Col. Est. Dep. Manoel
Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 3° Ano
Disciplina: História –
2016
Crise capitalista
·
O American way of life
O “estilo de vida
americano” foi estabelecido após o final da Primeira Guerra Mundial, quando a
economia dos Estados Unidos tornou-se a mais poderosa do mundo; o progresso
tecnológico do país favoreceu o crescimento da produção econômica, e a
sociedade americana vivia um clima de euforia. Esse novo estilo de vida
caracterizava-se pelo consumismo. “Viver bem” se tornara sinônimo de “consumir”
sempre mais”.
·
Condições que levaram os Estados Unidos
à superprodução na década de 1920
Na década de 1920, a
reconstrução da Europa possibilitou a reorganização e a modernização da
estrutura produtiva de seus países; Inglaterra, Alemanha e França tomaram uma
série de medidas para reduzir a importação de produtos estadunidenses. Ao mesmo
tempo, o ritmo de produção industrial e agrícola nos Estados Unidos continuava
a crescer, passando a ocorrer a superprodução de mercadorias: uma enorme
quantidade de produtos para os quais não havia mais compradores.
·
A crise de 1929
A falta de
compradores para a superprodução dos Estados Unidos ocasionou: Queda dos preços
e dos lucros – os preços baixaram drasticamente, o mesmo ocorrendo com a margem
de lucro dos empresários e agricultores. Mesmo assim, a produção excedente não
conquistou consumidores; Redução da atividade econômica – os produtores
agrícolas e industriais foram obrigados, então, a reduzir o timo de suas
atividades e a produzir menos; Desemprego em massa – com a redução das
atividades, houve demissão de milhões de trabalhadores. Os que não foram
dispensados tiveram redução de salários. No decorrer da crise, o número de desempregados
nos Estados Unidos chegou a mais de 15 milhões de pessoas.
·
A crise de 1929 nos EUA e o Brasil
Com a crise econômica
de 1929, os cafeicultores brasileiros, que vendiam para os mercados dos Estados
Unidos, perderam seu grande comprador. Milhares de sacas de café foram
queimadas, numa tentativa desesperada e inútil de manter os preços altos; o
desastre econômico afetou a cafeicultura brasileira e abalou as estruturas da
República.
·
O New Deal (Novo Acordo)
O New Deal (Novo Acordo) foi o nome dado
a um conjunto de medidas adotadas pelo governo estadunidense, durante o mandato
de Roosevelt (1933-1945), visando superar a crise socioeconômica.
Os objetivos do programa foram:
controlar os preços de diversos produtos agrícolas e industriais; possibilitar
aos fazendeiros arruinados o pagamento de suas dívidas e o reordenamento da
produção, por meio da concessão de empréstimos; criar postos de trabalho para
milhões de desempregados, com a realização de diversas obras públicas; aliviar
a situação de misérias dos desempregados com a criação de um salário-desemprego;
garantir os interesses dos industriais, limitando os preços e a produção às
exigências do mercado; e beneficiar os trabalhadores com a fixação de salários
mínimos e a limitação das jornadas de trabalho.
Os resultados obtidos não foram os
pretendidos, mas o New Deal conseguiu controlar relativamente a crise
econômica, que se desdobrava em violentos conflitos sociais; a partir de 1935,
a economia do país voltou a se fortalecer, mas a crise só foi plenamente
superada anos mais tarde.
As ideias básicas do New Deal rompiam
com os princípios clássicos do liberalismo econômico na medida em que procurava
conciliar as leis de mercado e o respeito pela iniciativa privada com a
intervenção do Estado em vários setores da economia
- Revolução
Keynesiana
John Maynard Keynes foi um defensor de
doutrinas intervencionistas na economia. O impacto de seu pensamento sobre as
teorias e as práticas econômicas do século XX constituiu para alguns uma
verdadeira revolução.
Embora considerasse a existência de
forças de reequilíbrio no campo econômico, Keynes defendeu a tese de que esses
mecanismos não são automáticos no longo prazo. Não confiava, portanto, na
teoria do laissez-faire (“deixa fazer”) e em sua “naturalidade” na economia.
Segundo Keyne, os “impulsos” dos
empresários muitas vezes iam contra o que era “natural”, e, até que houvesse um
reequilíbrio da situação, muitas vidas poderiam ser destruídas. O Estado
precisava, portanto, intervir na economia, implantando políticas econômicas que
garantissem o pleno emprego dos trabalhadores, onde e quando fosse necessário,
para garantir equilíbrio e maior eficiência do sistema produtivo.
Além disso defendia a redistribuição dos
lucros, para que o poder aquisitivo dos consumidores aumentasse de forma
proporcional ao desenvolvimento dos meios de produção.
Fonte Bibliográfica:
COTRIM,
Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 3, 2ª ed. São Paulo: Saraiva,
2013.
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