criou uma sociedade caracterizada pela desigualdade entre as pessoas, havendo poucos meios de acesso de um estamento a outro; uma das possibilidades era o ingresso de membros do terceiro estado no clero. A desigualdade estava presente em, praticamente, todos os aspectos da vida cotidiana (vestuário, alimentação, diversas atividades culturais), marcados pelos contrastes entre suntuosidade e fartura dos ricos e simplicidade e carência dos pobres.
  • Absolutismo
O absolutismo monárquico resultou do fortalecimento dos governos das monarquias nacionais e significativa a concentração de toda autoridade e poder na figura do rei, que se tornou a fonte suprema dos poderes do Estado.
  • O Rei
A “fonte” da autoridade do rei era Deus. Fazendo uma comparação do Estado com o Corpo Humano, o rei era a cabeça, à qual competia deliberar e resolver; os demais membros da sociedade formavam o corpo, que devia obedecer e executar as ordens recebidas.
  • Hobbes e Bossuet explicam o poder absolutista
O filósofo inglês Thomas Hobbes considerava que, nas sociedades primitivas, “o homem era o lobo do próprio homem”, isto é, cada um lutava pela sobrevivência olhando apenas para seus interesses individuais. Essa situação, segundo ele, justificava o poder absoluto do governante como condição necessária à paz e ao progresso da sociedade, pois só esse poder, por meio do estabelecimento de um “contrato social” (no qual cada um deveria renunciar à sua liberdade em favor de um governo absoluto), seria capaz de garantir a ordem, a direção e a segurança do convívio social. Para Bossuet, o rei era predestinado por Deus para governar, e seu poder, sendo de origem divina, era absoluto.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
COTRIM, Gilberto. História Global - Brasil e Geral: 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.


QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO (Escolha pelo menos 5)

ANTIGO REGIME
1)      Como era composta a população na época do Antigo Regime?
2)      Como eram as cidades no Antigo Regime?
3)      Cite e comente sobre os estamentos em que se dividia a sociedade do Antigo Regime:
4)      Qual a conseqüência principal da divisão em estamentos na sociedade do Antigo Regime?
5)      Na época do Antigo Regime, qual o principal meio de acesso de um estamento ao outro?
6)      O que foi o absolutismo?
7)      No absolutismo, de onde vinha o poder e a autoridade do rei?
8)      Como Hobbes explicava o absolutismo?

9)      Como Bossuet explicava o poder do rei?

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