terça-feira, 24 de maio de 2016

OS GREGOS 2 - 1° ANO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2016

Os Gregos 2

  • A cultura helenística (Grega)
As principais características da cultura helenística são:
- O clima de incerteza, descrença e materialismo que dominava o campo filosófico, expresso no estoicismo (afirmava ser inútil lutar contra o inevitável, o homem devia aceitar seu destino) e no hedonismo (que ensinava que o homem devia buscar o prazer, pois este representa o bem, enquanto a dor representa o mal);
- O desenvolvimento do conhecimento científico;
- O caráter mais dramático, plástico e emotivo do equilíbrio e do racionalismo clássico grego.
A dramaticidade, plasticidade e emotividade características da arte helenística podem ser observadas na imagem, nas expressões faciais dos personagens, na postura de cada um e no próprio tema da escultura

  • Religião e Mitologia
A religião grega não tinha um conjunto fixo de normas (dogmas) escritas em um único livro sagrado. Seus princípios foram transmitidos pela tradição oral.
Entre as características da religião grega, cita-se o politeísmo (culto a vários deuses) e o antropomorfismo (do grego antropo=homem e morfismo=referente à forma – os deuses gregos eram representados com forma e comportamento semelhantes aos dos seres humanos. Os gregos reverenciavam também, os heróis, os semideuses, filhos de um deus imortal com uma pessoa morta. Entre os heróis gregos destaca-se Hércules, o mais forte de todos.
Filhos de Cronos e Reia: Héstia (deusa do lar); Hades (deus do mundo subterrâneo); Deméter (deusa da agricultura); Zeus (deus do céu e senhor do Olimpo); Hera (esposa e irmão de Zeus); Posêidon (deus dos mares).
Filhos de Zeus: Ares (deus da guerra); Atena (deusa da inteligência; nasceu da cabeça de Zeus e prestava serviços à guerra ou à paz; Afrodite (deusa do amor e da beleza); Dionísio (deus do vinho, do prazer e da aventura); Apolo (deus do Sol, das artes e da razão; era considerado o mais belo dos deuses; Ártemis (deusa da Lua, da caça e da fecundidade animal, era irmã gêmea de Apolo; Hefesto (deus do fogo, patrono dos metalúrgicos); Hermes (deus do comércio e da comunicação (eloquência); era o mensageiro de Zeus).
Narrando a vida dos deuses e heróis e seus envolvimentos com os humanos, os gregos criaram um rico conjunto de mitos (mitologia), que exerceu grande influência sobre a arte e o pensamento dos povos ocidentais.
O termo mito tem diversos sentidos. Pode significar uma idéia falsa, como o “mito da superioridade racial dos germânicos”; uma crença exagerada no talento de alguém, algo como “Elvis Presley foi o maior mito do rock mundial”; ou ainda algo não comprovado, irreal supersticioso, como o mito da existência de marcianos. Na história dos gregos antigos, mito se refere aos relatos da tradição cultural daquele povo, que utilizava elementos simbólicos para explicar a realidade e dar sentido à vida. As lendas narradas pelos mitos são ricas em símbolos e imagens e propõem reflexões sobre os homens e sua condição no mundo.

  • Elementos culturais
Arquitetura: destacam-se os templos, cuja principal função era abrigar as esculturas dos deuses e deusas. Não eram locais para reunião ou adoração e sim para serem vistos do exterior. Os principais estilos arquitetônicos foram: dórico (as colunas eram simples e sóbrias), jônico (as colunas eram cheias de ornamentos, sugerindo leveza) e coríntio (as colunas apresentavam uma variação da ordem jônica, era mais rebuscada e exuberante).
Escultura: relacionada com à religião, mesclava o divino e o humano, o espiritual e o físico. Deuses e deusas eram representados em forma humana. Na época clássica idealizava conceitos e sentimentos, como a justiça, o amor, a guerra, a paz, a sabedoria etc.
Teatro: os autores criavam textos cômicos (comédias) ou dramáticos (tragédias). Os atenienses apreciavam os diferentes gêneros teatrais e havia festivais e concursos entre os autores.
Ciências: Os gregos aperfeiçoaram o alfabeto fenício, inserindo as vogais, e o transmitiram a diversos povos. Na escrita da história destacaram-se Heródoto (484-425 a.C.), conhecido como o “pai da história”, e Tucídides (460-396 a.C.). Na filosofia, Sócrates (469-399 a.C.), Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.), enfatizaram a importância da razão como instrumento para se adquirir conhecimento e sabedoria. Da filosofia desmembraram as outras ciências destacando nomes como os matemáticos Tales de Mileto e Pitágoras. Na medicina destacou-se Hipócrates (pai da medicina)

  • Guerras Médicas
A expansão econômica e cultural da Grécia, alcançando a costa ocidental da Ásia (Ásia Menor), provocou o confronto com o Império Persa, com a disputa de rotas comerciais, mercados e matérias-primas. Desse confronto resultou o conflito que se estendeu de 499 a 475 a.C. (Guerras Greco-Pérsicas ou Guerras Médicas). A guerra promoveu a solidariedade entre os gregos, que, com a liderança de Atenas e Esparta, conseguiram deter a invasão persa. O papel de destaque coube aos atenienses: Atenas, após a guerra, tornou-se a mais poderosa cidade grega, tanto do ponto de vista militar quanto econômico.

  • Guerra do Peloponeso
O poderio de Atenas, decorrente das Guerras Médicas, provocou a reação de outras cidades gregas, comandadas por Esparta, que organizou e liderou a Liga do Peloponeso. A guerra entre as cidades rivais durou 27 anos (431-404 a.C.) e terminou com a vitória de Esparta; os aristocratas espartanos estenderam sua influência sobre o mundo grego durante cerca de 30 anos. Essa liderança, contudo, foi interrompida por novas revoltas comandadas por habitantes da cidade de Tebas, que contavam com um poderoso exército.

  • Conseqüência das guerras para a vida política
Após vencer as tropas espartanas, as lideranças tebanas instituíram um período de hegemonia entre os gregos, que durou de 371 a 362 a.C. Mas, após anos de guerras internas, as cidades gregas ficaram enfraquecidas nas suas instituições públicas, debilitando o mundo grego. Aproveitando-se desta “crise” da polis, o rei Filipe da Macedônia preparou um forte exército para conquistar a Grécia.

  • O Império Macedônico
Liderando o exército macedônico, Alexandre Magno (o Grande, como ficou conhecido), filho do rei Filipe da Macedônia, sufocou definitivamente as revoltas das cidades gregas (Tebas e Atenas) e, depois partiu com mais de 40 mil homens em direção ao Oriente.
Alexandre obteve vitórias militares na Ásia Menor, Egito, Mesopotâmia, Pérsia e em regiões da Índia, até o vale do rio Indo. Em dez anos, o Império Macedônico transformou-se em um dos maiores de toda a Antiguidade.
Alexandre não consegui, no entanto, montar um governo estável para administrar seu vasto império. Quando morreu, em 323 a.C. (pouco antes de completar 33 anos), seus generais disputaram o poder entre si, cada qual defendendo os interesses da região que comandava.
O Império Macedônico foi responsável pela difusão da cultura grega desde o Egito até o Extremo Oriente, e promoveu trocas culturais com o mundo oriental.



Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

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