terça-feira, 11 de março de 2014

ETNIA E MODERNIDADE

Colégio Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.:   Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     3º Ano – Ensino Médio   -   Noturno
Disciplina: Geografia
ETNIA E MODERNIDADE
  • Etnia
        Agrupamento humano homogêneo quanto aos caracteres linguísticos, somáticos e culturais.

  • Etnocentrismo
A visão etnocêntrica avalia o mundo e os diferentes grupos étnicos que o compõem a partir de valores e padrões de comportamento aceitos pelo seu próprio grupo. Neste sentido, serviu, e serve, para legitimar a opressão de comunidades étnicas distintas, conquistar povos e territórios por grupos que se consideram superiores.

  • Consequências da expansão da civilização ocidental
A partir do século XV, ou europeus dominaram povos em todo o mundo, integrando-os ao capitalismo comercial. Desde então, impuseram a cultura europeia aos povos conquistados ao longo dos séculos (da América, África, Ásia e Oceania). A Revolução industrial difundiu da Europa para o mundo, novas relações de trabalho e produção, ampliando enormemente o comércio internacional. Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa foram divulgados em várias partes do mundo, sendo responsáveis pelo processo de independência e pela derrubada de monarquias em diversos países. Na atual fase de globalização, os avanços tecnológicos permitem a difusão imediata não só das informações como das mercadorias e dos serviços que são lançados.

  • A evolução da população ameríndia no Brasil
Quando da chegada dos portugueses, aproximadamente 4 milhões de ameríndios viviam no que constitui o atual território brasileiro. Eles formavam diferentes nações com costumes, crenças e forma de organização social e de sobrevivência próprias. Atualmente, cerca de 600 mil indígenas vivem no país, formam 227 povos conhecidos e se comunicam em 180 línguas e dialetos.
Em 1500, quando da chegada dos europeus, os ameríndios eram os únicos habitantes destas terras que formariam o território brasileiro. O decréscimo dessa população deveu-se aos massacres imprimidos pelos colonizadores e pelas doenças contraídas nos contato com eles, para as quais os nativos não tinham defesas naturais. Apesar dessa drástica redução, o último censo registrou uma elevação populacional ameríndia verificada entre 1990 e 2000. Isso aconteceu devido à maior atenção dada pelo governo brasileiro à causa indígena e à demarcação de suas terras.

  • Os problemas da população indígena do Brasil
Os principais problemas enfrentados são: A maior parte das terras indígenas ainda não foram demarcadas como manda a Constituição  brasileira de 1988; As terras indígenas são frequentemente invadidas pelas grandes empresas madeireiras, por garimpeiros e agropecuaristas, etc. Essas atividades, mesmo quando praticadas próximo às terras indígenas, comprometem o meio ambiente e constituem uma ameaça à subsistência desses povos; Em áreas insuficientes para prover o sustento e a sobrevivência da comunidade, os índios são obrigados a recorrer às cidades mais próximas em busca de recursos e de trabalho. Essa integração forçada os coloca em situação de marginalidade no novo meio.

  • Os quilombolas
São chamadas quilombolas as comunidades de quilombos, formadas por escravos fugitivos e também antigos escravos que receberam doações ou conseguiram comprar terras, além de outros grupos oprimidos, como os indígenas.
Essas comunidades de quilombos se constituíram a partir de uma grande diversidade de processos, pois foram formadas a partir de fugas de escravos que ocuparam terras livres, pelo recebimento de heranças e doações, recebimento de terras como pagamento de serviços prestados ao Estado, compra de terras, tanto no período em que vigorou a escravidão como após a abolição.
Constantemente associa-se a ideia de quilombo ao isolamento e à fuga. Essa relação não é adequada, pois, na verdade, era uma forma de resistência e de busca por autonomia, com o desejo de se atingir a condição de camponês livre.
Além de lutarem para manter e legalizar as suas terras, as comunidades quilombolas têm outros desafios, relacionados, por exemplo, à estruturação de práticas de exploração de recursos naturais e agrícolas pautadas no desenvolvimento sustentável, à preservação de seus valores culturais, à valorização da sua produção artesanal e à formação de associações que garantam maior capacidade de mobilização para as comunidades.

  • Ações afirmativas
São medidas emergenciais, tomadas pelo Estado, com o objetivo de criar condições para que determinados grupos sociais/étnicos possam ter igualdade de oportunidades e, nesse sentido, as desigualdades historicamente acumuladas sejam eliminadas ou amenizadas.

Fonte Bibliográfica

LUCCI, Elian Alabi, SENE, BRANCO, Anselmo Lázaro, MENDONÇA, Claudio. Território e Sociedade no mundo globalizado: Geografia, Ensino Médio, volume 3: 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

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