Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 3° Ano
Disciplina: História - 2016
PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL
- Fatores
que contribuíram para o clima de tensão entre os países europeus
O
clima de tensão e rivalidade entre os países europeus foi gerado basicamente
por duas categorias de interesses: imperialistas, que levaram as principais
potências capitalistas a uma concorrência desmedida por territórios e novos
mercados, além da adoção de políticas internas protecionistas; e nacionalistas,
que catalizaram antigas rivalidades e ressentimentos, resultando em projetos
expansionistas e revanchistas, carregados de fervor patriótico.
- Principais
movimentos nacionalistas na Europa, no início do séc. XX
Um
deles era o pan-eslavismo, que tinha por objetivo unir todos os povos eslavos
da Europa, sob a liderança da Rússia; outro era o pan-germanismo, que pretendia
anexar à Alemanha os territórios da Europa central onde viviam germânicos; além
deles, havia também o revanchismo francês, cujo objetivo era recuperar os
territórios da Alsácia-Lorena, que a França fora obrigada a entregar à Alemanha
depois da Guerra Franco-Prussiana, em 1870.
- “Paz
Armada”
“Paz
armada” foi o nome dado à corrida armamentista iniciada pelas potências
europeias que, diante do perigo de guerra, fortaleceram seus exércitos e
formaram alianças políticas.
- Os
principais blocos
A
Tríplice Aliança, formada por Alemanha, Áustria-Hungria e Itália, e a Tríplice
Entente, formada inicialmente por Inglaterra, França e Rússia. Essas alianças
formaram-se com o objetivo de somar forças para enfrentar países rivais.
- O
estopim da guerra
O
fato que serviu de estopim para deflagrar a Primeira Guerra Mundial foi o
assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, e de
sua esposa na cidade de Sarajevo (Bósnia), em 28 de junho de 1914, pelo
estudante Gavrilo Princip, membro da organização secreta nacionalista Unidade
ou Morte.
O
assassinato de Francisco Ferdinando provocou a reação militar da
Áustria-Hungria contra a Sérvia. Em razão da política de alianças, isso causou
a entrada de outras nações no conflito.
Sucessão
de acontecimentos: 28 de julho – a Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia (com
o respaldo da Alemanha, a potência que liderava a Tríplice Aliança) e, no dia
seguinte, invade esse país com seu exército; 29 de julho – em apoio à Sérvia, a
Rússia mobiliza suas tropas; 1° de agosto – a Alemanha declara guerra à Rússia
e, posteriormente, à França; 4 de agosto – para atingir a França, o exército
alemão invade a Bélgica (neutra); 5 de agosto – a Inglaterra declara guerra à
Alemanha.
- Principais
fases da Primeira Guerra Mundial
A
primeira fase (1914 a 1415): marcada pela intensa movimentação das forças
beligerantes, com equilíbrio nas frentes de combates, depois que a rápida
ofensiva alemã em território francês foi detida pela contraofensiva francesa.
Segunda fase (1915 a 1917): marcada pela guerra de trincheiras, com cada lado
procurando garantir suas posições, evitando a aproximação do inimigo. Foi um
período duro e desgastante no qual os soldados, sob ataque intermitente do
inimigo, enfrentavam intempéries para guarnecer suas posições. Terceira fase
(1917 a 1918): a entrada na guerra de países tidos como neutros (como Estados
Unidos e Brasil) e a retirada dos exércitos da Rússia foram os acontecimentos
que se destacaram nessa fase.
- O
fim do conflito
O
fim do conflito deu-se após a entrada dos Estados Unidos (1917), pelos recursos
materiais e financeiros que trouxeram aos aliados da Entente. Isolados e sem
condições de sustentar o confronto, os alemães renderam-se em 11 de novembro de
1918, assinando um armistício com condições bastante desfavoráveis.
- Europa
após a Primeira Guerra Mundial
O
continente europeu, após a Primeira Guerra Mundial, ficou numa situação traumática
e desoladora: devastação dos diversos locais onde foram travados combates
(campo e cidade), cerca de 10 milhões de mortos e 30 milhões de feridos, grave
crise socioeconômica e um clima de profunda desolação e desesperança entre a
população.
- O
Tratado de Versalhes e a “cláusula de culpa”
Elaborado
durante uma série de conferências realizadas no palácio de Versalhes, na
França, com a participação de 27 nações vencedoras da Primeira Guerra, o
Tratado de Versalhes foi o documento que definiu os termos finais de paz com as
nações derrotadas, pondo oficialmente fim à Primeira Guerra Mundial. A
“cláusula de culpa” foi o artigo do Tratado de Versalhes que determinou que a
Alemanha era a principal responsável pelo conflito, razão pela qual os alemães
sofreram as mais duras imposições.
- Os
termos impostos à Alemanha
Os termos foram os mais duros, como restituir a
região da Alsácia-Lorena à França; ceder outras regiões à Bélgica, à Dinamarca
e à Polônia; entregar quase todos os seus navios mercantes à França, à Inglaterra
e à Bélgica; pagar enorme indenização aos países vencedores; e reduzir o
poderio militar de seus exércitos, ficando proibida de constituir aviação
militar.
- A
Liga das Nações
A
Liga das Nações foi uma instituição internacional criada em 1919 pelos membros
da Conferência de Paz de Versalhes, com sede em Genebra, na Suíça. Tinha como
principal missão agir como mediadora dos conflitos internacionais, procurando
preservar a paz mundial. A Liga não conseguiu realizar seus propósitos porque,
com a retirada dos Estados Unidos, da União Soviética e da Alemanha, tornou-se
impotente para evitar os conflitos que eclodiram em diversos lugares do mundo.
- Os
Estados Unidos como grande potência
Com
a eclosão da Primeira Guerra Mundial, estimulou-se o crescimento agrícola e
industrial dos Estados Unidos, iniciado no final do século XIX. Além disso,
enquanto as potências europeias concentravam seus esforços na guerra, os
industriais estadunidenses aproveitaram para ocupar e suprir os mercados da
Ásia e da América Latina. No final da guerra, os bancos e o governo dos Estados
Unidos haviam se tornado credores da Europa arrasada, acumulando a metade de
todo o ouro que circulava nos mercados financeiros do mundo.
Fonte
Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil
e Geral, volume 3, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
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