domingo, 6 de março de 2016

UNIVERSO E O PLANETA TERRA - 1° ANO

Colégio Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     1º Ano – Ensino Médio  
Disciplina: Geografia  -  2016
UNIVERSO E O PLANETA TERRA
·        Universo
Atualmente existem dois modelos básicos mais aceitos para tentar explicar a estrutura do Universo: O Estado Estacionário e o Big Bang (Grande Explosão).
O modelo do Estado Estacionário baseia-se no chamado Princípio Cosmológico Perfeito, no qual não admite, portanto, a ideia da evolução das galáxias nem das distâncias entre elas, mas reconhece o fato de que a posição dos astros, como o Sol, a Terra e a Lua, é sempre a mesma.
De acordo com o modelo do Big Bang, um dos mais aceitos pelos cientistas, o Universo resume-se, inicialmente, num único ponto, extremamente quente, que concentrava toda a matéria e energia, bem como todo o espaço-tempo. Posteriormente teria ocorrido uma explosão, e a partir disso houve a expansão e o resfriamento da matéria, que começou a se agregar e a formar as galáxias.
Essa explosão teria ocorrido entre 15 e 20 bilhões de anos atrás e sugere que o Universo é evolutivo, ou seja, se modifica com o tempo.
·        A Via Láctea
Existem diversas galáxias no Universo, mas somente algumas delas podem ser vistas da terra, pois estão muito distantes do planeta ou apresentam estrelas de baixo brilho. O Sistema Sola, do qual o planeta Terra faz parte, pertence à galáxia conhecida como Via Láctea, cujo formato é semelhante ao de uma espiral. Vista de perfil, a Via Láctea apresenta forma achatada.
·        O Sistema Solar
Fazem parte do Sistema Solar uma estrela principal, o Sol; oito planetas, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno; diversos cometas, meteoroides e satélites, como a Lua (satélite natural da Terra) e a Titã (satélite natural de Saturno).
O sistema geocêntrico – Os gregos Aristóteles (filósofo do século IV a.C.) e Ptolomeu (astrônomo que viveu entre 120 e 189 d.C), por exemplo, defendiam que o planeta Terra era o centro de todo o Universo e que os corpos celestes do Sistema Solar giravam em torno dela. Tratava-se, de um sistema geocêntrico, aceito durante vários séculos.
Sistema heliocêntrico – em 1543, o astrônomo e matemático polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) descobriu que os planetas do Sistema Solar se movimentavam ao redor do Sol, e não da Terra. Posteriormente, sua teoria foi comprovada pelo astrônomo, físico e matemático italiano Galileu Galilei (1564-1642), que, ao observar Vênus, também constatou que esse planeta se movimentava ao redor do Sol.
ESTRUTURA GEOLÓGICA
·        Origem da Terra
A Terra surgiu há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, resultando da agregação de poeira cósmica e do bombardeamento de material rochoso atraídos pela força gravitacional. De sua origem atual, passou por diversas transformações, estudadas a partir da disposição das camadas rochosas e dos fósseis nelas encontrados. Essas camadas representam registros dos acontecimento passados e permitem compreender a evolução do planeta.
Durante sua formação a configuração da crosta terrestre era totalmente diferente da que observamos hoje. Essas transformações continuam acontecendo porque o planeta possui muita energia em seu interior e porque a superfície da crosta terrestre sofre a ação permanente de forças externas, como a chuva ou o vento, e do próprio homem, que constrói cidades, desmata, refloresta, extrai minérios, faz aterros, represa, desvia rios etc.
·        Tempo geológico
É uma escala de tempo usada para medir a história geológica da Terra. Como o surgimento da Terra ocorreu a vários bilhões de anos, ou seja, um intervalo de tempo muito grande,  para facilitar o estudo, usamos o tempo geológico que é medido em milhões de anos.
·         Tipos de rochas
Há cerca de 3,8 bilhões de anos, a matéria incandescente que estava à superfície da Terra começou a esfriar e a se solidificar, formando a crosta terrestre dando origem as primeiras rochas, chamadas magmáticas ou ígneas, como o granito (rocha magmática intrusiva) e o basalto (rocha magmática extrusiva).
A pressão e a temperatura muito elevadas, os fortes atritos, ou a combinação química de dois ou mais minerais provocam alteração na estrutura molecular das rochas já formadas, o que dá origem às rochas metamórficas, como o mármore, a ardósia e o gnaisse.
Ao longo de milhões de anos, as partículas de rocha e solos erodidos, transportadas pelo vento e pelas águas, foram depositadas em depressões, formando grandes depósitos de sedimentos. Nesses depósitos formaram-se lagos e oceanos, e a compactação física e química das partículas dos sedimentos deram origem às rochas sedimentares, como o arenito e o calcário.
·         Teoria da Deriva Continental de Weneger e Tectônica de placas de Harry Hess
 A litosfera é composta de vários pedaços ou placas, tanto nos continentes quanto no fundo dos oceanos. Essas porções da crosta terrestre são chamadas de placas tectônicas (Teoria Tectônicas de placas). A análise dessas placas mostrou que elas se deslocam constante e lentamente. É um deslocamento quase imperceptível, conhecido como deriva dos continentes ou deriva continental (Teoria da Deriva Continental).
Depois de descobrir esse deslocamento das placas que forma a litosfera, os cientistas concluíram que há milhões de anos existiu um único e imenso continente na superfície  da Terra e não seis, como conhecemos hoje: Ásia, África, Europa, América, Oceania e Antártida.
Com o tempo, esse supercontinente, denominado Pangeia, foi se rompendo, e pedaços de terras emersas foram se distanciando uns dos outros. Um movimento produzido pelas forças internas da Terra teria provocado esse distanciamento. Assim, cada grande porção de terras emersas deu origem a um continente. O movimento começou há aproximadamente 200 milhões de anos e continua até hoje.
·         Consequências dos movimentos das placas
Nas regiões de placas divergentes há um processo de afastamento (expansão) entre as placas tectônicas. O magma aflora em grande volume formando uma cadeia montanhosa chamada dorsal. É o caso das placas Sul-americana e Africana, cujo contato se dá no meio do Oceano Atlântico, formando a Dorsal Atlântica – como nas cordilheiras meso-oceânicas.
Nas zonas de placas convergentes, o contato entre as placas pode ser de diversos tipos. Entre placas continentais e oceânicas, a oceânica (mais densa) “mergulha” sob a continental (menos densa e mais espessa), afunda-se na astenosfera e entra em fusão (subdução), dando origem às fossas abssais. A placa continental se dobra e soergue em grandes cordilheiras, com a dos Andes, na porção oeste do continente americano. Se a colisão se dá na parte continental da crosta, os trechos em colisão se deformam e se enrugam, dando origem às cordilheiras montanhosas continentais. É o que ocorre entre as placas Indo-Australiana e Euro-Asiática, cuja colisão formou a cordilheira do Himalaia.
Nas regiões de encontro de placas conservativas, as placas deslizam lateralmente entre si, como fazem a placa Norte-americana e a do Pacífico, não ocorre destruição nem formação de crosta. Não produzem grandes alterações de relevo, mas provocam terremotos.
·         Terremoto
Com o lento movimento das placas litosféricas, da ordem de alguns centímetros por ano, tensões vão se acumulando em vários pontos, principalmente perto de suas bordas. As tensões acumuladas podem ser compressivas ou distensivas, dependendo da direção de movimentação relativa entre as placas. Quando essas tensões atingem o limite de resistência das rochas, ocorre uma ruptura; o movimento repentino entre os blocos de cada lado da ruptura gera vibrações que propagam em todas as direções.
·        As províncias geológicas
São regiões com a mesma origem e formação geológicas. Podem ser classificadas em três grupos: escudos cristalinos, dobramentos modernos e bacias sedimentares.
Os escudos cristalinos constituem a formação mais antiga da crosta terrestre. Nos mais antigos (arqueanos) estão os minerais não-metálicos (granito, ardósia etc.) Nos mais recentes Proterozóicos e os do início da era Paleozóica) estão os metálicos (ferro, manganês, ouro, cobre etc.), por isso os escudos mais recentes são bastante explorados economicamente.
Dobramentos modernos ou dobramentos terciários – são grandes cadeias orogênicas, formadas em consequência da movimentação das placas no início do período Terciário. Nessas cadeias como a Cordilheira dos Andes, a do Himalaia, as Cadeias Rochosas e aa Cadeia dos Alpes, no terreno soerguido pelo movimento das placas pode conter vários tipos de minerais metálicos e não metálicos.
As bacias sedimentares são depressões do relevo preenchidas por fragmentos minerais de rochas erodidas e por sedimentos orgânicos; estes últimos ao longo do tempo geológico podem transformar em combustíveis fósseis como o carvão mineral e o petróleo.

·   Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.
- Vasentini, José Villian – Georafia: O mundo em transição – Ensino Médio – São Paulo: Ática, 2010.
- JOIA, Antônio Luís – Geografia: leituras e Interação, volume 1/ Antônio Luís Joias, Arno Aloisio Goettems. – 1.ed. – São Paulo: Leya, 2013.



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