quinta-feira, 6 de março de 2014

MAPAS, ESCALAS E PROJEÇÕES


Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     1º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia  -  2014

 
Mapas, Escalas e Projeções

·       Mapa, carta e planta – em inglês: tanto mapa quanto a carta, se relacionam com a parte sólida do terreno, mas o mapa encarrega-se da parte descoberta, e a carta com a porção submersa. Mapa é o termo  mais geral, enquanto carta é destinada unicamente à representação náutica ou marítima, e fluvial. Em português, mapa e carta, praticamente, tem tudo em comum. Por causa do surgimento da aeronáutica, temos também a carta aeronáutica. No Brasil, mapa é um documento mais simples, enquanto a carta é mais detalhada e complexa. No caso da Planta, a principal característica é a exigüidade das dimensões. Outra característica é a ausência de referência à curvatura da Terra. Na carta a escala tende a ser muito grande e, em conseqüência, aumenta o número de detalhes. (Ex: planta de um jardim, planta de uma casa, planta urbana)

·       Classificação dos mapas
1)     Topográfico – neste tipo de mapa, procura-se representar o espaço geográfico o mais próximo possível da realidade, dentro das limitações impostas pela escala.
2)     Temáticos – contém informações selecionadas sobre determinado fenômeno ou tema do espaço geográfico: aspectos naturais (geologia, relevo, vegetação, clima etc.) ou sociais (população, agricultura, indústrias, urbanização etc.) Nesses mapas a precisão planimétrica ou altimétrica tem menor importância; a representação quantitativa e qualitativa dos temas selecionados é mais relevante.

Carta topográfica – as variáveis da superfície da Terra são representadas com detalhes e localização precisa, o que torna possível identificar a posição planimétrica – fenômenos geográficos representados no plano, na horizontal: cidades, campos agrícolas etc. – e a altimétrica – representação vertical, altitude relevo – de qualquer elemento do espaço geográfico.
       Veja o vídeo aqu: https://www.youtube.com/watch?v=eiMnuNJWdMc
 
Escala – é uma correspondência entre as dimensões do terreno e as do papel que expressa quanto os elementos do espaço geográfico foram reduzidos para caberem numa folha de papel ou numa tela de computador. A escala é considerada pequena quando se reduzem muito os elementos e grande quando os elementos não são muito reduzidos.  As representações em escalas pequenas mostram áreas muito extensas, com poucos detalhes e são chamadas de mapas; as representações em escala grande mostram áreas menores, com maior grau de detalhamento, e são chamadas de cartas. Representações em escalas muito grandes e com alto grau de detalhamento são chamadas de plantas.
      Veja o vídeo aqui:    https://www.youtube.com/watch?v=ddoTFM09BP4
 
Projeção cartográfica – é o resultado de um conjunto de operações que permite representar no plano, por meio de paralelos e meridianos, os fenômenos que dispostos na superfície de uma esfera. No entanto, nosso planeta não é uma esfera perfeita, mas uma figura geométrica denominada geóide (parecida com uma laranja). Este fato gera um problema insolúvel: qualquer que seja a projeção adotada, sempre haverá algum tipo de distorção, nas áreas, nas formas ou nas distâncias da superfície terrestre. Só não haverá distorção perceptível em escalas muito grandes, como é o caso das plantas, nas quais não é necessário considerar a curvatura da Terra.

·   Classificação das projeções
As projeções podem ser classificadas em conformes, equivalentes equidistantes ou afiláticas.
- Conformes :  é aquela na qual os ângulos, no mapa-múndi ou regional, são idênticos aos do globo. Nesse tipo de projeção, as formas terrestres (continentes e ilhas) são representadas sem distorção, porém com alteração de suas áreas. O exemplo mais conhecido desse tipo de projeção é a de Mercator, cartógrafo e matemático belga. Na navegação, essa projeção é a mais usada. Isto porque ela é bastante fiel nas distâncias, especialmente as marítimas, e na navegação as distâncias são mais importantes que o tamanho relativo das áreas.

- Equivalentes: é aquela na qual as áreas, no mapa-múndi ou regional, mantém-se proporcionalmente idênticas às da esfera terrestre, embora os ângulos possam estar deformados em comparação com a realidade. Nesse tipo de projeção, há proporcionalidade de áreas em todo o mapa, mas as formas da superfície terrestre são distorcidas. Um exemplo deste tipo de projeção é o mapa-múndi de Peters, elaborado pelo historiador alemão Arno Peters. Essa projeção é mais indicada quando se quer estudar as proporções relativas, como o tamanho dos continentes ou países, pois as dimensões das áreas não se alteram.

- Projeção azimutal equidistante – é aquela na qual, nos mapas-múndi, a representação das distâncias entre as regiões é precisa. Essa projeção adota como centro um ponto qualquer do planeta para que seja possível medir a distância entre esse ponto e qualquer outro lugar. Esse tipos de projeção é utilizado especialmente para definir rotas aéreas ou marítimas.

- Outras projeções – Atualmente, é comum a utilização de projeções com menores índices de distorção para o mapeamento do planeta, como a de Robinson, comumente usada nos atlas modernos. Ela é bastante usada para mostrar o mundo em atlas escolares, pois não distorce o planeta como as outras projeções.

·   Técnicas de projeção: Cilíndrica, cônica e polar
- Cilíndrica – Envolve-se a Terra num cilindro, como se existisse uma luz na Terra e essa iluminação se propagasse para o cilindro, que será desenrolado e colocado sobre uma superfície plana (o papel).
- Cônica – repete o processo da projeção cilíndrica, mas, em vez de um cilindro, existe um cone envolvendo o planeta.
- Polar ou plana (azimutais) – também repete o esquema, mas coloca um plano no lugar do cilindro ou do cone.
·   Qual a melhor projeção?
- Todas, de uma forma ou de outra, apresentam distorções, pois é impossível representar com exatidão uma realidade esférica numa superfície plana. Portanto, a escolha de uma delas vai depender da finalidade do mapa: viajar, comparar países, navegar, conhecer alguns fenômenos da geografia geral (climas, vulcões, etc.) ou algum aspecto da atividade econômica (agricultura, indústria, etc.)

 
·   Fontes

- MOREIRA, João Carlos, SENE, Eustáquio de.  Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

- VASENTINI, José Willian. Geografia: o mundo em transição : Ensino Médio: v.1. – São Paulo: Ática, 2010.

 

 

 

 
 

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