Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2°
Ano
Disciplina: História – 2016
Início
da colonização
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Desinteresse inicial em colonizar o Brasil
O desinteresse inicial em colonizar o Brasil e
explicado pelas seguintes razões: A descoberta do novo caminho para as Índias
havia tornado o comércio de especiarias muito lucrativo, fazendo com que as
atenções de Portugal se voltassem para o comércio oriental. Além disso, de
início, não foram encontradas jazidas de ouro na América portuguesa.
·
Objetivo das primeiras expedições ao Brasil
Nos primeiros 30 anos (1500-1530), o governo
português limitou-se a enviar para cá algumas expedições marítimas destinadas
principalmente ao reconhecimento da terra e à preservação de sua posse.
·
O pau-brasil
O interesse econômico envolvido na extração
dessa árvore se deve ao fato de que dela retirava-se uma tinta corante vermelha
(brasilina ou brasileína) usada no tingimento de tecidos e para a qual havia um
bom mercado na Europa. Porém, o método utilizado na extração dessa árvore era
predatório, não sustentável, isto é, os portugueses promoveram sua derrubada
contínua e sistemática, sem replantio, deslocando-se para outra área quando se
esgotavam as reservas de um local; empregaram o trabalho dos nativos
(conseguido de forma amigável, por meio do escambo).
As feitorias eram locais para armazenar a
madeira cortada e protege-la dos ataques franceses e de tribos hostis.
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Função dos indígenas na exploração do pau-brasil
A extração de pau-brasil nesse período dependia
da mão de obra dos indígenas – eles derrubavam as árvores, cortavam-nas em
toras e carregavam-nas até os locais de armazenamento (feitorias), de onde eram
levadas para os navios.
Esse trabalho era conseguido de forma amigável,
por meio do escambo. Em troca de uma série de objetos (como pedaços de tecido,
anzóis, espelhos e, às vezes, facas e canivetes), os indígenas eram aliciados a
derrubar as árvores com os machados fornecidos pelos europeus.
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Impulso na colonização
A coroa portuguesa resolveu impulsionar a
colonização no Brasil devido ao receio de perder as terras brasileiras – tendo
em vista que franceses, holandeses e ingleses disputavam a posse dos
territórios americanos – e a busca de alternativas para aumentar os lucros
comerciais, dando o declínio do comércio português no Oriente. Além disso,
havia a esperança de encontrar ouro, renascida a partir da descoberta pelos
espanhóis de minas de ouro e prata em suas colônias (atuais México e Peru).
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Primeira expedição colonizadora
Cinco navios e uma tripulação de cerca de 400
pessoas. Assim era composta e a expedição comandada por Martim Afonso de Souza,
que partiu de Lisboa em dezembro de 1530. Segundo alguns estudiosos, essa
expedição tinha, entre seus objetivos: iniciar a ocupação da terra por portugueses
(colonos) e sua exploração econômica; combater os corsários estrangeiros;
procurar metais preciosos; fazer um melhor reconhecimento geográfico do
litoral.
Em 22 de janeiro de 1532, buscando estabelecer
núcleos de povoamento, Martim Afonso fundou a primeira vila do Brasil, São
Vicente. Fundou também alguns povoados, como Santo André da Borda do Campo.
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O cultivo da cana-de-açúcar
Para colonizar o Brasil, foi necessário extrair
recursos do território colonial. Ou seja, era preciso desenvolver também uma
atividade econômica que compensasse o empreendimento colonizador. A solução
apoiada pelo governo português foi implantar a produção açucareira em certos
trechos do litoral, uma vez que o açúcar era um produto que tinha grande
procura na Europa. A produção açucareira também possibilitava a organização do
cultivo permanente do solo, iniciando o povoamento sistemático da colônia.
Para implantar e expandir essa produção, a
Coroa passou a conceder terras a portugueses e estrangeiros que tivessem
interesse e recursos para a instalação de engenhos, deixando o comércio do
açúcar relativamente livre.
Posteriormente, o rei de Portugal, D.
Sebastião, percebendo o vigor do negócio do açúcar, decidiu estabelecer regras
mais rígidas para a concessão de terras e determinou que o comércio colonial
deveria ser feito exclusivamente por meio de navios portugueses. Com isso, o
governo pretendia implantar o monopólio comercial (que era chamado na época, de
exclusivo metropolitano) nas transações com o açúcar.
·
A relação entre indígenas e portugueses durante a
colonização
A relação entre indígenas e portugueses,
inicialmente amistosa, passou a ser conflitante, à medida que os indígenas
resistiam a se submeter aos europeus. Para força-lo a trabalhar, os colonos
acabaram usando de violência e impondo a escravidão aos indígenas.
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Guerras “justas”
Apesar de o governo português ter defendido, em
princípio, a liberdade indígena, os colonos recorreram por diversas vezes à
guerra “justa” para conseguir escravos entre os povos nativos. Assim se chamava
a guerra contra os indígenas, autorizada pelo governo português ou seus
representantes.
Isso ocorria, basicamente, quando os indígenas
(que eram politeístas) se recusavam a se converter à fé cristã – imposta pelos
colonizadores – ou impediam a divulgação dessa religião, quebravam acordos ou
agiam com hostilidade em relação aos portugueses. Frequentemente, os colonos
burlavam as normas oficiais sobre a “liberdade dos nativos”, alegando que eram
atacados ou ameaçados pelos indígenas.
COTRIM, Gilberto, História
Global – Brasil e Geral, volume 2, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
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