Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História -
2017
Povos da Mesopotâmia
·
Os
primeiros povos
O
nome Mesopotâmia, significa “terra entre rios”, foi atribuído à região pelos
antigos gregos, dada a sua localização entre os rios Tigre e Eufrates.
Atualmente, na maior parte da área da antiga Mesopotâmia localiza-se o Iraque,
onde existem mais de 10 mil sítios arqueológicos.
Na
região mesopotâmica viveram diferentes povos: sumérios, acádios, babilônios,
assírios e caldeus, entre outros. Viviam se confrontando, eram nômades e
seminômades, das montanhas ou do deserto. Atacavam as populações das planícies
de terras férteis.
·
A
atração dos vales inundáveis
Os
vales inundáveis da Mesopotâmia eram atrativos porque o clima da região é
árido, com chuvas escassas, o que tornava muito importantes as áreas inundadas
periodicamente pelo Tigre e pelo Eufrates. Por isso, essas terras eram mais
férteis, sendo mais favoráveis para o desenvolvimento da atividade agropastoril.
·
Elementos
que contribuíram para a diferenciação social na Mesopotâmia
A
especialização do trabalho permitiu a troca de bens entre as famílias. Algumas
delas passaram a acumular bens em detrimento de outras, ganhando, dessa forma,
maior prestígio social e político.
·
A
revolução agropastoril
O
desenvolvimento da agricultura e da pecuária foi modificando a forma como os
grupos humanos se organizavam. Como alguns deles começaram a controlar a
produção de alimentos, permaneciam mais tempo nos lugares que ocupavam,
passando a formar aldeias agrícolas e pastoris.
O
aumento da produção agrícola e pastoril possibilitou o aumento da população das
aldeias, tornando necessárias novas formas de organização do trabalho, da
justiça, da religião, da segurança dos habitantes e da proteção dos bens
econômicos, que explicam o surgimento das cidades.
Nestas
cidades surgiram construções como: casas, ruas, templos e palácios e,
geralmente, eram cercadas por muralhas, que visavam a à sua proteção. As
primeiras cidades formadas na Mesopotâmia foram: Ur, Uruk, Nippur, Kish, Lagash
e Eridu.
Os
zigurates eram formados por vários andares, cada um menor que o inferior.
(Torre de Babel). Outra construção famosa dos povos da Mesopotâmia foram os
Jardins Suspensos da Babilônia que constituíam um grande conjunto arquitetônico
construído por determinação do rei Nabucodonosor.
·
Cidades
Estado
Era
a forma de organização política das cidades da Mesopotâmia, que jamais chegaram
a formar um reino único, embora, em diferentes épocas, cidades mais poderosas
tenham imposto seu domínio sobre as outras. Os povos da mesopotâmia também se
organizaram em grandes impérios unificados, como o Império formado sob o
governo do rei babilônio Hamurabi, por volta de 1763 a .C.
·
O
rei e os sacerdotes
O
rei e os sacerdotes exerciam funções semelhantes. O poder político e o poder
religioso eram interligados. Os sacerdotes, além das funções religiosas,
controlavam a economia dos templos e exerciam muita influência política. O rei,
controlando o palácio e sua corte (funcionários), exercia o poder político e
econômico, ampliado em função do crescimento das cidades e do desenvolvimento
das atividades urbanas. Além disso, o poder do rei era considerado de origem
divina, o que também lhe assegurava liderança religiosa.
Uma das hipóteses para o surgimento da figura do rei e a
sua aquisição de poderes é a de que, no início as cidades eram constantemente
ameaçadas por invasores surgindo a necessidade de organizar uma defesa. Para
isso foi necessário escolher um comandante para organizar as tropas. Ele também
tinha funções sacerdotais e, com o tempo, esse comandante e sacerdote ampliou
seus poderes e tornou-se uma autoridade permanente.
·
A
escrita dos sumérios
Passou
basicamente por três momentos. As primeiras formas de escrita eram
representadas por desenhos figurativos (pictográficos) do objeto representado,
utilizados como forma de registro da contabilidade dos templos (relação de
produtos devidos aos deuses e as transações feitos pelos sacerdotes).
Posteriormente, os sinais passaram a significar idéias (escrita ideográfica).
Finalmente, passaram a representar sons da fala humana: eram impressos em
argila com estilete na forma de cunha (escrita cuneiforme).
Supõe-se
que o desenvolvimento da escrita esteja vinculado à necessidade de encontrar um
meio mais confiável que a memória para registrar as operações comerciais e a
contabilidade dos templos sumérios.
A
escrita tornou possível, além da contabilidade dos templos, o registro de
textos de todo tipo, incluindo a sistematização de histórias – o que, antes, só
era realizado oralmente.
·
Os
Assírios
Os
povos da Mesopotâmia, responsáveis pela criação dos primeiros exércitos
permanentes do mundo, foram os assírios.
Naquela
época, outro invento que representou uma revolução na locomoção terrestre, foi
a roda. Ela contribuiu para acelerar as comunicações.
·
Hamurabi
Foi
um rei da Babilônia, no século XVIII a.C., que criou um código de leis (Código
de Hamurábi) onde reafirmou a importância da função do rei como ordenador da
vida social.
O
Código de Hamurábi foi uma reunião de normas sobre transgressões cometidas; ele
não apresentava definição para os crimes, mas descrevia casos específicos que
seriam usados como padrão a ser aplicado em situações semelhantes. A pena era
estabelecida proporcionalmente ao crime praticado, o que ficou conhecido como
princípio de talião. Por exemplo: se alguém arrancasse os dentes de outro, os
seus dentes seriam arrancados. A pena também poderia ser paga na forma de
recompensa econômica.
·
Princípio
de talião foi uma evolução no plano jurídico
O
princípio de talião foi uma evolução no plano jurídico no sentido de as penas
não poderiam mais ser vinganças arbitrárias e, muitas vezes, excessivas, como
ocorria antes. Elas seriam castigos proporcionais aos crimes praticados. Por
exemplo: se uma pessoa arrancasse os dentes de outra, teria seus próprios
dentes arrancados.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
COTRIM,
Gilberto, História Global – Brasil e
Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
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