sexta-feira, 11 de novembro de 2016

IMPACTOS AMBIENTAIS - GEOGRAFIA 1° ANO

Col. Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:   1º Ano
Disciplina: Geografia  -  2016

HIDROGRAFIA

  • Níveo freático e nascentes
A água que se infiltra no solo alimenta os aquíferos – zonas do subsolo saturadas de água (encharcadas), ou seja, camadas de solo cujos poros encontram-se preenchidos por água (podem ser profundas ou mais próximas da superfície). Nos períodos mais chuvosos, o nível freático, que é o limite dessa zona encharcada, se eleva, e na época de estiagem, abaixa. Ao cavar um poço, encontra-se água assim que o nível freático é atingido.
Quando o nível freático atinge a superfície, aparecem as nascentes dos rios.

  • Aquífero Guarani
A água subterrânea também é muito importante para a manutenção da umidade do solo, que garante sua disponibilidade para a vegetação e para o abastecimento humano. Em regiões de clima árido e semiárido, ela pode ser o principal recurso hídrico disponível para a população e, às vezes, o único. Estima-se que metade da população mundial utilize a água subterrânea para suas necessidades diárias de consumo.
A maior disponibilidade de água subterrânea do Brasil é encontrada no aquífero Guarani, um dos maiores reservatórios de água doce do mundo. Ele possui uma área de 1,2 milhão de km2 e abrange vários estados brasileiros, além de partes dos territórios do Paraguai, Argentina e Uruguai.

  • Rios efluentes e influentes
Em algumas regiões, principalmente nas tropicais semiúmidas e nas temperadas, o lençol freático abastece os rios em época de estiagem (neste caso os rios são chamados efluentes). Em outras, como nas regiões semidesérticas, são os rios que abastecem de água o solo quando chega a época da estiagem (rios influentes).

  • Montante e jusante
Os maiores rios nas proximidades de suas nascentes são pequenos córregos. Á medida que avançam para a foz, isto é, de seu alto curso (ou montante) para o baixo curso (ou jusante), vão recebendo água de seus afluentes. Com isso ocorre um aumento gradativo no volume de água, aprofundando e/ou alargando o leito do rio.
Na foz, quando o rio encontra obstáculos (bancos de areia e ilhas) formados por seus próprios sedimentos e outros trazidos pelo mar, é chamada de foz em delta. Já, quando o rio desagua livremente no mar, é chamada foz em estuário.

  • Regime de um rio
Regime de um rio é a variação do nível das águas em seu leito ao longo do ano. O abastecimento pode estar relacionado ao índice de chuvas e demais formas de precipitação e ao derretimento de neve ou geleiras (regime pluvial, nival ou glacial, respectivamente); o regime pode ser simples, quando o abastecimento se dá por uma só forma, ou complexo, quando se conjugam duas ou três formas de abastecimento.

  • Planície de inundação
No período das cheias, a calha de muitos rios não suporta o escoamento de um volume maior de chuvas e as águas passam a ocupar um leito maior, a várzea, também chamada planície de inundação. A várzea pertence ao rio tanto quanto suas margens. Portanto, ocupar uma área de várzea com casas, fábricas, armazéns, etc. significa construir sobre uma parte integrante do rio onde podem ocorrer inundações periódicas.

  • Rios perenes, intermitentes e efêmeros
Os rios perenes nunca secam, porque possuem grande volume de água. Em áreas de clima semiárido, os rios muitas vezes são intermitentes (ou temporários), secando no período de estiagem. Há, ainda, principalmente nos desertos, os cursos de água efêmeros, que se formam somente durante a ocorrência de chuvas; quando as chuvas cessam, tais rios secam rapidamente. Se um rio atravessa um deserto e é perene, isso indica que chove bastante na região de sua nascente e em seu alto curso, e que a captação de suas águas ocorre fora da região árida (Rio Nilo e São Francisco).

  • Assoreamento
É o preenchimento do leito de rios, lagos e mares por sedimentos de qualquer natureza. Suas principais conseqüências são o aumento das superfícies de inundação e comprometimento da navegabilidade.

  • Canais fluviais
- Canal retilíneo: geralmente corre em relevos com declividade acentuada, portanto as águas escoam com grande velocidade e os desvios tendem a ser pequenos.
- Canal meandrante: meandros são as curvas dos rios; formam-se em relevos planos, onde a baixa declividade e conseqüente pequena velocidade de escoamento das águas faz com que os desvios sejam mais acentuados.
- Canais anastomosados: formam-se em relevos com presença de vários morros, colinas ou pequenas elevações que fazem os cursos d’água se dividirem e se entrelaçarem, constituindo um rio sem canal principal.
- Canais entrelaçados: formam-se em rios permeados por ilhas e barras que se originam por assoreamento do material transportado em suspensão por suas próprias águas.

  • Bacias hidrográficas
As bacias hidrográficas são constituídas pelas vertentes e pela rede de rios principais, afluentes e subafluentes, cujo conjunto formam sua rede hidrográfica (ou rede de drenagem). Se a drenagem se dirige ao oceano, é denominada exorréica; se a água fica retida no interior do continente, por exemplo, num lago ou num deserto, a drenagem é endorréica.
As bacias hidrográficas são importantes para a irrigação agrícola e o fornecimento de água potável à população.

  • Rios de planalto e de planície
Os rios de planalto que apresentam grande desnível ao longo de seu curso podem ser aproveitados para a produção de hidroeletricidade. Nesse caso, por causa da construção das barragens, a navegação depende da construção de eclusas para que as embarcações possam passar de um nível a outro.
Os rios de planície, bem como os lagos, são facilmente navegáveis, desde que não se formem bancos de areia em seu leito (comum em áreas onde o solo está exposto à erosão) e não ocorra grande diminuição do nível das águas. Essas condições desfavoráveis podem impedir a navegação de embarcações com maior calado (a parte da embarcação que fica abaixo do nível da água).

  • Bacia do Rio Tocantins-Araguaia
Esta bacia drena 11% do território nacional (922 mil km2) e possui vazão média de cerca de 13 mil m3/s. No Bico do Papagaio, região que abrange parte dos estados do Tocantins, do Pará e do Maranhão, o rio Tocantins recebe seu principal afluente, o Araguaia, onde se encontra a maior ilha fluvial do mundo, a do Bananal. O rio Tocantins é utilizado para escoar parte da produção de grãos (principalmente soja) das regiões próximas a nele foi construída a usina hidrelétrica de Tucuruí, a segunda maior do país (em 2010).

·   Fonte


- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2014

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