segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL - HISTÓRIA 3° ANO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    3° Ano 
Disciplina:   História – 2017

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
  • Fatores que contribuíram para o clima de tensão entre os países europeus
O clima de tensão e rivalidade entre os países europeus foi gerado basicamente por duas categorias de interesses: imperialistas, que levaram as principais potências capitalistas a uma concorrência desmedida por territórios e novos mercados, além da adoção de políticas internas protecionistas; e nacionalistas, que catalizaram antigas rivalidades e ressentimentos, resultando em projetos expansionistas e revanchistas, carregados de fervor patriótico.
  • Principais movimentos nacionalistas na Europa, no início do séc. XX
Um deles era o pan-eslavismo, que tinha por objetivo unir todos os povos eslavos da Europa, sob a liderança da Rússia; outro era o pan-germanismo, que pretendia anexar à Alemanha os territórios da Europa central onde viviam germânicos; além deles, havia também o revanchismo francês, cujo objetivo era recuperar os territórios da Alsácia-Lorena, que a França fora obrigada a entregar à Alemanha depois da Guerra Franco-Prussiana, em 1870.
  • “Paz Armada”
“Paz armada” foi o nome dado à corrida armamentista iniciada pelas potências europeias que, diante do perigo de guerra, fortaleceram seus exércitos e formaram alianças políticas.
  • Os principais blocos
A Tríplice Aliança, formada por Alemanha, Áustria-Hungria e Itália, e a Tríplice Entente, formada inicialmente por Inglaterra, França e Rússia. Essas alianças formaram-se com o objetivo de somar forças para enfrentar países rivais.
  • O estopim da guerra
O fato que serviu de estopim para deflagrar a Primeira Guerra Mundial foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, e de sua esposa na cidade de Sarajevo (Bósnia), em 28 de junho de 1914, pelo estudante Gavrilo Princip, membro da organização secreta nacionalista Unidade ou Morte.
O assassinato de Francisco Ferdinando provocou a reação militar da Áustria-Hungria contra a Sérvia. Em razão da política de alianças, isso causou a entrada de outras nações no conflito.
Sucessão de acontecimentos: 28 de julho – a Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia (com o respaldo da Alemanha, a potência que liderava a Tríplice Aliança) e, no dia seguinte, invade esse país com seu exército; 29 de julho – em apoio à Sérvia, a Rússia mobiliza suas tropas; 1° de agosto – a Alemanha declara guerra à Rússia e, posteriormente, à França; 4 de agosto – para atingir a França, o exército alemão invade a Bélgica (neutra); 5 de agosto – a Inglaterra declara guerra à Alemanha.
  • Principais fases da Primeira Guerra Mundial
A primeira fase (1914 a 1415): marcada pela intensa movimentação das forças beligerantes, com equilíbrio nas frentes de combates, depois que a rápida ofensiva alemã em território francês foi detida pela contraofensiva francesa. Segunda fase (1915 a 1917): marcada pela guerra de trincheiras, com cada lado procurando garantir suas posições, evitando a aproximação do inimigo. Foi um período duro e desgastante no qual os soldados, sob ataque intermitente do inimigo, enfrentavam intempéries para guarnecer suas posições. Terceira fase (1917 a 1918): a entrada na guerra de países tidos como neutros (como Estados Unidos e Brasil) e a retirada dos exércitos da Rússia foram os acontecimentos que se destacaram nessa fase.
  • O fim do conflito
O fim do conflito deu-se após a entrada dos Estados Unidos (1917), pelos recursos materiais e financeiros que trouxeram aos aliados da Entente. Isolados e sem condições de sustentar o confronto, os alemães renderam-se em 11 de novembro de 1918, assinando um armistício com condições bastante desfavoráveis.
  • Europa após a Primeira Guerra Mundial
O continente europeu, após a Primeira Guerra Mundial, ficou numa situação traumática e desoladora: devastação dos diversos locais onde foram travados combates (campo e cidade), cerca de 10 milhões de mortos e 30 milhões de feridos, grave crise socioeconômica e um clima de profunda desolação e desesperança entre a população.
  • O Tratado de Versalhes e a “cláusula de culpa”
Elaborado durante uma série de conferências realizadas no palácio de Versalhes, na França, com a participação de 27 nações vencedoras da Primeira Guerra, o Tratado de Versalhes foi o documento que definiu os termos finais de paz com as nações derrotadas, pondo oficialmente fim à Primeira Guerra Mundial. A “cláusula de culpa” foi o artigo do Tratado de Versalhes que determinou que a Alemanha era a principal responsável pelo conflito, razão pela qual os alemães sofreram as mais duras imposições.
  • Os termos impostos à Alemanha
Os termos foram os mais duros, como restituir a região da Alsácia-Lorena à França; ceder outras regiões à Bélgica, à Dinamarca e à Polônia; entregar quase todos os seus navios mercantes à França, à Inglaterra e à Bélgica; pagar enorme indenização aos países vencedores; e reduzir o poderio militar de seus exércitos, ficando proibida de constituir aviação militar.
  • A Liga das Nações
A Liga das Nações foi uma instituição internacional criada em 1919 pelos membros da Conferência de Paz de Versalhes, com sede em Genebra, na Suíça. Tinha como principal missão agir como mediadora dos conflitos internacionais, procurando preservar a paz mundial. A Liga não conseguiu realizar seus propósitos porque, com a retirada dos Estados Unidos, da União Soviética e da Alemanha, tornou-se impotente para evitar os conflitos que eclodiram em diversos lugares do mundo.
  • Os Estados Unidos como grande potência
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, estimulou-se o crescimento agrícola e industrial dos Estados Unidos, iniciado no final do século XIX. Além disso, enquanto as potências europeias concentravam seus esforços na guerra, os industriais estadunidenses aproveitaram para ocupar e suprir os mercados da Ásia e da América Latina. No final da guerra, os bancos e o governo dos Estados Unidos haviam se tornado credores da Europa arrasada, acumulando a metade de todo o ouro que circulava nos mercados financeiros do mundo.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 3, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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