Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.:
Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio
Disciplina:
Geografia - 2016
ESTRUTURAS
E FORMAS DO RELEVO
·
Relevo
É
uma grande diversidade de desnivelamentos, ou seja, diferentes altitudes – desde
terrenos planos até pequenas formas com poucos metros de altura ou enormes
cadeias de dobramentos. No decorrer do tempo ele vai sofrendo
uma série de processos que o vão modelando continuamente. O relevo e o modelado
da superfície terrestre, estudados pela geomorfologia, podem ser explicados
pela atuação de agentes internos e externos à crosta terrestre.
Os
agentes internos, também chamados endógenos, são aqueles impulsionados pela
energia contida no interior do planeta – as forças tectônicas, ou tectonismo,
que movimentam as placas e provocam dobramentos, terremotos e vulcanismo.
Esses fenômenos deram origem às grandes estruturas
existentes na superfície terrestre – as cadeias orogênicas (dobramentos
modernos), os escudos cristalinos e as bacias sedimentares – e continuam a
atuar em sua transformação. É sobre essas grandes estruturas que os agentes
externos, ou exógenos – temperatura, vento, chuvas, rios, oceanos, geleiras,
microrganismos, cobertura vegetal, o homem e outros -, vão atuar, transformando
as rochas e dando a elas o aspecto que apresentam atualmente
·
Intemperismo
e erosão
Denominamos
intemperismo o processo de desagregação (intemperismo físico) e decomposição
(intemperismo químico) sofrido pelas rochas. O principal
fator de intemperismo físico é a variação de temperatura, que provoca a
dilatação e contração das rochas, fragmentando-as. Outro exemplo é o
congelamento de água nas fissuras das rochas, fato comum em regiões polares e
de altitudes elevadas – ao congelar, a água dilata as fissuras das rochas e
provoca sua fragmentação. Já o intemperismo químico resulta sobretudo da
ação da água sobre as rochas – semelhantes à um solvente, provocando a
decomposição das rochas.
O material intemperizado, ou seja, os fragmentos de rocha
decomposta e o solo, está sujeito a erosão. Nesse processo, as águas e o vento
desgastam a camada superficial de solos e rochas, removendo substâncias que são
transportadas para outro local, onde se depositam ou se sedimentam. O material
removido provoca alterações no modelado do relevo – por exemplo, aplainamento e
rebaixamento, mudança na forma das encostas e alargamento das margens de um
rio.
·
Estrutura
de relevo
A estrutura do relevo corresponde à sua base geológica,
à composição e à idade das rochas, ou seja, à sua fisiologia, que compõe o
substrato que sustenta as formas ou fisionomia do relevo. Podem ser classificadas em três grupos: escudos
cristalinos, dobramentos modernos e bacias sedimentares.
·
Formas
do relevo
Relevo
são as formas visíveis do terreno, ou seja, aquilo que
podemos observar na paisagem. Essas formas – a sua fisionomia – originam-se
a partir da ação de agentes internos (forças tectônicas), assumindo as
características atuais em decorrência da ação dos agentes externos ou
erosivos (intemperismo)
·
Planalto,
planície e depressão.
Planalto:
relevo acidentado ou aplainado em que predominam processos erosivos.
Depressão:
relevos aplainados, com suave inclinação e mais baixos do que o entorno, em que
predominam processos erosivos.
Planície: relevo relativamente
plano, em que predominam processos de sedimentação.
·
Outras
formas do relevo
Escarpa:
declive acentuado que aparece em bordas de planalto.
Cuesta:
forma de relevo que possui um lado com escarpa abrupta e outro com declive
suave.
Chapada:
tipo de planalto cujo topo é aplainado e as encostas são escarpadas.
Morro:
em sua acepção mais comum é uma pequena elevação de terreno, uma colina.
Montanha:
cadeia orogênica, como a cordilheira dos Andes, do Cenozoico.
Serra:
esse nome é utilizado para designar um conjunto de formas variadas de relevo,
como dobramentos antigos e recentes, escarpas de planalto e cuestas.
Inselberg
(‘monte ilha’, em alemão): saliência no relevo encontrada em
regiões de clima árido e semiárido. Sua estrutura rochosa foi mais resistente à
erosão que o material que estava em seu entorno.
O
RELEVO SUBMARINO
·
Plataforma
continental
A plataforma continental constitui a continuação da
estrutura geológica do continente abaixo do nível do mar. A estrutura
geológica continental termina no talude (borda da plataforma continental,
marcada por um desnível abrupto de até 2 mil metros), com distância variável da
costa. Ela apresenta grande importância econômica, por conter bacias
sedimentares onde se encontram jazidas de petróleo, como as de Campos (RJ)
e Santos (SP), além de ser o local do relevo submarino mais rico em espécies
marinhas importantes para a atividade pesqueira.
·
Talude
É a borda da plataforma continental, marcada por um
desnível abrupto de até 2 mil metros, na base do qual se encontram a crosta
continental e a oceânica.
·
Região
pelágica (abissal)
Corresponde à crosta oceânica propriamente dita, que é mais
densa e geologicamente distinta da crosta continental.
·
Conceitos
importantes – O Direito do Mar
Mar
Territorial (MT):
até 12 milhas náuticas (cerca de 22 km) onde os Estados exercem
soberania plena
Zona
Econômica Exclusiva (ZEE): se estende do litoral continental e
insular até 200 milhas náuticas (370 km) onde o a jurisdição se limita à
exploração e ao aproveitamento dos recursos naturais. Todos os bens econômicos
no seio da massa líquida, sobre o leito do mar e no subsolo marinho são
privativos do país costeiro.
Plataforma continental (PC):
é o prolongamento natural da massa terrestre de um Estado costeiro. Em alguns
casos, ela ultrapassa a distância de 200 milhas da ZEE. Pela Convenção sobre o
Direito do Mar, o Estado costeiro pode pleitear a extensão da sua Plataforma
Costeira até o limite de 350 milhas náuticas (648 km). É o caso do Brasil, que
apresentou às Nações Unidas, em setembro de 2004, o seu pleito de extensão da
PC brasileira.
·
Morfologia
litorânea
Restingas:
cordões arenosos.
Falésias:
paredões resultantes do impacto das ondas diretamente contra formações rochosas
cristalinas ou sedimentares (conhecidas como barreiras), comuns no nordeste
brasileiro.
Barra:
saída de um rio, canal ou lagoa para o mar aberto, onde ocorrem intensa
sedimentação e formação de bancos de areia ou de detritos.
Saco,
baía e golfo: assemelham-se a uma ferradura ou arco quase
fechado que se comunica com o oceano. O que muda é o tamanho: o saco é o menor
(medido em metros) e a baía tem tamanho intermediário, como a famosa baía da
Guanabara, no Rio de Janeiro. O golfo, como é o maior (medido em quilômetros),
pode conter sacos e baías em seu interior.
Ponta,
cabo e península: são formas de relevo que avançam do
continente para o oceano. A diferença entre elas é a dimensão: pontas são
menores que cabos, que, por sua vez, são menores que penínsulas.
Enseada:
praia com formato de arco. Por possuir configuração aberta, diferencia-se do
saco, cuja configuração é bem mais fechada.
Recife:
barreira próxima à praia que diminui o bloqueia o movimento das ondas.
Fiordes:
profundos corredores que foram cavados pela erosão glacial e posteriormente
rebaixados, o que provocou a invasão das águas do mar.
·
Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia
: volume um – São Paulo: Scipione, 2014.
- Vasentini, José Villian – Georafia: O mundo em
transição – Ensino Médio – São Paulo: Ática, 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.