segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

CRISE CAPITALISTA - HISTÓRIA 3° ANO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    3° Ano 
Disciplina:   História – 2017

Crise capitalista
·       O American way of life
O “estilo de vida americano” foi estabelecido após o final da Primeira Guerra Mundial, quando a economia dos Estados Unidos tornou-se a mais poderosa do mundo; o progresso tecnológico do país favoreceu o crescimento da produção econômica, e a sociedade americana vivia um clima de euforia. Esse novo estilo de vida caracterizava-se pelo consumismo. “Viver bem” se tornara sinônimo de “consumir” sempre mais”.
·       Condições que levaram os Estados Unidos à superprodução na década de 1920
Na década de 1920, a reconstrução da Europa possibilitou a reorganização e a modernização da estrutura produtiva de seus países; Inglaterra, Alemanha e França tomaram uma série de medidas para reduzir a importação de produtos estadunidenses. Ao mesmo tempo, o ritmo de produção industrial e agrícola nos Estados Unidos continuava a crescer, passando a ocorrer a superprodução de mercadorias: uma enorme quantidade de produtos para os quais não havia mais compradores.
·       A crise de 1929
A falta de compradores para a superprodução dos Estados Unidos ocasionou: Queda dos preços e dos lucros – os preços baixaram drasticamente, o mesmo ocorrendo com a margem de lucro dos empresários e agricultores. Mesmo assim, a produção excedente não conquistou consumidores; Redução da atividade econômica – os produtores agrícolas e industriais foram obrigados, então, a reduzir o timo de suas atividades e a produzir menos; Desemprego em massa – com a redução das atividades, houve demissão de milhões de trabalhadores. Os que não foram dispensados tiveram redução de salários. No decorrer da crise, o número de desempregados nos Estados Unidos chegou a mais de 15 milhões de pessoas.
·       A crise de 1929 nos EUA e o Brasil
Com a crise econômica de 1929, os cafeicultores brasileiros, que vendiam para os mercados dos Estados Unidos, perderam seu grande comprador. Milhares de sacas de café foram queimadas, numa tentativa desesperada e inútil de manter os preços altos; o desastre econômico afetou a cafeicultura brasileira e abalou as estruturas da República.
·       O New Deal (Novo Acordo)
O New Deal (Novo Acordo) foi o nome dado a um conjunto de medidas adotadas pelo governo estadunidense, durante o mandato de Roosevelt (1933-1945), visando superar a crise socioeconômica.
Os objetivos do programa foram: controlar os preços de diversos produtos agrícolas e industriais; possibilitar aos fazendeiros arruinados o pagamento de suas dívidas e o reordenamento da produção, por meio da concessão de empréstimos; criar postos de trabalho para milhões de desempregados, com a realização de diversas obras públicas; aliviar a situação de misérias dos desempregados com a criação de um salário-desemprego; garantir os interesses dos industriais, limitando os preços e a produção às exigências do mercado; e beneficiar os trabalhadores com a fixação de salários mínimos e a limitação das jornadas de trabalho.
Os resultados obtidos não foram os pretendidos, mas o New Deal conseguiu controlar relativamente a crise econômica, que se desdobrava em violentos conflitos sociais; a partir de 1935, a economia do país voltou a se fortalecer, mas a crise só foi plenamente superada anos mais tarde.
As ideias básicas do New Deal rompiam com os princípios clássicos do liberalismo econômico na medida em que procurava conciliar as leis de mercado e o respeito pela iniciativa privada com a intervenção do Estado em vários setores da economia

  • Revolução Keynesiana
John Maynard Keynes foi um defensor de doutrinas intervencionistas na economia. O impacto de seu pensamento sobre as teorias e as práticas econômicas do século XX constituiu para alguns uma verdadeira revolução.
Embora considerasse a existência de forças de reequilíbrio no campo econômico, Keynes defendeu a tese de que esses mecanismos não são automáticos no longo prazo. Não confiava, portanto, na teoria do laissez-faire (“deixa fazer”) e em sua “naturalidade” na economia.
Segundo Keyne, os “impulsos” dos empresários muitas vezes iam contra o que era “natural”, e, até que houvesse um reequilíbrio da situação, muitas vidas poderiam ser destruídas. O Estado precisava, portanto, intervir na economia, implantando políticas econômicas que garantissem o pleno emprego dos trabalhadores, onde e quando fosse necessário, para garantir equilíbrio e maior eficiência do sistema produtivo.
Além disso defendia a redistribuição dos lucros, para que o poder aquisitivo dos consumidores aumentasse de forma proporcional ao desenvolvimento dos meios de produção.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 3, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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