segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

EGÍPCIOS - HISTÓRIA 1° ANO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2017
Egípcios
·      Origem da sociedade egípcia
Provavelmente, a necessidade de enfrentar problemas comuns (abrir canais de irrigação, construir diques, organizar a atividade agrícola) levou parte dos povos egípcios a se reunir em tribos e aldeias que, ao longo do tempo, se unificaram e acabaram por originar o Baixo e Alto Egito. Na época das cheias, as águas do Nilo inundavam suas margens, depositando o húmus que fertilizava as terras – o que favorecia a agricultura. Para controlar as cheias, construíram diques e barragens, que protegiam as vilas e casas das inundações. Também construíram canais de irrigação para levar a água necessária às regiões mais distantes das margens do rio.
·      A centralização política no Egito
Por volta de 3100 a.C., os governantes do Alto Egito (sul do território) conquistaram o Baixo Egito (norte), unindo os dois reinos sob o comando de um rei: o faraó.
·      Influência das invasões de povos estrangeiros sobre o Egito
O Egito foi invadido por diversos povos: hicsos (povo nômade vindo da Ásia), assírios, persas, macedônios e romanos. Isso levou à decadência da civilização egípcia.
·      O Poder no Egito
Os assessores diretos dos faraós eram os nobres, que administravam as províncias e o exército.
O poder concentrava-se no faraó, que era o rei supremo, considerado um deus vivo e responsável pela proteção e prosperidade de seu povo. Além do poder político, o faraó detinha autoridade religiosa, administrativa, judicial e militar; para governar, contava com o auxílio de muitos funcionários: os escribas, os administradores de províncias, os militares, os sacerdotes e o tjati (vizir), chefe da administração e da justiça.
Os escribas e os sacerdotes, eram os responsáveis por manter a ordem, arrecadar impostos, administrar riqueza e submeter a população. Assim, eram eles que garantiam a estrutura de poder no Egito Antigo.     
·      A sociedade egípcia
A sociedade egípcia era constituída de camponeses (a maioria da população), diversos tipos de artesãos e um grupo relativamente pequeno de escravos. Os camponeses eram responsáveis por, praticamente, todos os trabalhos necessários á agricultura e à criação de animais.
Entre os artesãos, haviam os que produziam artigos de luxo e trabalhavam em oficinas urbanas (muitas vezes instaladas nos templos e palácios) e os menos qualificados, que trabalhavam em oficinas rurais e produziam artigos mais rústicos, além de trabalhadores especializados nos mais diversos ofícios, como os ligados ao sepultamento dos mortos (embalsamadores e decoradores de túmulos).
O grupo dos escravos era composto, principalmente, de prisioneiros de guerra; suas condições de vida variavam de acordo com as funções exercidas (nas casas, nas pedreiras, nas minas, nos campos). Podiam adquirir propriedade, testemunhar em tribunais e casar-se com pessoas livres.
·      A escravidão no Egito Antigo
Alguns egiptólogos consideram que não havia escravidão do Egito Antigo, porque, embora “pertencesse” a uma pessoa, o escravo era considerado um ser humano, e não uma “mercadoria”, tendo certo grau de liberdade e direitos, como adquirir propriedade, testemunhar em tribunais e casar-se com pessoas livres.
·      A religião e o faraó
A religião egípcia comportava a crença na condição divina do faraó (considerado um deus vivo), e isso justificava o poder, que lhe era atribuído, de controlar as forças da natureza em proveito dos egípcios.
·      A mumificação dos mortos
Usavam o processo de mumificação por acreditarem que, após a morte, as pessoas continuavam a viver no reino de Osíris, onde seriam julgados por esse deus. Os que fossem absolvidos poderiam retornar aos seus corpos, que, por isso, precisavam ser conservados.
·      Os hieróglifos
Assim como os sumérios, os egípcios desenvolveram um dos primeiros sistemas de escrita. Criaram sinais para representar coisas e objetos (pictogramas) ou sugerir idéias (ideogramas). Posteriormente, criaram sinais (letras que representavam sons (fonogramas). A escrita egípcia só foi decifrada quando os soldados de Napoleão descobriram a pedra de Roseta. Era um pedaço de pedra negra que continha um texto escrito de três formas diferentes. Em grego, hieróglifo (escrita egípcia sagrada) e demótico (escrita egípcia simplificada e mais popular). Comparando os três textos, o francês Jean-François Champolion, orientalista, conseguiu decifrar os hieróglifos em 1822.
·      Arte e conhecimentos egípcios
A crença em diversos deuses levou à criação de esculturas e pinturas que os representavam e à construção de belos templos, como os de Lúxor e Karnac, a eles dedicados. A crença na vida após a morte ocasionou a construção de grandes túmulos, como as pirâmides (exemplo: Quéops, Quéfren e Miquerinos) e os hipogeus.
Os egípcios buscavam novos conhecimentos para resolverem seus problemas práticos e concretos. Destacaram em algumas áreas do conhecimento: Química - manipulação de substâncias (surgida no Egito) deu origem a vários remédios); Matemática - (álgebra e geometria) padronização de pesos e medidas e sistema de notação numérica e de contagem. Todos esses conhecimentos foram úteis na construção das pirâmides e outros templos; Astronomia – criação de mapas com agrupamento das constelações, sendo úteis para a navegação e agricultura; Medicina – a técnica da mumificação ajudou a conhecer a anatomia do corpo humano facilitando a formação de médicos especializados.
Reino de Cuxe
·      A civilização dos cuxitas
Além dos egípcios, outras civilizações se desenvolveram no continente africano durante a Antiguidade. Uma delas foi a dos cuxitas. O Reino de Cuxe desenvolveu-se ao sul do rio Nilo, numa região que ficou conhecida como Núbia.
Sua economia estava baseada na agricultura e na criação de animais. Porém, os cuxitas também praticavam o comércio, vendendo produtos como ouro e peles de animais e importando objetos de vidro e de madeira, tecidos, armas etc.
As relações entre o Reino de Cuxe e o Egito foram marcadas por instabilidade. Houve períodos tanto de paz quanto de guerras e turbulências. Mas também houve um ativo intercâmbio cultural e comercial.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.