Colégio Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino
Médio
Disciplina: Geografia - 2016
UNIVERSO E O PLANETA TERRA
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Universo
Atualmente existem dois modelos básicos mais
aceitos para tentar explicar a estrutura do Universo: O Estado Estacionário e o
Big Bang (Grande Explosão).
O modelo do Estado Estacionário baseia-se no
chamado Princípio Cosmológico Perfeito, no qual não admite, portanto, a ideia
da evolução das galáxias nem das distâncias entre elas, mas reconhece o fato de
que a posição dos astros, como o Sol, a Terra e a Lua, é sempre a mesma.
De acordo com o modelo do Big Bang, um dos mais
aceitos pelos cientistas, o Universo resume-se, inicialmente, num único ponto,
extremamente quente, que concentrava toda a matéria e energia, bem como todo o
espaço-tempo. Posteriormente teria ocorrido uma explosão, e a partir disso
houve a expansão e o resfriamento da matéria, que começou a se agregar e a
formar as galáxias.
Essa explosão teria ocorrido entre 15 e 20 bilhões
de anos atrás e sugere que o Universo é evolutivo, ou seja, se modifica com o
tempo.
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A Via Láctea
Existem diversas galáxias no Universo, mas
somente algumas delas podem ser vistas da terra, pois estão muito distantes do
planeta ou apresentam estrelas de baixo brilho. O Sistema Sola, do qual o
planeta Terra faz parte, pertence à galáxia conhecida como Via Láctea, cujo
formato é semelhante ao de uma espiral. Vista de perfil, a Via Láctea apresenta
forma achatada.
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O Sistema Solar
Fazem parte do Sistema Solar uma estrela
principal, o Sol; oito planetas, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno; diversos cometas, meteoroides e satélites, como a Lua
(satélite natural da Terra) e a Titã (satélite natural de Saturno).
O sistema geocêntrico – Os gregos Aristóteles
(filósofo do século IV a.C.) e Ptolomeu (astrônomo que viveu entre 120 e 189
d.C), por exemplo, defendiam que o planeta Terra era o centro de todo o
Universo e que os corpos celestes do Sistema Solar giravam em torno dela. Tratava-se,
de um sistema geocêntrico, aceito durante vários séculos.
Sistema heliocêntrico – em 1543, o astrônomo e
matemático polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) descobriu que os planetas do
Sistema Solar se movimentavam ao redor do Sol, e não da Terra. Posteriormente,
sua teoria foi comprovada pelo astrônomo, físico e matemático italiano Galileu
Galilei (1564-1642), que, ao observar Vênus, também constatou que esse planeta
se movimentava ao redor do Sol.
ESTRUTURA GEOLÓGICA
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Origem da Terra
A Terra surgiu há aproximadamente 4,5 bilhões
de anos, resultando da agregação de poeira cósmica e do bombardeamento de
material rochoso atraídos pela força gravitacional. De sua origem atual, passou por diversas transformações,
estudadas a partir da disposição das camadas rochosas e dos fósseis nelas
encontrados. Essas camadas representam registros dos acontecimento passados e
permitem compreender a evolução do planeta.
Durante sua formação a configuração da crosta
terrestre era totalmente diferente da que observamos hoje. Essas
transformações continuam acontecendo porque o planeta possui muita energia em
seu interior e porque a superfície da crosta terrestre sofre a ação permanente
de forças externas, como a chuva ou o vento, e do próprio homem, que constrói
cidades, desmata, refloresta, extrai minérios, faz aterros, represa, desvia
rios etc.
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Tempo geológico
É uma escala de tempo usada para medir a
história geológica da Terra. Como o surgimento da
Terra ocorreu a vários bilhões de anos, ou seja, um intervalo de tempo muito
grande, para facilitar o estudo, usamos
o tempo geológico que é medido em milhões de anos.
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Tipos de rochas
Há cerca de 3,8 bilhões de anos, a matéria
incandescente que estava à superfície da Terra começou a esfriar e a se
solidificar, formando a crosta terrestre dando origem as primeiras rochas,
chamadas magmáticas ou ígneas, como o granito (rocha magmática intrusiva) e
o basalto (rocha magmática extrusiva).
A pressão e a temperatura muito elevadas, os
fortes atritos, ou a combinação química de dois ou mais minerais provocam
alteração na estrutura molecular das rochas já formadas, o que dá origem às rochas
metamórficas, como o mármore, a ardósia e o gnaisse.
Ao longo de milhões de anos, as partículas de
rocha e solos erodidos, transportadas pelo vento e pelas águas, foram
depositadas em depressões, formando grandes depósitos de sedimentos. Nesses
depósitos formaram-se lagos e oceanos, e a compactação física e química das
partículas dos sedimentos deram origem às rochas sedimentares, como o
arenito e o calcário.
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Teoria da Deriva Continental de Weneger e Tectônica de
placas de Harry Hess
A
litosfera é composta de vários pedaços ou placas, tanto nos continentes quanto
no fundo dos oceanos. Essas porções da crosta terrestre são chamadas de placas
tectônicas (Teoria Tectônicas de placas). A análise dessas placas mostrou
que elas se deslocam constante e lentamente. É um deslocamento quase
imperceptível, conhecido como deriva dos continentes ou deriva continental (Teoria
da Deriva Continental).
Depois de descobrir esse deslocamento das
placas que forma a litosfera, os cientistas concluíram que há milhões de anos
existiu um único e imenso continente na superfície da Terra e não seis, como conhecemos hoje:
Ásia, África, Europa, América, Oceania e Antártida.
Com o tempo, esse supercontinente, denominado
Pangeia, foi se rompendo, e pedaços de terras emersas foram se distanciando uns
dos outros. Um movimento produzido
pelas forças internas da Terra teria provocado esse distanciamento. Assim, cada
grande porção de terras emersas deu origem a um continente. O movimento começou
há aproximadamente 200 milhões de anos e continua até hoje.
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Consequências dos movimentos das placas
Nas regiões de placas divergentes há um processo de afastamento (expansão) entre as placas
tectônicas. O magma aflora em grande volume formando uma cadeia montanhosa
chamada dorsal. É o caso das placas Sul-americana e Africana, cujo contato
se dá no meio do Oceano Atlântico, formando a Dorsal Atlântica – como nas
cordilheiras meso-oceânicas.
Nas zonas de placas convergentes, o contato entre as placas pode ser de diversos tipos.
Entre placas continentais e oceânicas, a oceânica (mais densa) “mergulha” sob a
continental (menos densa e mais espessa), afunda-se na astenosfera e entra em
fusão (subdução), dando origem às fossas abssais. A placa continental se dobra
e soergue em grandes cordilheiras, com a dos Andes, na porção oeste do
continente americano. Se a colisão se dá na parte continental da crosta, os
trechos em colisão se deformam e se enrugam, dando origem às cordilheiras
montanhosas continentais. É o que ocorre entre as placas Indo-Australiana e
Euro-Asiática, cuja colisão formou a cordilheira do Himalaia.
Nas regiões de encontro de placas
conservativas, as placas deslizam lateralmente entre si, como fazem a placa Norte-americana e a do Pacífico, não
ocorre destruição nem formação de crosta. Não produzem grandes alterações de
relevo, mas provocam terremotos.
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Terremoto
Com o lento movimento das placas litosféricas,
da ordem de alguns centímetros por ano, tensões vão se acumulando em vários
pontos, principalmente perto de suas bordas. As tensões acumuladas podem ser
compressivas ou distensivas, dependendo da direção de movimentação relativa
entre as placas. Quando essas tensões atingem o limite de resistência das
rochas, ocorre uma ruptura; o movimento repentino entre os blocos de cada lado
da ruptura gera vibrações que propagam em todas as direções.
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As províncias geológicas
São regiões com a mesma origem e formação
geológicas. Podem ser
classificadas em três grupos: escudos cristalinos, dobramentos modernos e
bacias sedimentares.
Os escudos cristalinos constituem a formação mais antiga da crosta terrestre. Nos
mais antigos (arqueanos) estão os minerais não-metálicos (granito, ardósia
etc.) Nos mais recentes Proterozóicos e os do início da era Paleozóica) estão
os metálicos (ferro, manganês, ouro, cobre etc.), por isso os escudos mais
recentes são bastante explorados economicamente.
Dobramentos modernos ou dobramentos terciários – são grandes cadeias orogênicas, formadas em consequência
da movimentação das placas no início do período Terciário. Nessas cadeias como
a Cordilheira dos Andes, a do Himalaia, as Cadeias Rochosas e aa Cadeia dos
Alpes, no terreno soerguido pelo movimento das placas pode conter vários tipos
de minerais metálicos e não metálicos.
As bacias sedimentares são depressões do relevo preenchidas por fragmentos
minerais de rochas erodidas e por sedimentos orgânicos; estes últimos ao longo
do tempo geológico podem transformar em combustíveis fósseis como o carvão
mineral e o petróleo.
· Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São
Paulo: Scipione, 2005.
- Vasentini, José Villian – Georafia: O mundo em transição – Ensino Médio
– São Paulo: Ática, 2010.
- JOIA, Antônio Luís – Geografia: leituras e Interação, volume 1/ Antônio
Luís Joias, Arno Aloisio Goettems. – 1.ed. – São Paulo: Leya, 2013.
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