Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2° Ano –
Ensino Médio
Disciplina: História - 2016
ANTIGO REGIME
- A expressão
“Antigo Regime”
A expressão Antigo
Regime teria sido usada inicialmente entre os revolucionários franceses, no
século XVIII, para se referir ao sistema político e social contra o qual se
insurgiu a Revolução Francesa.
Atualmente, ela é
utilizada por grande parte dos historiadores para designar um conjunto básico
de elementos e instituições que predominaram em diversos países europeus entre
os séculos XVI e XVIII e que acabaram sendo modificados ou eliminados após
processos revolucionários específicos de cada país.
- Atividades da
população rural
Além das pessoas que
trabalhavam direto na agricultura e na pecuária, numerosa parcela dessa
população era composta de comerciantes e artífices que exerciam os mais
variados ofícios, como: ferreiro metalúrgico, carpinteiro, ceramista, armeiro,
moleiro, mineiro, seleiro. Havia ainda os trabalhadores das pedreiras, da
construção civil, os construtores de carroças e carruagens etc. Muitos eram
proprietários ou arrendatários que exploravam o trabalho dos camponeses.
- As cidades no
Antigo Regime
As cidades eram,
predominantemente, centros de comércio permanente ou temporário (feiras), e
considerável parcela de sua população pertencia à burguesia comercial, do
pequeno mercador ao grande negociante que comercializava com diferentes regiões
do mundo; por esses motivos, em geral, nas grandes cidades se localizavam
portos importantes.
- Estamentos da
sociedade do Antigo Regime
A sociedade do Antigo
Regime dividia-se em três estamentos (ordens ou estados): clero, nobreza e
terceiro estado. Ao clero competia praticar o ofício religioso, para conduzir
os fiéis à salvação eterna; a nobreza devia garantir a defesa militar da
sociedade; e ao terceiro estado cabia trabalhar para o sustento da sociedade. O
clero tinha o direito de ser alimentado e defendido; a nobreza contava com as
orações e com o trabalho de outros; e o terceiro estado tinha o direito de
receber orações e segurança. O clero e a nobreza formavam o grupo dirigente e
detentor dos privilégios: eram dispensados dos trabalhos, não pagavam impostos,
eram julgados por tribunais especiais e ocupavam os cargos mais elevados do Estado.
O terceiro estado era excluído das decisões políticas, não desfrutava de privilégios e, além de trabalhar, devia pagar
tributos.
- Conseqüências da
divisão em estamentos
A divisão em estamentos
criou uma sociedade caracterizada pela desigualdade entre as pessoas, havendo
poucos meios de acesso de um estamento a outro; uma das possibilidades era o
ingresso de membros do terceiro estado no clero. A desigualdade estava presente
em, praticamente, todos os aspectos da vida cotidiana (vestuário, alimentação,
diversas atividades culturais), marcados pelos contrastes entre suntuosidade e
fartura dos ricos e simplicidade e carência dos pobres.
- Absolutismo
O absolutismo
monárquico resultou do fortalecimento dos governos das monarquias nacionais e
significativa a concentração de toda autoridade e poder na figura do rei, que
se tornou a fonte suprema dos poderes do Estado.
- O Rei
A “fonte” da autoridade
do rei era Deus. Fazendo uma comparação do Estado com o Corpo Humano, o rei era
a cabeça, à qual competia deliberar e resolver; os demais membros da sociedade
formavam o corpo, que devia obedecer e executar as ordens recebidas.
- Hobbes e Bossuet
explicam o poder absolutista
O filósofo inglês
Thomas Hobbes considerava que, nas sociedades primitivas, “o homem era o lobo
do próprio homem”, isto é, cada um lutava pela sobrevivência olhando apenas
para seus interesses individuais. Essa situação, segundo ele, justificava o
poder absoluto do governante como condição necessária à paz e ao progresso da
sociedade, pois só esse poder, por meio do estabelecimento de um “contrato
social” (no qual cada um deveria renunciar à sua liberdade em favor de um
governo absoluto), seria capaz de garantir a ordem, a direção e a segurança do
convívio social. Para Bossuet, o rei era predestinado por Deus para governar, e
seu poder, sendo de origem divina, era absoluto.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
COTRIM, Gilberto. História Global
- Brasil e Geral: 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO
(Escolha pelo menos 5)
ANTIGO REGIME
1)
Como era composta a população na época do
Antigo Regime?
2)
Como eram as cidades no Antigo Regime?
3)
Cite e comente sobre os estamentos em que se
dividia a sociedade do Antigo Regime:
4)
Qual a conseqüência principal da divisão em
estamentos na sociedade do Antigo Regime?
5)
Na época do Antigo Regime, qual o principal
meio de acesso de um estamento ao outro?
6)
O que foi o absolutismo?
7)
No absolutismo, de onde vinha o poder e a
autoridade do rei?
8)
Como Hobbes explicava o absolutismo?
9)
Como Bossuet explicava o poder do rei?
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