terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO E PRESERVAÇÃO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     2º Ano – Ensino Médio  
Disciplina: Geografia - 2016
Meio ambiente, desenvolvimento e preservação
·        Recursos naturais
São elementos existentes na natureza, os quais o ser humano explora a fim de produzir os bens de que precisa ou de que faz uso. Os recursos naturais, por sua própria natureza, existem independentemente da ação humana e não estão disponíveis de acordo com o livre-arbítrio de quem quer que seja.
Recursos naturais renováveis – são aqueles que podem ser repostos ou recriados (renovados) pela natureza em um período de tempo relativamente curto, desde que utilizado de maneira racional. Entre esses recursos estão as florestas, solos e fontes hídricas (rios, lagos, oceanos).
Recursos naturais não renováveis – são aqueles que não podem ser repostos pela sociedade e que levam milhões de anos para serem repostos pela natureza. Os minerais, como bauxita, ferro, ouro, e os combustíveis fósseis, como o petróleo, são exemplos de recursos que vão se esgotando à medida que são extraídos da natureza.
·        O capitalismo e a natureza
Com o advento da sociedade industrial e o desenvolvimento científico e tecnológico voltado para o aumento crescente da produção, arraigou-se na sociedade capitalista a ideia da natureza como fornecedora de recursos econômicos, vistos como bens que podem ser explorados a fim de gerar riquezas e lucros. Com essa mentalidade estritamente econômica, a natureza passou a ser tratada como um simples estoque de matérias-primas, fonte inesgotável de recursos necessários para sustentar e garantir a própria reprodução do modo de produção.
·        O capital natural
O capital natural compreende todos os conhecidos recursos usados pela humanidade: a água, os minérios, o petróleo, as árvores, os peixes, o solo, o ar etc. Mas também abrange sistemas vivos, os quais incluem os pastos, as savanas, os mangues, os estuários, os oceanos, os recifes de coral, as áreas ribeirinhas, as tundras e as florestas tropicais

·        Relação consumo – consumismo – degradação dos recursos naturais
A cultura do consumo, que se coloca como condição básica para a manutenção do mercado, depende do aumento da produção, o que, por sua vez, aumenta a pressão sobre os recursos naturais, acarretando os mais variados impactos e problemas ambientais. Ou seja, quanto maior for o consumo de nossa sociedade, em expansão pelo estímulo ao consumo realizado pela indústria da publicidade, as promoções (consumismo), maior será a exploração dos recursos naturais para atender a essa crescente demanda.
·        Estimulação do consumo pelos estabelecimentos comerciais
Na disputa pelo domínio de fatias cada vez maiores do mercado, os segmentos produtivos utilizam inúmeros mecanismos e estratégias de venda. Os estabelecimentos comerciais apostam na realização de promoções e liquidações, formas de pagamento facilitadas, como financiamentos e parcelamentos em cartões de crédito. As instituições financeiras oferecem linhas de crédito que induzem ao consumismo e ao endividamento individual.
·        Consequências da crise ambiental
Recursos hídricos – os recursos hídricos estão sendo seriamente afetados, por exemplo, com a construção de usinas hidrelétricas no curso dos rios, tem sido alterado o fluxo natural das águas fluviais, interferindo no ciclo de cheias e vazantes e afetando diretamente o processo de procriação dos peixes na época da piracema. A fauna e flora fluvial e lacustre também são afetadas pela poluição das fontes hídricas, provocada por esgotos domésticos e industriais e pelos resíduos químicos aplicados nas lavouras. Os oceanos por sua vez, são afetados pela poluição e pelo lixo lançado de maneira indiscriminada em várias regiões do planeta e também pela pesca predatória, prática que tem provocado o desequilíbrio dos ecossistemas marinhos. A captura excessiva de peixes e de crustáceos vem diminuindo muito a população de certas espécies.
Atividade mineradora – o avanço da atividade mineradora em grande escala tem aumentado enormemente a exploração de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral, e também de minerais, como o ferro, a bauxita, o níquel e o manganês. Como a disponibilidade desses recursos é limitada, alguns estudos apontam que muitos deles poderão se tornar escassos ao longo das próximas décadas caso seja mantido esse ritmo de exploração.
·        Conferências do meio ambiente
Estocolmo (1972) – Foram discutidas questões como o controle da poluição do ar, a proteção dos recursos marinhos, a preservação e o uso dos recursos naturais.
Rio de Janeiro (ECO-92 – 1992) – Além de reafirmar a importância do desenvolvimento sustentável, como meta para conciliar o crescimento econômico, com justiça social e conservação ambiental, o encontro contribuiu para ampliar a conscientização sobre os problemas ambientais, fortalecendo ainda mais os movimentos ambientalistas e ecológicos.
Johanesburgo (2002) – Além das questões relacionadas à conservação ambiental, também foram discutidas temáticas em âmbito social, como a meta da redução do número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza.
Rio de Janeiro (RIO+20 – 2012) – foi realizado um balanço do que foi efetivamente realizado nos últimos vinte anos sobre as questões ambientais, em especial as estratégias mais eficientes para se promover a sustentabilidade ambiental e também para se combater e eliminar a pobreza extrema do mundo.
·        Os movimentos ecológicos
Ao atuarem em inúmeras frentes, como na proteção de florestas e outros ecossistemas, em defesa de espécies ameaçadas de extinção, na preservação do patrimônio natural e na denúncia de crimes ambientais, os movimentos ecológicos têm pressionado muitos governos e setores da sociedade a assumirem compromisso cada vez maiores em relação às questões de ordem ambiental.
·        Desenvolvimento sustentável
Não existe uma única visão do que seja o desenvolvimento sustentável.
Para alguns, alcançar o desenvolvimento sustentável é obter o crescimento econômico contínuo através de um manejo mais racional dos recursos naturais e da utilização tecnologias mais eficientes e menos poluentes.
Para outros, o desenvolvimento sustentável é antes de tudo um projeto social e político destinado a erradicar a pobreza, elevar a qualidade de vida e satisfazes às necessidades básicas da humanidade, que oferece os princípios e as orientações para o desenvolvimento harmônico da sociedade, considerando a apropriação e a transformação sustentável dos recursos ambientais.
·        Uma sociedade ambientalmente sustentável.
No âmbito da governança, será preciso que os governos se empenhem na realização de ações concretas, voltadas para a amenização dos impactos ambientais, promovendo a adequação de suas legislações e a fiscalização mais efetiva dos crimes ambientais e priorizando projetos ambientalmente sustentáveis, além de se empenharem na realização de campanhas capazes de disseminar a conscientização ecológica.
No âmbito da iniciativa privada, será preciso que o setor empresarial invista no desenvolvimento de tecnologias limpas, mais eficientes e menos poluidoras, como forma de minimizar os impactos ambientais.
A construção de uma sociedade sustentável também depende diretamente da participação consciente dos cidadãos. Isso depende, pois, de atitudes mais ativas, tanto nas discussões políticas que cobrem das autoridades competentes a solução para os problemas ambientais, quanto na adoção de atitudes que sejam compatíveis com a preservação dos recursos naturais, como a revisão de hábitos consumistas, por exemplo.

Fonte Bibliográfica

MARTINEZ, Rogério, VIDAL, Wanessa Pires Garcia. Novo olhar: geografia, volume 3: 1.ed. São Paulo: FTD, 2013.

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