Col. Est. Dep. Manoel
Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano - Ensino Médio
Disciplina: História - 2016
Romanos
- Povos da
península itálica
Os principais povos que habitaram a
península itálica entre os séculos XX e VIII a.C. foram os italiotas
(subdivididos em latinos, volscos, équos, úmbrios, sabinos, samnitas), os
etruscos e os gregos.
- Períodos da
história política
1ª) Monarquia,
(753-509 a .C)
– época em que Roma era uma pequena cidade sob a influência dos etruscos.
2ª) República,
(509-27 a .C) - Roma desenvolveu suas instituições sociais
e econômicas e expandiu seu território, tornando-se uma das maiores
civilizações do mundo antigo.
3ª) Império,
(27 a .C.-476
d.C) – os romanos enfrentaram inúmeros problemas internos e externos. A
combinação desses problemas levou a civilização romana à decadência
- A monarquia
etrusca em Roma
A monarquia etrusca em Roma tinha três
instâncias de poder: o rei, o Senado e a Assembléia Curial. O rei era o
chefe militar e religioso e o juiz; era fiscalizado pelo Senado e pela
Assembléia Curial. O Senado era um conselho formado por velhos cidadãos que
chefiavam as grandes famílias (génos). A Assembléia Curial compunha-se
de cidadãos (soldados) agrupados em cúrias (conjunto de dez clãs), e só se
reunia quando convocada pelo rei.
- A Sociedade
Os
patrícios,
eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de
direitos políticos e podiam desempenhar
altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na
administração. Eram os cidadãos romanos.
Os
clientes,
eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos
serviços pessoais. Constituíam ponto de apoio da dominação política e militar
dos patrícios.
Os
plebeus,
eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e ao
trabalhos agrícolas. Constituíam a maioria da população e não possuíam direitos
de cidadãos.
Os
escravos,
inicialmente eram os devedores incapazes de pagar suas dívidas. Com a expansão
militar o grupo passou a incluir prisioneiros de guerra. Era considerado um bem
material, ou seja, podia ser vendido, castigado ou alugado.
- A República
A palavra república, em latim, quer
dizer “coisa de todos”. No entanto, o que se viu em Roma não foi a
distribuição do poder, mas a instalação
de uma organização política dominada pelos patrícios. Embora a maioria da
população fosse composta de plebeus, eles não tinham o direito de participar
das decisões políticas.
- Patrícios e
plebeus
Os plebeus constituíam a maior parte da
população; a segurança da cidade dependia da existência de um exército forte e
numeroso, por isso a participação deles no exército era fundamental. Ao
perceberem sua importância, os plebeus passaram a se rebelar contra o domínio
dos patrícios, recusando-se, por exemplo, a participar do exército. Essa
situação gerou uma luta entre os dois grupos sociais que durou mais de um
século.
- Os direitos dos
plebeus
Após as lutas políticas, os principais
direitos conquistados pelos plebeus foram: a codificação escrita das leis
(a Lei das Doze Tábuas, em 450
a .C.), que evitava a arbitrariedade; a Lei
Canuléia, em 445 a .C.,
que autorizava o casamento entre patrícios e plebeus; a eleição de magistrados
plebeus (367-366 a .C);
e a lei que proibia a escravização por dívidas, por volta de 366 a .C., até a
escravidão de romanos ser definitivamente abolida (em 326 a .C.).
- Expansão
territorial e Guerras Púnicas
O principal motivo que desencadeou as Guerras
Púnicas (Guerras contra Cartago – cidade do norte da África) foi a disputa
entre Roma e Cartago pela hegemonia comercial na região do Mediterrâneo.
Estas guerras foram favoráveis à
expansão territorial romana porque a destruição da cidade rival abriu caminho
para a dominação romana sobre as regiões ocidentais (península Ibérica e Gália)
e sobre a região oriental (Macedônia, Grécia e Ásia menor). A expansão romana
pôde ocupar todo o Mediterrâneo, que passou a ser chamado pelos romanos, de
maré nostrum, “nosso mar”.
- A expansão
territorial e os grupos sociais
As conquistas militares, que garantiram
a expansão territorial, acarretaram o acúmulo de riquezas em Roma. Com isso, o estilo
de vida romano modificou-se: de simples e modesto tornou-se luxuoso e
requintado. Os principais beneficiados foram os nobres ricos, que se
apropriaram de grandes faixas de terra (latifúndios) cultivadas por escravos.
Muitos plebeus, porém, voltaram para Roma empobrecidos, forçados a vender tudo
que possuíam; sem suas terras, migraram para a cidade, aumentando o número de
pobres e famintos.
- Revoltas de
escravos
As revoltas de escravos aconteceram
devido à resistência que eles opunham à exploração a que eram submetidos.
A principal revolta foi liderada por
Espártaco que reuniu, entre 73 e 71
a .C., quase 80 mil escravos, onde, com um forte
exército, ameaçou o poder de Roma durante quase dois anos.
Espártaco e seu exército só foi
derrotado em 71 a .C.
por uma força do exército romano, sob o comando de Licínio Crasso.
- A decadência da
república
Do ponto de vista dos patrícios, a crise
da República se apresentava como ações e pressão contra seus privilégios; do
ponto de vista dos plebeus, representava a oportunidade de reivindicar reformas
sociais, em benefício da massa do povo.
Os irmãos Graco propuseram reformas para
diminuir as tensões sociais que incluíam: leis de reforma agrária, visando
limitar o crescimento dos latifúndios e promover a distribuição de terras entre
os camponeses plebeus. Tendo terra para trabalhar e, com isso, obter seu
sustento, os plebeus deixariam de engrossar a massa de pobres que, na cidade,
fazia pressão por mudanças, criando tensão social.
- Governo de Júlio
César
Durante o governo de Júlio César as
principais medidas adotadas foram: reorganização político-administrativa em
Roma, distribuição de terras entre os soldados, aumento da colonização das
províncias romanas. Essas medidas causavam temor na aristocracia porque
contribuíam para aumentar o prestígio e o poder de César, o que poderia levar à
completa extinção das instituições da República.
- O império
A partir de 27 a .C., Otávio foi acumulando
poderes e títulos, entre eles o de augusto (divino, magestoso). Na prática,
tornou-se o governante supremo de Roma, mas não assumiu oficialmente o título
de rei e permitiu que as instituições republicanas – como o Senado - continuassem existindo na aparência.
- O governo de
Otávio
As principais características de seu
governo foram: concentração de poderes em suas mãos, mas com as instituições
republicanas, como o Senado, continuando a existir na aparência; a
profissionalização do exército; e a organização interna do Império, com a
interrupção do processo de conquistas militares.
- Pax Romana e o
sistema de produção
A “Pax Romana”(período de paz) acarretou
mudanças em relação ao trabalho escravo. Com a interrupção das conquistas, não
havia mais prisioneiros de guerra, e o número de escravos tendeu a diminuir. Muitos
senhores passaram a conceder liberdade para alguns escravos, que se
transformaram em colonos ligados à terra do senhor, com uma série de obrigações
a cumprir. Alguns ex-escravos chegaram a enriquecer.
- A política do
pão e circo
Roma foi uma das maiores cidades do
mundo antigo. No século II, sua população era de aproximadamente 1.200.000
habitantes, de todas as partes do império.
Para manter sob controle esse grande
número de pessoas, muitas sem ocupação, vivendo pelas ruas, as autoridades
romanas distribuíam periodicamente alimentos (pão) e promoviam diversos
espetáculos públicos (circo). Assim , “pão e circo” foi a fórmula utilizada
para diminuir as tensões sociais. Eram tantas as festas e os espetáculos
que o calendário romano chegou a ter 175 feriados por ano.
Entre os espetáculos mais populares
estavam as lutas contra animais ferozes e os combates entre gladiadores. Os
gladiadores eram, normalmente, escravos ou prisioneiros de guerra treinados em
escolas especiais de lutas (ludus gladiatorius).
- A crise do
Império
A sustentação de um império tão vasto
exigia elevados gastos públicos. Por isso, ao longo do tempo, a carga
tributária foi ampliada, tornando-se pesada diante do enfraquecimento da
economia, abalada pela diminuição do número de escravos. Essa situação provocou
uma crise, agravada pela pressão militar dos povos que os romanos chamavam de
“bárbaros” sobre as fronteiras do Império e por disputas internas entre os
chefes militares romanos, o que gerou indisciplina no exército e levou à
desestruturação do comando central de Roma.
- Os bárbaros
Os “bárbaros” (visigodos, ostrogodos e
alamanos, entre outros) eram povos que viviam fora do império e não falavam
latim.
Fizeram sucessivos ataques ao Império Romano do Ocidente, já enfraquecido por
divisões internas, tomando parte, desse modo, do seu fim.
- Legados deixados
para o ocidente
Uma das mais significativas permanências
de aspectos da cultura romana entre os povos ocidentais está no campo do
direito,
que ocupava posição central no conjunto do saber romano. Muitas legislações
foram criadas pelos romanos para regular o comportamento social nos vastos
domínios de Roma.
Mas, numa sociedade com tantas
desigualdades, nem tudo o que o direito estabelecia formalmente se aplicava à
vida cotidiana da maioria das pessoas.
A
língua latina constitui uma das mais importantes permanências culturais da Roma
antiga entre os povos ocidentais. O latim, língua original dos habitantes
do Lácio, difundiu-se na Antiguidade juntamente com as conquistas romanas. Dele
se originaram os idiomas italiano, português, espanhol, francês e romeno.
- Constantino I e
o Cristianismo
Constantino I converteu-se ao
cristianismo e, pelo Edito de Milão, em 313, concedeu liberdade religiosa em
todo o Império Romano.
Assim, foi permitido aos cristãos construir igrejas e celebrar seu culto
publicamente, favorecendo a expansão do cristianismo por todo o Império.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.