Col. Est. Dep. Manoel
Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História - 2016
“Tempo e História”
·
História e Historiadores
A história escrita
não pode ser isolada de sua época. Ela reflete o historiador e o tempo em que ele
vive. Por isso, a objetividade em história é sempre muito relativa: as interpretações
dos historiadores não podem ser consideradas verdades absolutas, variando
de acordo com as mudanças ocorridas no processo histórico.
O trabalho do
historiador consiste em investigar e interpretar as ações humanas de
modo a compreender o processo histórico.
·
Fontes históricas e sua importância
As fontes permitem
que o historiador tenha acesso aos fatos do passado e, a partir deles,
procure entender e interpretar como os humanos viveram e se organizaram, permitindo
a compreensão das relações entre passado e presente.
As principais fontes
históricas são as escritas e as não-escritas.
As fontes escritas
são registros em forma de inscrições: cartas, livros, jornais, documentos
públicos etc.; as fontes não escritas são registros das atividades humanas
realizados em linguagens diferentes da escrita: pinturas, esculturas,
vestimentas, armas, músicas, discos, fotografias, depoimentos (fontes orais)
etc.
·
Sentidos da palavra história
A palavra história com o sentido de ficção, estão relacionadas as fontes
produzidas pela imaginação humana: livros de aventura, filmes, novelas de
televisão; com o sentido de processo
vivido, as fontes são principalmente os relatos de experiências, produzidos
pela memória das pessoas que as viveram; com o sentido de produção de conhecimento, podem ser relacionados todos os tipos de
fontes, porque essa produção não exclui os outros dois sentidos.
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Concepções do tempo
O modo como medimos o
tempo pelo relógio não é universal,
mas apenas uma possibilidade de medição desenvolvida em nossa cultura, sendo,
portanto, uma construção histórica:
O modo como o dia terrestre é dividido em horas, minutos e segundos é puramente
convencional.
Em muitas sociedades
rurais, os trabalhadores vivenciam um “tempo
da natureza”, relacionado ao dia e à noite, às variações do clima, às
épocas de plantio e de colheita etc.
Já nas sociedades
industriais contemporâneas, os trabalhadores de uma fábrica, por exemplo,
vivenciam um ritmo de tempo marcado pelas horas do relógio, mesmo porque as
horas de trabalho, em geral, são vendidas por determinado preço, o salário.
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Calendário
É um sistema que
estabelece um modo de contar o tempo. O termo deriva do latim calendarium (“livro de contas” do qual
contavam os juros dos empréstimos, pagos nas calendae, que correspondia o primeiro dia dos meses romanos).
É uma criação
sociocultural ligada a diversos fatores, como: observações astronômicas,
crenças religiosas, valores sociais etc.
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Calendário cristão
Os povos cristãos têm
como marco básico da contagem do tempo o nascimento de
Cristo. As datas anteriores ao seu nascimento recebem a abreviatura a.C. (antes de Cristo); as datas posteriores podem vir acompanhadas ou não da abreviatura d.C. (depois de cristo).
Cristo. As datas anteriores ao seu nascimento recebem a abreviatura a.C. (antes de Cristo); as datas posteriores podem vir acompanhadas ou não da abreviatura d.C. (depois de cristo).
No calendário cristão
(...), o ano fixado para o nascimento de Cristo foi considerado o ano 1 da era
cristã e não o ano zero; possivelmente porque o conceito do zero ainda era
pouco difundido na Europa Ocidental. (Bertília Leite e Othon Winter. Fim de milênio – uma
história dos calendários, profecias e catástrofes cósmicas. Rio de Janeiro,
Jorge Zahar Editor, 1999.p.18)
No século XVI, o papa
Gregório XIII convocou uma comissão de astrônomos que promoveu ajustes no
calendário cristão (Reforma Gregoriana) que deu origem ao calendário que ainda
hoje utilizamos. Esta reforma foi colocada em prática a partir de 1582.
O calendário cristão
agrupa o tempo em dias, semanas, meses e anos. Períodos maiores: dez anos
(décadas), cem anos (séculos), mil anos (milênios).
Costuma-se indicar os
séculos por algarismos romanos, uma tradição que vem da Roma antiga: século XV
(do ano 1401 ao ano 1500); século XXI (do ano 2001 ao 2100).
Para saber a que
século pertence determinado ano basta somar 1 ao número de centenas do ano. Por
exemplo: no ano de 1997, o número de centenas é 19. Temos então:
1997 – 19 + 1 = século XX
Assim, 1997 pertence
ao século XX.
No entanto, quando um
ano termina em 00, como o ano 2000, por exemplo, temos uma exceção à regra.
Nesse caso, o número de centenas indica o século. Veja:
2000 – século XX
- Ano
Bissexto
O ano bissexto é
aquele que possui um dia a mais do que os outros anos que possuem 365 dias. No
calendário gregoriano, este dia extra é contado a cada 4 anos, sendo incluído
sempre no mês de fevereiro, que passa a ter 29 dias.
O ano bissexto
acontece porque o ano-calendário tradicionalmente utilizado possui uma
diferença em relação ao ano solar. Enquanto que no calendário tradicional o ano
dura 365 dias para se completar; no calendário solar, dura 365,25 dias. Sobram, portanto, aproximadamente 5h48m46
(0,2422 dia) a cada ano trópico. As horas excedentes são somadas e adicionadas
ao calendário na forma inteira de um dia (4 x 6h = 1 dia).
Sendo assim, a cada
quatro anos temos a diferença de um dia em relação ao calendário convencional e
solar. Esse dia é justamente o que caracteriza o ano bissexto.
- Origem do nome
O ano bissexto teve
início no Egito em 238 a.C. Em 45 a.C. Entretanto, foi o imperador romano Júlio
César quem trouxe a idéia do ano bissexto para o ocidente.
O dia 3 de fevereiro,
por exemplo, chamava-se “antediem III Nonas Februarii”, ou seja, “três dias
antes da Nona de Fevereiro” e o dia 24 de fevereiro chamava-se “antediem VI
Calendas Martii” ou “antediem sextum Calendas Martii”, ou seja “sexto dia antes
da Calendas de Março”.
O imperador romano
Julio César ao fazer a introdução de mais um dia no ano, optou pelo o mês de
fevereiro, e dentro deste mês escolheu por duplicar o dia 24, chamando-o de
“antediem bis-sextum Calendas Martii” (De novo o sexto dia antes das Calendas
de Março), surge então o nome “ bissexto”, que passou a designar o ano que
tivesse este dia suplementar.
Júlio César escolheu o
mês de fevereiro para adicionar um dia porque, além de ser o mês mais curto do
ano, com 28 dias, também era o último mês do ano entre os romanos, e que
por eles era considerado como um mês negativo. Desta forma a escolha por
duplicar o dia 24, ao invés de ser introduzido o novo dia 29 (como atualmente
fazemos) se deu por motivos supersticiosos.
·
Periodização histórica tradicional
- Pré-história – do surgimento do ser
humano até o aparecimento da escrita (c. 4000 a .C.);
- Idade Antiga ou Antigüidade – do
aparecimento da escrita até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.);
- Idade Média – da queda do Império
Romano do Ocidente até a tomada de Constantinopla pelos turcos (1453);
- Idade Moderna – da tomada de
Constantinopla até a Revolução Francesa (tomada da Bastilha, 1789);
- Idade Contemporânea - da Revolução Francesa até os dias atuais.
·
Críticas a periodização histórica
tradicional
A denominação
“Pré-história” gera alguns problemas. O termo “Pré-história”, que se refere
ao período anterior à escrita, passa a impressão errônea de que antes da
invenção da escrita não há história ou de que não é possível conhece-la. Na
verdade, o ser humano, desde seu aparecimento no planeta, é um ser histórico,
mesmo que não tenha utilizado a escrita em algum período, sendo possível
conhece-lo por meio das fontes não escritas.
Esta divisão tradicional
foi feita a partir do ponto de vista dos historiadores europeus que, no século
XIX, davam maior importância às fontes escritas e aos fatos políticos. Por isso, todo o período anterior à
invenção da escrita foi chamado de Pré-história. E, por serem europeus, esses
historiadores estabeleceram como marcos divisórios das “idades” da história acontecimentos
ocorridos na Europa, ou a ela relacionados, como a queda do Império Romano do
Ocidente, a tomada de Constantinopla pelos turcos e a Revolução Francesa.
Deve-se ter em conta
que os marcos dos períodos históricos fazem parte de um processo longo e
gradativo e que as mudanças históricas não ocorrem repentinamente.
Fonte Bibliográfica:
COTRIM,
Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva,
2005.
COTRIM,
Gilberto, História Global – Brasil e
Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
http://www.sogeografia.com.br/Curiosidades/?pg=4.
Aacesso em 21/01/2016.
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