Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 3° Ano
Disciplina: História – 2017
PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL
- Fatores que
contribuíram para o clima de tensão entre os países europeus
O clima de tensão e rivalidade entre os
países europeus foi gerado basicamente por duas categorias de interesses:
imperialistas, que levaram as principais potências capitalistas a uma
concorrência desmedida por territórios e novos mercados, além da adoção de
políticas internas protecionistas; e nacionalistas, que catalizaram antigas
rivalidades e ressentimentos, resultando em projetos expansionistas e
revanchistas, carregados de fervor patriótico.
- Principais
movimentos nacionalistas na Europa, no início do séc. XX
Um deles era o pan-eslavismo, que tinha
por objetivo unir todos os povos eslavos da Europa, sob a liderança da Rússia;
outro era o pan-germanismo, que pretendia anexar à Alemanha os territórios da
Europa central onde viviam germânicos; além deles, havia também o revanchismo
francês, cujo objetivo era recuperar os territórios da Alsácia-Lorena, que a
França fora obrigada a entregar à Alemanha depois da Guerra Franco-Prussiana,
em 1870.
- “Paz Armada”
“Paz armada” foi o nome dado à corrida
armamentista iniciada pelas potências europeias que, diante do perigo de
guerra, fortaleceram seus exércitos e formaram alianças políticas.
- Os principais
blocos
A Tríplice Aliança, formada por
Alemanha, Áustria-Hungria e Itália, e a Tríplice Entente, formada inicialmente
por Inglaterra, França e Rússia. Essas alianças formaram-se com o objetivo de
somar forças para enfrentar países rivais.
- O estopim da
guerra
O fato que serviu de estopim para
deflagrar a Primeira Guerra Mundial foi o assassinato do arquiduque Francisco
Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, e de sua esposa na cidade de Sarajevo
(Bósnia), em 28 de junho de 1914, pelo estudante Gavrilo Princip, membro da
organização secreta nacionalista Unidade ou Morte.
O assassinato de Francisco Ferdinando
provocou a reação militar da Áustria-Hungria contra a Sérvia. Em razão da
política de alianças, isso causou a entrada de outras nações no conflito.
Sucessão de acontecimentos: 28 de julho
– a Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia (com o respaldo da Alemanha, a
potência que liderava a Tríplice Aliança) e, no dia seguinte, invade esse país
com seu exército; 29 de julho – em apoio à Sérvia, a Rússia mobiliza suas
tropas; 1° de agosto – a Alemanha declara guerra à Rússia e, posteriormente, à
França; 4 de agosto – para atingir a França, o exército alemão invade a Bélgica
(neutra); 5 de agosto – a Inglaterra declara guerra à Alemanha.
- Principais fases
da Primeira Guerra Mundial
A primeira fase (1914 a 1415): marcada
pela intensa movimentação das forças beligerantes, com equilíbrio nas frentes
de combates, depois que a rápida ofensiva alemã em território francês foi
detida pela contraofensiva francesa. Segunda fase (1915 a 1917): marcada pela
guerra de trincheiras, com cada lado procurando garantir suas posições,
evitando a aproximação do inimigo. Foi um período duro e desgastante no qual os
soldados, sob ataque intermitente do inimigo, enfrentavam intempéries para
guarnecer suas posições. Terceira fase (1917 a 1918): a entrada na guerra de
países tidos como neutros (como Estados Unidos e Brasil) e a retirada dos exércitos
da Rússia foram os acontecimentos que se destacaram nessa fase.
- O fim do
conflito
O fim do conflito deu-se após a entrada
dos Estados Unidos (1917), pelos recursos materiais e financeiros que trouxeram
aos aliados da Entente. Isolados e sem condições de sustentar o confronto, os
alemães renderam-se em 11 de novembro de 1918, assinando um armistício com
condições bastante desfavoráveis.
- Europa após a
Primeira Guerra Mundial
O continente europeu, após a Primeira
Guerra Mundial, ficou numa situação traumática e desoladora: devastação dos
diversos locais onde foram travados combates (campo e cidade), cerca de 10
milhões de mortos e 30 milhões de feridos, grave crise socioeconômica e um
clima de profunda desolação e desesperança entre a população.
- O Tratado de
Versalhes e a “cláusula de culpa”
Elaborado durante uma série de
conferências realizadas no palácio de Versalhes, na França, com a participação
de 27 nações vencedoras da Primeira Guerra, o Tratado de Versalhes foi o
documento que definiu os termos finais de paz com as nações derrotadas, pondo
oficialmente fim à Primeira Guerra Mundial. A “cláusula de culpa” foi o artigo
do Tratado de Versalhes que determinou que a Alemanha era a principal
responsável pelo conflito, razão pela qual os alemães sofreram as mais duras
imposições.
- Os termos
impostos à Alemanha
Os termos foram os mais duros, como restituir a região da Alsácia-Lorena
à França; ceder outras regiões à Bélgica, à Dinamarca e à Polônia; entregar
quase todos os seus navios mercantes à França, à Inglaterra e à Bélgica; pagar
enorme indenização aos países vencedores; e reduzir o poderio militar de seus
exércitos, ficando proibida de constituir aviação militar.
- A Liga das
Nações
A Liga das Nações foi uma instituição
internacional criada em 1919 pelos membros da Conferência de Paz de Versalhes,
com sede em Genebra, na Suíça. Tinha como principal missão agir como mediadora
dos conflitos internacionais, procurando preservar a paz mundial. A Liga não
conseguiu realizar seus propósitos porque, com a retirada dos Estados Unidos,
da União Soviética e da Alemanha, tornou-se impotente para evitar os conflitos
que eclodiram em diversos lugares do mundo.
- Os Estados
Unidos como grande potência
Com a eclosão da Primeira Guerra
Mundial, estimulou-se o crescimento agrícola e industrial dos Estados Unidos,
iniciado no final do século XIX. Além disso, enquanto as potências europeias
concentravam seus esforços na guerra, os industriais estadunidenses
aproveitaram para ocupar e suprir os mercados da Ásia e da América Latina. No
final da guerra, os bancos e o governo dos Estados Unidos haviam se tornado
credores da Europa arrasada, acumulando a metade de todo o ouro que circulava
nos mercados financeiros do mundo.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 3, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
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