sexta-feira, 11 de novembro de 2016

CARACTERÍSTICAS E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL - GEOGRAFIA 2° ANO

Col. Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:   1º Ano Matutino
Disciplina: Geografia  -  2016

CARACTERÍSTICAS E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

  • População povo e etnia
População é o conjunto de pessoas que residem num determinado lugar, que pode ser uma cidade, um estado, um país ou mesmo o planeta como um todo. Já o povo é constituído pelos habitantes de um território nacional que têm direitos e deveres de cidadania. Etnia é o conjunto de indivíduos que possuem a mesma história (memória, tradições, costumes) e estão inseridos em um mesmo padrão cultural, independentemente da base territorial em que se acham instalados. Etnia é sinônimo de nação e povo, como conceitos antropológicos.

  • População absoluta, população relativa, país populoso e país povoado
População absoluta é número total de habitantes e população relativa é o numero de habitantes por quilômetros quadrados. Um país é chamado populoso quando a sua população absoluta é alta e povoado quando a sua população relativa é alta.

  • Indicadores demográficos e as condições de vida da população nos países subdesenvolvidos e emergentes.
Os indicadores demográficos (taxas de natalidade e de mortalidade, expectativa de vida, renda per capita, entre outros) são uma média aritmética e, em países subdesenvolvidos, os contrastes e desigualdades sociais são enormes. Para o cidadão desse grupo de países não interessa a expectativa média de vida da população, mas sim a expectativa de vida em sua faixa de renda.

  • Crescimento populacional ou demográfico
O crescimento populacional possui duas variáveis: crescimento vegetativo ou natural e taxa de migração.
 O crescimento vegetativo corresponde a diferença entre nascimentos (natalidade) e óbitos (mortalidade).
A taxa de migração é a diferença entre a entrada e a saída de pessoas da área considerada.
Tendo como referência essas duas taxas, o crescimento populacional poderá ser positivo ou negativo.

  • Urbanização e taxas de natalidade e mortalidade
Com a urbanização, ocorre uma grande alteração no comportamento social, que explica a queda nos índices de natalidade: maior custo de criação dos filhos, acesso a métodos anticoncepcionais, trabalho feminino extradomiciliar, aborto etc. O processo de urbanização promove também o decréscimo das taxas de mortalidade, á medida que, nas cidades, o acesso ao saneamento básico (abastecimento de água, rede de esgotos) bem como à medicina preventiva e curativa (médicos, hospitais, postos de saúde, programas de vacinação), é facultado à maioria da população

  • Teoria de Malthus
Malthus (1798) desenvolveu dois postulados:
1- A população, se não ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais, tenderia a duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria em progressão aritmética (2, 4, 8, 16, 32...) e constituiria um fator variável, que cresceria sem parar.
2- O crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10...) e possuiria certo limite de produção, por depender de um fator fixo: a própria extensão territorial dos continentes.
Malthus concluiu que o crescimento populacional seria mais acelerado que o crescimento da produção de alimentos. Previu que um dia as áreas cultivadas estariam esgotadas e a população mundial ainda continuaria crescendo. A conseqüência seria a fome, falta de alimentos para as necessidades do planeta. Malthus era economista e pastor, sugeriu como solução para o problema, que as pessoas só tivessem filhos se possuíssem terras cultiváveis.
Os erros de previsão desta teoria estão ligados as limitações da época para coleta de dados, pois observou o comportamento de uma região com população predominantemente rural e considerou válido para todo o planeta. Não previu, também, os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e do progresso tecnológico aplicado à agricultura.

  • Teoria neomalthusiana
Após a Segunda Guerra Mundial foi criada a Organização das Nações Unidas(ONU). Na ocasião foram discutidas estratégias para evitar novo conflito mundial. Mas a paz dependeria da diminuição das desigualdades econômicas do planeta.
Neste contexto histórico, foi formulada a teoria demográfica neomalthusiana, defendida por alguns setores da população e dos governos dos países desenvolvidos. De acordo com esta teoria, uma numerosa população jovem, resultante das elevadas taxas de natalidade verificadas em quase todos os países subdesenvolvidos, necessitaria de grandes investimentos sociais em educação e saúde.
Com isso, sobrariam menos recursos para serem investidos nos setores agrícola e industrial, o que impediria o pleno desenvolvimento das atividades econômicas e, consequentemente, da melhoria das condições de vida da população. Quanto maior o número de habitantes de um país, menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser distribuído.
Essa teoria chega à seguinte conclusão: o crescimento populacional é o responsável pela ocorrência da miséria. A solução seria a utilização de programas de controle de natalidade nos países subdesenvolvidos mediante a disseminação de métodos anticoncepcionais

  • Teoria populacional reformista
A teoria reformista foi elaborada durante a criação da ONU, por representantes dos países subdesenvolvidos, em resposta à teoria neomalthusiana.
Em síntese, ela defende a idéia de que as elevadas taxas de natalidade dos países subdesenvolvidos são conseqüência, e não causa, da miséria que assola a população.
Para que ocorra, uma queda desses índices, há a necessidade de melhorar a qualidade de vida e investir recursos nos setores sociais (saúde, educação, habitação, transportes coletivos, alimentação e lazer), levando a um controle espontâneo das taxas de natalidade, à medida que aumenta o grau de informação e conscientização dos cidadãos.

·   Fonte


- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.