Col. Est. Dep. Manoel
Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 3° Ano
Disciplina: História –
2017
Crise
capitalista
·
O American way of life
O “estilo de vida americano” foi
estabelecido após o final da Primeira Guerra Mundial, quando a economia dos
Estados Unidos tornou-se a mais poderosa do mundo; o progresso tecnológico do
país favoreceu o crescimento da produção econômica, e a sociedade americana
vivia um clima de euforia. Esse novo estilo de vida caracterizava-se pelo
consumismo. “Viver bem” se tornara sinônimo de “consumir” sempre mais”.
·
Condições que levaram os Estados Unidos
à superprodução na década de 1920
Na década de 1920, a reconstrução da
Europa possibilitou a reorganização e a modernização da estrutura produtiva de
seus países; Inglaterra, Alemanha e França tomaram uma série de medidas para
reduzir a importação de produtos estadunidenses. Ao mesmo tempo, o ritmo de
produção industrial e agrícola nos Estados Unidos continuava a crescer,
passando a ocorrer a superprodução de mercadorias: uma enorme quantidade de
produtos para os quais não havia mais compradores.
·
A crise de 1929
A falta de compradores para a
superprodução dos Estados Unidos ocasionou: Queda dos preços e dos lucros – os
preços baixaram drasticamente, o mesmo ocorrendo com a margem de lucro dos
empresários e agricultores. Mesmo assim, a produção excedente não conquistou
consumidores; Redução da atividade econômica – os produtores agrícolas e
industriais foram obrigados, então, a reduzir o timo de suas atividades e a
produzir menos; Desemprego em massa – com a redução das atividades, houve
demissão de milhões de trabalhadores. Os que não foram dispensados tiveram
redução de salários. No decorrer da crise, o número de desempregados nos
Estados Unidos chegou a mais de 15 milhões de pessoas.
·
A crise de 1929 nos EUA e o Brasil
Com a crise econômica de 1929, os
cafeicultores brasileiros, que vendiam para os mercados dos Estados Unidos,
perderam seu grande comprador. Milhares de sacas de café foram queimadas, numa
tentativa desesperada e inútil de manter os preços altos; o desastre econômico
afetou a cafeicultura brasileira e abalou as estruturas da República.
·
O New Deal (Novo Acordo)
O New Deal (Novo Acordo) foi o nome dado
a um conjunto de medidas adotadas pelo governo estadunidense, durante o mandato
de Roosevelt (1933-1945), visando superar a crise socioeconômica.
Os objetivos do programa foram:
controlar os preços de diversos produtos agrícolas e industriais; possibilitar
aos fazendeiros arruinados o pagamento de suas dívidas e o reordenamento da
produção, por meio da concessão de empréstimos; criar postos de trabalho para
milhões de desempregados, com a realização de diversas obras públicas; aliviar
a situação de misérias dos desempregados com a criação de um salário-desemprego;
garantir os interesses dos industriais, limitando os preços e a produção às
exigências do mercado; e beneficiar os trabalhadores com a fixação de salários
mínimos e a limitação das jornadas de trabalho.
Os resultados obtidos não foram os
pretendidos, mas o New Deal conseguiu controlar relativamente a crise
econômica, que se desdobrava em violentos conflitos sociais; a partir de 1935,
a economia do país voltou a se fortalecer, mas a crise só foi plenamente
superada anos mais tarde.
As ideias básicas do New Deal rompiam
com os princípios clássicos do liberalismo econômico na medida em que procurava
conciliar as leis de mercado e o respeito pela iniciativa privada com a
intervenção do Estado em vários setores da economia
- Revolução
Keynesiana
John Maynard Keynes foi um defensor de
doutrinas intervencionistas na economia. O impacto de seu pensamento sobre as
teorias e as práticas econômicas do século XX constituiu para alguns uma
verdadeira revolução.
Embora considerasse a existência de
forças de reequilíbrio no campo econômico, Keynes defendeu a tese de que esses
mecanismos não são automáticos no longo prazo. Não confiava, portanto, na
teoria do laissez-faire (“deixa fazer”) e em sua “naturalidade” na economia.
Segundo Keyne, os “impulsos” dos empresários
muitas vezes iam contra o que era “natural”, e, até que houvesse um
reequilíbrio da situação, muitas vidas poderiam ser destruídas. O Estado
precisava, portanto, intervir na economia, implantando políticas econômicas que
garantissem o pleno emprego dos trabalhadores, onde e quando fosse necessário,
para garantir equilíbrio e maior eficiência do sistema produtivo.
Além disso defendia a redistribuição dos
lucros, para que o poder aquisitivo dos consumidores aumentasse de forma
proporcional ao desenvolvimento dos meios de produção.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 3, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
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