Col. Est. Dep. Manoel
Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 2° Ano
Disciplina: História –
2017
Início da colonização
·
Desinteresse inicial em colonizar o
Brasil
O desinteresse
inicial em colonizar o Brasil e explicado pelas seguintes razões: A descoberta
do novo caminho para as Índias havia tornado o comércio de especiarias muito
lucrativo, fazendo com que as atenções de Portugal se voltassem para o comércio
oriental. Além disso, de início, não foram encontradas jazidas de ouro na América
portuguesa.
·
Objetivo das primeiras expedições ao
Brasil
Nos primeiros 30 anos
(1500-1530), o governo português limitou-se a enviar para cá algumas expedições
marítimas destinadas principalmente ao reconhecimento da terra e à preservação
de sua posse.
·
O pau-brasil
O interesse econômico
envolvido na extração dessa árvore se deve ao fato de que dela retirava-se uma
tinta corante vermelha (brasilina ou brasileína) usada no tingimento de tecidos
e para a qual havia um bom mercado na Europa. Porém, o método utilizado na
extração dessa árvore era predatório, não sustentável, isto é, os portugueses
promoveram sua derrubada contínua e sistemática, sem replantio, deslocando-se
para outra área quando se esgotavam as reservas de um local; empregaram o
trabalho dos nativos (conseguido de forma amigável, por meio do escambo).
As feitorias eram
locais para armazenar a madeira cortada e protege-la dos ataques franceses e de
tribos hostis.
·
Função dos indígenas na exploração do
pau-brasil
A extração de
pau-brasil nesse período dependia da mão de obra dos indígenas – eles
derrubavam as árvores, cortavam-nas em toras e carregavam-nas até os locais de
armazenamento (feitorias), de onde eram levadas para os navios.
Esse trabalho era
conseguido de forma amigável, por meio do escambo. Em troca de uma série de
objetos (como pedaços de tecido, anzóis, espelhos e, às vezes, facas e
canivetes), os indígenas eram aliciados a derrubar as árvores com os machados
fornecidos pelos europeus.
·
Impulso na colonização
A coroa portuguesa
resolveu impulsionar a colonização no Brasil devido ao receio de perder as
terras brasileiras – tendo em vista que franceses, holandeses e ingleses
disputavam a posse dos territórios americanos – e a busca de alternativas para
aumentar os lucros comerciais, dando o declínio do comércio português no
Oriente. Além disso, havia a esperança de encontrar ouro, renascida a partir da
descoberta pelos espanhóis de minas de ouro e prata em suas colônias (atuais
México e Peru).
·
Primeira expedição colonizadora
Cinco navios e uma
tripulação de cerca de 400 pessoas. Assim era composta e a expedição comandada
por Martim Afonso de Souza, que partiu de Lisboa em dezembro de 1530. Segundo
alguns estudiosos, essa expedição tinha, entre seus objetivos: iniciar a
ocupação da terra por portugueses (colonos) e sua exploração econômica;
combater os corsários estrangeiros; procurar metais preciosos; fazer um melhor
reconhecimento geográfico do litoral.
Em 22 de janeiro de
1532, buscando estabelecer núcleos de povoamento, Martim Afonso fundou a
primeira vila do Brasil, São Vicente. Fundou também alguns povoados, como Santo
André da Borda do Campo.
·
O cultivo da cana-de-açúcar
Para colonizar o
Brasil, foi necessário extrair recursos do território colonial. Ou seja, era
preciso desenvolver também uma atividade econômica que compensasse o
empreendimento colonizador. A solução apoiada pelo governo português foi
implantar a produção açucareira em certos trechos do litoral, uma vez que o
açúcar era um produto que tinha grande procura na Europa. A produção açucareira
também possibilitava a organização do cultivo permanente do solo, iniciando o
povoamento sistemático da colônia.
Para implantar e
expandir essa produção, a Coroa passou a conceder terras a portugueses e
estrangeiros que tivessem interesse e recursos para a instalação de engenhos,
deixando o comércio do açúcar relativamente livre.
Posteriormente, o rei
de Portugal, D. Sebastião, percebendo o vigor do negócio do açúcar, decidiu
estabelecer regras mais rígidas para a concessão de terras e determinou que o
comércio colonial deveria ser feito exclusivamente por meio de navios
portugueses. Com isso, o governo pretendia implantar o monopólio comercial (que
era chamado na época, de exclusivo metropolitano) nas transações com o açúcar.
·
A relação entre indígenas e portugueses
durante a colonização
A relação entre
indígenas e portugueses, inicialmente amistosa, passou a ser conflitante, à
medida que os indígenas resistiam a se submeter aos europeus. Para força-lo a
trabalhar, os colonos acabaram usando de violência e impondo a escravidão aos
indígenas.
·
Guerras “justas”
Apesar de o governo
português ter defendido, em princípio, a liberdade indígena, os colonos
recorreram por diversas vezes à guerra “justa” para conseguir escravos entre os
povos nativos. Assim se chamava a guerra contra os indígenas, autorizada pelo
governo português ou seus representantes.
Isso ocorria,
basicamente, quando os indígenas (que eram politeístas) se recusavam a se
converter à fé cristã – imposta pelos colonizadores – ou impediam a divulgação
dessa religião, quebravam acordos ou agiam com hostilidade em relação aos
portugueses. Frequentemente, os colonos burlavam as normas oficiais sobre a
“liberdade dos nativos”, alegando que eram atacados ou ameaçados pelos
indígenas.
Bibliografia
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 2,
2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
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