quinta-feira, 6 de março de 2014

CONFLITOS INTERNACIONAIS E TERRORISMO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     3º Ano – Ensino Médio    -   Noturno
Disciplina: Geografia - 2014

 CONFLITOS INTERNACIONAIS E TERRORISMO
  • Razões dos conflitos étnico-nacionalistas
Os conflitos étnico-nacionalistas estão relacionados, de modo geral, à formação de Estados que abrigam diversas nações. As principais razões desses conflitos são a não aceitação das diferenças étnicas e culturais, a existência de privilégios impostos pela supremacia de um grupo sobre outro, interesses econômicos de determinados grupos sociais e o desejo de nações de constituírem seus próprios Estados.
 
  • Conflitos na Europa
A questão basca – Os povos bascos habitam a região localizada entre o norte da Espanha e o sul da França. Durante a ditadura de Francisco Franco eles foram impedidos de se expressar em seu próprio idioma, comemorar suas festas nacionais e manifestar sua cultura. A repressão forjou um forte movimento nacionalista e formação de grupos de resistência política. Lutam pela independência total e constituição de um Estado próprio.
A questão irlandesa – envolvem protestantes e católicos na Irlanda do Norte, onde a maioria protestante aceita permanecer sob o domínio do Reino Unido e a minoria católica deseja a independência.

  • Conflitos nos Bálcãs: o esfacelamento da Iugoslávia
A Iugoslávia abrigava populações de diversas nacionalidades. Após a Segunda Guerra Mundial, Josif Broz (Tito) conseguiu manter, sob o regime comunista e autônomo (livre da ingerência soviética) relativa estabilidade nas relações entre essas diversas repúblicas e nacionalidades. A morte de Tito, em 1980, e o agravamento do quadro de crise no Leste europeu, influenciado pela desagregação da União Soviética, favoreceram o ressurgimento de sentimentos nacionalistas nos Bálcãs e as lutas pela independência.

  • Conflitos no Cáucaso
A região montanhosa do Cáucaso, situada entre o Mar Negro e o Cáspio (entre Europa e Ásia), é, historicamente, um polo de conflitos. Ali convivem cerca de 50 etnias, com histórias e culturas próprias.
A parte russa do Cáucaso é formada por várias repúblicas que em muitos casos não possuem identidade entre si nem com o restante da Federação Russa. Apesar disso a Rússia luta para mantê-las unidas à Federação, pois essa região, próxima ao Oriente Médio, possui grandes reservas e plataformas de exploração de petróleo e ocupa posição estratégica no contexto geopolítico. Além disso, é através do Daguestão no norte do Cáucaso que a Rússia tem sua principal ligação com o mar Cáspio. A importância da região caucasiana também está relacionada ao controle dos vales férteis. Por tudo isso, Guerras de independência como a da Chechênia não são aceitas pela Rússia.

  • Conflitos étnicos na África
Os conflitos étnicos na África são resultantes, principalmente, da formação de fronteiras artificiais no continente africano durante o neocolonialismo europeu no século XIX, que separou as tribos com afinidades culturais e reuniram aquelas rivais dentro de um mesmo território. Essas fronteiras foram mantidas após a descolonização e geraram disputas de poder entre as etnias rivais no interior dos novos Estados independentes.

  • Obstáculos para a paz entre israelenses e palestinos
Nos conflitos ocorridos após a criação do Estado de Israel, os palestinos foram bastante prejudicados. Na partilha estabelecida pela ONU, eles ficaram com 43% das terras da região. Após a Primeira Guerra Árabe-Israelense, transformaram-se em uma nação sem território. Desorganizados, espalhados por diversos países e enfraquecidos militarmente, os palestinos criaram várias organizações terroristas para lutar contra o Estado de Israel.
Existem ainda impasses para se atingir um acordo de paz definitivo entre israelenses e palestinos. Um deles é a cidade de Jerusalém. Israel a declara como capital indivisível do país; já os palestinos não abrem mão de incorporá-la a um futuro Estado da Palestina. O extremismo de grupos judeus e palestinos, contrários a qualquer processo de negociação, constitui outro obstáculo à paz na região.

  • Os dois lados do terrorismo
O terrorismo de Estado desrespeita as organizações e as convenções internacionais, abrindo brechas para os atos de exceção, com uso da violência em seu nível mais extremado, que compromete a já frágil estabilidade de alguns Estados-nação, pois atinge cidadãos ou organizações da sociedade civil.
O terrorismo praticado por grupos políticos ou facções religiosas busca atingir alvos específicos e instituições de determinado Estado ou então a população civil, neste caso, procura extrair efeitos dramáticos – o mais importante é provocar medo e não propriamente ocasionar grandes danos.

Veja o vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lzroQjobEgA

  • O fundamentalismo islâmico
O fundamentalismo islâmico é um movimento voltado à criação de sociedades regidas pelo Corão, preservando seus valores culturais, opostos aos modelos políticos e filosóficos ocidentais, entre eles a separação entre Estado e religião, a democracia e o individualismo. Sua recente expansão está relacionada genericamente ao fato de as populações muçulmanas, excluídas em sua maioria dos benefícios da modernidade, terem se apegado cada vez mais às próprias raízes religiosas e culturais. Outro fator está relacionado aos sucessivos fracassos econômicos e políticos dos governos de vários países muçulmanos da Ásia e do norte da África. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, esses países conquistaram sua independência e passaram a ter seus próprios governos. Desde então, o caos econômico e social, aliado ao autoritarismo e à corrupção da classe política dirigente, é a base fértil da expansão do fundamentalismo.

  • Operação Condor
Foi um acordo de cooperação inicialmente entre os serviços de inteligência do Chile, do Brasil, da Argentina, do Uruguai e da Bolívia, e posteriormente do Peru e do Equador, para uma ação conjunta contra adversários dos regimes ditatoriais em vigor na América Latina nas décadas de 1970 e 1980.

  • A África e os bantustões
Os bantustões eram territórios destinados aos negros durante o regime de discriminação racial do apartheid, na África do Sul, e representavam o grau mais extremo do segregacionismo a que uma sociedade pode chegar por via política. Internacionalmente, essa política resultou da exclusão da África do Sul  do quadro da ONU e na adoção de sanções econômicas ao país, com o objetivo de pressionar o governo para extinguir o apatheid.

  • Os Khmers Vermelhos do Camboja
Os Khmers Vermelhos, liderados por Pol Pot, governaram o Camboja sob um regime de terror e foram responsáveis por um dos maiores massacres já empreendidos pelo Estado. Os Khmers Vermelhos apregoavam que os habitantes das cidades estavam necessariamente contaminados pela ideologia burguesa e deviam ser enviados ao campo para se reeducar. Os intelectuais foram presos, e muitos executados. A perseguição atingiu aqueles que tinha leitura e bons conhecimentos, eram condenados à morte caso dominassem a língua inglesa.

  • A Lei Patriótica nos EUA
Esta lei fere os princípios democráticos porque restringe vários direitos civis e reduz as garantias contra o abuso de poder das autoridades. Ela garantiu às autoridades poder para prender suspeitos e deixá-los incomunicáveis, censurar correspondência, grampear telefones, invadir residências sem mandado judicial, etc.
 
Fonte Bibliográfica
LUCCI, Elian Alabi, SENE, BRANCO, Anselmo Lázaro, MENDONÇA, Claudio. Território e Sociedade no mundo globalizado: Geografia, Ensino Médio, volume 3: 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.