Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História - 2016
O RENASCIMENTO CULTURAL
- Uma
nova visão de mundo
As
principais mudanças introduzidas na maneira de perceber as coisas nas
sociedades europeias do início da Idade Moderna, principalmente entre os
intelectuais foram: A procura de explicações racionais ou racionalismo (em vez
da exaltação da fé religiosa, das verdades reveladas), o individualismo (em vez
da visão coletiva das pessoas, como mundo cristão) e o antropocentrismo (ser
humano como centro) em vez do teocentrismo (“mundo de Deus” – ele é o centro do
universo, nada mais é maior que ele) medieval.
- O
Humanismo
Foi
uma corrente intelectual (filosófica, filológica e pedagógica) que se caracterizou
pelo espírito crítico e pela confiança na capacidade humana de conhecer. Assim,
os humanistas realizavam estudos da natureza, buscando a construção de novos
conhecimentos, ao mesmo tempo em que se voltavam para os escritos dos sábios da
Antiguidade grega e romana. Os valores humanistas expressaram-se no
Renascimento estimulando a curiosidade intelectual, o espírito de iniciativa, o
desejo de aventuras e a exploração do mundo.
- O
renascimento
Sob
a inspiração humanista, desenvolveu-se, entre os séculos XV e XVI, um movimento
cultural urbano que atingiu principalmente as pessoas mais ricas e com
prestígio social das cidades prósperas, como Florença, Veneza e Roma, todas na
península Itálica.
Esse
movimento cultural urbano ficou conhecido como Renascimento ou Renascença
- O
Renascimento e a Antiguidade clássica
Os
intelectuais do Renascimento tinham grande admiração pelo passado clássico
grego e romano; muitos intelectuais desse período expressaram um desejo de
fazer nascer, reviver ou recuperar elementos da cultura greco-romana. Apesar
disto o Renascimento não foi nem poderia ser um simples retorno. Afinal,
nenhuma cultura renasce fora de seu tempo.
- Os
renascentistas e o passado medieval
Os
renascentistas, mesmo inseridos no seu próprio tempo, também estavam
profundamente marcados pelo Cristianismo, ainda que desejassem transformá-lo.
Houve uma mistura de magia, religião e ciência, poesia e filosofia, numa
sociedade permeada por inquietações religiosas e por exigências práticas de
todos gênero.
- Os
mecenas e o Renascimento
Os
mecenas do Renascimento foram pessoas de grandes posses (como banqueiros,
monarcas e papas, entre outros) que estimulavam e patrocinavam o trabalho de
artistas e intelectuais renascentistas. Contribuíram, junto com a invenção da
imprensa, para um aumento quantitativo da produção cultural desse período.
- A
invenção da imprensa e o renascimento
O
alemão Johann Gutenberg (1400-1468) desenvolveu o processo de impressão com
tipos móveis de metal, o que representou um grande passo para a divulgação da
literatura em maior escala, antes restrita a um número muito reduzido de
pessoas.
- Os
pintores renascentistas e suas técnicas
Os
pintores renascentistas desenvolveram a técnica da perspectiva, por meio da
qual procuravam dar aparência tridimensional aos personagens e aos objetos
representados; criaram, também, a pintura a óleo, que permitiu a elaboração de
cores vivas em diferentes matizes. Em relação aos temas, eles se desvincularam
do monopólio cultural da Igreja, procurando explorar outros aspectos da
realidade social, inspirados na mitologia greco-romana, em cenas do cotidiano,
na valorização do indivíduo, nas paisagens naturais e no destaque das formas
despidas do corpo humano.
- O
renascimento na península Itálica
As
principais condições que favoreceram o surgimento do Renascimento na península
Itálica foram: a existência, na península Itálica, de muitos elementos
preservados da Antiguidade (monumentos arquitetônicos e esculturas do antigo
Império Romano); a presença de muitos intelectuais bizantinos, que fugiram para
as cidades italianas após a queda de Constantinopla, levando consigo textos da
cultura clássica preservados em Bizâncio. Além disso, comerciantes e banqueiros
de algumas das cidades da península Itálica, que realizavam comércio movimentado
e competitivo, valorizavam o individualismo e o racionalismo das novas ideias.
Havia, ainda, um grande número de mecenas procedentes de famílias ricas e
poderosas, como os Médici, de Florença, e os Sforza, de Milão.
- Os
principais artistas do Renascimento
Leonardo
da Vinci (1452-1519) – considerado verdadeiro gênio criativo, destacou-se tanto
nas ciências como nas artes. Obras: A última ceia (afresco pintado num convento
em Milão, Mona Lisa (ou La Gioconda) etc.
Rafael
Sanzio (1483-1520) – produziu diversos afrescos para decorar o palácio do
Vaticano. Pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o Menino
Jesus).
Michelangelo
(Miguel Ângelo Buonarroti), (1475-1564) – foi pintor, escultor e arquiteto.
Pintou os afrescos na Capela Sistina, no Vaticano; como escultor, realizou
obras como Moisés, Pietá e Davi.
Ticiano
(c. 1490-1576) – atuou exclusivamente como pintor. Suas principais obras foram
amor sacro e amor profano.
- Os
religiosos cristãos e os cientistas do renascimento
Enquanto
os religiosos cristãos acatavam concepções tradicionais, tanto da Bíblia como
as desenvolvidas por alguns sábios da Antiguidade, os novos cientistas não
aceitavam conclusões prontas, desenvolvendo uma atitude crítica que os levava a
observar os fenômenos naturais, fazer experimentos, propor novas hipóteses,
medir, reavaliar.
- A
resistência a nova mentalidade científica.
Houve
muita resistência daqueles que defendiam as tradições culturais medievais. As
autoridades religiosas cristãs de Genebra perseguiram até a morte o médico e
teólogo Miguel de Servet. Ele fazia estudos do funcionamento da circulação do
sangue nos pulmões usando a dissecação de cadáveres.
Galileu
Galilei também foi perseguido por apoiar a teoria heliocêntrica elaborada por
Nicolau Copérnico.
- A
Teoria Heliocêntrica
Uma
das mais brilhantes teorias científicas dessa época, o heliocentrismo – segundo
a qual a Terra e os demais planetas movem-se em torno do sol -, foi
desenvolvida pelo sacerdote católico e astrônomo Nicolau Copérnico (1473-1543).
Em sua obra Da revolução das esferas celestes, publicada no ano de sua morte,
Copérnico refutou a teoria geocêntrica (que concebe a Terra como um centro
fixo, em torno do qual giram os demais corpos celestes), o que provocou a
reação das pessoas, especialmente dos religiosos. A teoria heliocêntrica
contrariava passagens da Bíblia que indicavam o movimento do Sol em volta da
Terra.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
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