Colégio Estadual Deputado Manoel
Mendonça
Prof.:
Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia
- 2014
Mapas, Escalas e
Projeções
· Mapa, carta e planta – em inglês: tanto mapa
quanto a carta, se relacionam com a parte sólida do terreno, mas o mapa
encarrega-se da parte descoberta, e a carta com a porção submersa. Mapa é o
termo mais geral, enquanto carta é
destinada unicamente à representação náutica ou marítima, e fluvial. Em
português, mapa e carta, praticamente, tem tudo em comum. Por causa do
surgimento da aeronáutica, temos também a carta aeronáutica. No Brasil, mapa é
um documento mais simples, enquanto a carta é mais detalhada e complexa. No
caso da Planta, a principal característica é a exigüidade das dimensões. Outra
característica é a ausência de referência à curvatura da Terra. Na carta a
escala tende a ser muito grande e, em conseqüência, aumenta o número de
detalhes. (Ex: planta de um jardim, planta de uma casa, planta urbana)
· Classificação dos mapas
1)
Topográfico – neste tipo de
mapa, procura-se representar o espaço geográfico o mais próximo possível da
realidade, dentro das limitações impostas pela escala.
2)
Temáticos – contém informações
selecionadas sobre determinado fenômeno ou tema do espaço geográfico: aspectos
naturais (geologia, relevo, vegetação, clima etc.) ou sociais (população,
agricultura, indústrias, urbanização etc.) Nesses mapas a precisão planimétrica
ou altimétrica tem menor importância; a representação quantitativa e
qualitativa dos temas selecionados é mais relevante.
Carta topográfica – as variáveis da superfície da Terra são representadas com detalhes e
localização precisa, o que torna possível identificar a posição planimétrica –
fenômenos geográficos representados no plano, na horizontal: cidades, campos
agrícolas etc. – e a altimétrica – representação vertical, altitude relevo – de
qualquer elemento do espaço geográfico.
Veja o vídeo aqu: https://www.youtube.com/watch?v=eiMnuNJWdMc
· Classificação
das projeções
As projeções podem ser classificadas em conformes, equivalentes
equidistantes ou afiláticas.
- Conformes : é aquela na
qual os ângulos, no mapa-múndi ou regional, são idênticos aos do globo. Nesse
tipo de projeção, as formas terrestres (continentes e ilhas) são representadas
sem distorção, porém com alteração de suas áreas. O exemplo mais conhecido
desse tipo de projeção é a de Mercator, cartógrafo e matemático belga. Na navegação, essa projeção é a mais usada. Isto porque
ela é bastante fiel nas distâncias, especialmente as marítimas, e na navegação
as distâncias são mais importantes que o tamanho relativo das áreas.
- Equivalentes: é aquela na qual as áreas, no mapa-múndi ou
regional, mantém-se proporcionalmente idênticas às da esfera terrestre, embora
os ângulos possam estar deformados em comparação com a realidade. Nesse tipo de
projeção, há proporcionalidade de áreas em todo o mapa, mas as formas da
superfície terrestre são distorcidas. Um exemplo deste tipo de projeção é o
mapa-múndi de Peters, elaborado pelo historiador alemão Arno Peters. Essa projeção é mais indicada quando se quer estudar as
proporções relativas, como o tamanho dos continentes ou países, pois as
dimensões das áreas não se alteram.
- Projeção azimutal equidistante – é aquela na qual, nos
mapas-múndi, a representação das distâncias entre as regiões é precisa. Essa
projeção adota como centro um ponto qualquer do planeta para que seja possível
medir a distância entre esse ponto e qualquer outro lugar. Esse tipos de projeção é utilizado especialmente para
definir rotas aéreas ou marítimas.
- Outras projeções – Atualmente, é comum
a utilização de projeções com menores índices de distorção para o mapeamento do
planeta, como a de Robinson, comumente usada nos atlas modernos. Ela é bastante
usada para mostrar o mundo em atlas escolares, pois não distorce o planeta como
as outras projeções.
· Técnicas
de projeção: Cilíndrica, cônica e polar
- Cilíndrica – Envolve-se a Terra num cilindro, como se existisse
uma luz na Terra e essa iluminação se propagasse para o cilindro, que será
desenrolado e colocado sobre uma superfície plana (o papel).
- Cônica – repete o processo da projeção cilíndrica, mas, em vez de um cilindro,
existe um cone envolvendo o planeta.
- Polar ou plana (azimutais) – também repete o esquema, mas coloca
um plano no lugar do cilindro ou do cone.
· Qual
a melhor projeção?
- Todas, de uma forma ou de outra, apresentam distorções, pois é
impossível representar com exatidão uma realidade esférica numa superfície
plana. Portanto, a escolha de uma delas vai depender da finalidade do mapa:
viajar, comparar países, navegar, conhecer alguns fenômenos da geografia geral
(climas, vulcões, etc.) ou algum aspecto da atividade econômica (agricultura,
indústria, etc.)
· Fontes
- MOREIRA, João
Carlos, SENE, Eustáquio de. Geografia :
volume único – São Paulo: Scipione, 2005.
- VASENTINI, José
Willian. Geografia: o mundo em transição : Ensino Médio: v.1. – São Paulo: Ática,
2010.
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