sexta-feira, 18 de março de 2016

TOTALITARISMO - 3° ANO



Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    3° Ano 
Disciplina:   História – 2016

Totalitarismo
  • Ideologias totalitárias
O chamado totalitarismo é um regime político marcado por um Estado forte, absoluto, isto é, que estende seu poder osbre todos os setores da sociedade, supondo alcançar a completa submissão dos indivíduos. Sua denominação derivou-se de uma frase proferida pelo líder fascista Benito Mussolini: “Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”.
  • Elementos que caracterizam o totalitarismo
Partido único – determinação da linha política do Estado por um único partido, de hierarquia rígida, conduzido em geral por um líder autoritário; Ideologia oficial – existência de uma ideologia de Estado bastante abrangente, representada pelo partido único, que deve ser seguida por todos os cidadãos; Estado policial – controle estrito da sociedade por órgãos de repressão política (polícia política, exército etc.) e eliminação das oposições por intermédio, por exemplo, de prisões, censura aos meios de comunicação, coerção física e psicológica; Propaganda estatal – adoção de vigorosa propaganda com o propósito de divulgar a ideologia oficial e promover o culto à personalidade dos líderes do regime; Intervencionismo econômico – direção e controle geral da economia pelo Estado.
  • Fatores que favoreceram o surgimento de regimes totalitários
Diversos fatores costumam ser apontados: as dificuldades sociais e econômicas do pós-guerra na Europa; a crise do capitalismo internacional, que levou a uma queda na atividade econômica mundial e aumentou a inflação e o desemprego em vários países, gerando uma situação socialmente explosiva; a debilidade das diversas democracias liberais, que não conseguiam dar solução a esses graves problemas da época; o avanço do socialismo, que conquistava cada vez mais adeptos com a crise do capitalismo e o exemplo da Revolução Russa – a crise só favorecia a conquista de mais adeptos pelo socialismo. Assim, para defender seus interesses, grande parcela das elites apoiou a ascensão das ideologias totalitárias que prometiam acabar com o socialismo, como o fascismo e o nazismo, entre outras tendências que abundariam nesse período.
  • A ascensão do Partido Nacional Fascista ao poder na Itália
O Partido Fascista, fundado em 1921, apresentou-se como solução para a grave crise italiana decorrente da Primeira Guerra Mundial. Os fascistas afirmavam ser capazes de acabar com as greves operárias e com a agitação dos socialistas, bem como de encaminhar a economia do país ao crescimento. Foram, por isso, apoiados e financiados por muitos industriais, conquistando o poder em 1922.
Em relação a educação, o governo fascista tinha o propósito de tornar a educação pública um meio de impor sua doutrina à sociedade, submetendo o indivíduo à total obediência ao Estado. À medida que o fascismo firmava-se como regime de governo, ampliava-se o processo de transformação das instituições educacionais, incluindo, por exemplo, o lançamento de um livro didático único para as classes elementares e a militarização da vida escolar.
  • As ideias fascistas
Segundo o próprio Mussolini, em 1919, o movimento fascista não tinha uma doutrina claramente elaborada. Era impulsionado por uma vontade de ação de cunho nacionalista dirigida contra o liberalismo e o socialismo. Sendo também antiproletário, o movimento fascista atraiu parcela das classes médias conservadoras e da alta burguesia.
Aos poucos, porém, os fascistas foram definindo suas concepções sobre o modelo de sociedade a ser construído. Nele, o indivíduo deveria ser submisso às necessidades do Estado, que se tornaria, então, uma instituição poderosa, capaz de controlar, inclusive, a vida pública e a vida privada.
  • O governo de Mussolini
Nos primeiros dois anos (1922-1924), Mussolini empenhou-se na construção do Estado totalitário, na divulgação do nacionalismo fascista e no terrorismo das milícias, para acabar com as oposições. Nos anos seguintes (1925-1939), já instalada a ditadura. Dedicou-se à transformação das instituições educacionais e à militarização da sociedade italiana. No plano externo, conduziu a expansão colonial italiana na África, ocupando em maio de 1936, a capital da Etiópia.
  • A Alemanha após a Primeira Guerra Mundial
Após a derrota na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha apresentava imensas dificuldades socioeconômicas (apesar da retomada do desenvolvimento industrial), com elevado número de desempregados e altas taxas de inflação. Diversos setores do operariado protestavam contra a exploração capitalista em greves organizadas pelo Partido Comunista Alemão (KPD) e pelo Partido Social Democrata (SPD). O temor da expansão do socialismo fez com que considerável parcela da elite política e econômica alemã apoiasse o Partido Nazista, autoritário e antidemocrático, liderado por Adolf Hitler.
  • A ascensão do Partido Nazista ao poder
Em 1923, os nazistas tentaram tomar o poder por meio de um golpe militar para derrubar o governo alemão. O golpe fracassou, e Hitler foi preso. Von Hindenburg, eleito presidente da Alemanha em 1925, não conseguiu promover a estabilização política nem superar as dificuldades econômicas do país. Os nazistas acabaram por conquistar a maior bancada do Parlamento (38% dos deputados) nas eleições de julho de 1932, o que favoreceu a ascensão de Hitler, nomeado chanceler (chefe de governo) em 1933.
  • Nazi
A palavra nazi é formada de duas sílabas extraídas da palavra alemã Nationalsozialistische (Nacional-Socialista), que compõe o nome do partido liderado por Hitler. Daí derivaram-se os termos nazista e nazismo. Os partidários eram também chamados de nazis.
  • A doutrina nazista
Suas principias teses eram: a ideia da superioridade da raça ariana; o antissemitismo; o total fortalecimento do Estado, personificado na figura do Führer (chefe), ao qual o indivíduo devia submeter-se totalmente; e o expansionismo, isto é, o direito do povo alemão de conquistar seu espaço vital, expandindo militarmente seu território para reunir as comunidades alemãs em outros países e sustentar seu desenvolvimento.
  • Os regimes totalitários de Portugal e da Espanha
Na primeira metade do século XX, expandiram-se em toda a Europa e em diversas partes do mundo doutrinas totalitárias de inspiração nazifacista. Na Espanha, uma violenta Guerra Civil (1936-1939) resultou na tomada de poder pelo general Francisco Franco, com o apoio dos proprietários de terra, do alto clero e de setores do exército, governando até sua morte, em 1976. Em Portugal, Antônio de Oliveira Salazar assumiu, em 1932, a presidência do Conselho de Ministros e conduziu a vida política do país, como chefe de governo, até se afastar por motivo de doença, 1968.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 3, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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