terça-feira, 24 de maio de 2016

HEBREUS, FENÍCIOS E PERSAS - 1° ANO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2016


Hebreus, fenícios e persas  


            HEBREUS

  • Origem do povo hebreu
Segundo a tradição, o povo hebreu tem sua origem no clã do patriarca Abraão, que nasceu em Ur, sul da Mesopotâmia, por voltado século XX a.C.
Abraão migrou para Canaã, a noroeste da Mesopotâmia, e seus descendentes ali viveram até a terceira geração.
Quando uma grande seca gerou escassez de alimentos, Israel (neto de Abraão) e seus descendentes partiram rumo ao Egito, onde permaneceram por aproximadamente 400 anos. Em grande parte desse período, estiveram sob o domínio dos faraós. No século XIII a.C., conduzidos por Moisés, os hebreus saíram do Egito de volta a Canaã (posteriormente chamada Palestina). Esse episódio ficou conhecido como êxodo.

  • Fases do governo hebraico
1ª) Governo dos  patriarcas, no qual as comunidades tribais eram comandadas por chefes denominados patriarcas, venerados como “pais” (Abrão, Moisés)  da comunidade;
2ª) Governo dos juízes, que exerciam o poder político, militar e religioso; comandavam de forma enérgica o cumprimento dos costumes religiosos, mas não contavam com uma estrutura administrativa regular;
3ª) Monarquia, criada para centralizar o poder e organizar forças para enfrentar os adversários.

·        Principais atividades econômicas
A princípio, a principal atividade econômica era a criação de gado. Ao longo do tempo, diante das dificuldades de fixação, o comércio também tornou-se atividade fundamental.

  • A unidade religiosa e política
A unidade entre os hebreus, seja ela política ou religiosa, ocorreu em momentos em que havia dificuldades a serem superadas pela população.
A unidade religiosa dos hebreus ocorreu quando Moisés recebeu os Dez Mandamentos no Monte Sinai. Essa unidade ocorreu quando o povo hebreu migrava do Egito em direção a Canaã.
A unidade política ocorreu quando os hebreus formaram uma monarquia quando foram chamados por Iavé a deslocar-se até Canaã. As lutas contra os povos que também disputavam aquela região (como os filisteus e os amonitas) levaram os hebreu a adotar a monarquia para centralizar o poder e organizar forças para enfrentar seus adversários.

  • A dispersão do povo hebreu
A dispersão do povo hebreu foi provocada pela invasão dos romanos que destruíram o segundo Templo de Jerusalém.
A partir daí, os hebreus dispersaram-se pelo mundo. É a chamada diáspora hebraica. Espalhados em pequenas comunidades, preservaram elementos básicos de sua cultura (língua e religião) e alguns objetivos comuns, como o retorno a sua terra.

  • Manutenção da herança cultural
A história dos hebreus foi marcada por migrações, perseguições, lutas, cativeiros, fugas e dispersão, contudo eles mantiveram sua herança cultural devido à unidade lingüística e à manutenção de uma forte tradição religiosa.

  • Monoteísmo hebraico
Enquanto a maioria dos povos da Antiguidade era politeísta, os hebreus eram monoteístas. Por meio da crença no deus único (Iavé) e supremo (criador do universo, onipotente e onisciente), os hebreus edificaram o judaísmo, cujos fundamentos foram assimilados na concepção do cristianismo e do islamismo. Hoje, mais da metade da humanidade (dentre os quais 33% cristãos e 19% muçulmanos, aproximadamente) convive com o legado ético e cultural dos hebreus.

  • Nação sem estado
Depois da destruição da monarquia hebraica (domínio babilônico) e da perda sucessiva de autonomia política (dominação persa, macedônica, romana), grupos de hebreus dispersaram-se pelo mundo todo, mas conseguiram manter identidade cultural e, sobretudo, religiosa, Por isso, pode-se afirmar que, embora não possuíssem um Estado (criado só em 1948) eles formavam uma nação.


FENÍCIOS
  • Origem do povo fenício
Os fenícios eram um povo de origem semita, como os hebreus, e já habitavam a estreita planície entre o mar Mediterrâneo e as montanhas do Líbano desde o III milênio a.C. As condições desse local eram pouco favoráveis a um desenvolvimento agrícola abundante, o que fez com que os fenícios se dedicassem à navegação marítima.

  • As cidades-estados fenícias
A Fenícia era formada por cidades autônomas (cidades-Estado), isto é, cidades que tinham governo próprio, independente das demais, comandado geralmente por um rei que governava com o apoio dos grupos sociais poderosos, dentre os quais se destacavam os sacerdotes e os comerciantes.

  • Navegação e comércio
O comércio marítimo era a principal atividade econômica dos fenícios. Exportavam produtos artesanais fabricados em suas oficinas, como artigos metalúrgicos (armas de bronze e de ferro, joias de ouro e de prata, estátuas religiosas etc.) vidros coloridos e tinturas para tecidos. Importavam, de várias regiões, marfim, metais, perfumes, pedras preciosas, cavalos e cereais.

  • Unificação política
As disputas político-econômicas por mercados enfraquecia o poder das cidades-Estados fenícias, de modo que nenhuma delas se tornou suficientemente forte para promover uma unificação política.

  • O comércio e o alfabeto
O desenvolvimento da escrita alfabética entre os fenícios esteve relacionado à necessidade de encontrar um meio mais prático para auxiliar as transações comerciais com outros povos, principal atividade econômica dos fenícios.

  • A importância do alfabeto fenício para as sociedades antigas
O alfabeto fenício permitiu que a escrita se tornasse, aos poucos, um meio de comunicação acessível a um grupo cada vez maior de pessoas: sacerdotes, estudiosos, funcionários etc. Composto de 22 sinais, foi posteriormente aperfeiçoado pelos gregos. Do alfabeto fenício surgiram os alfabetos gregos, latino, árabe, hebreu e indiano.

  • A escrita e o poder
O domínio da escrita era prerrogativa de poucos nas sociedades antigas e quem era alfabetizado ocupava um lugar privilegiado na sociedade. Hoje em dia, embora existam políticas de ampliação e mesmo universalização da alfabetização, o acesso à leitura e interpretação de textos escritos ainda é reduzido, dada a existência de muitos analfabetos funcionais.


OS PERSAS
  • Origem do povo persa
Por volta do século 1500., povos indo-europeus invadiram e conquistaram o planalto do Irã, situado a sudeste da Mesopotâmia. Entre eles, destacaram-se os medos e os persas.
Ao final do século VII a.C., os medos já tinham um Estado organizado e dominavam os persas. Por volta de 550 a.C., comandados por Ciro, os persas venceram a dominação dos medos e promoveram a unificação dos dois povos, formando um império.

  • A administração persa
O Império Persa era dividido em províncias, chamadas satrapias, cada uma governada por um administrador – o sátrapa. Essa organização administrativa foi adotada para que fosse possível cuidar de todos os domínios da vasta extensão territorial do Império.

  • Principal atividade econômica
A principal atividade econômica dos persas era a agricultura. A expansão territorial impulsionou a atividade comercial e a cunhagem de moedas.

  • Os transportes e as comunicações
Buscando manter a unidade do império habitado por diferentes povos, os persas aperfeiçoaram os transportes e as comunicações. Grandes estradas foram construídas para ligar as principais cidades do império, destacando-se a Estrada Real, entre Susa e Sardes, com cerca de 2.600 km de extensão. A boa condição das estradas possibilitou um eficiente serviço de correios. Além disso, adotaram o aramaico como língua para todos os documentos oficiais  visando a unidade do império.


  • O zoroastrismo
O Zoroastra pregava a existência de uma incessante luta entre Ormuz, deus do bem, e Arimã, deus do mal.
O zoroastrismo se assemelha às três grandes religiões monoteístas, sobretudo em termos éticos: a idéia de que o bem depende de opção e ação dos seres humanos, que podem, por meio do culto e de rituais, complementados por ações concretas, se associar à obra do princípio (do bem) que criou o mundo. Contudo, nas três religiões mencionadas, a crença na existência do mal não significa a aceitação da existência de uma segunda divindade, como ocorre no zoroastrismo.
Até o final do século XX, o zoroastrismo tinha em todo o mundo, cerca de 200 mil adeptos, dos quais a maior parte (60%) estava na Índia, seguida por Irã, Estados Unidos e Paquistão.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

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