terça-feira, 24 de maio de 2016

OS GREGOS 1 - 1° ANO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2016

Os Gregos I
  • Divisão histórica
A Grécia foi palco de uma civilização que se desenvolveu para além de seus limites geográficos. Sua história costuma ser dividida nos períodos: Micênico ( 1650 a 1150 a.C), Homérico (séculos XV a VIII a.C.), Arcaico (séculos VIII a VI a.C.), Clássico (séculos VI a IV a.C.)  e Helenístico (séculos IV a I a.C.).

  • Primeiros povoadores
A partir do ano 2000 a.C., aqueus, jônios, eólios e dórios começaram a se estabelecer nas áreas que ficaram conhecidas como Grécia antiga. Conquistando populações já existentes nessa regiões (cretenses e micênicos, entre outros), esses povos estão entre os principais formadores dos helenos (povo grego) – uma mescla de etnias e culturas que, ao longo do tempo, por intercâmbios socioculturais, foi adquirindo certa unidade.

  • Creta
Há cerca de 5 mil anos, a ilha de Creta, por sua localização, tornou-se ponto de encontro entre a Grécia e as civilizações do Crescente Fértil, o que favoreceu o desenvolvimento de atividades marítimas e comerciais. Entre 1700 e 1450 a.C. instalou-se na cidade de Cnossos uma poderosa monarquia que impôs sua supremacia sobre as demais cidades e expandiu a dominação cretense, formando um império comercial-marítimo que, por se basear na navegação marítima, foi denominada talassocracia.

  • As cidades-Estados
As cidades-Estados originaram-se das transformações ocorridas na organização dos génos (grandes famílias). No início, a vida econômica era baseada na fraternidade e na cooperação social, com a terra, a colheita e o rebanho pertencendo à comunidade. Posteriormente, alguns grupos acumularam riqueza e poder, e passaram a se considerar os melhores (aristoi, em grego). Com isso a vida comunitária dos génos foi-se dissolvendo, formando-se a pólis (ou cidade-Estado), com governo, leis, calendário e moeda próprios.
As cidades-Estado gregas eram independentes entre si, isto é, cada uma tinha governo, leis, calendário e moeda próprios. Ocupavam em média de 1.000 a 3.000 km2 de área, dividida em zona rural e zona urbana.

  • A fragmentação política da Grécia Antiga
A fragmentação política ocorreu devido a duas características físicas marcantes: o território montanhoso (cerca de 80%), fazendo com que os grupos humanos se instalassem em distintas planícies, separadas pelo relevo, e o litoral bastante recortado e fragmentado em ilhas.

  • Elementos de união do mundo grego
Apesar da divisão em cidades-Estado, existiam elementos que uniam o mundo grego. O que integrava as diversas populações das cidades gregas eram elementos culturais comuns: a língua (apesar dos diferentes dialetos), uma base religiosa comum, certos eventos periódicos em que se reuniam (como os Jogos Olímpicos) etc.

  • A colonização grega
A expansão colonizadora dos gregos deveu-se a questões sociais originadas por problemas de posse da terra, dificuldades na agricultura e aumento da população, o que levou grande parte dos gregos a procurar novas terras para se fixar.
Após os primeiros momentos de expansão, as regiões colonizadas tornaram-se centros comerciais, impulsionando as trocas entre as cidades da Hélade e as colônias. A expansão colonizadora também impulsionou a navegação marítima, as trocas culturais e a produção artesanal

  • Esparta
A sociedade espartana, marcada pelo caráter militarista da cidade (que se justificava devido as constantes revoltas dos hilotas) era constituída por três grupos sociais: os esparciatas (cidadãos espartanos), homens livres, proprietários de terras, que não podiam exercer o comércio e ficavam à disposição do exército ou dos negócios públicos: os periecos, também homens livres, que não tinham direitos políticos e se dedicavam principalmente ao comércio e ao artesanato; e os hilotas, que tinham obrigação de cultivar as terras dos esparciatas, das quais não podiam ser expulsos. Desprezados socialmente, promoviam frequentes revoltas contra os grupos dominantes.
Essa organização se traduzia na estrutura de poder, com o domínio político exclusivo dos esparciatas, que exerciam todos os cargos e funções de governo.

  • Atenas
A sociedade ateniense era agrupada em três grandes categorias: cidadãos, metecos e escravos.
Cidadãos: homens adultos (maiores de 21 anos), filhos de pai e mãe atenienses. Eram pessoas de diferentes condições econômicas: grandes e pequenos proprietários de terra, grandes e pequenos comerciantes etc. tinham direitos políticos e participavam do governo da cidade. Raramente os atenienses concediam o direito de cidadania a pessoas de outras cidades.
Metecos: pessoas que viviam em Atenas, mas não haviam nascidos na cidade. Não tinham direitos políticos e eram proibidos de comprar terras, mas podiam trabalhas no comércio e o artesanato. Em geral, pagavam impostos para viver na cidade e, em certas épocas, podiam ser convocados para o serviço militar.
Escravos: geralmente prisioneiros de guerra, comprados de estrangeiros nos mercados de escravos, ou filhos de escravos que já viviam na cidade.

  • A democracia ateniense
A democracia grega surgiu a partir da reação de grande parte dos atenienses frente aos abusos e à concentração de poder da aristocracia (classe formada por um grupo reduzido de pessoas que detêm o poder econômico ou político).
Com a ação de alguns reformadores, nos séculos VII e VI a.C., a situação política foi sendo, aos poucos, modificada. Drácon impôs leis escritas acabando com as vendetas (guerras entre famílias por vingança); Sólon libertou os cidadãos transformados em escravos. Esse processo culminou com a criação de um novo modo de governar Atenas – a democracia, que se consolidou com Clístenes (510 a 507 a.C). O princípio básico do regime democrático dizia que “todos os cidadãos têm o mesmo direito perante as leis” – princípio da isonomia.

  • Democracias
Há várias diferenças entre as democracias atuais e a antiga democracia ateniense.
A democracia ateniense não atingia igualmente a todos os que lá viviam.  Restringia-se aos cidadãos (pequena parte da população masculina). Os estrangeiros (metecos), os escravos, as mulheres e os jovens menores de 21 anos não tinham direitos políticos e estavam excluídos da vida democrática. Hoje, em uma sociedade democrática, a cidadania é uma condição a que todos os seus membros têm direito.
Outra diferença é que, em Atenas, a democracia era direta, ou seja, todo cidadão apresentava-se pessoalmente na Assembleia para votar sobre diferentes assuntos da vida pública.
Já a maioria dos sistemas democráticos atuais é representativa, ou seja, o cidadão ele os políticos (prefeitos, governadores, presidente, vereadores, deputados e senadores) para representa-lo nos diferentes órgãos da administração pública.

  • Aristóteles e a escravidão
Aristóteles justifica a escravidão pela própria natureza, que, segundo ele, faz o corpo dos escravos e o do homem livre diferentes. O corpo do escravo seria forte, adaptado para a atividade servil; o do homem livre, ereto, seria inadequado para o trabalho, porém apto para a vida do cidadão.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.


COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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