Col.
Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.:
Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano Matutino
Disciplina:
Geografia - 2016
CARACTERÍSTICAS
E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL
- População povo e etnia
População é o conjunto de pessoas que residem num determinado
lugar, que pode ser uma cidade, um estado, um país ou mesmo o planeta como um
todo. Já o povo é constituído pelos habitantes de um território nacional que
têm direitos e deveres de cidadania. Etnia é o conjunto de indivíduos que
possuem a mesma história (memória, tradições, costumes) e estão inseridos em um
mesmo padrão cultural, independentemente da base territorial em que se acham
instalados. Etnia é sinônimo de nação e povo, como conceitos antropológicos.
- População absoluta, população
relativa, país populoso e país povoado
População absoluta é número total de
habitantes e população relativa é o numero de habitantes por quilômetros
quadrados. Um país é chamado populoso quando a sua população absoluta é
alta e povoado quando a sua população relativa é alta.
- Indicadores demográficos e as
condições de vida da população nos países subdesenvolvidos e emergentes.
Os indicadores demográficos (taxas de natalidade e
de mortalidade, expectativa de vida, renda per capita, entre outros) são uma
média aritmética e, em países subdesenvolvidos, os contrastes e desigualdades
sociais são enormes. Para o cidadão desse grupo de países não interessa a
expectativa média de vida da população, mas sim a expectativa de vida em sua
faixa de renda.
- Crescimento populacional ou
demográfico
O crescimento populacional possui duas variáveis:
crescimento vegetativo ou natural e taxa de migração.
O crescimento
vegetativo corresponde a diferença entre nascimentos (natalidade) e óbitos
(mortalidade).
A taxa de migração é a diferença entre a entrada e a
saída de pessoas da área considerada.
Tendo como referência essas duas taxas, o
crescimento populacional poderá ser positivo ou negativo.
- Urbanização e taxas de natalidade e
mortalidade
Com a urbanização, ocorre uma grande alteração no
comportamento social, que explica a queda nos índices de natalidade: maior
custo de criação dos filhos, acesso a métodos anticoncepcionais, trabalho
feminino extradomiciliar, aborto etc. O processo de urbanização promove também
o decréscimo das taxas de mortalidade, á medida que, nas cidades, o acesso ao
saneamento básico (abastecimento de água, rede de esgotos) bem como à medicina
preventiva e curativa (médicos, hospitais, postos de saúde, programas de
vacinação), é facultado à maioria da população
- Teoria de Malthus
Malthus (1798) desenvolveu dois postulados:
1- A população, se não ocorrerem guerras, epidemias,
desastres naturais, tenderia a duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria em
progressão aritmética (2, 4, 8, 16, 32...) e constituiria um fator variável,
que cresceria sem parar.
2- O crescimento da produção de alimentos ocorreria
apenas em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10...) e possuiria certo limite de
produção, por depender de um fator fixo: a própria extensão territorial dos
continentes.
Malthus concluiu que o crescimento populacional
seria mais acelerado que o crescimento da produção de alimentos. Previu que um
dia as áreas cultivadas estariam esgotadas e a população mundial ainda
continuaria crescendo. A conseqüência seria a fome, falta de alimentos para as
necessidades do planeta. Malthus era economista e pastor, sugeriu como solução
para o problema, que as pessoas só tivessem filhos se possuíssem terras
cultiváveis.
Os erros de previsão desta teoria estão ligados as
limitações da época para coleta de dados, pois observou o comportamento de uma
região com população predominantemente rural e considerou válido para todo o
planeta. Não previu, também, os efeitos decorrentes da urbanização na evolução
demográfica e do progresso tecnológico aplicado à agricultura.
- Teoria neomalthusiana
Após a Segunda Guerra Mundial foi criada a
Organização das Nações Unidas(ONU). Na ocasião foram discutidas estratégias
para evitar novo conflito mundial. Mas a paz dependeria da diminuição das
desigualdades econômicas do planeta.
Neste contexto histórico, foi formulada a teoria
demográfica neomalthusiana, defendida por alguns setores da população e dos
governos dos países desenvolvidos. De acordo com esta teoria, uma numerosa
população jovem, resultante das elevadas taxas de natalidade verificadas em
quase todos os países subdesenvolvidos, necessitaria de grandes investimentos
sociais em educação e saúde.
Com isso, sobrariam menos recursos para serem
investidos nos setores agrícola e industrial, o que impediria o pleno
desenvolvimento das atividades econômicas e, consequentemente, da melhoria das
condições de vida da população. Quanto maior o número de habitantes de um país,
menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser distribuído.
Essa teoria chega à seguinte conclusão: o
crescimento populacional é o responsável pela ocorrência da miséria. A solução
seria a utilização de programas de controle de natalidade nos países
subdesenvolvidos mediante a disseminação de métodos anticoncepcionais
- Teoria populacional reformista
A
teoria reformista foi elaborada durante a criação da ONU, por representantes
dos países subdesenvolvidos, em resposta à teoria neomalthusiana.
Em
síntese, ela defende a idéia de que as elevadas taxas de natalidade dos países
subdesenvolvidos são conseqüência, e não causa, da miséria que assola a
população.
Para
que ocorra, uma queda desses índices, há a necessidade de melhorar a qualidade
de vida e investir recursos nos setores sociais (saúde, educação, habitação,
transportes coletivos, alimentação e lazer), levando a um controle espontâneo
das taxas de natalidade, à medida que aumenta o grau de informação e
conscientização dos cidadãos.
· Fonte
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia
: volume único – São Paulo: Scipione, 2005.
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