quarta-feira, 16 de março de 2016

ESTRUTURAS E FORMAS DO RELEVO - 1° ANO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     1º Ano – Ensino Médio  
Disciplina: Geografia - 2016
ESTRUTURAS E FORMAS DO RELEVO
·        Relevo
É uma grande diversidade de desnivelamentos, ou seja, diferentes altitudes – desde terrenos planos até pequenas formas com poucos metros de altura ou enormes cadeias de dobramentos. No decorrer do tempo ele vai sofrendo uma série de processos que o vão modelando continuamente. O relevo e o modelado da superfície terrestre, estudados pela geomorfologia, podem ser explicados pela atuação de agentes internos e externos à crosta terrestre.
Os agentes internos, também chamados endógenos, são aqueles impulsionados pela energia contida no interior do planeta – as forças tectônicas, ou tectonismo, que movimentam as placas e provocam dobramentos, terremotos e vulcanismo.
Esses fenômenos deram origem às grandes estruturas existentes na superfície terrestre – as cadeias orogênicas (dobramentos modernos), os escudos cristalinos e as bacias sedimentares – e continuam a atuar em sua transformação. É sobre essas grandes estruturas que os agentes externos, ou exógenos – temperatura, vento, chuvas, rios, oceanos, geleiras, microrganismos, cobertura vegetal, o homem e outros -, vão atuar, transformando as rochas e dando a elas o aspecto que apresentam atualmente
·        Intemperismo e erosão
Denominamos intemperismo o processo de desagregação (intemperismo físico) e decomposição (intemperismo químico) sofrido pelas rochas. O principal fator de intemperismo físico é a variação de temperatura, que provoca a dilatação e contração das rochas, fragmentando-as. Outro exemplo é o congelamento de água nas fissuras das rochas, fato comum em regiões polares e de altitudes elevadas – ao congelar, a água dilata as fissuras das rochas e provoca sua fragmentação. Já o intemperismo químico resulta sobretudo da ação da água sobre as rochas – semelhantes à um solvente, provocando a decomposição das rochas.
O material intemperizado, ou seja, os fragmentos de rocha decomposta e o solo, está sujeito a erosão. Nesse processo, as águas e o vento desgastam a camada superficial de solos e rochas, removendo substâncias que são transportadas para outro local, onde se depositam ou se sedimentam. O material removido provoca alterações no modelado do relevo – por exemplo, aplainamento e rebaixamento, mudança na forma das encostas e alargamento das margens de um rio.
·        Estrutura de relevo
A estrutura do relevo corresponde à sua base geológica, à composição e à idade das rochas, ou seja, à sua fisiologia, que compõe o substrato que sustenta as formas ou fisionomia do relevo. Podem ser classificadas em três grupos: escudos cristalinos, dobramentos modernos e bacias sedimentares.
·        Formas do relevo
Relevo são as formas visíveis do terreno, ou seja, aquilo que podemos observar na paisagem. Essas formas – a sua fisionomia – originam-se a partir da ação de agentes internos (forças tectônicas), assumindo as características atuais em decorrência da ação dos agentes externos ou erosivos (intemperismo)
·        Planalto, planície e depressão.
Planalto: relevo acidentado ou aplainado em que predominam processos erosivos.
Depressão: relevos aplainados, com suave inclinação e mais baixos do que o entorno, em que predominam processos erosivos.
Planície: relevo relativamente plano, em que predominam processos de sedimentação.
·        Outras formas do relevo
Escarpa: declive acentuado que aparece em bordas de planalto.
Cuesta: forma de relevo que possui um lado com escarpa abrupta e outro com declive suave.
Chapada: tipo de planalto cujo topo é aplainado e as encostas são escarpadas.
Morro: em sua acepção mais comum é uma pequena elevação de terreno, uma colina.
Montanha: cadeia orogênica, como a cordilheira dos Andes, do Cenozoico.
Serra: esse nome é utilizado para designar um conjunto de formas variadas de relevo, como dobramentos antigos e recentes, escarpas de planalto e cuestas.
Inselberg (‘monte ilha’, em alemão): saliência no relevo encontrada em regiões de clima árido e semiárido. Sua estrutura rochosa foi mais resistente à erosão que o material que estava em seu entorno.

O RELEVO SUBMARINO

·        Plataforma continental
A plataforma continental constitui a continuação da estrutura geológica do continente abaixo do nível do mar. A estrutura geológica continental termina no talude (borda da plataforma continental, marcada por um desnível abrupto de até 2 mil metros), com distância variável da costa. Ela apresenta grande importância econômica, por conter bacias sedimentares onde se encontram jazidas de petróleo, como as de Campos (RJ) e Santos (SP), além de ser o local do relevo submarino mais rico em espécies marinhas importantes para a atividade pesqueira.
·        Talude
É a borda da plataforma continental, marcada por um desnível abrupto de até 2 mil metros, na base do qual se encontram a crosta continental e a oceânica.
·        Região pelágica (abissal)
Corresponde à crosta oceânica propriamente dita, que é mais densa e geologicamente distinta da crosta continental.
·        Conceitos importantes – O Direito do Mar
Mar Territorial (MT):  até 12 milhas náuticas (cerca de 22 km) onde os Estados exercem soberania plena
Zona Econômica Exclusiva (ZEE): se estende do litoral continental e insular até 200 milhas náuticas (370 km) onde o a jurisdição se limita à exploração e ao aproveitamento dos recursos naturais. Todos os bens econômicos no seio da massa líquida, sobre o leito do mar e no subsolo marinho são privativos do país costeiro.
Plataforma continental (PC): é o prolongamento natural da massa terrestre de um Estado costeiro. Em alguns casos, ela ultrapassa a distância de 200 milhas da ZEE. Pela Convenção sobre o Direito do Mar, o Estado costeiro pode pleitear a extensão da sua Plataforma Costeira até o limite de 350 milhas náuticas (648 km). É o caso do Brasil, que apresentou às Nações Unidas, em setembro de 2004, o seu pleito de extensão da PC brasileira.
·        Morfologia litorânea
Restingas: cordões arenosos.
Falésias: paredões resultantes do impacto das ondas diretamente contra formações rochosas cristalinas ou sedimentares (conhecidas como barreiras), comuns no nordeste brasileiro.
Barra: saída de um rio, canal ou lagoa para o mar aberto, onde ocorrem intensa sedimentação e formação de bancos de areia ou de detritos.
Saco, baía e golfo: assemelham-se a uma ferradura ou arco quase fechado que se comunica com o oceano. O que muda é o tamanho: o saco é o menor (medido em metros) e a baía tem tamanho intermediário, como a famosa baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. O golfo, como é o maior (medido em quilômetros), pode conter sacos e baías em seu interior.
Ponta, cabo e península: são formas de relevo que avançam do continente para o oceano. A diferença entre elas é a dimensão: pontas são menores que cabos, que, por sua vez, são menores que penínsulas.
Enseada: praia com formato de arco. Por possuir configuração aberta, diferencia-se do saco, cuja configuração é bem mais fechada.
Recife: barreira próxima à praia que diminui o bloqueia o movimento das ondas.
Fiordes: profundos corredores que foram cavados pela erosão glacial e posteriormente rebaixados, o que provocou a invasão das águas do mar.

·   Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume um – São Paulo: Scipione, 2014.

- Vasentini, José Villian – Georafia: O mundo em transição – Ensino Médio – São Paulo: Ática, 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.