Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2016
Produção agropecuária
·
Pecuária intensiva e extensiva
A agricultura
intensiva é praticada sobretudo nos países desenvolvidos e em
algumas áreas agrícolas capitalizadas dos países em desenvolvimento. Caracteriza
pela utilização de técnicas aprimoradas no preparo do solo, na seleção de
sementes, na irrigação, na mecanização e utilização intensa de fertilizantes,
apresentando, portanto, elevados índices de produtividade e pequena utilização
de mão de obra
Na pecuária
intensiva, o gado é de raças selecionadas e geralmente criado confinado,
alimentado com ração e em pastos cultivados, além disso, recebe assistência
veterinária.
A agricultura
extensiva é praticada nas regiões pobres do planeta; é, portanto,
descapitalizada: não utiliza máquinas nem adubos, do que decorrem a baixa
produtividade e a elevada participação ativa da população no setor.
A pecuária
extensiva utiliza gado de raças não selecionadas, alimentado com pastagens
naturais, apresentando baixo rendimento.
·
Agricultura
familiar e empresarial
Na agricultura familiar todas as
decisões relativas à administração, investimentos e sobre o que e como produzir
são tomadas pelos membros de uma família.
Nesse tipo de agricultura predomina o trabalho realizado pelos membros
da família e, às vezes, de mão de obra contratada. Na agricultura empresarial
predomina a utilização de mão de obra contratada (assalariada) e desvinculada
do proprietário da terra, em caráter permanente ou temporário.
·
Os
agronegócios
Os agronegócios são todas as
atividades envolvidas na produção, comercialização, administração,
processamento, armazenamento e outros ramos que fazem parte da cadeia produtiva,
necessários para que um produto agrícola chegue ao mercado consumidor.
·
A
redução dos trabalhadores da zona rural que se dedicam as atividades agrícolas
A redução do percentual de moradores e
trabalhadores da zona rural que se dedicam a atividades agrícolas ocorre por
causa da modernização das técnicas agrícolas – mecanização, irrigação, seleção
de sementes, biotecnologia, etc. – que aumenta a produtividade e reduz a
necessidade de mão de obra atuando diretamente na produção. Em contrapartida,
são gerados empregos em atividades secundárias e terciárias: operadores de
máquinas, motoristas, vendedores, administradores, serviços de limpeza,
alimentação, segurança, etc. Além disso, vem aumentando bastante a densidade de
atividades ligadas ao turismo, ao lazer, à prática de esportes, aos
transportes, à energia, etc.
·
A
Revolução verde
A Revolução Verde foi um conjunto de
medidas voltadas ao aumento de produção agrícola nos países pobres,
destacando-se a modernização das práticas agrícolas (utilização de adubos químicos,
inseticidas, herbicidas, sementes melhoradas) e a mecanização do preparo do
solo, do cultivo e da colheita.
Esse modelo de produção proporcionou
aumento de produtividade por área cultivada e crescimento da produção de
alimentos, mas isso ficou restrito às grandes propriedades que possuíam terras
planas que pudessem ser mecanizadas e capacidade de investimento para a compra
das máquinas e insumos. Em muitos países essa modernização da produção, e a
consequente substituição dos trabalhadores por máquinas, provocou êxodo rural e
colaborou para o aumento dos índices de pobreza.
Quanto aos impactos ambientais
provocados pela substituição de policultura por monocultura destacam-se a maior
proliferação de pragas e doenças e a contaminação dos solos e recursos hídricos
pelos produtos químicos utilizados – adubos e agrotóxicos.
·
Biotecnologia
e alimentos transgênicos
A biotecnologia compreende o
desenvolvimento de técnicas voltadas à adaptação ou ao aprimoramento de
características dos organismos animais e vegetais, visando ao aumento da
produção e à melhoria da qualidade dos produtos.
Há várias décadas, seu desenvolvimento
vem proporcionando benefícios socioeconômicos e ambientais na agropecuária de
diversos países. A seleção de sementes, os enxertos realizados em plantas, o
cruzamento induzido de animais de criação e a associação de culturas são
algumas das técnicas agrícolas que fazem parte da biotecnologia e são
praticadas há muito tempo.
Em meados da década de 1990, porém, um
ramo da biotecnologia – a pesquisa genômica – passou a lidar com um novo campo
que gerou e continua gerando muita controvérsia: a produção de organismos
geneticamente modificados (OGMs), mais conhecidos como transgênicos. No
caso das plantas, estas podem se tornar resistentes à ação das pragas ou de
herbicidas. Outras modificações genéticas mais antigas, como o melhoramento das
sementes ou o aumento na proporção de nutrientes dos alimentos, nunca chegaram
a ser criticadas da mesma maneira.
·
Aspectos
positivos e negativos dos OGMs (organismos geneticamente modificados)
Aspectos positivos: redução do uso de agrotóxicos e
consequentemente diminuição nos custos de produção e nas agressões ambientais;
criação de plantas resistentes à vírus, fungos e a insetos; desenvolvimento de
variedades resistentes a secas e solos ácidos; elevação nos índices de
produtividade.
Aspectos negativos: falta de conclusão nos estudos sobre
impactos ambientais do seu cultivo em grande escala e sobre os efeitos danosos
à saúde humana; aparecimento de novas substâncias que podem desenvolver
alergias e outros sintomas; monopólio no controle das sementes, entre outros.
·
Agricultura
orgânica
Paralelamente ao aumento do cultivo de
transgênicos, vem crescendo o número de agricultores e consumidores adeptos da
agricultura orgânica, um sistema de produção que não utiliza nenhum produto
agroquímico – fertilizantes, inseticidas, herbicidas e, muito menos,
geneticamente modificados. A Adubação do solo é realizada com matéria
orgânicas e o combate às pragas, com controle biológico – uso de predadores
naturais.
Esse tipo de agricultura valoriza a
manutenção de faixas de vegetação nativa, além da rotação e associação de
culturas, e por isso envolve somente propriedades policultoras com suas
vantagens socioeconômicas e ambientais inerentes: na grande maioria, a produção
é obtida em pequenas propriedades familiares, aumentando a oferta de ocupação
produtiva à população rural e diminuindo a migração paras as cidades, além de
promover maior preservação dos solos e não usar insumos químicos.
Fonte
Bibliográfica
MOREIRA, Carlos João, SENE,
Eustáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume 1, 2 e 3. ed. São Paulo:
Scipione, 2014.
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