segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

POVOS DA MESOPOTÂMIA - HISTÓRIA 1° ANO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2017
Povos da Mesopotâmia
·      Os primeiros povos
O nome Mesopotâmia, significa “terra entre rios”, foi atribuído à região pelos antigos gregos, dada a sua localização entre os rios Tigre e Eufrates. Atualmente, na maior parte da área da antiga Mesopotâmia localiza-se o Iraque, onde existem mais de 10 mil sítios arqueológicos.
Na região mesopotâmica viveram diferentes povos: sumérios, acádios, babilônios, assírios e caldeus, entre outros. Viviam se confrontando, eram nômades e seminômades, das montanhas ou do deserto. Atacavam as populações das planícies de terras férteis.
·      A atração dos vales inundáveis
Os vales inundáveis da Mesopotâmia eram atrativos porque o clima da região é árido, com chuvas escassas, o que tornava muito importantes as áreas inundadas periodicamente pelo Tigre e pelo Eufrates. Por isso, essas terras eram mais férteis, sendo mais favoráveis para o desenvolvimento da atividade agropastoril.
·      Elementos que contribuíram para a diferenciação social na Mesopotâmia
A especialização do trabalho permitiu a troca de bens entre as famílias. Algumas delas passaram a acumular bens em detrimento de outras, ganhando, dessa forma, maior prestígio social e político.
·      A revolução agropastoril
O desenvolvimento da agricultura e da pecuária foi modificando a forma como os grupos humanos se organizavam. Como alguns deles começaram a controlar a produção de alimentos, permaneciam mais tempo nos lugares que ocupavam, passando a formar aldeias agrícolas e pastoris.
O aumento da produção agrícola e pastoril possibilitou o aumento da população das aldeias, tornando necessárias novas formas de organização do trabalho, da justiça, da religião, da segurança dos habitantes e da proteção dos bens econômicos, que explicam o surgimento das cidades.
Nestas cidades surgiram construções como: casas, ruas, templos e palácios e, geralmente, eram cercadas por muralhas, que visavam a à sua proteção. As primeiras cidades formadas na Mesopotâmia foram: Ur, Uruk, Nippur, Kish, Lagash e Eridu.
Os zigurates eram formados por vários andares, cada um menor que o inferior. (Torre de Babel). Outra construção famosa dos povos da Mesopotâmia foram os Jardins Suspensos da Babilônia que constituíam um grande conjunto arquitetônico construído por determinação do rei Nabucodonosor.
·      Cidades Estado
Era a forma de organização política das cidades da Mesopotâmia, que jamais chegaram a formar um reino único, embora, em diferentes épocas, cidades mais poderosas tenham imposto seu domínio sobre as outras. Os povos da mesopotâmia também se organizaram em grandes impérios unificados, como o Império formado sob o governo do rei babilônio Hamurabi, por volta de 1763 a.C.
·      O rei e os sacerdotes
O rei e os sacerdotes exerciam funções semelhantes. O poder político e o poder religioso eram interligados. Os sacerdotes, além das funções religiosas, controlavam a economia dos templos e exerciam muita influência política. O rei, controlando o palácio e sua corte (funcionários), exercia o poder político e econômico, ampliado em função do crescimento das cidades e do desenvolvimento das atividades urbanas. Além disso, o poder do rei era considerado de origem divina, o que também lhe assegurava liderança religiosa.
          Uma das hipóteses para o surgimento da figura do rei e a sua aquisição de poderes é a de que, no início as cidades eram constantemente ameaçadas por invasores surgindo a necessidade de organizar uma defesa. Para isso foi necessário escolher um comandante para organizar as tropas. Ele também tinha funções sacerdotais e, com o tempo, esse comandante e sacerdote ampliou seus poderes e tornou-se uma autoridade permanente.
·      A escrita dos sumérios
Passou basicamente por três momentos. As primeiras formas de escrita eram representadas por desenhos figurativos (pictográficos) do objeto representado, utilizados como forma de registro da contabilidade dos templos (relação de produtos devidos aos deuses e as transações feitos pelos sacerdotes). Posteriormente, os sinais passaram a significar idéias (escrita ideográfica). Finalmente, passaram a representar sons da fala humana: eram impressos em argila com estilete na forma de cunha (escrita cuneiforme).
Supõe-se que o desenvolvimento da escrita esteja vinculado à necessidade de encontrar um meio mais confiável que a memória para registrar as operações comerciais e a contabilidade dos templos sumérios.
A escrita tornou possível, além da contabilidade dos templos, o registro de textos de todo tipo, incluindo a sistematização de histórias – o que, antes, só era realizado oralmente.
·      Os Assírios
Os povos da Mesopotâmia, responsáveis pela criação dos primeiros exércitos permanentes do mundo, foram os assírios.
Naquela época, outro invento que representou uma revolução na locomoção terrestre, foi a roda. Ela contribuiu para acelerar as comunicações.
·      Hamurabi
Foi um rei da Babilônia, no século XVIII a.C., que criou um código de leis (Código de Hamurábi) onde reafirmou a importância da função do rei como ordenador da vida social.
O Código de Hamurábi foi uma reunião de normas sobre transgressões cometidas; ele não apresentava definição para os crimes, mas descrevia casos específicos que seriam usados como padrão a ser aplicado em situações semelhantes. A pena era estabelecida proporcionalmente ao crime praticado, o que ficou conhecido como princípio de talião. Por exemplo: se alguém arrancasse os dentes de outro, os seus dentes seriam arrancados. A pena também poderia ser paga na forma de recompensa econômica.
·      Princípio de talião foi uma evolução no plano jurídico
O princípio de talião foi uma evolução no plano jurídico no sentido de as penas não poderiam mais ser vinganças arbitrárias e, muitas vezes, excessivas, como ocorria antes. Elas seriam castigos proporcionais aos crimes praticados. Por exemplo: se uma pessoa arrancasse os dentes de outra, teria seus próprios dentes arrancados.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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