quarta-feira, 16 de março de 2016

PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA - 2° ANO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     2º Ano – Ensino Médio  
Disciplina: Geografia - 2016
Produção agropecuária
·          Pecuária intensiva e extensiva
A agricultura intensiva é praticada sobretudo nos países desenvolvidos e em algumas áreas agrícolas capitalizadas dos países em desenvolvimento. Caracteriza pela utilização de técnicas aprimoradas no preparo do solo, na seleção de sementes, na irrigação, na mecanização e utilização intensa de fertilizantes, apresentando, portanto, elevados índices de produtividade e pequena utilização de mão de obra
Na pecuária intensiva, o gado é de raças selecionadas e geralmente criado confinado, alimentado com ração e em pastos cultivados, além disso, recebe assistência veterinária.
A agricultura extensiva é praticada nas regiões pobres do planeta; é, portanto, descapitalizada: não utiliza máquinas nem adubos, do que decorrem a baixa produtividade e a elevada participação ativa da população no setor.
A pecuária extensiva utiliza gado de raças não selecionadas, alimentado com pastagens naturais, apresentando baixo rendimento.
·         Agricultura familiar e empresarial
Na agricultura familiar todas as decisões relativas à administração, investimentos e sobre o que e como produzir são tomadas pelos membros de uma família.  Nesse tipo de agricultura predomina o trabalho realizado pelos membros da família e, às vezes, de mão de obra contratada. Na agricultura empresarial predomina a utilização de mão de obra contratada (assalariada) e desvinculada do proprietário da terra, em caráter permanente ou temporário.
·         Os agronegócios
Os agronegócios são todas as atividades envolvidas na produção, comercialização, administração, processamento, armazenamento e outros ramos que fazem parte da cadeia produtiva, necessários para que um produto agrícola chegue ao mercado consumidor.
·         A redução dos trabalhadores da zona rural que se dedicam as atividades agrícolas
A redução do percentual de moradores e trabalhadores da zona rural que se dedicam a atividades agrícolas ocorre por causa da modernização das técnicas agrícolas – mecanização, irrigação, seleção de sementes, biotecnologia, etc. – que aumenta a produtividade e reduz a necessidade de mão de obra atuando diretamente na produção. Em contrapartida, são gerados empregos em atividades secundárias e terciárias: operadores de máquinas, motoristas, vendedores, administradores, serviços de limpeza, alimentação, segurança, etc. Além disso, vem aumentando bastante a densidade de atividades ligadas ao turismo, ao lazer, à prática de esportes, aos transportes, à energia, etc.
·         A Revolução verde
A Revolução Verde foi um conjunto de medidas voltadas ao aumento de produção agrícola nos países pobres, destacando-se a modernização das práticas agrícolas (utilização de adubos químicos, inseticidas, herbicidas, sementes melhoradas) e a mecanização do preparo do solo, do cultivo e da colheita.
Esse modelo de produção proporcionou aumento de produtividade por área cultivada e crescimento da produção de alimentos, mas isso ficou restrito às grandes propriedades que possuíam terras planas que pudessem ser mecanizadas e capacidade de investimento para a compra das máquinas e insumos. Em muitos países essa modernização da produção, e a consequente substituição dos trabalhadores por máquinas, provocou êxodo rural e colaborou para o aumento dos índices de pobreza.
Quanto aos impactos ambientais provocados pela substituição de policultura por monocultura destacam-se a maior proliferação de pragas e doenças e a contaminação dos solos e recursos hídricos pelos produtos químicos utilizados – adubos e agrotóxicos.
·         Biotecnologia e alimentos transgênicos
A biotecnologia compreende o desenvolvimento de técnicas voltadas à adaptação ou ao aprimoramento de características dos organismos animais e vegetais, visando ao aumento da produção e à melhoria da qualidade dos produtos.
Há várias décadas, seu desenvolvimento vem proporcionando benefícios socioeconômicos e ambientais na agropecuária de diversos países. A seleção de sementes, os enxertos realizados em plantas, o cruzamento induzido de animais de criação e a associação de culturas são algumas das técnicas agrícolas que fazem parte da biotecnologia e são praticadas há muito tempo.
Em meados da década de 1990, porém, um ramo da biotecnologia – a pesquisa genômica – passou a lidar com um novo campo que gerou e continua gerando muita controvérsia: a produção de organismos geneticamente modificados (OGMs), mais conhecidos como transgênicos. No caso das plantas, estas podem se tornar resistentes à ação das pragas ou de herbicidas. Outras modificações genéticas mais antigas, como o melhoramento das sementes ou o aumento na proporção de nutrientes dos alimentos, nunca chegaram a ser criticadas da mesma maneira.
·         Aspectos positivos e negativos dos OGMs (organismos geneticamente modificados)
Aspectos positivos: redução do uso de agrotóxicos e consequentemente diminuição nos custos de produção e nas agressões ambientais; criação de plantas resistentes à vírus, fungos e a insetos; desenvolvimento de variedades resistentes a secas e solos ácidos; elevação nos índices de produtividade.
Aspectos negativos: falta de conclusão nos estudos sobre impactos ambientais do seu cultivo em grande escala e sobre os efeitos danosos à saúde humana; aparecimento de novas substâncias que podem desenvolver alergias e outros sintomas; monopólio no controle das sementes, entre outros.
·         Agricultura orgânica
Paralelamente ao aumento do cultivo de transgênicos, vem crescendo o número de agricultores e consumidores adeptos da agricultura orgânica, um sistema de produção que não utiliza nenhum produto agroquímico – fertilizantes, inseticidas, herbicidas e, muito menos, geneticamente modificados. A Adubação do solo é realizada com matéria orgânicas e o combate às pragas, com controle biológico – uso de predadores naturais.
Esse tipo de agricultura valoriza a manutenção de faixas de vegetação nativa, além da rotação e associação de culturas, e por isso envolve somente propriedades policultoras com suas vantagens socioeconômicas e ambientais inerentes: na grande maioria, a produção é obtida em pequenas propriedades familiares, aumentando a oferta de ocupação produtiva à população rural e diminuindo a migração paras as cidades, além de promover maior preservação dos solos e não usar insumos químicos.
           
Fonte Bibliográfica

MOREIRA, Carlos João, SENE, Eustáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume 1, 2 e 3. ed. São Paulo: Scipione, 2014.

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